sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A JOSÉ ESTÊVÃO


Levava após de si – Orfeu da liberdade –
No encanto da palavra o espírito e a vontade.
Como um vento que leva as folhas dum olmeiro.
Neste homem tudo foi viril e verdadeiro:
Onde existisse um erro, um despotismo, um crime,
Lá estava aquela voz vibrante, audaz, sublime,
A combate-lo em face a e erguer pelo direito
– Missionário da luz – um culto em cada peito.
A sua grande força, a sua inspiração
Vinha-lhe toda a flux do imenso coração,
Do forte coração altivo e generoso.
Que nunca conheceu rancor vitorioso.
Tudo nele era grande: a palavra, o talento.
A voz, o entusiasmo, a forma, o pensamento.
O culto do dever, o amor da liberdade.
A índole leal e a simplicidade
Do seu coração de ouro, ao qual toda a vitória
Aumentava a bondade – esta suprema glória.
Político de ideia, abominava a intriga
– Cabala que transforma a política em briga
De egoísmos brutais. Carácter franco e aberto
Combatia de pé e a peito descoberto
Despreocupadamente. E assim em quanto os fracos,
Os hábeis, os subtis, os nulos e os velhacos
Subiam em tropel a escada do poder,
Ele ficava sempre em baixo a combater,
Tranquilo, colossal, forte, sereno, austero,
Como guerreiro antigo, ou como herói de Homero.
...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...   ...
Depois veio a justiça inflexível da história
E, envolvendo na luz da sua imensa glória
O simples combatente, o forte lutador,
Ergueu-lhe um pedestal todo feito de amor,
E amarrou ao escárnio – o panthéon dos fracos –
Os hábeis, os subtis, os nulos e os velhacos.
                     Figueira – Abril de 1881.


                NUM TÚMULO
Envolve-se a existência em dois mistérios,
Berço e campa – dois óvulos diversos
Dos berços faz-se o pó dos cemitérios,
Das campas sai o pólen dos berços.

Misterioso círculo da vida
Que esmaga em cada giro uma alma, um ente,
Que rasga em cada volta uma ferida,
Que deixa em cada sulco uma semente.
                          1876


               PERGAMINHOS

Não me esmagam mulher os teus sorrisos;
Eu tenho mais orgulho do que pensas
E rio-me também;
É debalde que tentas humilhar-me,
Porque eu ouso pensar – vê tu que insania! –
Que também sou alguém.

Alguém que veio ao mundo sem família,
Um produto do acaso, um pária, um mísero,
Um enjeitado enfim,
Um ser sem protecção das leis canoniais,
Filho sem pai no assunto do baptismo,
Mas um ser, inda assim.

Levantou-me da estrada do infortúnio
Um homem que entendeu que um filho espúrio
Tem jus à protecção,
Um homem que entendeu que é vil e infame
Atirar para o Iodo dos hospícios
Uma alma em embrião. / 37 /

É que eu vi as premissas da vitória,
O aplauso espontâneo dos estranhos
Incitar-me a seguir,
É que eu via diante de meus passos
Rasgar-se ampla, infinita, luminosa
A estrada do porvir.

Se alguma cousa sou a mim o devo,
Ao meu trabalho honrado, ao meu estudo,
Ao amor de meus pais,
À força de vontade, à inteligência,
À sociedade pouco, às leis bem menos...
E a ti não devo mais.

E és tu que vens falar-me em pergaminhos?
E és tu que vens falar-me nas riquezas
Que o destino te deu?
Eu não troco os meus louros de poeta,
As conquistas do estudo e o meu futuro
Por tudo quanto é teu.

Não me compares pois à horda ignara
Que te adora os sorrisos pelo ouro...
Eu tenho coração,
Tenho por pergaminhos o trabalho,
Por tesouro a minha inteligência
E a honra por brasão.

Nós, os homens que andamos procurando
À luz do coração por este mundo
Os caminhos do bem,
Como trazemos alto o pensamento,
E a fronte erguida ao céu, temos orgulhos,
Bem vês, como ninguém.
Alexandre da Conceição



A ÁGUA UM BEM INESTIMAVEL


Poupe e proteja
Tenha consciência
E onde quer que esteja
Terá água para a sobrevivência.

Água um bem precioso
Algo que nos faz falta
Seja criança ou idoso
Só ela dá vida à malta.

Da nascente até a foz,
Ficai com esta ideia
A água é de todos nós
E passa de aldeia em aldeia.

Detergentes! Não obrigada
Pois quero ser responsável
Não quero água contaminada
Pois é um bem inestimável.

Junta de Freguesia de Tendais, 2010



  
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PALAVRAS DOS SÁBIOS


- Todos temos fome; fome de pão, fome de amor, fome de conhecimentos, fome de paz. Este mundo é um mundo de esfomeados. (Amado Nervo).

- Da mais humilde choupana pode sair um herói e, do corpo mais disforme, a alma mais bela. (Séneca).

- Dada a nossa actual maneira de viver, o homem já não morre: mata-se. (Fluorens).

- Faz bem aos teus amigos para melhor ganhares o seu apreço; fá-lo também aos teus inimigos, para que, ao fim, se façam teus amigos. (Creóbulo).

- Quanto maiores somos em humildade, tanto mais perto estamos da grandeza. (Rabindranath Tagore).

- O homem débil teme a morte, o desgraçado chama-a, o valente provoca-a, o homem sensato espera-a. (Franklim).

- Cozinhai com simplicidade; quanto mais um alimento se aproxima do seu estado natural, mais benefícios produz. (Pascault).

- A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio.' (Martin Luther King)

- Você nunca sabe que resultados virão da sua acção. Mas, se você não fizer nada, não existirão resultados. (Gandhi)

- O conformismo é o carcereiro da liberdade e o inimigo do crescimento. (John kennedy)

- Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito. (Martin Luther King)

- Existem três tipos de pessoas. As que fazem as coisas acontecer, as que ficam vendo as coisas acontecer e as que se perguntam: O que aconteceu? (Philip Kotler)

- Ignorar o inesperado, ainda que fosse possível, seria viver sem oportunidade, sem espontaneidade e sem os ricos momentos dos quais a vida é feita. (Stephen Cohen)

- Quando era jovem, descobri que nove de cada dez coisas que eu fazia eram um fracasso. Eu não queria ser um fracasso. Então passei a trabalhar 10 vezes mais. (George Bernard Shaw)

- Rir muito e com frequência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afecto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza. (Emerson
- Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta. (Chico Xavier)

- Se sou amado, quanto mais amado mais correspondo ao amor. Se sou esquecido, devo esquecer também, Pois amor é feito espelho: -tem que ter reflexo. (Pablo Neruda)


- Desperdice seu dinheiro e você apenas estará sem dinheiro, mas desperdice seu tempo e você terá perdido parte de sua vida. (Michael Leboeuf)


Nota: quem desejar enviar artigos, eventos a realizar, poesia , ou historial  de uma associação de interesse público, pode fazê-lo, acompanhado de imagens para este e-mail: editorlitoralcentro@gmail.com

O VALOR DA CRÓNICA DE JORNAL

A crónica é como que a conversa íntima, indolente, desleixada, do jornal com os que o lêem: conta mil coisas, sem sistema, sem nexo, espalha-se livremente pela natureza, pela vida, pela literatura, pela cidade; fala das festas, dos bailes, dos teatros, dos enfeites, fala em tudo baixinho, como quando se faz um serão ao braseiro, ou como no Verão, no campo, quando o ar está triste. Ela sabe anedotas, segredos, histórias de amor, crimes terríveis; espreita, porque não lhe fica mal espreitar.

Olha para tudo, umas vezes melancolicamente, como faz a Lua, outras vezes alegre e robustamente, como faz o Sol; a crónica tem uma doidice jovial, tem um estouvamento delicioso: confunde tudo, tristezas e facécias, enterros e actores ambulantes, um poema moderno e o pé da imperatriz da China; ela conta tudo o que pode interessar pelo espírito, pela beleza, pela mocidade; ela não tem opiniões, não sabe do resto do jornal; está nas suas colunas contando, rindo, pairando; não tem a voz grossa da política, nem a voz indolente do poeta, nem a voz doutoral do crítico; tem uma pequena voz serena, leve e clara, com que conta aos seus amigos tudo o que andou ouvindo, perguntando, esmiuçando.

A crónica é como estes rapazes que não têm morada sua e que vivem no quarto dos amigos, que entram com um cheiro de Primavera, alegres, folgazões, dançando, que nos abraçam, que nos empurram, que nos falam de tudo, que se apropriam do nosso papel, do nosso colarinho, da nossa navalha de barba, que nos maçam, que nos fatigam... e que, quando se vão embora, nos deixam cheios de saudades.

Eça de Queirós, in 'Distrito de Évora'

Tema(s): Jornalismo

“EÇA DE QUEIROZ, JORNALISTA” “ALÉM DE ROMANCISTA, EÇA FOI UM GRANDE, FORMIDÁVEL, JORNALISTA.

Os dois papéis não eram, aliás, incompatíveis, podendo facilmente argumentar-se que um enriqueceu o outro. O jornalismo obrigou-o a estar atento ao que o rodeava, a ficção contribuiu para que desse importância ao estilo.

Excerto da Introdução.

Foi por conhecer mal esta vertente de jornalista, que requisitei este livro. Da sua participação em jornais, conhecia os romances-folhetim que escrevia no DN, tinha uma ideia de Eça ter dirigido um jornal alentejano e sabia da sua participação n’ ”As Farpas”.

Eça de Queiroz, Jornalista é uma recolha da autoria de Maria Filomena Mónica de alguns dos mais marcantes e entusiasmantes artigos de Eça.

O tal jornal alentejano em que Eça participava, era O Distrito de Évora, criado em 1867 e os artigos que apresenta são de pseudónimos do escritor/jornalista. Tratava-se de um jornal de crítica ao Governo, financiado por José Maria Eugénio de Almeida, um grande lavrador alentejano.

“O que são há 20 anos os partidos em Portugal? Que pensamento traduzem? Que grande facto social querem realizar? Formam-se, desagregam-se, dissolvem-se, passam, esquecem, sem que deles fique uma edificação aceitável, uma criação fecunda. Estabelecem patronatos, constroem filiações, arregimentam homens e braços trabalhadores, preparam terreno e solo robusto, onde eles possam sem embaraço tomar as livres atitudes do aparato e da vaidade reluzente. Nada mais fazem. Nascem infecundamente, morrem esterilmente.”

Publicado in O Distrito de Évora, 14 de Fevereiro de 1867 (nº11)

Eça é uma referência na pródiga Geração de 70, a par de Ramalho Ortigão ou Oliveira Martins. Trata-se de uma geração de intelectuais que espelha uma época em que a informação estava já mais acessível ao povo, em grande parte graças ao aparecimento do Diário de Noticias.

Mas o escritor nunca teria o acesso à cultura e informação se não tivesse decidido sair do país, primeiro para Cuba, como cônsul – não era o país que uma mente insaciável de cultura como a de Eça procurasse, mas foi a primeira hipótese de sair do país – e de seguida para Inglaterra. De Newcastle para Bristol, vai escrevendo para jornais portugueses, brasileiros e, em 1889, concretiza o seu sonho e funda a “Revista de Portugal”, que viria a falir três anos mais tarde.


Este é um livro fundamental para saber isto e muito mais. Acima de tudo, ensina-nos que tivemos um soberbo jornalista, para o qual “apenas” olhamos como soberbo escritor.


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PARA O JORNALISTA, TUDO O QUE É PROVÁVEL É VERDADE

«Para o jornalista, tudo o que é provável é verdade». Trata-se dum axioma estupendo, como tudo o que Balzac inventa. Reflectindo nele, nós percebemos quantas falsidades se explicam e quantas arranhadelas na sensibilidade se resumem a fanfarronices e não a conhecimento dos factos. Em geral, o pequeno jornalista é um profeta da Imprensa no que toca a banalidades, e um imprudente no que se refere a coisas sérias. Quando Balzac refere que a crítica só serve para fazer viver o crítico, isto estende-se a muitas outras tendências do jornalista: o folhetinista, que é o que Camilo fazia nas gazetas do Porto (...). 
Eu própria não estou isenta duma soma de articulismos, de recursos à blague, de graças adaptáveis, de frequentação do lado mau da imaginação, de ridículos, de fastidiosos conselhos, de discursos convencionais, de condenações fáceis, de birras imbecis, de poesia de barbeiro, de elegâncias chatas, de canibalismo vulgar, de panfletismo «bom cidadão». 

Quando não sou nada disso, sou assunto para jornais, mas não sou jornalista.

Agustina Bessa-Luís, in 'Dicionário Imperfeito'
Tema(s): Jornalismo Ler outros pensamentos de Agustina Bessa-Luís

- "Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados. "Autor - Fernandes, Millôr

- "Os jornais excitam sempre a curiosidade. Ninguém larga nenhum jornal sem uma sensação de desapontamento. "Fonte - Pensamentos Destacados sobre Livros e Leitura Autor - Lamb, Charles

- "Considero como uma das felicidades da minha vida não escrever nos jornais; isto faz mal ao meu bolso, mas faz bem à minha consciência. "Fonte – Correspondência Autor - Flaubert, Gustave

- "Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal. Para se conquistarem essas sete linhas benditas, os homens praticam todas as acções - mesmo as boas. "Fonte - A Correspondência de Fradique Mendes Autor - Queirós, Eça


- "O jornalista é o único comunicador desinteressado. Aquilo que escreve ou diz não obedece ao interesse de ninguém, excepto de quem lê ou ouve. "Autor - Moura, Paulo Fonte: Público / 2008050


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OS JUÍZOS LIGEIROS DA IMPRENSA

Incontestavelmente foi a imprensa, com a sua maneira superficial e leviana de tudo julgar e decidir, que mais concorreu para dar ao nosso tempo o funesto e já irradicável hábito dos juízos ligeiros. Em todos os séculos se improvisaram estouvadamente opiniões: em nenhum, porém, como no nosso, essa improvisação impudente se tornou a operação corrente e natural do entendimento. Com excepção de alguns filósofos mais metódicos, ou de alguns devotos mais escrupulosos, todos nós hoje nos desabituamos, ou antes nos desembaraçamos alegremente do penoso trabalho de reflectir. É com impressões que formamos as nossas conclusões. Para louvar ou condenar em política o facto mais complexo, e onde entrem factores múltiplos que mais necessitem de análise, nós largamente nos contentamos com um boato escutado a uma esquina. Para apreciar em literatura o livro mais profundo, apenas nos basta folhear aqui e além uma página, através do fumo ondeante do charuto.

O método do velho Cuvier, de julgar o mastodonte pelo osso, é o que adoptamos, com magnífica inconsciência, para decidir sobre os homens e sobre as obras. Principalmente para condenar, a nossa ligeireza é fulminante. Com que esplêndida facilidade exclamamos, ou se trate de um estadista, ou se trate de um artista: «É uma besta! É um maroto!» Para exclamar: «É um génio!» ou «É um santo!», oferecemos naturalmente mais resistência. Mas ainda assim, quando uma boa digestão e um fígado livre nos inclinam à benevolência risonha, também concedemos prontamente, e só com lançar um olhar distraído sobre o eleito, a coroa de louros ou a auréola de luz. 

Eça de Queirós
Portugal
1845 // 1900 Escritor
Eça de Queirós, in 'Cartas de Paris' Tema(s): Jornalismo Opinião

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OS BENEFÍCIOS DE DOAR SANGUE

Bolsa de Plaquetas que a Bia recebeu esta semana

Nem vou me ater aos benefícios para quem recebe, porque a VIDA é a resposta. Mas, e pra quem doa, quais são os benefícios? Quando fiquei sabendo que doar sangue diminui, e muito, as chances de uma pessoa ter problemas cardiovasculares, senti-me na obrigação de falar sobre isso aqui.

Sim, pois tem muita gente vendendo saúde aí, que não se importa nenhum pouquinho com aqueles que precisam transfundir, ou por um acidente, ou por uma cirurgia, ou por um tratamento quimioterápico. E, o que é mais impressionante (como a natureza é perfeita!), uma única bolsa de sangue é capaz de salvar até três vidas, pois os componentes são utilizados separadamente.

Então, seguem alguns dos benefícios para aqueles que precisam de um motivo para ajudar a salvar vidas e que não consideram isso (salvar vidas) o real motivo:

- Doar sangue ajuda a evitar problemas cardiovasculares;
- Quem doa, recebe o resultado de exames como hepatite B e C, sífilis, HIV, HTLV I e II e doença de Chagas, uma forma de fazer o check-up com frequência;
- No dia da doação, o doador pode pegar uma declaração e justificar á empresa que doou sangue nesse dia;
- Os únicos impedimentos para doar, são:

- Gravidez;
- Gripe;
- Tatuagem ou piercing sem condições de higiene há menos e meses;
- Comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis;
- Com histórico de doenças transmissíveis pelo sangue.
- Se você não se encaixa no grupo acima, está esperando exactamente o quê?

- Basta ter entre 18 e 60 anos (65 anos se for dador regular), pesar no mínimo 50Kg e estar em boas condições de saúde.
Eu, por exemplo, dou de 3 em 3 meses. Muitas dessas vezes, a Bia nem precisa, mas dou assim mesmo, pois já fazia isso antes dela adoecer e acho que é o mínimo que posso fazer, já que tenho saúde. E você?

E se você já é um doador sangue, tem entre 18 e 45 anos, aproveite uma de suas idas ao Posto Fixo da ADASCA e se torne um doador de medula. É muito simples!
Além da bolsa de sangue, eles tirarão de você mais 6ml de sangue para os exames, e você precisar apenas de preencher uma ficha para o efeito. Muito pouco para salvar vidas, não acham?

Não se deve doar sangue em jejum, nem sobre efeitos de álcool. Convém de igual modo fazerem-se acompanhar do Cartão de Cidadão a fim de facilitar a inscrição junto do administrativo.

Um beijo,

Virgínia Magalhães

NB: Enviem-nos os vossos artigos sobre este assunto ou outros para o e-mail: editorlitoralcentro@gmail.com


Os alunos não devem ter nenhum contacto com esta Constituição”, diz Fernando Negrão

PSD e CDS chumbam projecto que obriga os alunos a estudar a Constituição. PS pode dividir-se e esquerda vota a favor

O parlamento debate hoje se a Constituição deve ser ou não estudada nas escolas e o mais certo é a proposta ser inviabilizada com os votos contra do PSD e do CDS. O presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Fernando Negrão, defende, em declarações ao i, que “os alunos não devem ter nenhum contacto com esta Constituição”, já  que faz mais sentido terem contacto com o conhecimento de “conteúdos de direito constitucional” que não estejam vinculados a ideais “de direita, nem de esquerda”.

A iniciativa é do Partido Ecologista Os Verdes (PEV) e pretende que a Constituição seja ensinada aos alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário. No projecto de resolução lê-se que, “37 anos depois da sua aprovação, a Constituição da República Portuguesa é ainda nitidamente desconhecida por muitos portugueses”. Foi essa percepção que levou os ecologistas a recomendar ao governo que “integre (...) o estudo da Constituição” naqueles programas, ainda que sem definir em que moldes isso aconteceria.

O problema, para os centristas, está na carga ideológica do actual texto. Por isso, “o CDS votará contra, entendendo que a Constituição da República não se ensina, pratica-se. Muito menos com derivações ideológicas”, diz ao i fonte do partido. O PSD também é contra a intenção do PEV por entender que “a matéria é tratada na vida escolar – até ao 12.º ano – de maneira transversal, que satisfaz o conhecimento” dos mais jovens, explica ao i o deputado Pedro Lince.

À esquerda, a questão mantém-se. A deputada Isabel Moreira até assume que, se a intenção for a de transmitir “os princípios fundamentais que regem a ordem constitucional”, o projecto do PEV é positivo. “Seria importante que os jovens não saíssem da escola sem a mínima noção do que são os princípios fundamentais” da organização do Estado, para que se formem “cidadãos com um espírito mais crítico”, refere a constitucionalista.

Uma ideia partilhada por Basílio Horta, que admite querer “não votar contra” o projecto. O deputado participou na construção do actual projecto constitucional e defende que a actividade cívica “não se limita a um voto de quatro em quatro anos”. Professor universitário, o socialista reconhece que os alunos chegam ao ensino superior “muito mal preparados” e “muito afastados da política” e que isso tem consequências para a qualidade da democracia. Um problema que poderia ser atenuado com o reforço do estudo da lei fundamental no percurso escolar obrigatório. Mas, ao i, a deputada Odete João sublinha que “o currículo dos alunos tem de ser pensado na globalidade e não com medidas avulsas”. Daí que, “da forma como está, não” haja espaço para um voto global favorável da bancada socialista.

 O PCP votará favoravelmente por entender que “faz todo o sentido que possa ser estudada” a Constituição,“sobretudo no momento que vivemos”, como sublinha a deputada Rita Rato. E, do lado do Bloco de Esquerda, Luís Fazenda refere que o partido “apoiará genericamente a iniciativa”, acrescentando que se “deve ir mais longe” na intenção, não limitando a questão ao ensino da Constituição.

Reforçar a cidadania os mais novos confirmam a tese que de há um hiato considerável entre o seu mundo e o universo da política. Catarina Henriques, da Organização Nacional de Estudantes Socialistas do Ensino Básico e Secundário – e, portanto, uma excepção à regra –, reconhece que “os jovens estão muito desligados da política” e que é “importante” pô-los em contacto com estas matérias, pelo que “faz todo o sentido” aumentar o contacto dos alunos com a Constituição. E, abrindo caminho a como essa aproximação poderá fazer-se, a estudante de 18 anos diz ser fundamental que a disciplina de Formação Cívica “voltasse a fazer parte da estrutura curricular”.

Paulo Guinote lembra, a propósito do percurso escolar, que os alunos têm o primeiro contacto com a ideia de Constituição no segundo ciclo (nas cadeiras de História e Geografia) e que a matéria volta a ser abordada no terceiro ciclo – já consta, por isso, das “metas de aprendizagem” dos alunos, ainda que “não de forma extensiva”. Considerando o projecto do PEV “interessante”, o professor de História refere, contudo, que “as medidas transversais acabam por não dar em nada”. E é precisamente acusando a falta de um pensamento global sobre os currículos escolares que Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, apela à “autonomia” das escolas, para que possam“organizar o seu projecto” e, “além de capacidade e conhecimentos, possa haver uma preparação integrada de cidadãos civilizados e capacitados”.


Fonte: iInformação 16 Maio 2013

NB: em que circunstancia fez a dita afirmação? A Constituição é assim tão nociva? Transforma a mente dos alunos? Abre-lhes a mente para os seus deveres e direitos como cidadãos do futuro? Tornam-se reivindicativos? O que conta é a santa ignorância. Teiste País não passas da cepa torta. 
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Edgar Silva diz que Estado não pode discriminar portugueses


O candidato presidencial apoiado pelo PCP, Edgar Silva, defendeu hoje, em Viana do Castelo, que o Estado "não pode" tratar os portugueses que vivem longe dos centros urbanos como "se fossem de terceira ou quarta categoria".

"Há aqui da parte do Estado a imposição de constrangimentos que são inaceitáveis e são bloqueios ao desenvolvimento aos mais variados níveis", disse Edgar Silva durante uma visita ao concelho de Viana do Castelo.

Falando no final de uma visita às instalações da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão deficiente mental (APPACDM), o candidato afirmou que o "Estado não pode ter uma política madrasta para quem está na periferia, e depois de total apoio a quem está nos grandes centros urbanos".

"Há uma exigência de tratamento que não pode ser igual, porque as situações não são de igualdade, de uma discriminação positiva para quem necessita de respostas específicas", sublinhou.

Segundo Edgar Silva, "é contra esta forma inaceitável do Estado intervir" que a sua candidatura se irá bater nas eleições presidenciais de 24 de janeiro, garantindo que irá "tomar partido de quem, na periferia, reclama por justiça".

Como exemplo "deplorável" desse tratamento apontou o caso de dois Centros de Atividades Ocupacionais (CAO), e um lar residencial daquela associação de apoio à deficiência, respostas que deixam de ter apoio da Segurança Social.

Edgar Silva disse que se trata de "um problema que quase parece inacreditável" e classificou como "deplorável" o comportamento da Segurança Social.

"Os equipamentos estão prontos a funcionar e estão encerrados porque a Segurança Social assumiu compromissos e não está a honrá-los", sustentou.

"Eu como candidato à presidência da República e se vier a ser, se o povo assim o quiser, através do voto estas situações não podem deixar um candidato a presidente da República indiferente (...). Requerem decisões imediatas", defendeu.

Antes de visitar aquela associação, o candidato esteve no Instituto Politécnico de Viana do Castelo, o qual se debate "com insuficiente financiamento", tendo ainda apontado a introdução das portagens na A28, como um dos "obstáculos" que se colocam à região, no que diz respeito "aos direitos de mobilidade e ao desenvolvimento económico".

Edgar Silva deslocou-se ainda a uma fábrica de armas para contactos com trabalhadores e termina o dia com um jantar com apoiantes na sede do partido em Viana do Castelo.

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Fonte:http://www.noticiasaominuto.com/politica/501477/edgar-silva-diz-que-estado-nao-pode-discriminar-portugueses

DESTRUIR A EXCELÊNCIA…. PORQUE SIM! A falsa integração do Instituto de Odivelas no Colégio Militar



MOA – “Meninas de Odivelas” Associação
Quase cento e dezasseis anos após ter sido fundado, o Instituto de Odivelas é amanhã efectivamente extinto e em cerimónia oficial falsamente integrado no Colégio Militar (CM) na sequência de uma leviana e atabalhoada decisão do ex-Ministro da Defesa Aguiar Branco que tirou vantagem da ignorância, alheamento, temor e subserviência de responsáveis políticos e militares que podiam ou deviam opor-se-lhe. E também do desinteresse (real ou “aconselhado”) da comunicação social que se remeteu ao silêncio face ao que se estava a passar…

O ex-Ministro da Defesa Aguiar Branco e a sua equipa usaram sucessivamente diferentes argumentos para justificar o seu encerramento precipitado e lesivo do interesse nacional, dos direitos das mulheres e da memória da sua luta pelo acesso ao ensino.

Começaram por argumentar que representava um custo excessivo.

Primeira mentira!

Demonstrámos então com dados quantificados que o Instituto de Odivelas é, das três escolas militares, a mais barata e que, para além disso, é a que de longe apresenta a melhor relação investimento/resultados dado o seu desempenho escolar ser incomparavelmente superior ao das restantes duas escolas.

A falácia dos custos cai por terra também quando afinal o Ministério da Defesa não se poupa a gastos para “integrar” o Instituto de Odivelas no CM: 6 milhões de euros na construção parcial do internato feminino para 80 alunas no CM; transporte diário das alunas entre as duas instituições durante um ano; fardas oferecidas às alunas que transitaram para o CM, etc. Tudo providenciado por empresas da área do Porto…. E agora até a Câmara de Odivelas já vem anunciar uma remodelação do Mosteiro - que se encontra em perfeito estado de conservação! - pela “módica” verba de 16 milhões de euros!Convenhamos que os custos nunca foram a verdadeira preocupação do ex-Ministro da Defesa Aguiar Branco.

Assinale-se que dos três colégios, também o Instituto de Odivelas possuía as melhores instalações e manteve-as cuidadosamente ao longo de gerações, bem como ao monumento nacional à sua guarda, e detinha um espólio valiosíssimo cuja salvaguarda se encontra agora em risco pela negligência com que tem estado a ser tratado.

Em seguida argumentaram com a igualdade de género, tendo inclusive a ex-Secretária de Estado da Defesa Berta Cabral vindo para os jornais afirmar que se estava a fazer história!

Segunda mentira!

Não há igualdade quando das três escolas a única que é encerrada é justamente a escola das raparigas. Não há igualdade quando as raparigas são forçadas a integrarem-se num universo onde se perpetua uma visão do Mundo centrada na supremacia masculina. Não há igualdade quando não existe inclusão da diferença. Não há igualdade quando as alunas do CM são obrigadas a viver como rapazes, a vestir-se (*) como rapazes, a aceitar e interiorizar uma cultura masculina, machista e androcêntrica. Não há igualdade quando não há o menor esforço para tratar de forma diferente aquilo que é diferente. Houve e há uma uniformização no masculino.

Forçoso é, pois, de constatar que esta ‘reforma’ não só não se sustenta em qualquer racionalidade económica, pedagógica ou social, como acarreta violação de direitos, disparidades e enormes custos para o erário público, custos estes que ninguém sabe se neste novo quadro terão algum retorno.

Criado em 1900 por um grupo de oficiais do exército para providenciar às órfãs de militares a educação necessária à sua independência económica, numa época em que o direito à educação e ao trabalho não eram sequer reconhecidos às mulheres, o Instituto de Odivelas cumpriu exemplarmente esse papel formando milhares de mulheres portuguesas para o exercício de várias profissões e dando ao país mulheres preparadas para tomar decisões e assumir cargos de responsabilidade em todas as áreas.

Ao longo destes quase cento e dezasseis anos de história, o Instituto de Odivelas sobreviveu a todas as convulsões políticas, nomeadamente a duas guerras mundiais, ao fim da monarquia, à implantação da república, à 1ª república, à ditadura e ao estado novo, à guerra colonial, ao 25 de Abril e ao chamado PREC sem deixar de cumprir o seu papel e assumir as suas responsabilidades para com as mulheres portuguesas.

Aquilo a que hoje assistimos não é uma “integração”, é na realidade a extinção formal e oficial daquela que foi indiscutivelmente a melhor das três escolas militares e uma das melhores escolas portuguesas.

O mérito do Instituto de Odivelas é uma evidência incontroversa que não abona a favor da bondade da decisão do seu encerramento, antes sublinhando o paradoxo que lhe subjaz e a obstinação que o determina.

A MOA, “Meninas de Odivelas” – Associação, repudia veementemente todo este processo, a patente falta de transparência, a falta de apoio das chefias militares, a falta de diálogo com as partes interessadas e a negligência no tratamento do espólio material e histórico do Instituto de Odivelas.

(*) O regulamento de uniformes do exército, que prevê fardas para homens e mulheres, está a ser totalmente desrespeitado no CM e pela cadeia hierárquica responsável - no CM as raparigas vestem-se com as fardas dos rapazes e não têm alternativa!

NB: este assunto é do conhecimento público, essa a razão pela qual o divulgamos aqui neste Blog. No entanto, convém que ao enviar-nos comunicados deste género ou outros, sejam acompanhados com um contacto de alguém com que possamos falar no caso de se tornar-se necessário.
Joaquim Carlos – Editor|Administrador do Litoral Centro
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O QUE REALMENTE É VAIDADE


Em primeiro lugar vamos ver o que significa vaidade na nossa língua portuguesa: Vaidade, segundo o dicionário Aurélio, é a qualidade daquilo que é vão (fútil, insignificante, que só existe na fantasia, falso, ilusório e inútil), pode ser também um desejo imoderado de atrair a admiração; presunção.

A vaidade é definida, entre outras coisas, como o excessivo desejo por merecer a admiração dos outros (Aurélio). Os dicionários dizem ainda que o vaidoso é presunçoso (convencido), orgulho excessivo, arrogância e fútil (sem seriedade).

A vaidade consiste em uma estima exagerada de si mesmo, uma afirmação snobe da própria identidade. Para alguns, a vaidade é mais utilizada hoje para estética, visual e aparência da própria pessoa.

 “Precisamos estudar a palavra “vaidade” no original hebraico e grego, compararmos as várias vezes em que ela é usada na Escritura e qual o verdadeiro sentido que esse vocábulo possuía nos tempos antigos.

Vaidade no hebraico advém de duas palavras. Habel, shav, que significa vazio e oco. Seu uso no Antigo Testamento estava relacionado ao abandono do único Deus verdadeiro e à busca de ídolos que não podiam satisfazer às necessidades de Israel pelo simples facto de não existirem. Adorar ídolos os tornou-se sinónimo de vaidade, pois era como se o povo israelita estivesse buscando ajuda no vazio.

No grego, vaidade é representada pelo substantivo mataiotes e também significa vazio. Não há qualquer relação entre vaidade e o uso de jóia, roupas ou ornamentos. Seu significado, em primeiro lugar, refere-se ao mundo criado que, no pecado e sem preencher o propósito inicial para qual foi criado, tornou-se vazio.

“Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou” (Rm 8.20).

Vaidade no gr. mataiotes é também usado por Paulo para expor a forma de pensar e o estilo de vida dos gentios que não agradam a Deus: “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico, que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos” (Ef 4.17).

Vaidade no gr. mataiotes, também podia denotar as palavras impressionantes, mas vazia, de falsos mestres que muito falam, mas não possuem conteúdo nenhum: “Porquanto, proferindo palavras jactanciosas de vaidade, engodam com paixões carnais, por suas libertinagens, aqueles que estavam prestes a fugir dos que andam no erro”(2ª Pe 2.18).

Vaidade no hebraico awv - shav significa: falsidade; vazio de fala, mentira; inutilidade.

A palavra vaidade quando refere-se ao sopro (vida), a enfermidade, algo vazio. Salomão também usa a palavra vaidade nesse sentido de algo vazio, oco. “Vaidade de vaidade! Diz o pregador; vaidade de vaidade! Tudo é vaidade” (Ec 1.2).

Vaidade é colocar esperança naquilo que é vão, passageiro, perecível. Neste mundo tudo é passageiro e ninguém leva nada daqui. Por isto Salomão diz: “tudo é vaidade”. A vida só deixa de ser vaidade quando entregamos a nossa vida a Deus e o servimos de todo coração. Tudo que o homem faz sem dedicar a Deus ou não um alvo que é Cristo é vaidade, ou seja, vazio [GONDIM - É proibido – P. 67-70].

A palavra “vaidade” não é um termo que descreve uma pessoa cuidadosa vestida ou de adornos no corpo; pelo contrário, esse vocábulo valoriza-se ao modo de viver.

“Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” (Tt 1.15).

Paulo as coisas importantes são aquelas que não vêem, pois tudo o que os nossos olhos contemplam um dia passará. Sendo assim, para o apóstolo o que é finito deveria ser considerado vaidade: “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem são temporais, e as que se não se vêem” (2ª Co 4.8).


Fazendo uma avaliação sobre alguns costumes do ser humano constatamos de que tudo que é bom, é considerado errado, ou pecado. Notamos que as pessoas julgam as outras e não olham para dentro de si. Avaliam um comportamento e julgam-no achando que este está errado, mas fazem isso, sem base nenhuma. Se alguém não gosta e não quer tal costume, então fala mal e cria uma regra como se fosse uma doutrina infalível. Muitas vezes, quando julgamos nosso próximo por causa da sua postura exterior, podemos estar julgando mal. O ser humano não tem condições de conhecer o coração das pessoas. Uma pessoa pode aparentar santa, mas seu coração pode estar longe de Deus.

É um exercício inútil julgar uma pessoa pela sua maneira de vestir, porquanto o profeta Jeremias nos afirma que “Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto, quem conhecerá?” (Jr 17.9).

Julgar sobre quais vestimentas são ou não “vaidosas” leva-nos a um nível de legalismo sufocante e criminoso. O líder deve se preocupar com as vestes sensuais e que venham desonrar a quem usa, mas julgar alguém e dizer que é mundano pelas vestes, caímos da graça do Senhor.

Não seria o uso da gravata uma vaidade? A gravata surgiu em culturas de clima frio como uma espécie de cachecol que esquentava o pescoço. Entretanto, ao ser estilizada e aperfeiçoada a ponto de perder sua função inicial, foi lançada na moda masculina e tornou-se mero adorno no pescoço dos homens. Principalmente dos políticos autoridades e dos pastores.

Assim, aprendemos que vaidade é objectivamente descrita como sentido de vazio, inutilidade e falta de consistência. Todas as vezes que buscarmos nossa identidade no que for irreal, estamos sendo vaidosos.

A vaidade no contexto pseudocristão é muito crucial, porém na verdade não destingimos a vaidade no sentido de pecado. Por exemplo: Apreciar aplausos. Apreciar elogios demasiados. Gostam de ser elogiados e sentem-se orgulhosos.

Usar a questão de usos e costumes e dizer que as pessoas que usam adornos e roupas da moda amam o mundo significa confundir a real acepção que a Bíblia atribui ao vocábulo “mundo”.

Outro dia ouvi uma frase aparentemente medíocre, mas que na verdade expressa o que muitos “cristãos” tem sido: “por fora bela viola, mas por dentro pão bolorento”, ou seja, por fora há boa aparência, parece que tudo está bem, mas na verdade por dentro não há vida, mas podridão, presunção e orgulho. O ser humano está mais preocupado com o aparente, com a sua imagem e reputação sempre mostrando uma atitude hipócrita e orgulhosa diante das pessoas, e acabam julgando os outros por aquilo que eles mesmos são.

Mas quem é o orgulhoso? É o soberbo, o insolente, arrogante, desdenhoso, presunçoso, presumido e auto-suficiente.

Ser quebrantado e humilde não significa ter um semblante triste, melancólico, abatido; nunca sorrir e só chorar.

Tudo o que sou e tudo o que falo e penso brotam do meu coração. O que sai da minha boca reflecte como é meu coração. (identifico-me com esta máxima).

Não gostamos de admitir, mas o que dizemos é o que somos por dentro. O facto é que o que dizemos sempre revelará o que há em nosso coração.

Fonte desconhecida