quarta-feira, 11 de junho de 2025

Barcelos | IPCA abre candidaturas para cursos intensivos de Inglês e Alemão

 Até ao dia 22 de junho estão abertas as candidaturas para os Cursos Intensivos no Centro de Línguas do IPCA.
As Estes cursos serão lecionados em regime b-learning, combinando o ensino online e presencial no Campus do IPCA, e têm a duração total de 30 horas. A oferta formativa abrange diferentes línguas e níveis:
> Alemão: A2+
> Inglês: A1+, A2+, B1+ e C1+
Os cursos decorrerão entre os dias 7 e 30 de julho e destinam-se a todos os que pretendem reforçar as suas competências linguísticas de forma prática e flexível.
Os interessados devem consultar o Edital que fixa os prazos de candidatura, inscrição, vagas, condições de funcionamento e emolumentos.

As candidaturas decorrem até 22 de junho e devem ser realizadas exclusivamente online no Formulário de Inscrição, através do link: https://ipca.pt/centro-de-linguas/inscricoes/.

Mais informações em https://ipca.pt/centro-de-linguas/.

*Ana Reis
Gabinete de Comunicação e Imagem (GCI)

Município de Estarreja inaugura escultura evocativa do património natural e cultural da cidade

 A peça em aço corten da autoria de Paulo Neves vai ser instalada na Rotunda do Hospital, situada na entrada sul da cidade.
 
A Câmara Municipal de Estarreja inaugura no dia 13 de junho, sexta-feira, às 11h, na Rotunda do Hospital, situada na entrada sul da cidade, a escultura “Pássaros e Folhas”, da autoria de Paulo Neves, que pretende evocar e celebrar o património natural e cultural de Estarreja, assinalando um momento relevante da história local estarrejense: os 20 anos do BIORIA, os 20 anos da reabertura do Cine-Teatro de Estarreja, com programação cultural regular, e os 20 anos de elevação de Estarreja a Cidade.
Isabel Simões Pinto, vereadora da Cultura, afirma que esta obra de arte, simboliza “a diversidade natural do Concelho e da rede de percursos do BIORIA, e os diversos “voos” culturais a que Estarreja tem habituado o seu público, de forma audaz e, por vezes até, inusitada, afirmando-se como referência cultural.”
 
Salienta ainda que “a concretização desta escultura acrescenta valor ao território, corporizando os princípios basilares da estratégia cultural municipal, definida em 2014, e que apresenta já resultados na valorização do território e do seu património natural e cultural, não apenas nos momentos dos grandes eventos âncora, mas também ao longo do ano, com a criação de um roteiro de arte urbana e arte pública e uma programação cultural regular, na rede de equipamentos culturais, atraindo visitantes ao território. A existência desta oferta diversificada estimula a fruição cultural e de turismo da natureza de quem nos visita e fomenta a sua permanência na cidade promovendo, naturalmente, diversas áreas de atividade da nossa economia local.”
 
Paulo Neves é um nome incontornável das artes plásticas em Portugal e no mundo, cuja “obra se inspira frequentemente na natureza, explorando formas orgânicas e a relação entre o ser humano e o meio natural, refletindo uma enorme sensibilidade ecológica.”
 
“O seu prestígio e experiência conferem credibilidade ao projeto, garantindo que a peça criada terá um impacto significativo tanto para a comunidade local, como para visitantes e apreciadores de arte, valorizando e posicionando o Município de Estarreja no panorama artístico e cultural global, colocando a arte e cultura ao serviço da economia local”, explica a autarca.
 
Esta iniciativa integra as comemorações do Dia do Município (13 de junho) que será marcado também pela Sessão Solene, que terá lugar no Cine-Teatro de Estarreja, às 15h, com a atribuição de medalhas de mérito municipal e votos de louvor. E pelas cerimónias religiosas que inclui uma eucaristia solene e procissão, na Praça Francisco Barbosa, a partir das 17h. Mais tarde, no Parque Municipal do Antuã, às 22h00, há um concerto com os D.A.M.A, que trazem ao palco das Festas de Santo António, da Cidade e do Município um alinhamento repleto de sucessos.
 
 
*Gabinete de Comunicação, Relações Públicas e Protocolo

Proença-a-Nova reforça resposta social com dois novos projetos dedicados à terceira idade

 
O concelho de Proença-a-Nova vive um momento marcante no reforço da sua rede de apoio à população idosa e às pessoas com deficiência. Dois importantes projetos de iniciativa distinta, mas com objetivos comuns, estão a nascer neste território: a reconversão do antigo Instituto de S. Tiago, em Sobreira Formosa, promovida pela Santa Casa da Misericórdia de Sobreira Formosa, e a construção de raiz de um novo edifício na vila de Proença-a-Nova, sob responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Proença-a-Nova. No total, estes dois investimentos representam mais 5 de milhões de euros, financiados pelo PARES - Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais, destinado a apoiar o desenvolvimento e consolidar a rede de equipamentos sociais no território continental.
Ambos os projetos respondem de forma direta à crescente procura por estruturas especializadas, preparadas para acolher, cuidar e promover o bem-estar de uma população cada vez mais envelhecida. Estes investimentos não só melhoram a qualidade de vida dos utentes como também reforçam a coesão social e económica do concelho.

Reconversão do Instituto de S. Tiago: uma nova vida para um edifício emblemático
Em Sobreira Formosa, o antigo edifício do Instituto de S. Tiago, propriedade da Câmara Municipal e cedido em regime de comodato, está a ser alvo de uma profunda reconversão, passando de unidade escolar para estrutura residencial com duas valências sociais: uma ERPI (Estrutura Residencial para Pessoas Idosas), com capacidade para 23 residentes, e um Lar Residencial, destinado a 20 adultos portadores de deficiência.
O projeto valoriza a humanização dos espaços, a acessibilidade total e o conforto ambiental. Quartos adaptados, áreas de convívio, salas terapêuticas, refeitórios, cozinha, lavandaria, serviços de enfermagem e espaços administrativos estão pensados para garantir uma resposta eficiente e acolhedora às necessidades dos utentes. A intervenção no exterior será pontual, mas eficaz, com criação de acessos, escadas de emergência e zonas de circulação adaptadas.
A localização estratégica, em zona urbana consolidada e bem servida de acessibilidades, reforça a pertinência deste investimento. O projeto tem um valor de 2 milhões de euros de investimento e prevê ainda a criação de vários postos de trabalho, potenciando também o desenvolvimento local.

Novo edifício da Santa Casa da Misericórdia de Proença-a-Nova: modernidade e resposta especializada
Paralelamente, está em curso a construção de um novo edifício da Santa Casa da Misericórdia de Proença-a-Nova, vocacionado para acolher a população sénior num espaço moderno, funcional e ajustado às exigências atuais. Esta nova estrutura residencial para pessoas idosas terá capacidade para 62 utentes e visa colmatar a crescente necessidade de respostas sociais especializadas, reforçando a estrutura já existente de apoio a idosos em situação de dependência.
A nova infraestrutura destaca-se pelo desenho arquitetónico contemporâneo, pela funcionalidade dos espaços e pela preocupação com a sustentabilidade e acessibilidade. O edifício incluirá áreas de alojamento, salas de convívio e terapia, zonas de refeição, enfermaria, espaços de apoio técnico e administrativos, bem como jardins exteriores acessíveis, pensados como zonas de lazer e estimulação sensorial.
A construção deste equipamento reflete uma visão de futuro, ao conjugar o cuidado humano com a inovação técnica, e ao responder aos desafios demográficos do território com soluções concretas. Em termos de investimento, esta nova unidade representa 3 milhões e 200 mil euros. Tal como o projeto de Sobreira Formosa, também aqui se prevê a dinamização económica local, através da criação de emprego e da atração de profissionais qualificados para a região.

Uma visão integrada para o envelhecimento com dignidade
Ambos os projetos representam um reforço robusto da capacidade instalada no concelho de Proença-a-Nova para acolher e cuidar da população idosa e de cidadãos com necessidades especiais. Mais do que edifícios, estas iniciativas traduzem-se em respostas humanas, pensadas para oferecer qualidade de vida, dignidade, segurança e bem-estar.
Num concelho onde o envelhecimento da população é uma realidade crescente, estas estruturas tornam-se fundamentais para assegurar uma rede de cuidados continuados de proximidade, permitindo às pessoas permanecerem no seu território, junto das suas famílias e comunidades.
Além do impacto social direto, estas intervenções demonstram um claro compromisso das instituições com a inovação, o desenvolvimento sustentável e a valorização dos recursos locais. Proença-a-Nova afirma-se assim como um exemplo de como o poder local e as instituições de solidariedade podem atuar em conjunto para responder, com eficácia e sensibilidade, aos desafios sociais do presente e do futuro.

*Andreia Gonçalves
Unidade de Comunicação, Turismo e Eventos



Rede de lojas de proximidade ‘Aqui é Fresco’ cresceu acima do setor em 2024 e movimentou 17 milhões de euros na XIV Convenção em Aveiro


 A XIV Convenção da ‘Aqui É Fresco’, a maior rede de lojas de proximidade do país, atingiu os 16.970.000€ euros de volume de negócios diretos realizados entre os mais de 1.500 participantes reunidos nos dias 8 e 9 de junho em Aveiro e que visitaram os 98 stands presentes na Convenção, juntando representantes das principais marcas, retalhistas e grossistas. Os 16,970 milhões de euros superaram assim o anterior recorde de 15.5 milhões obtido pela ‘Aqui É Fresco’ na Convenção de 2024, realizada na cidade de Braga.
A Convenção da ‘Aqui é Fresco’ foi o primeiro acontecimento público do setor a contar com a presença do secretário de Estado Pedro Machado, renomeado para a recém-designada Secretaria de Estado do Turismo, Comércio e Serviços. A circunstância foi referenciada pela positiva pelo Diretor-Geral da ‘Aqui é Fresco’, da Unimark e presidente da Adipa e Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, destacando que “Existem agora condições para um acompanhamento mais regular das questões do Comércio em Portugal”, país onde o comércio de proximidade e independente de pequena e média dimensão representa um universo superior a 600 mil pessoas.
No que respeita à ‘Aqui é Fresco’, a Diretora-Executiva Carla Esteves destacou que a rede de lojas de proximidade registou um aumento de faturação de 10% em 2024, superando a média de 7% observada no setor do Retalho Alimentar, de acordo com dados da consultora Nielsen.
Relativamente à marca própria ‘UP’, que em 2025 assinala duas décadas de existência, conta atualmente com 650 referências, sobretudo nas áreas alimentar e de DPH, tendo registado um crescimento de 8% nas vendas durante o ano de 2024.
Representando já um total de 110 mil m2 de área de venda conjunta, a ‘Aqui é Fresco’ integra 14 grossistas, 38 cash & carry e 700 lojas, 250 das quais já no processo de adoção da nova imagem da rede, lançada em 2024.
De acordo com Carla Esteves: “O reforço do investimento na digitalização e aposta nas áreas do bem-estar e da sustentabilidade são pilares para a continuidade do crescimento no futuro”. De igual modo, o secretário de Estado com a pasta do Comércio, Pedro Machado, salientou os programas dos Bairros Digitais e das Aceleradoras Digitais como cruciais para o apoio ao comércio de proximidade na agenda implementada pelo XXIV Governo e que será agora continuada pela equipa governativa recém-empossada.
Desta vez sob o mote da Economia Circular, esta XIV Convenção – que contou também com a presença do presidente da Câmara de Aveiro, José Ribau Esteves - entregou todos os excedentes das refeições e produtos não consumidos ao longo dos dois dias ao Centro Comunitário ‘Florinhas do Vouga’, que desenvolve a sua atuação para a melhoria das condições de vida das pessoas com dificuldades várias. Esta ação insere-se na prática contínua de combate ao desperdício alimentar por parte da ‘Aqui É Fresco’, que conta com parcerias com rede ‘Unidos Contra o Desperdício’ e a ‘Too Good To Go’, permitindo esta última distribuir uma média de 400 refeições por mês a famílias carenciadas. A Rede de lojas apoia igualmente a Grace e a Fundação do Gil.

Fotografias anexas com DR: Imagem da Convenção, Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, João Vieira Lopes, Diretor-Geral da ‘Aqui é Fresco’, Ribau Esteves, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro e Carla Esteves, Diretora Executiva da Aqui É Fresco e da UNIMARK.

Consultores de Comunicação Aqui é Fresco:
*Alexandre Barata 
**João Villalobos 

Opinião - Paulo Feitas do Amaral


Quantas vezes usamos expressões como “Maria vai com as outras” ou “ficou a ver passar navios” sem pensar no que realmente significam? A verdade é que muitas destas frases feitas, que hoje usamos no dia a dia quase por hábito, nasceram de momentos marcantes da História de Portugal. E se quisermos que as novas gerações percebam que a língua é um espelho da nossa identidade, temos de lhes contar estas histórias — simples, vivas e com verdade.
Quando dizemos que alguém é uma “Maria vai com as outras”, estamos a usar o nome da rainha D. Maria I, que enlouqueceu depois da morte do filho. Durante o exílio no Brasil, a rainha passeava com as damas da corte e o povo, ao vê-las, dizia “lá vai a Maria com as outras”. Com o tempo, esta imagem tornou-se sinónimo de quem segue sem pensar. Não é bonito, mas está carregado de História.

“Foi para o maneta” é outra pérola esquecida. Durante as invasões francesas, chegou a Lisboa um oficial que, além de ser implacável na justiça, tinha só uma mão. Quem caía nas suas mãos estava perdido. A expressão sobreviveu como forma de dizer que algo já não tem volta a dar — perdeu-se, estragou-se, foi-se.

E quando dizemos que alguém “ficou a ver passar navios”, estamos, sem saber, a repetir uma cena de 1807. As tropas de Napoleão chegam a Lisboa, mas já é tarde: a Família Real está a embarcar para o Brasil. Os franceses nada puderam fazer — ficaram a olhar o Tejo e os navios a afastarem-se. É isso mesmo: uma oportunidade perdida à frente dos olhos.

Já a expressão “rés-vés Campo de Ourique” vem do grande terramoto de 1755, que destruiu Lisboa, mas deixou praticamente intacta a zona de Campo de Ourique. Foi por pouco. Rés-vés. Desde então, diz-se assim quando escapamos por um triz.

E quando algo nos choca mesmo a sério, dizemos que “caiu o Carmo e a Trindade”. Voltamos ao mesmo terramoto. Dois conventos enormes — o do Carmo e o da Trindade — ruíram com estrondo. A imagem ficou. Hoje, usamos a expressão como exagero dramático, mas esquecemo-nos de que nasceu do colapso físico e simbólico da capital.

Tudo isto mostra que a nossa língua é uma herança viva. Está cheia de pequenas janelas para o passado, prontas a abrir-se se alguém tiver a chave certa. E essa chave é a explicação. Se quisermos que os mais novos conheçam e respeitem a nossa História, temos de começar pelas palavras que já usam. Não basta ensinar datas e factos — é preciso mostrar que até no modo como falamos há batalhas, reis, terremotos e travessias do Atlântico.

A língua portuguesa é um museu em movimento. E todos os dias entramos nele sem bilhete, sem guia, sem atenção. Talvez esteja na altura de o iluminarmos por dentro — não com holofotes, mas com histórias. Porque se há algo que merece ser passado à frente, não são só os manuais: são as palavras que dizem quem somos.

*Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor