sábado, 22 de janeiro de 2022

Mais de 28 mil embalagens de antidepressivos vendidas em média por dia em 2021 em Portugal

O consumo de antidepressivos em Portugal tem vindo a aumentar desde 2019, segundo dados do Infarmed, que revelam que só em 2021 se venderam, em média, mais de 28 mil embalagens por dia.

Os dados avançados à agência Lusa pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) dizem respeito apenas aos primeiros nove meses do ano passado e mostram que os portugueses compraram mais de 15,7 milhões de embalagens de ansiolíticos, sedativos, hipnóticos e antidepressivos, representando um encargo para o Serviço Nacional de Saúde de 46 milhões de euros.

Comparando a evolução de vendas desde o último ano antes da pandemia – 2019 -, verifica-se que o consumo de antidepressivos esteve sempre a crescer: Em 2019 venderam-se em média 25 mil (25.667) embalagens por dia, em 2020 o valor passou os 26 mil (26.858) e, em 2021, ultrapassou as 28 mil caixas diárias (28.539), segundo contas feitas pela Lusa.

Já no que toca ao consumo de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos houve uma diminuição entre 2019 e 2020, mas no ano passado sofreu um ligeiro aumento.

Em média venderam-se quase 28.300 mil embalagens diárias de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos em 2019, tendo o consumo descido para 28.036 embalagens no ano seguinte. Já no ano passado, a venda aponta para um valor médio diário de 29.444 embalagens diárias.

Juntando todos os medicamentos, verifica-se um aumento do consumo ao longo dos três últimos anos.

Os dados avançados à agência Lusa são relativos a medicamentos prescritos e comparticipados pelo Serviço Nacional da Saúde, dispensados nas farmácias comunitárias em Portugal continental, e foram recolhidos a partir da informação disponibilizada pelo Centro de Controlo e Monitorização do SNS, estando a mesma sujeita a atualizações.

De acordo com os dados, entre janeiro e setembro de 2021, foram vendidas 8.008.993 embalagens de medicamentos da categoria dos ansiolíticos, sedativos e hipnóticos, e 7.762.694 embalagens da categoria dos antidepressivos, num total de 15.771.687 embalagens, com um encargo para o SNS de 46.057.083 euros.

Em 2019, último ano pré-pandemia, foram vendidas 10.329.106 embalagens de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos, representando uma despesa para o SNS de 19.639.140 euros, e 9.368.778 embalagens de antidepressivos (36.417.184 euros).

No ano em que teve início a pandemia de covid-19 em Portugal, 2020, os portugueses compraram 10.233.236 embalagens de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos, representado um encargo para o SNS de 19.932.647 euros, e 9.803.223 embalagens de antidepressivos (38.486.797 euros).

No total, foram vendidas, em 2019, 19.697.884 embalagens deste tipo de medicamentos, num total de encargos para o Serviço Nacional de Saúde de 56.056.324 euros, e no ano seguinte 20.036.459 embalagens, uma despesa de 58.419.444 euros.

Madremedia/Lusa

Imagem: Dinheiro Vivo

Costa dissocia-se de expressão ‘nazizinho’ utilizada por Rosa Mota para classificar Rui Rio

O secretário-geral do PS reagiu hoje à expressão 'nazizinho', utilizada por Rosa Mota para qualificar Rui Rio, afirmando que "nunca" utilizou esse termo e que, apesar de estar muito grato pelo apoio da maratonista, "cada um fala por si".

“Eu estou muito grato pelo apoio que ela me deu, estou muito grato pelos apoios de todos os cidadãos e cidadãs independentes, [que] quiseram expressar o seu apoio. Naturalmente cada um fala por si, eu falo por mim e nunca utilizei essa expressão”, afirmou António Costa.

O secretário-geral do PS respondia aos jornalistas numa arruada na Guarda, reagindo às palavras proferidas pela maratonista e campeã olímpica Rosa Mota que, numa ação de campanha do PS hoje de manhã em Monsanto, Lisboa, apelidou Rui Rio de “nazizinho” devido ao seu desempenho enquanto presidente da Câmara Municipal do Porto, entre 2002 e 2013.

O também primeiro-ministro frisou que “Rosa Mota é uma pessoa muito querida de todos os portugueses, uma grande campeã” que deu “muitas alegrias”, considerando que a expressão ‘nazizinho’ é “uma palavra e uma expressão que ela disse, que é dela”.

Madremedia/Lusa