domingo, 3 de outubro de 2021

Cantanhede | Secção de Columbófilia vai realizar a cerimónia de entrega de prémios

A Secção de Columbofilia da Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, vai realizar no próximo dia 9 de outubro, sábado, a já habitual cerimónia de consagração dos associados concorrentes à Campanha Desportiva do ano em curso.

Nas modelares e funcionais instalações do Mercado Municipal da Câmara Municipal de Cantanhede, pelas 17h00, serão entregues para além dos prémios referente à classificação geral individual, os Troféus Crédito Agrícola e Taça de Honra Alberto Abrantes, que homenageia o maior vulto daquela Associação desportiva do concelho de Cantanhede.

Serão igualmente e a exemplo dos anos anteriores, homenageadas algumas entidades e empresas que prestaram nesta época desportiva apoio à Secção de Columbofilia.

Mais um parque de estacionamento gratuito em Cantanhede

 A Câmara Municipal de Cantanhede acaba de aprovar a aquisição de dois terrenos num local contíguo ao centro da cidade para criação de um parque de estacionamento gratuito. Com cerca de 1700 m2, as duas parcelas vão ser adquiridas pelo valor total de 110 mil euros, nos termos já acordados com os proprietários, estando já elaborado pelos serviços técnicos camarários o projeto a executar, estando o custo da obra estimado em cerca de 70 mil euros.

A intervenção prevista, contempla a impermeabilização de 1.343 m² com a aplicação de tapete betuminoso em 1.146 m2, além de 180 m2 de grelhas de enrelvamento em 180 m2 e 144 m2 de espaço ajardinado pontuado por árvores para criar áreas de ensombramento. Os lugares de estacionamento serão 54, três dos quais destinados a viaturas de pessoas com mobilidade condicionada e dois para veículos elétricos equipados com os respetivos equipamentos de carregamento.

No total, a autarquia vai investir cerca de 180 mil euros na criação de uma infraestrutura que será uma mais-valia importante para Cantanhede, sobretudo porque facilita o parqueamento automóvel num local próximo de algumas das áreas urbanas onde se desenvolvem as dinâmicas comerciais, estimulando assim a circulação pedonal pelos percursos que têm vindo a ser valorizados para o efeito. Esta é, de resto, uma área em que tem havido um forte investimento municipal, nomeadamente na requalificação urbana das ruas Conselheiro Carvalho, das Parreiras, Saro Negrão, do Sequeiro, D. Afonso Henriques e Joaquim António de Aguiar, estas quatro últimas precisamente nas imediações do novo parque de estacionamento.

No geral, as intervenções realizadas a esse nível incidiram na aplicação de materiais nobres no revestimento dos passeios e na eliminação das barreiras arquitetónicas, designadamente através da anulação da diferença das cotas com as faixas de rodagem, estabelecendo a separação entre uns e outras com balizadores metálicos.

Trata-se de obras que vieram consolidar a estrutura urbanística da zona central de Cantanhede, em particular os acessos da envolvente à Praça Marquês de Marialva, e que reverteu em evidentes vantagens, pois valorizou as condições de segurança e comodidade dos peões e ajudou a disciplinar melhor a circulação viária.

Pela primeira vez, André Ventura vai ter concorrência na eleição para a presidência do Chega

Carlos Natal diz candidatar-se contra as "trapalhadas, indefinições, falta de liderança, o deixar andar, não intervir e permitir que as situações fujam ao controlo" que afirma serem o dia a dia do partido. Diz não querer criar divisões no Chega, mas antes abrir um espaço de diálogo para definir o futuro do partido. É a primeira vez que André Ventura vai ter um adversário na luta pela presidência do partido.

Carlos Natal, que esteve nestas eleições autárquicas para ser o candidato do Chega a presidente da Câmara Municipal de Portimão, antes de, em junho, se ter desentendido com as estruturas locais e nacionais do partido, o que levou a que fosse afastado da candidatura, assumiu este sábado que vai disputar a presidência do Chega com André Ventura nas próximas eleições do partido.

A disputa pela liderança é algo inédito na história do Chega, uma vez que nas outras duas ocasiões em que André Ventura se demitiu e recandidatou não teve oposição ao lugar de presidente do partido.

Recorde-se que ontem, em conferência de imprensa na sede do partido, Ventura reagiu à decisão do Tribunal Constitucional – que, na quinta-feira, deu razão ao Ministério Público e considerou que as alterações estatutárias introduzidas pelo partido no Congresso de Évora, em setembro de 2020, são inválidas -, salientando que, “apesar de não ser claro na decisão do Tribunal Constitucional se a eleição do presidente do partido em eleições diretas fica ou não comprometida”, o Chega decidiu “não correr mais riscos nesta matéria”, apresentando assim a sua demissão da presidência do partido e consequente recandidatura, não só a presidente, mas com listas a todos os órgãos do partido.

No manifesto da candidatura publicado na sua página de Facebook, Carlos Miguel do Carmo Natal, que se apresenta como "militante fundador do partido", afirma que, nos últimos anos, "ao mesmo tempo que o partido crescia, decrescia o número de militantes fundadores do partido, descontentes com o rumo que o partido começava a ter e principalmente pelo facto de não haver canais para se poder falar, expressar sentimentos, vontades e apontar caminhos dentro do partido".

"O crescimento exponencial, descontrolado, nalguns casos, e pouco rigoroso, foi protesto para medidas de bloqueio e de disciplina que nada têm de democrático, sendo muitas deles autocráticas e com bastantes tiques de autoritarismo, desenhadas pelo novos integrantes do partido, muitos deles oriundos directamente de outras forças políticas, altamente contagiados com vícios políticos e partidários, que bunquearam o partido para qualquer possibilidade de pensamento diferente, que pusesse por em causa os desígnios dos novos dirigentes partidários, com uma enaltecida vontade de chegar a um lugar de poder, sem que fosse ou possibilitado fazer uma escolha das capacidades politicas de cada um", pode ler-se.

Carlos Natal diz mesmo que "trapalhadas, indefinições, falta de liderança, o deixar andar, não intervir e permitir que as situações fujam ao controlo, são o dia à dia do partido".

Sublinhando que não quer "criar divisões", o candidato natural do Algarve diz que quer "abrir um espaço de dialogo, de pensamento e debate sobre o futuro do partido".

Recorde-se que, na quinta-feira, o Tribunal Constitucional deu razão ao Ministério Público no processo em que este pede a invalidação das alterações estatutárias do Chega no congresso de Évora em setembro de 2020 por considerar que a convocatória não o permitia.

Segundo o Tribunal Constitucional, “nem a deliberação da Direção Nacional respeitante à realização de tal convenção”, “nem a convocatória”, “contêm qualquer indicação de que, na reunião em causa da Convenção Nacional iriam ser discutidas e votadas propostas de alterações aos estatutos em vigor”, não os podendo por isso registar.

No total, foram aprovadas cinco moções de alteração estatutária na Convenção Nacional de Évora.

Entre as alterações, além da mudança no modo de eleição do líder do partido – que passou a ser eleito “em eleições diretas pelo voto livre de todos os militantes”, em vez de ser eleito pela Convenção Nacional do partido – e da Convenção Nacional – que passou a ser eleita por maioria simples, em vez de dois terços -, foram também criados novos órgãos, que são agora ilegais.

Entre os órgãos que foram criados, encontra-se nomeadamente a Juventude do Chega, a Comissão de Ética – responsável pela imposição da chamada ‘lei da rolha’ e suspensão temporária de militantes do partido – e os cargos de secretário-geral e de secretário-geral adjunto, encarregados de representar o presidente do partido “junto das estruturas regionais, distritais e locais do partido, bem como assumir a gestão corrente do mesmo nos seus diversos aspetos administrativo, jurídico, financeiro e institucional”.

Todos estes órgãos, assim como as suas decisões e os seus atos, tornam-se agora ilegais e inválidos.

Tomás Albino Gomes / Madremedia

Imagem: Barlavento - Sapo

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

 Lógica, calma, firmeza, contemplação, pureza, espírito de cavalaria



  • Plinio Corrêa de Oliveira

São Francisco de Assis faleceu no dia 3 de outubro de 1226, portanto séculos depois de São Bento (480-547), de quem era grande admirador e devoto. Certa vez, ele resolveu ir ao mosteiro de Subiaco para venerar São Bento.

Essa pintura de São Francisco de Assis está numa das grutas de Subiaco. Acho uma maravilha! Representa um homem com aproximadamente 30 anos. A cidade de Assis fica no centro da Itália, mas ele, nesta representação, parece mais com o tipo humano do norte do país; sua fisionomia revela algo de germânico, um pouco alourado, olhos claros, bigode e barba um tanto rosados. Sua mão direita toca ligeiramente o braço esquerdo. Notem a força e a lógica nas linhas dessa mão.

A atitude dele é muito serena e calma, mas com muita determinação de vontade. Pela impostação da face notamos sua firmeza, traços distendidos, mas sem nenhuma moleza. Olhar de uma pessoa pensativa, em contemplação. Muita força de vontade de alguém que deseja aquilo que contempla.

Fisionomia de uma pureza impressionante! Um homem casto por excelência, temperante e vigoroso. Compreende-se que ele gostasse de ler para os seus noviços as histórias de Cavalaria. Antes de ser franciscano ele pensou em ser cavaleiro.

____________

Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 6 de julho de 1985. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

O mosteiro de Subiaco (Itália), construído a partir do século VI pelo próprio São Bento, é o berço da Ordem Beneditina. Em 1223, São Francisco de Assis o visitou. Esse afresco, de pintor anônimo do séc. XIII, é a representação mais antiga do ‘Poverello de Assis’ e fica na Capela de São Gregório na gruta de Subiaco. Pintado em vida do santo, antes de ele ter recebido os estigmas. Fisionomia bem diferente dos habituais ‘santinhos’ que conhecemos, normalmente distribuídos em igrejas, pintados segundo uma iconografia progressista, em que o santo parece sentimental, adocicado, hesitante e mole. O oposto das grandes virtudes de São Francisco de Assis, considerado uma das maiores glórias da Igreja em todos os tempos.

ABIM