terça-feira, 12 de novembro de 2019

Região Norte | Compromisso foi assinado em cerimónia na Câmara Municipal

RANCHO FOLCLÓRICO DE BAIRROS PASSOU A SER MEMBRO EFECTIVO DA FEDERAÇÃO DO FOLCLORE PORTUGUÊS
O Rancho Folclórico de Bairros, do concelho de Castelo de Paiva, promoveu no passado Sábado, ao final da tarde, no espaço dos Paços do Concelho, a cerimónia de Assinatura do Compromisso de Honra de passagem a membro efectivo da Federação do Folclore Português, num acto bastante participado, onde marcou presença o presidente da Câmara Municipal, Gonçalo Rocha, assim como outros elementos do Executivo Municipal, presidente da União de Freguesias de Sobrado e Bairros, José António Vilela, e ainda Daniel Café, presidente da federação que representa o folclore nacional.

No seguimento da entrega do processo técnico actualizado e sob proposta do Conselho Técnico da Região do Douro Litoral - Sul, o Conselho Técnico Nacional da Federação do Folclore Português, na sua reunião de 7 de Outubro deste ano, aprovou por unanimidade a passagem do Rancho Folclórico de Bairros - Castelo de Paiva, da situação de Sócio Aderente para Sócio Efectivo, um estatuto de maior importância que também traz à colectividade paivense mais responsabilidade cultural e etnográfica.

Foi um dia histórico para este grupo folclórico, que conta 23 anos de existência, numa iniciativa que evidenciou o esforço de todos na representação fidedigna das gentes da Terra de Paiva, em particular dos usos e costumes das gentes de Bairros, sendo também o momento certo para receber o diploma da FFP que sela este compromisso.

Sentindo a necessidade de manter e reviver o riquíssimo património cultural de uma freguesia com uma forte dinâmica associativa, Duílio Sousa, presidente do Rancho Folclórico de Bairros, mostrou-se orgulhoso por este momento festivo e de reconhecimento público, referindo que é o "culminar de um intenso trabalho de recolha e pesquisa", ao mesmo tempo que destacou que, “ agora o importante é manter este compromisso", agradecendo a todos pelo contributo que têm dado, desde a fundação em Maio de 1996, para que a colectividade esteja activa e continue a prestigiar a cultura e etnografia paivense.

Para o edil paivense, Gonçalo Rocha, que deixou uma felicitação sentida a este grupo etnográfico, este foi mais um momento feliz para Castelo de Paiva, ao testemunhar o reconhecimento ao Rancho Folclórico de Bairros, traduzindo um enorme orgulho por esta tão nobre e legítima distinção, considerando a propósito que, “ a nossa identidade cultural foi justamente distinguida com grande brilho “, desejando que este grupo possa continuar o excelente trabalho que tem vindo a realizar e a dignificar o concelho nas suas actuações.

Também José Manuel Carvalho, vereador da cultura em Castelo de Paiva, manifestou o seu contentamento por esta distinção merecida ao Rancho Folclórico de Bairros, no intuito de ser, cada vez mais intensamente, um digno e fiel intérprete do património cultural do concelho, ajudando a manter vivas as tradições verdadeiramente populares, numa terra marcada pela sua etnografia e ruralidade.

Recorde-se que o Rancho Folclórico de Bairros tem procurado, a cada dia que passa, lutar pela verdade do seu folclore e etnografia, sendo que, baseado nas recolhas feitas junto de idosos e livros históricos, os cantares e as danças mais características desta região, são, entre outras, as Rusgas, Viras, Malhões e Quadrilhas, ao mesmo tempo que, os trajes mais usados na indumentária do rancho, são a roupa de trabalho, de romaria ou festa e dos lavradores ricos, trajes todos feitos de acordo com a modéstia do povo.

Após a sessão solene de assinatura do compromisso, e da entrega de lembranças e de uma curta actuação no átrio dos Paços do Concelho, decorreu no espaço do Agrupamento de Escolas de Castelo de Paiva um jantar festivo que reuniu mais de 120 participantes, entre directores, componentes, associados, amigos e convidados oficiais.

Carlos Oliveira

Marinha Grande | Exposição alerta para o combate à violência no namoro


“Violência no Namoro Não” é o título da exposição que está patente até ao dia 30 de novembro, no Foyer da Casa da Cultura Teatro Stephens, na Marinha Grande, para assinalar o 30º aniversário da Convenção dos Direitos da Criança.

A exposição apresenta cartazes realizados por alunos do ensino secundário, no âmbito do concurso promovido pela Câmara Municipal da Marinha Grande e pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).

A presidente da CPCJ e vereadora, Célia Guerra, destaca que “pretendemos com esta exposição sensibilizar os jovens e as famílias para o fenómeno da violência doméstica, quer seja física ou psicológica, e evitar que ele ocorra logo desde a fase do namoro”.

“A exposição das crianças à violência doméstica entre os progenitores/cuidadores tem consequências devastadoras para o seu desenvolvimento e bem-estar físico e emocional e não raras vezes se observa que quer vítimas quer agressores, durante a sua infância, vivenciaram/assistiram a situações de violência entre os seus cuidadores”.

«Reconhecemos que urge prevenir este flagelo, pela sensibilização dos mais jovens e pela sua capacitação para reconhecer e dizer NÂO à violência, porque “amor não é dor”. Deste modo, foi integrado no Plano de Ação da CPCJ da Marinha Grande, para o ano de 2019, com a colaboração do Município, a realização de um concurso criativo, junto dos jovens do ensino secundário, com vista a que, na primeira pessoa, estes pudessem criar uma imagem (cartaz, desenho, fotografia, para integrar uma campanha de prevenção “Violência no Namoro – NÃO”», refere a vereadora.

Dos trabalhos a concurso serão premiados 3, que serão tornados públicos em outdoors, no concelho da Marinha Grande e cujos resultados serão conhecidos no dia 29 de novembro, pelas 21h30, na Casa da Cultura Teatro Stephens.

A exposição pode ser visitada até ao dia 30 de novembro, de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. A entrada é livre.

Marinha Grande | Apresentação de recursos de combate ao insucesso escolar

Apresentação de recursos de combate ao insucesso escolar

No próximo dia 14 de novembro, pelas 16h00, no Auditório do Edifício da Resinagem, na Marinha Grande, decorre a sessão de apresentação dos recursos pedagógicos a aplicar no âmbito da  atividade "Sucesso + Ativo - Educação para a Saúde", do PIICIE – Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar.

Os materiais irão servir  de apoio à prática pedagógica de professores do 1.º CEB ( 3.º e 4.º ano) e educadores.

Após a sessão de apresentação será dada uma ação formação de curta duração (03h00) pela Dr.ª Ana Soledade do CRI - Centro de Respostas Integradas de Leiria, apenas dirigida aos professores do 1.º CEB ( 3.º e 4.º ano) e educadores, que irão aplicar os referidos recursos.

Estes recursos têm como objetivo consciencializar os alunos e de uma forma geral, a escola, a família e toda a comunidade educativa para a promoção de competências para a vida e de hábitos de vida saudáveis que potenciem o bem-estar e, consequentemente, o sucesso educativo.


MUNDO | À quarta foi de vez, Espanha também tem a sua “geringonça”

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SAPO
O PSOE e o Unidas Podemos celebraram um acordo para formar um governo de coligação. Os termos acordados entre os dois partidos foram anunciados numa conferência de imprensa conjunta entre o primeiro-ministro em funções, Pedro Sanchéz, e o líder da Unidas Podemos, Pablo Iglesias, sendo que este assumirá funções de vice-presidência. Nas eleições legislativas de domingo, o PSOE ganhou sem maioria absoluta, conseguindo 120 deputados, e a Unidas Podemos elegeu 35 representantes, ou seja, juntos não têm uma maioria parlamentar, necessitando de outros apoios.
A celebração do acordo, firmado no Congresso dos Deputados, a câmara baixa do parlamento espanhol, foi anunciada pelo jornal espanhol El País.
Segundo o diário, o primeiro-ministro e líder do PSOE, Pedro Sánchez, e o secretário-geral do partido de extrema-esquerda Unidas Podemos, Pablo Iglesias, alcançaram um acordo para formar um governo de coligação.
O jornal espanhol avança ainda que Pablo Iglesias assumirá funções de vice-presidência no novo governo e que no cerne do acordo estão dez eixos prioritários para a governação, sendo um deles "consolidar o crescimento e a criação de emprego".
Durante a conferência de imprensa onde ambos compareceram, Pedro Sanchéz anunciou que o acordo foi um "compromisso de ambas as formações" para "desbloquear a situação em Espanha", falando num "projeto político tão empolgante que supera qualquer desencontro dos últimos meses" e num "governo progressista, integrado por forças progressistas que trabalharão pelo progresso" e que "nasce com o objetivo de se abrir a outras forças".
Já da parte da Unidas Podemos, Pablo Iglesias falou num acordo nascido de uma "necessidade histórica" que "combina a experiência do PSOE com a coragem da Unidas Podemos" e que Sanchéz pode contar com a sua "lealdade".
"O que foi impossível durante seis meses, desbloqueou-se em menos de 48 horas", escreve o El País, referindo-se ao impasse político que impediu a formação de governo depois das eleições em 28 de abril e forçou a convocatória de um novo processo eleitoral.
As eleições foram convocadas em setembro pelo rei de Espanha, depois de constatar que o primeiro-ministro socialista em funções, Pedro Sánchez, não conseguiu reunir os apoios suficientes para voltar a ser investido no lugar.
Os resultados do novo plebescito anteviam uma tarefa ainda mais complicada para Sánchez, já que o PSOE voltou a ganhar sem ganhou maioria absoluta, conseguindo apenas 120 deputados, menos três do que nas eleições anteriores. Por outro lado também a Unidas Podemos perdeu lugares e votos, ficando com 35 deputados (antes 42).
Com a perda de lugares, antevia-se um trabalho ainda mais árduo na formação de governo dada a incapacidade do PSOE e da Unidas Podemos de se entenderem ao longo dos últimos meses, mas desta vez tudo indica que terão mesmo posto as suas diferenças de parte. Esta solução vai de encontro à previsão de vários analistas que apontaram para a formação de um Governo entre partidos da esquerda para acabar o impasse.
Contudo, mesmo com a celebração deste pré-acordo — que a confirmar-se será o primeiro a ocorrer nestes moldes desde o regresso do regime democrático — o PSOE e a Unidas Podemos os dois não têm deputados suficientes para assegurar uma maioria parlamentar. São necessários 175 e as duas forças contam apenas com 155 em conjunto, necessitando de assegurar apoios de outros partidos.
Parte da razão para a celeridade como que se celebrou este pré-acordo prende-se também com o crescimento da direita e da extrema-direita no parlamento espanhol. O segundo partido mais votado foi o PP, com 87 deputados (antes tinha 66), seguindo-se o Vox, que passa a ser a terceira força política em Espanha depois de mais do que duplicar a sua representação parlamentar, passando de 24 para 52 deputados. Em sentido oposto, o Cidadãos elegeu apenas 10 representantes, quando antes tinha 57.
Pedro Sánchez apelou, no discurso de vitória no domingo à noite, a “todos os partidos” para que atuem “com responsabilidade e generosidade” para desbloquearem o impasse político em Espanha, assegurando que pretende formar um Governo “progressista”.
“Ganhámos as eleições e a partir de amanhã [segunda-feira] vamos trabalhar para esse Governo progressista do PSOE”, concluiu Sánchez num pequeno discurso perante cerca de 200 militantes e apoiantes do PSOE reunidos em frente à sede nacional do partido, em Madrid.
MadreMedia

Sismo de magnitude 4,2 na escala de Richter sentido no Faial, Pico e São Jorge

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SIC NOTICIAS
Um sismo magnitude 4,2 na escala de Richter foi sentido na madrugada de hoje nas ilhas do Faial, Pico e São Jorge, nos Açores, divulgou a Proteção Civil.

Segundo um comunicado da Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, o sismo, sentido às 04:36 de hoje, teve o epicentro a cerca de 30 quilómetros a Oeste da freguesia do Capelo (Horta), na ilha do Faial.

De acordo com a informação disponível até ao momento, o tremor de terra foi sentido com intensidade máxima IV/V (Escala de Mercalli Modificada) na freguesia do Capelo e em Castelo Branco, Feteira, Praia do Norte e Cedros, no concelho da Horta.
Foi ainda sentido com intensidade IV nas freguesias do Salão, Praia do Almoxarife e Flamengos, e com intensidade III/IV nas freguesias da Ribeirinha, Conceição, Matriz e Angústias, sempre no concelho da Horta.
Na ilha do Pico, o sismo foi sentido com intensidade III/IV nas freguesias de Candelária (Madalena), Santa Luzía e São Roque do Pico, e na ilha de São Jorge foi sentido com intensidade III na freguesia de Velas (Velas).
Na segunda-feira, já tinha sido registado um sismo de magnitude 3,7 na escala de Richter, com epicentro a 32 quilómetros a oeste/noroeste da freguesia do Capelo.
Na semana passada, a ilha do Faial sentiu sismos com magnitudes de 3,4 (quinta-feira), 3,9 (quarta-feira) e 4,4 (terça-feira), segundo a escala de Richter, e na noite de domingo foram registados tremores de terra de magnitude 3,5 e 3,6, na mesma ilha.
De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).
Na semana passada, o presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) disse à Lusa que o Faial estava a registar um ligeiro aumento da atividade sísmica, com todos os eventos com epicentro no mar.
"É uma das muitas zonas sismogénicas do arquipélago e desde o dia 03 de novembro (domingo), sensivelmente desde as 16:00, que se registou um ligeiro incremento da atividade sísmica nesta zona sismogénica, localizada a oeste do Faial, com uma distância entre os 25 e os 35 quilómetros da ilha", explicou Rui Marques.
Lusa

Substituir funcionários nas escolas vai ser mais rápido, promete Ministério

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As escolas vão poder substituir funcionários de forma mais célere, podendo contratar ao fim de 12 dias de ausência do trabalho, anunciou hoje o Ministério da Educação.
Até agora, os diretores tinham que esperar um mês (30 dias) para poder resolver ausências prolongadas, recorrendo a uma “bolsa de contratação” que permitia suprir essas situações.
Desde o início do ano, a carência de funcionários tem levado ao encerramento de escolas, greves e à realização de manifestações por parte dos encarregados de educação, que temem pela segurança dos alunos.
O Ministério decidiu corrigir a situação e prepara-se para publicar um diploma que tornará o processo mais rápido: “O despacho, que seguirá agora para publicação, possibilita estas substituições ao fim de 12 dias de ausência”.
Quando o diploma for publicado, a substituição de assistentes operacionais passará a ser mais célere.
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais estima que as escolas precisem de “mais 6000 trabalhadores” e anunciou na segunda-feira uma greve nacional dos trabalhadores não docentes das escolas em protesto contra a “falta crónica” destes funcionários.
Em entrevista à agência Lusa, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, recordou que no seu mandado anterior foi alterada a portaria de rácios para que as escolas pudessem ter mais assistentes técnicos e que nos últimos três anos as escolas viram chegar mais 4.300 funcionários.
Entretanto, foi dada a possibilidade de contratar mais 1.067 funcionários.
“A generalidade dos processos de recrutamento dos 1.067 assistentes operacionais (AO) está terminada, estando estes AO já a trabalhar nos respetivos Agrupamentos de Escolas, o que possibilita esse acesso recentemente criado ao mecanismo de reserva de recrutamento, o qual permite colmatar possíveis faltas temporárias”, acrescenta hoje o gabinete de imprensa do Ministério da Educação.
Além destas contratações, a tutela garante que “têm sido outorgadas horas suplementares, em casos pontuais, suprindo também necessidades existentes”.
Lusa

Desporto | Dos relvados para os quadradinhos: Cristiano Ronaldo vira super-herói em série de banda desenhada

O futebolista português é o protagonista de Striker Force 7, uma série de três volumes em banda desenhada onde combate o crime. O primeiro livro teve ontem lançamento mundial.
Para além de marcar golos, Cristiano Ronaldo vai passar a marcar presença no mundo da banda desenhada e das novelas gráficas, numa série com lançamento em Portugal assegurado pela Oficina do Livro, chancela do grupo Leya.
O internacional português e jogador pela Juventus dá a cara à série de banda desenhada Striker Force 7, onde protagoniza um grupo de super-heróis que combate o crime. O anúncio tinha sido feito em maio do ano passado, mas a edição do primeiro volume aconteceu ontem.
Segundo um comunicado avançado pela editora, os três volumes desta coleção estarão “centrados na ação de uma agência mundial de combate ao crime que vai recrutar Cristiano Ronaldo, cujas capacidades físicas, de agilidade, poder de remate e, sobretudo, de trabalho em equipa, serão essenciais para proteger a Terra dos supervilões”.
“Sempre fui fã de super-heróis e fiquei entusiasmado por ajudar a criar este novo projeto. Tal como o futebol liga culturas e pessoas de todo o mundo, acredito que os grandes personagens e heróis de animação também conseguem fazê-lo. É por isso que, para mim, é um enorme prazer juntar a paixão pelo futebol e pelos super-heróis neste projeto e poder partilhá-la com os meus fãs”, disse Cristiano Ronaldo a propósito deste projeto.
Para além da edição de banda-desenhada, o Striker Force 7 vai ter ainda um programa de desenhos animados, anunciado pelo próprio jogador através das suas redes sociais.
A criação desta banda-desenhada foi feita numa parceria entre a editora Graphic India e a agência de comunicação VMS Communications.
“O nome do Cristiano é sinónimo de profissionalismo, dedicação e êxito”, disse o responsável de operações da VMS Communications, Diego Guarderas, justificando que é essa a razão pela qual o português “inspira pessoas de todo o mundo”.
MadreMedia

Desporto | Euro2020. Portugal-Lituânia com lotação esgotada

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A Bola
O Portugal-Lituânia, jogo do Grupo B de apuramento para o Euro2020, que vai decorrer no Estádio Algarve, terá lotação esgotada, depois de todos os ingressos terem sido vendidos, anunciou esta terça-feira a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

“Os bilhetes para o jogo Portugal-Lituânia colocados à venda (19.889) encontram-se esgotados, pelo que a seleção nacional terá casa cheia numa partida determinante na caminhada com destino ao Campeonato da Europa 2020”, lê-se numa nota publicada no site oficial do organismo.

O encontro está agendado para as 19h45 e terá arbitragem do francês Ruddy Buquet. Três dias depois, os campeões europeus jogam no Luxemburgo, na despedida do Grupo B.

O agrupamento é liderado pela Ucrânia (19 pontos, em sete jogos), seguido por Portugal (11, em seis), Sérvia (10, em seis), Luxemburgo (quatro, em seis) e Lituânia (um, em sete).

Em caso de vitória nos dois últimos jogos, Portugal assegura o segundo lugar do grupo e o apuramento direto para a fase final do próximo Europeu, independentemente dos resultados obtidos pela Sérvia.

Lusa

Isabel Nery apresenta “Sophia” no Leiria Convida


No âmbito do Leiria Convida, a Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira recebe, no sábado, dia 16 de novembro, às 17 horas, a jornalista e autora Isabel Nery com “Sophia”, a primeira biografia de Sophia de Mello Breyner Andresen, no ano em que se assinala o centenário do seu nascimento. 

Neste livro a autora percorreu lugares que fizeram parte da história de Sophia, e entrevistou mais de 60 pessoas, do pescador José Muchacho, ao amigo Manuel Alegre, até ao ensaísta Eduardo Lourenço, passando por companheiros das letras e da política. 

Só assim foi possível completar a biografia que faltava sobre Sophia de Mello Breyner Andresen, a primeira portuguesa a receber o Prémio Camões e a única mulher escritora com honras de Panteão Nacional e a quem muitos gostariam de ter visto atribuído o Prémio Nobel. 

Isabel Nery 
Despertou para o jornalismo em 1995, com o estágio na RTP. Seguiu-se a SIC, de onde sairia para o semanário Tal&Qual. Esteve na equipa fundadora do diário 24horas, onde foi sub editora de Sociedade, e trabalhou na revista Máxima. Integra a redação da revista VISÃO há 13 anos, onde, entre outros, fez parte da equipa que criou a VISÃO Júnior, de que foi editora. 

As reportagens de Isabel Nery foram já distinguidas com vários prémios e em 2010, foi uma das jornalistas selecionadas pela Fundação Luso- Americana (FLAD) para o curso no Committee of Concerned Journalists (CCJ),em Washington. 

Em 2011, criou o núcleo de Jornalismo e Literatura do Clepul, centro de investigação da Faculdade de Letras de Lisboa. Nesse mesmo ano, a reportagem Vida Interrompida foi adaptada para uma exposição itinerante (em co-autoria com Marcos Borga), que percorreu o país durante mais de um ano. Em 2012, publicou o livro de reportagem As Prisioneiras - Mães Atrás das Grades, que viria a ser adaptado para a curta-metragem Os Prisioneiros, estreada em Janeiro de 2015, no Cinema S. Jorge. 

Publicou investigação e ensaio, sendo autora do livro Política e Jornais – Encontros Mediáticos (2004), do ensaio O Inferno Aqui tão Perto - Literatura de Viagens e Reportagem de Guerra (2009) e Do Génio Jornalístico (2014). Enquanto investigadora, apresentou comunicações em várias instituições portuguesas e estrangeiras, nomeadamente nos EUA e Canadá. 

Faz parte da direção do Sindicato dos Jornalistas desde Janeiro de 2015.

Câmara Municipal de Águeda entregou viatura elétrica à GNR


No âmbito das comemorações do 11º aniversário do Comando Territorial de Aveiro da GNR, que se realizaram em Águeda, foi assinado um contrato de comodato para cedência de uma viatura de patrulhamento urbano por parte da Câmara Municipal à GNR.


Esta viatura, amiga do ambiente, visa reforçar o patrulhamento efetuado no âmbito do projeto “Escola Segura”, projeto que é de âmbito nacional e inclui todos os estabelecimentos de educação e ensino, públicos, privados e cooperativos, com exceção dos estabelecimentos do ensino superior.

Sobre a entrega da viatura, o Presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, referiu: “Esta viatura visa constituir um auxílio para vigilância da pessoa idosa e vítima de maus tratos, mas também reforçar um processo que se iniciou há muitos anos, o Escola Segura que até então era efetuado com recurso a algumas viaturas já antigas, e espero que com esta nova viatura possam fazer este trabalho dotados de melhores condições. ”

Livros | Fernando Tordo: Não houve Geração mais Rica que a Nossa

Fernando Tordo, um dos maiores nomes da música de intervenção em Portugal, recorda, aos 71 anos, a sua carreira, a parceria com Ary dos Santos, a juventude, vivida entre acordes e revolução, a má vida dos cantores, os ídolos, as histórias de violas, os amigos, os mentores e os benéficos auto-exílios. Estas e outras histórias para ler numa conversa cheia de amizade com José Jorge Letria, publicada em livro. Em Fernando Tordo: Não houve geração mais rica que a nossa celebramos a vida e obra de um artista a quem muito devemos e que tem muito para nos contar.

No 19.º livro da colecção «O Fio da Memória», resultante da parceria entre a Guerra e Paz, Editores e a Sociedade Portuguesa de Autores, conheça a história de um dos maiores intérpretes e compositores da música portuguesa. No livro, revisite a vida e obra de Fernando Tordo, e a forma apaixonada como vive a música, desde a adolescência, com o ímpeto de um cavalo à solta. Recordações da juventude numa revolução que ajudou a fazer e a cimentar através da arte.

Conheça a história de amizade, camaradagem e choque com Ary dos Santos, poeta de Abril, com o qual protagonizou uma das parcerias mais ricas e profícuas da música. Uma relação que fez o músico recordar serões de explosão criativa, tão maluca quanto o passodoblismo da tourada, mas também a «laranja amarga e doce» da má vida dos cantores.

Um diálogo a não perder entre José Jorge Letria, que além de poeta e romancista, tem também um passado de violas, canções e revolução, e Fernando Tordo, uma lenda viva da canção em Portugal.

Um dos pioneiros da música de intervenção portuguesa, que, aos 71 anos, se prepara para dar um grande concerto no Teatro Nacional de São Carlos com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida pelo maestro Jorge Costa Pinto. Uma celebração de meio século de canções que acontece esta sexta-feira, dia 16 de Novembro.

Fernando Tordo: Não houve geração mais rica que a nossa chega às livrarias de todo o país na próxima terça-feira, dia 19 de Novembro. O livro pode ainda ser adquirido através da loja online da Guerra e Paz, Editores.


Fernando Tordo: Não houve geração mais rica que a nossa
Diálogo com José Jorge Letria
Não-Ficção / Biografia
Colecção O Fio da Memória
176 páginas · 15x20 · 13,99 €
Nas livrarias a 19 de Novembro
Guerra e Paz, Editores

Cultura | 10º Aniversário da Biblioteca Municipal Manuel Alegre


Numa iniciativa que se não é inédita é, seguramente, rara, o escritor Manuel Alegre estará na próxima sexta-feira, dia 15, em Águeda para oferecer aos alunos que ali frequentam o 12.º ano exemplares do romance Alma – título que o autor escolheu para, nesse livro, designar a terra onde nasceu.
A partir das 11h00, no anfiteatro da Escola Marques de Castilho, 250 alunos vão receber das mãos de Manuel Alegre um exemplar de Alma, actualmente na 16.ª Edição, publicada em Abril de 2019, com um texto introdutório da autoria de Mário Soares, que o próprio Mário Soares leu durante a primeira apresentação da obra, a 21 de Dezembro de 1991, em Lisboa.
Alma é um grande romance: é a história de uma terra de província, numa dado momento histórico, com as suas personagens, o seu ritmo, as paisagens, o rio, os animais, especialmente os peixes e os pássaros, e um certo halo nostálgico da infância, recriada por uma memória intacta, límpida, selectiva, precisa nos mais ínfimos pormenores”, escreveu Mário Soares.
Com esta iniciativa pretende-se que os alunos leiam um romance cujo referente espacial é a antiga Vila de Águeda e o referente temporal a década de 40.
Esse objectivo será reforçado com o diálogo entre o escritor e os alunos em que também virão a lume antigas personalidades de Águeda que serviram de inspiração a Manuel Alegre, figuras que no romance nos aparecem recriadas com o talento literário do romancista.
No dia seguinte, sábado, no âmbito das comemorações do 10.º Aniversário da Biblioteca Municipal Manuel Alegre, a partir das 15h00, vão ali ser exibidos os diplomas do Doutoramento Honoris Causa da Universidade de Pádua e do Prémio Camões, atribuídos ao Poeta em 2017, que Manuel Alegre ofereceu à autarquia local e que, agora, passarão também a estar patentes na biblioteca.
Nesse mesmo dia, também na Biblioteca Municipal Manuel Alegre, será feita, pelo ensaísta e crítico literário Paulo Sucena, a apresentação de Os Sonetos, a antologia que reúne grande parte dos sonetos de Manuel Alegre, publicada no passado mês de Setembro.

Águeda acolheu as cerimónias do Dia do Comando Territorial de Aveiro da GNR


O Comando Territorial de Aveiro comemorou no dia 10 de novembro o seu aniversário, também conhecido por Dia da Unidade. Para assinalar a data foi realizada uma cerimónia militar, onde foram condecorados alguns militares desse Comando Territorial, que está sediado na cidade de Aveiro e é responsável pelo cumprimento da missão da GNR neste distrito.

A cerimónia foi apresentada pelo tenente-coronel Armando Videira, que deu as boas vindas a todos os presentes e efetuou a apresentação da Guarda e de todas as forças presentes.

O tenente-coronel Maximiano Vaz Alves, comandante do Comando Territorial de Aveiro da GNR, na sua intervenção, efetuou um balanço do que foi o último ano da presença da Guarda Nacional Republicana em Aveiro e agradeceu, também, ao Presidente do Município de Águeda, Jorge Almeida pela “imediata disponibilidade para acolher este evento no seu Município” dizendo ainda que “esta ação demonstra o excelente relacionamento existente entre a Câmara Municipal de Águeda e a GNR”.

De seguida, o 2.º Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana, Tenente-General Rui Manuel Carlos Clero, proferiu um discurso onde felicitou todas as forças presentes e deixou agradecimentos à Câmara Municipal de Águeda, e ao seu Presidente, por “toda a organização que antecedeu as comemorações do 11.º aniversário do Comando Territorial de Aveiro”. Durante a cerimónia foram ainda entregues condecorações a militares e homenageados os militares já falecidos.

O evento terminou com um desfile de forças apeadas e motorizadas representativas de todas as valências do Comando Territorial da GNR e com a assinatura de um contrato de comodato para atribuição de um veiculo elétrico por parte da Câmara Municipal de Águeda à GNR de Águeda.

O Presidente do Município, Jorge Almeida, referiu no final do evento: “Quero agradecer a todos os presentes, foi para nós uma grande honra receber estas cerimónias aqui em Águeda, temos um enorme apreço pelo grande trabalho de todos os militares que servem na GNR e zelam pela segurança das nossas populações”.

O Programa das comemorações do 11.º aniversário do Comando Territorial de Aveiro integrou ainda um concerto pela Banda Sinfónica da GNR e uma exposição no Centro de Artes de Águeda, que estará patente até ao dia 25 de outubro. A exposição pode ser visitada de terça a sábado, das 14h00 às 19h00, e aos domingos, das 14h00 às 18h00.


Ciência | Investigador da Universidade de Coimbra desenvolve “EEG vestível” de baixo custo e reutilizável


O investigador Manuel Reis Carneiro, do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), desenvolveu um dispositivo eletrónico vestível (do inglês wearable), de baixo custo e reutilizável, que permite a aquisição de eletroencefalogramas de forma bastante mais confortável e durante períodos bem mais longos que a tecnologia atualmente utilizada na clínica.

Assim, no futuro, realizar um eletroencefalograma, ou EEG, exame bastante utilizado para avaliar a atividade cerebral, será muito mais simples e cómodo para o paciente.

Este inovador dispositivo baseado em eletrónica flexível, tecnologia que permite criar circuitos eletrónicos elásticos (maleáveis), é constituído por uma banda têxtil onde estão inseridos elétrodos não rígidos ultrafinos produzidos através de uma tinta específica que facilita a interface entre o aparelho eletrónico e a atividade cerebral, desenvolvida no Laboratório de “Soft and Printed Microelectronic” (SPM-UC) do ISR no âmbito de um outro projeto de investigação – Stretchtronics.

Atualmente, a eletroencefalografia é efetuada com elétrodos rígidos metálicos colocados no couro cabeludo, que se tornam desconfortáveis ao fim de algum tempo. Para além disso, os atuais sistemas são de grande dimensão, usam muitos fios, demoram tempo a preparar e exigem um técnico especializado, confinando a monitorização de pacientes a um laboratório ou hospital.

O "EEG vestível" desenvolvido pelo investigador do ISR ultrapassa essas limitações, podendo «ser colocado no paciente de forma extremamente simples e rápida por qualquer pessoa e, como é têxtil e os elétrodos são altamente flexíveis, permite a realização de exames ao longo de muito mais tempo, pois não se torna desconfortável, garantido a mesma qualidade dos atuais dispositivos utilizados na medicina», explica Manuel Reis Carneiro.

Pensado inicialmente para ser aplicado em serviços de urgência, «onde nem sempre está disponível um técnico especializado para a realização do exame, possibilitando assim que qualquer profissional coloque o dispositivo e fique a conhecer a condição do doente», o potencial de aplicação deste dispositivo vestível da próxima geração é vasto, refere o investigador.

«Ao permitir a interface homem-máquina, por exemplo, uma pessoa tetraplégica consegue controlar uma cadeira de rodas através da atividade cerebral. Por outro lado, como é um dispositivo sem fios e de muito baixo custo, pode também ser utilizado para exames médicos em locais remotos (telemedicina), ou seja, os dados podem ser adquiridos em qualquer lugar do mundo e analisados remotamente por um médico especializado, num hospital. Pode ainda ser aplicado em casos em que é necessária a monitorização contínua da atividade elétrica do cérebro», destaca.

Após o sucesso dos testes em laboratório, o investigador e a sua equipa pretendem avançar para a validação clínica tendo em vista a colocação no mercado deste “wearable”. «O dispositivo está a funcionar, é eficaz na aquisição de atividade cerebral, é simples e barato (a banda têxtil custa entre 1 e 2 euros), e por isso pretendemos que a tecnologia chegue ao mercado», conclui Manuel Reis Carneiro.

Financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pelo Programa Carnegie Mellon Portugal (CMU Portugal), o projeto foi desenvolvido no âmbito da tese de mestrado do investigador, orientada por Mahmoud Tavakoli, docente e diretor do Laboratório de “Soft and Printed Microelectronic” do ISR, e foi distinguido recentemente no concurso de ideias "Fraunhofer Portugal Challenge 2019".

Cristina Pinto

Góis distinguido com bandeira “Autarquia + Familiarmente Responsável” 2019

 
A Câmara Municipal de Góis foi, pelo quarto ano consecutivo, distinguida pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis (OAFR) como uma das Mais Familiarmente Responsáveis por adotar políticas efetivas de apoio às famílias.
A distinção atribuída a 76 dos 141 Municípios candidatos, pretende reconhecer a capacidade de intervenção das autarquias, incentivando a continuidade das políticas de apoio às famílias e promovendo a adoção de novas medidas.
Os parâmetros tidos em conta pelo Observatório, criado em 2008 pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, para atribuição dos galardões, baseiam-se numa análise a várias áreas de atuação, tais como: apoio à maternidade e paternidade; apoio às famílias com necessidades especiais; serviços básicos; educação e formação; habitação e urbanismo; transportes; saúde; cultura, desporto, lazer e tempo livre; cooperação, relações institucionais e participação social; boas práticas para com os funcionários na conciliação da vida profissional e familiar, entre outras iniciativas.
O Município de Góis irá ser galardoado, juntamente com 58 municípios, com a “bandeira palma”, distinção destinada aos municípios que recebem o prémio por três ou mais anos consecutivos, numa cerimónia a ter lugar no próximo dia 27 de novembro, em Coimbra, como reconhecimento do trabalho desenvolvido ao nível das políticas promotoras da qualidade de vida dos agregados familiares do Concelho.

Mundo | Cruzado no queixo do povo

Péricles Capanema
Hoje quero ser todo mundo. Sei não, anda sumido todo mundo, precisa de quando em vez aparecer e dar o ar da graça. Areja, todo mundo não é romântico, fantasia pouco, tem os pés no chão.
O baiano (soteropolitano) Acelino “Popó” Freitas foi tetracampeão mundial de boxe em duas categorias. Grande carreira no esporte. A seguir, tentou outro ringue, a política e nele se deu mal. Em 2010, pelo PRB elegeu-se suplente de deputado federal com 60.216 votos — exerceu o mandato. Em 2014, tentou de novo, perdeu a eleição, obteve 23.017 votos. Em 2018, outra derrota, não passou dos 4.884 votos. Tomou do eleitorado um direto no queixo.
Desiludiu-se com a política; hoje afirma: “A população é muito corrupta. Ela consegue ser até mais corrupta que o próprio político. Ela só quer o seu voto se você der uma dentadura, uma cesta básica, um material de construção, bola, colete. Não tinha dinheiro. Sem dinheiro, você não vai. ‘E aí, vai me dar quanto pra gente conseguir um monte de voto aqui no bairro?’. ‘Não tenho’, eu respondia. ‘Então, tchau. Tem outro aqui fazendo oferta pra gente’”.
Em português sofrível, Popó explica o dia a dia do político normal — e ele era deputado federal, imagine o deputado estadual e o vereador: A minha chateação é porque eu percebi que ser político é você ser errado. […] Se eu fizesse tudo errado, ou eu estava preso, ou ganhava a reeleição. […] Só para Salvador eu mandei quase R$ 7 milhões para Neto de emenda. E com projetos, para academias sociais debaixo de viadutos, construção de quadras. Esse projeto eu destinei alguns projetos para a Rótula do Abacaxi, para todos esses novos viadutos. Eu destinei alguns projetos já com verba, já com tudo 3D para a Secretaria de Esportes. E não saiu. E o estado que mais dá títulos à Bahia é o boxe. Fiz como deputado federal mais de 70 projetos de lei […] E quando as pessoas vinham para me ajudar… eu dizia: ‘Eu faço esse campo e um posto de saúde e em contrapartida eu quero que vocês me apoiem.’ Aí o pessoal dizia: ‘Não, eu quero que você banque mais de 40 pessoas por mês com mais de R$ 1 mil de salário’. A própria população se torna mais corrupta que o deputado. E aí eu senti na pele o que é ser político, o que é fazer política”.
Exposição um tanto confusa, mas dá para entender. Popó compreensivelmente queria votos como retribuição por ter conseguido o dinheiro para melhorias na Bahia. Precisava deles para continuar na política. Todo mundo sabe, deputado age assim, cabem nos dedos da mão as exceções. Os eleitores exigiam mais. Popó não tinha mais. Perdeu. Resumiu o que todo mundo sabe, sem dinheiro você não vai.
Como sem dinheiro a coisa não vai, uma forma para ir é arrancar da viúva a bufunfa para as campanhas. Dinheiro público, autorizado, tudo legal. Todo mundo deblatera — e com razão — contra as verbas públicas bilionárias jorrando no bolso dos partidos (Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos e Fundo Especial de Financiamento de Campanha). São verbas para campanhas de autopromoção, entre outras necessidades prementes, retiradas da construção de postos de saúde e escolas.
Não bastam os dois fundos referidos. Saem outras verbas para campanhas dos cargos em comissão, e aí é preciso não esquecer as rachadinhas. Os titulares dos cargos em comissão, além de ter algumas vezes de rachar o salário com o eleito, muitas vezes são apenas cabos eleitorais. Única função: cabos eleitorais por quatro anos pagos com dinheiro público, milhares Brasil afora. Fabrício Queiroz, do ramo, há pouco foi gravado dizendo: “Tem mais de 500 cargos lá na Câmara, no Senado. Pode indicar para qualquer comissão, alguma coisa, sem vincular a eles em nada, em nada. Vinte continho para a gente caía bem […] Um salariozinho bom desses aí, cara, para a gente que é pai de família, caía igual a uma uva”.
Sem dinheiro, você não vai, fica parado, constatou o boxeador nocauteado em ringue dominado por profissionais de outro esporte. Tem ainda tem o caixa 2. Todo mundo sabe, muitos doadores não querem aparecer nas listas oficiais, mas aceitam ajudar. “Toma aqui, leva, boa sorte, não quero recibo, assim tá bão, senão você me complica”. E o candidato precisando de dinheiro, leva. É raro o político que não tem o caixa 2.
Muita gente de grande qualificação profissional fica longe da política por causa dos vícios acima apontados. Com isso privam o Brasil das lues de seus talentos, deixando o campo livre para aventureiros, arrivistas, inescrupulosos e nulidades — nossos legisladores e governantes em geral, com as exceções que a praxe comanda. Cheguei até aqui e lembro: — todo mundo sabe que é assim, todo mundo finge que não sabe que é assim.
Quereria destacar hoje apenas um ponto. Debate-se continuamente reforma política e reforma eleitoral — todo mundo fala nelas. Parte da corrupção no mundo político vem dos custos altíssimos das campanhas eleitorais. É imperioso baixá-los. Os custos da monarquia inglesa são dinheiro de pinga (e lá atraem milhões de turistas) se comparados com os custos das campanhas eleitorais da democracia brasileira, e daqui os turistas fogem espavoridos.
Proponho medida factível para gastar menos dinheiro. O voto facultativo baratearia as campanhas. Melhoraria a qualidade da representação. E nada mais democrático que ele. O voto é direito do eleitor. Quer exercitá-lo, vota. Não quer, fica em casa. Sem penalidades. Nada mais civilizado. Os países mais democráticos e civilizados têm voto facultativo. Temos voto facultativo, entre outros países, nos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha, Canadá. Voto obrigatório: Bolívia, Honduras, Panamá, República Democrática do Congo, Egito, Tailândia, Líbia. Nossa companhia. Esse atraso é mais um fruto venenoso da Constituição de 1988, está na hora de acabar com tal entulho autoritário, retrocesso que entrava a autêntica representação popular.
Por que os políticos fogem do voto facultativo? Razão principal e simples, poria a nu a farsa da democracia brasileira. O mundo político brasileiro está assentado sobre uma fraude, sua popularidade, decorrente de atávico romantismo, que falseia desde décadas a realidade. As gigantescas votações, creio, cairiam em aproximadamente 80%, ficaria claro que a população vive de costas para o mencionado mundo político. Mas, ao invés do engano, trapaça e turbação, hoje imperantes, como ótimo começo e fundamento da vida pública teríamos verdade, autenticidade e transparência, condições de democracia real e não a contrafação dela que nos empurram goela abaixo. Daí viriam debates mais qualificados, menos demagogia, eleitos com melhores condições para servir ao bem comum. E então o povo padeceria menos da demagogia que hoje o engoda e infelicita. Meu pedido, comecemos por aí, com a introdução do voto facultativo, passo, ainda que modesto, na direção certa. Como todo mundo, contudo, tenho poucas esperanças de ser atendido. Como todo mundo, vou continuar levando cruzado no queixo.