sábado, 27 de fevereiro de 2016

AEP com nova direção para triénio 2016-2018


No passado dia 7 de Dezembro, teve lugar a 76º Assembleia Geral da Aliança Evangélica Portuguesa, na Casa da Cidade, em Lisboa, com a tomada de posse dos novos elementos dos respectivos Órgãos Sociais, para o triénio 2016 – 2018.
Depois do pastor Jorge Humberto (2008 – 2015) segue-se agora o Irmão António Calaim, como o 11º presidente da AEP. Desta equipa, fazem também parte os irmãos António Palma, Josué da Ponte e António Rodrigues Pereira como vice-presidentes, Jónatas Pires e Bertina Tomé como 1º e 2º secretários, Salomão Oliveira como tesoureiro e ainda Tiago Aragão e Luís Calaim como suplentes. A Assembleia Geral passou a ser presidida pelo Irmão Fernando Loja e o Conselho Fiscal pelo irmão Samuel Cerqueira.
Fundada em 1921 e com estatuto legal desde 1935, a AEP é a associação representativa e mobilizadora dos cristãos evangélicos em Portugal. Actualmente, conta com cerca de 700 igrejas filiadas, 400 membros individuais e 60 organizações nacionais ligadas a ministérios juvenis, missões, artes, acção social, comunicação, família, saúde, música, entre outras valências.
Para este triénio, António Calaim pretende, entre outros aspectos, ver cumprida uma maior “vivência aliancista a nível Local/Regional” e na aproximação com as igrejas, ministérios e organizações membros, promover mais encontros de oração, continuar a dinamizar o trabalho das diversas Assessorias, Comissões e Grupos de Trabalho da AEP, organizar o Festival Esperança (da Associação Evangelística Billy Graham), aprofundar a relação com outras Alianças Evangélicas, participar no diálogo inter-religioso e intervir em questões da actualidade, como é o caso Refugiados. A nova direcção pretende ainda “representar, sempre que possível, a AEP nas diversas iniciativas a que for convidada, de forma a honrar a nossa instituição e a Deus acima de tudo”.
Texto: Sara Narciso
Para ver todas as fotos da tomada de posse clique aqui.
Para conhecer as Linhas Programáticas do Presidente da AEP para este trinéni, clique aqui.

História da Aliança Evangélica Portuguesa


É uma associação que congrega e representa a quase totalidade das igrejas evangélicas em Portugal.
Foi organizada em 1921 sob a liderança do seu primeiro presidente, Eduardo Moreira, muito embora o seu estatuto legal só tivesse sido obtido em 1935.
Inicialmente constituída apenas por pastores e outros líderes das Igrejas Evangélicas, os seus grandes objectivos foram a luta pela pureza da Fé e da Doutrina Evangélicas, a luta pela liberdade religiosa e a abolição das discriminações de que os Evangélicos eram vítimas, relativamente à Igreja Católica Romana, que era  e ainda é, a confissão dominante.
Ao mesmo tempo a Aliança Evangélica Portuguesa constituiu-se como um ponto de encontro da liderança evangélica para debater e tomar posições sobre aspectos e temas relevantes da Comunidade Evangélica em Portugal nomeadamente as que diziam respeito à liberdade religiosa, tantas vezes ameaçada e comprometida pelos privilégios concedidos pelo Estado à Igreja Católica Romana e a perseguição que esta então move a todos que não professavam a religião oficial. A actuação da AEP neste aspecto ao longo dos anos, tem dado os seus resultados, bem patentes no enquadramento legal que pouco a pouco tem sido alcançado.
No campo da assistência social, teve uma acção destacada na crise dos "retornados" das ex-colónias, quando mobilizou e distribuiu apoios, em géneros e dinheiro, para os que chegavam sem nada.
Em meados dos anos 80 a Aliança Evangélica Portuguesa altera os seus estatutos, cria condições para um maior envolvimento das igrejas no seu organismo de representação, amplia as suas estruturas e dinamiza as suas actividades de âmbito colectivo e nacional.
No início dos anos 90 adquire uma nova dinâmica e intensifica a luta pelo reconhecimento oficial da identidade e dignidade da Comunidade Evangélica Portuguesa, a luta pela abolição das discriminações de que a mesma é vítima em diversas matérias, a luta pela eliminação das barreiras que ainda existem ao normal exercício da actividade das igrejas evangélicas. Luta e conquista o direito de ensinar a Religião e Moral Evangélicas nas escolas públicas, conquista o acesso à televisão Estatal, no âmbito do serviço público, e prossegue a luta para que o  Estado reconheça formalmente a existência da "Confissão Cristã Evangélica"  como a maior não católica romana e a AEP como o seu organismo de representação.
Contra "ventos e marés" e grandes resistências culturais e sócio-políticas algumas destas lutas foram, parcialmente, bem sucedidas, destacando-se a prolongada luta por uma Lei da Liberdade Religiosa.

A AEP congrega e representa a quase totalidade da comunidade evangélica, com um número de fiéis directamente envolvidos nas igrejas da ordem dos 250.000, exerce a sua influência num universo de 500.000 pessoas, tem cerca de 1.500 locais de culto espalhados por todo o Continente e Ilhas, possui cerca de 900 ministros de culto e outros líderes, conta com cerca de 2.000 quadros superiores, sócio-profissionais e empresários, possui 12 escolas de ensino teológico, conta com mais de 63 instituições de acção social, tem 306 turmas a funcionar em 241 escolas públicas da disciplina de Educação Moral e Religiosa Evangélica abrangendo um universo de 2000 alunos, tem dois programas televisivos, sendo um bi-semanal, no canal 2 da RTP, "A Luz das Nações" e o outro, "Caminhos", transmitido ao 3º domingo de cada mês e exerce muitas outras actividades ligadas à promoção da fé cristã evangélica, à salvação dos portugueses e à valorização da vida humana.
A AEP coordena e dinamiza, também, projectos a nível nacional promovidos pelas igrejas e apoia-as, bem como aos seus ministros e outros líderes, em diversos aspectos da sua acção local.
É reconhecida pelo Estado como representante da Comunidade Evangélica Portuguesa e nessa qualidade mantém contactos institucionais regulares com a Igreja Católica Romana.
Está internacionalmente em íntima cooperação com as Alianças Evangélicas dos países da UE, integra a Aliança Evangélica Europeia e, a nível mundial, a Aliança Evangélica Mundial, com sede em Singapura.


Visão


A Direcção tem presente os objectivos da Aliança Evangélica Portuguesa e o conteúdo essencial do Plano Estratégico de 2003, que reconhece tratar-se de um documento válido em termos de identidade, imagem, visão e missão da AEP. Movidos pelo dever de honrar um passado que a todos dignifica, conscientes da vertente ministerial que a Aliança Evangélica Portuguesa implica e determinados a enfrentar os desafios que a sociedade contemporânea a todos coloca, a Direcção da AEP propõe-se dinamizar a sua acção nos seguintes aspectos:

1. Promover a unidade do Corpo de Cristo em Portugal.
2. Afirmar a doutrina e a ética bíblicas.
3. Vincar a identidade histórica, doutrinária e ética dos cristãos evangélicos, segundo o texto bíblico como única regra de fé.
4. Influenciar a sociedade nos planos cultural, político e social com a dimensão do espiritual.
5. Coordenar os esforços dos membros nas áreas cultural, social, política e espiritual.
6. Divulgar a mensagem cristã evangélica reforçando a sua procedência bíblica face às realidades do indivíduo e da sociedade, quer sejam espirituais, morais, éticas, culturais, políticas, etc.
7. Informar a comunidade evangélica e a sociedade em geral sobre os projectos e actividades da AEP e da comunidade evangélica.
8. Representar a comunidade evangélica perante o Estado e autarquias locais.
9. Pugnar pelos direitos, liberdades e garantias da comunidade evangélica.

http://www.aliancaevangelica.pt/

Declaração de Fé


1.    Cremos na existência de um único Deus eterno, pessoal, inteligente e espiritual, eternamente existente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
2.    Cremos na soberania e sabedoria de Deus na criação e sustento do Universo, na providência, na revelação e na redenção.
3.    Cremos no Senhor Jesus Cristo como Filho Unigénito de Deus e coexistente com o Pai, na Sua encarnação humana, no Seu nascimento virginal, na Sua vida sem pecado, nos seus milagres divinos, no Seu sacrifício redentor, na Sua ressurreição e ascensão corporal, na Sua mediação junto de Deus, na Sua segunda vinda pessoal, visível e em poder e glória.
4.    Cremos no Espírito Santo, sua personalidade, divindade e actividade, que opera a conversão e regeneração do pecador e lhe concede poder para testemunhar do Evangelho e exercitar dons.
5.    Cremos na inspiração divina e total das Escrituras Sagradas, na Sua suprema autoridade como única e suficiente regra em matéria de fé e de conduta e que não existe qualquer erro ou engano em tudo o que ela declara.
6.    Cremos que o homem foi criado por Deus à Sua imagem, que pecou em Adão, que caíu do seu primitivo estado de santidade por transgressão voluntária e que é actualmente um pecador por natureza e escolha, estando, por isso, sob a condenação de Deus.
7.    Cremos na salvação e justificação do pecador pelo sacrifício expiatório de Jesus Cristo, que se adquire pela fé Nele, como uma graça de Deus, independente do mérito humano, de boas obras ou de cerimónias.
8.    Cremos na imortalidade da alma, na ressurreição corporal de todos os mortos, no juízo final do mundo pelo Senhor Jesus Cristo, na eterna condenação dos não crentes.
9.    Cremos que a igreja é o corpo universal e espiritual de Cristo, cuja cabeça é Ele, com a missão de pregar o Evangelho no mundo inteiro e que, na sua expressão local, ela é um corpo vivo, uma comunhão de crentes congregados para a sua edificação, adoração e proclamação do evangelho. Cremos também que Cristo conferiu à sua Igreja, com carácter de permanência, duas ordenanças: o Baptismo e a Ceia do Senhor.
10. Cremos que é dever de todas as igrejas locais e de cada crente em particular esforçarem-se por fazer discípulos em todas as nações e proclamarem a toda a criatura a grande salvação de Deus.

11. Cremos que é dever de todo o cristão servir a Deus em boa mordomia, promover a paz entre todos os homens e a cooperação entre as igrejas e os irmãos, tendo em vista a concretização dos grandes objectivos do Reino de Deus.

"A Luz das Nações" com nova imagem



 "A Luz das Nações" com nova imagem e novo som

O programa da AEP "A Luz das Nações", inserido em "A Fé dos Homens", conta agora com um novo genérico e uma imagem mais fresca. A nova música é também uma versão mais moderna da anterior, produzida pela banda dos king's Kids (ministério da JOCUM Portugal), liderada por Heber Marques. Trata-se de uma aposta para que a nossa mensagem de vida e esperança chegue mais longe!

Veja os nossos programas na RTP2  3ª e 6º feira as 15.30h. E acompanhe também o programa "Caminhos" no 3º domingo às 11h. Para conhecer a nossa grelha de programação,clique aqui
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Ouça também os nossos programas de rádio na Antena 1 às 3ª e 6ª feiras as 22.45h e 3º domingo as 6h.

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Aliança Evangélica Portuguesa - Juntos para transformar Portugal

O Vírus de Verdi


Há uma história sobre uma noite em que o compositor Giuseppe Verdi realizou um recital de piano no teatro Scala, em Milão, Itália, em que, depois da peça final, a plateia calorosa exigiu "bis”. Verdi, ávido por aplausos, escolheu uma composição sonora e espalhafatosa pois sabia que emocionaria o público, embora fosse, artisticamente falando, de qualidade inferior.

Quando terminou, a plateia levantou-se em estrondosa ovação. Verdi desfrutava dos prolongados aplausos quando viu na galeria o seu mentor de longa data, que sabia exatamente o que ele acabara de fazer. O mentor não se levantou, nem aplaudiu. O seu rosto estampava uma expressão de frustrado desapontamento. Verdi quase podia ouvi-lo dizer: "Verdi, Verdi, como foste capaz de fazer isso?”

Poderíamos chamar a esta situação o "vírus de Verdi” — desejo de controlar, necessidade de aprovação. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche descreveu-a da seguinte forma:"Sempre que escalo um degrau na vida, sou seguido por um cão chamado ego.”  O ego "incha” quando regado por louvor. Ávido por poder e sucesso, jamais se satisfaz, não importa a quantidade de elogios que receba.

Esta situação é muito comum no moderno e sofisticado mundo empresarial e profissional. Homens e mulheres lutam por atenção, anseiam por adulação, intrigam para obter controlo e impor a sua vontade. Todos os dias ouvimos falar ou lemos sobre líderes que sucumbiram às tentações de egos famintos. Tais atitudes não são novas. O egocentrismo é tão velho quanto a Bíblia. Vejamos alguns exemplos:

Amor por estatuto. 3 João 9-11 fala que Diótrefes, "que gosta muito de ser o mais importante entre eles”, ou noutra tradução, "que ambiciona o lugar de primeira distinção”. Ambição por prestígio e controlo levam à adoração e a igual quantidade de influência intimidante.

Insistência em impor a nossa vontade. Em Números 22-24 lemos sobre Balaão, único profeta gentio do verdadeiro Deus identificado na Bíblia. Ele obedeceu a Deus até certo ponto, mas o seu coração aceitou a liderança de Balaque, que se opunha aos israelitas. Balaão desejava obedecer a Deus, mas cedeu à tentação do ouro. Ele tinha uma mente cheia de iluminação espiritual, mas um coração em trevas. Deus permite que façamos o que insistimos em fazer, ainda que errados. Queremos e insistimos em fazer. Até mesmo oramos: "Senhor, por que não posso ter isso?”

Rebeldia contra a verdade e sabedoria. Em 2 Crónicas encontramos a história de Roboão, insolente filho do rei Salomão. Roboão presumiu que o legado da sua família e o poder que herdou, fariam o povo ceder aos seus caprichos. Porém, sem a sabedoria política nem a compreensão e confiança que o seu pai depositava em Deus, Roboão morreu orgulhoso e tolo aos 58 anos. "Ele agiu mal porque o seu coração não procurou buscar o Senhor” (2Crônicas 12.14).

Como evitar as armadilhas do orgulho e do egocentrismo? Considere a lição de 1Pedro 5.5-6: "Sejam todos humildes, uns para com os outros, porque Deus Se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes. Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele os exalte no tempo devido.”  


Texto da autoria de Robert D. Foster, fundador do "Lost Valley Ranch" (Rancho do Vale Perdido), perto de Colorado Springs, Colorado, USA. Ele é empresário e autor de meditações semanais sobre negócios há mais de 50 anos, morando na Califórnia. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com) e MJP (aspec@aspec.pt)

Hora de Fecho: Calais: o campo da vergonha

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
CRISE DOS REFUGIADOS 
A 290km de Paris, 230km de Bruxelas, a menos de 1h de Londres, milhares de pessoas sobrevivem num gigantesco bairro de lata que as autoridades querem demolir. Salvar as crianças sozinhas é urgente.
O FIM DO CAVAQUISMO 
O ministro, o primeiro-ministro e o Presidente. A fotogaleria de vida de Cavaco Silva, que deixa a política a 9 de março - o primeiro de vários trabalhos do Observador a marcar esta despedida.
PGR 
A Procuradoria-Geral da República foi ela própria alvo de buscas no âmbito a "Operação Fizz", confirmou a entidade este sábado. Em causa estão buscar por causa do procurador Orlando Figueira.
CGTP 
Em 1.566 dias do anterior Governo, a CGTP esteve 639 na rua em protesto contra Passos. Com a mudança de Executivo, a central sindical vive também novos desafios. A começar pela vida interna.
ENTREVISTA 
Em entrevista ao Observador, a candidata a líder do CDS frisa que "é importante que CDS vá pelo seu pé" às eleições; abre portas a diálogo com PS - sem Costa. E explica diferenças face a Portas.
MARCELO REBELO DE SOUSA 
O Presidente eleito abre o livro sobre a definição da campanha eleitoral. O livro com fotos de Marcelo Rebelo de Sousa pelas ruas sai no dia 8 e tem prefácio do candidato eleito.
BANCO DE PORTUGAL 
Governador do Banco de Portugal deu uma entrevista ao Expresso, onde afirma que "não há razão" para não terminar o mandato e que cabe ao Governo decidir se quer que o Novo Banco seja público.
NAÇÕES UNIDAS 
António Guterres reuniu um grupo de embaixadores que o estão a ajudar a preparar a carta e a candidatura a secretário-geral da ONU.
METEOROLOGIA 
O acesso à Serra da Estrela está encerrado, com a neve a impedir caminho e a atrair curiosos. O mau tempo deste fim de semana já causou 239 ocorrências. Tempo melhora a partir de domingo.
SEGURANÇA SOCIAL 
Passos Coelho diz que o Governo de António Costa está a desinvestir nas parcerias com o setor social e que isso é desperdiçar o investimento que foi feito.
TRANSPORTES 
Ministro do Ambiente afirmou que a reversão das subconcessões dos transportes de Lisboa e do Porto aconteceu porque os contratos tinham ilegalidades e recusa "revanchismo" na nova política.
Opinião

Helena Matos
Estou encantada com o cartaz do BE e disponível para assessorar o BE em matéria de cartazes. Proponho que o BE deixe Cristo em paz e escolha Simeão Estilita, o Moço, para nos explicar a austeridade.

André Azevedo Alves
Seria bom que os mesmos governantes e políticos que tanto gostam de invocar a igualdade fossem - por uma vez - consistentes na sua aplicação, até porque o que está em causa é a saúde dos portugueses.

João Marques de Almeida
Todos notaram como o Syriza destruiu o partido socialista grego e como o Podemos ameaça o PSOE. Mas pouco repararam como a nova esquerda 'chic' e radical destruiu os comunistas gregos e espanhóis.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Jesus Cristo, como aliás todos nós, tem um só pai e uma única mãe, não dois pais sem nenhuma mãe, nem duas mães sem nenhum pai. Isto não é religião, nem ideologia; é genética e biologia.

Rui Ramos
O que define o PS, o PCP e o BE não é a preocupação com os “mais desfavorecidos”, mas o facto de serem partidos que fizeram dos dependentes do Estado as suas base de apoio. O orçamento reflecte isso.
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TODA A VIDA EUROPEIA MORREU EM AUSCHWITZ | É o descalabro do ser humano sem o temor de Deus


A VIDA EUROPEIA MORREU EM AUSCHWITZ...

O seguinte artigo publicado em Espanha, em 2008, foi escrito por um não-judeu. Nunca veremos este género de artigo na nossa imprensa. Ele ofenderia muitas pessoas.

Foi escrito pelo escritor espanhol Sebastian Vilar Rodriguez e publicado num jornal espanhol, em 15 de Janeiro de 2008. Não é preciso muita imaginação para extrapolar a mensagem ao resto da Europa e possivelmente ao resto do mundo.

TODA A VIDA EUROPEIA MORREU EM AUSCHWITZ, Por Sebastian Vilar Rodriguez

Desci uma rua em Barcelona, e descobri repentinamente uma verdade terrível. A Europa morreu em Auschwitz.
Matámos seis milhões de Judeus e substituímo-los por 20 milhões de muçulmanos.
Em Auschwitz queimámos uma cultura, pensamento, criatividade, e talento.
Destruímos o povo eleito, verdadeiramente escolhido, porque era um povo grande e maravilhoso que mudara o mundo.
A contribuição deste povo sente-se em todas as áreas da vida: ciência, arte, comércio internacional, e acima de tudo, como a consciência do mundo.
Este é o povo que queimámos.
E debaixo de uma pretensa tolerância, e porque queríamos provar a nós mesmos que estávamos curados da doença do racismo, abrimos as nossas portas a 20 milhões de muçulmanos que nos trouxeram estupidez e ignorância, extremismo religioso e falta de tolerância, crime e pobreza, devido ao pouco desejo de trabalhar e de sustentar as suas famílias com orgulho.
Eles fizeram explodir os nossos comboios, transformaram as nossas lindas cidades espanholas num terceiro mundo, afogando-as em sujeira e crime.
Fechados nos seus apartamentos, eles recebem, gratuitamente, do governo, eles planejam o assassinato e a destruição dos seus ingénuos hospedeiros.
E assim, na nossa miséria, trocamos a cultura por ódio fanático, a habilidade criativa por habilidade destrutiva, a inteligência por subdesenvolvimento e superstição.
Trocámos a procura de paz dos judeus da Europa e o seu talento para um futuro melhor para os seus filhos, a sua determinação, o seu  apego à vida porque a vida é santa, por aqueles que prosseguem na morte, um povo consumido pelo desejo de morte para eles e para os outros, para os nossos filhos e para os deles.
Que terrível erro cometido pela miserável Europa.

O total da população islâmica (ou muçulmana) é de, aproximadamente, 1 200 000 000, isto é um bilião e duzentos milhões  ou seja 20% da população mundial.
Eles receberam os seguintes Prémios Nobel:

Literatura
1988 Najib Mahfooz

Paz
1978 Mohamed Anwar El-Sadat
1990 Elias James Corey
1994 Yaser Arafat
1999 Ahmed Zewai

Economia
(ninguém)

Física
(ninguém)

Medicina
1960 Peter Brian Medawar
1998 Ferid Mourad

TOTAL: 7 (sete)

O total da população de Judeus é, aproximadamente, 14 000 000, isto é catorze milhões ou seja cerca de 0,02% da população mundial.
Estes receberam os seguintes Prémios Nobel:

Literatura
1910 - Paul Heyse
1927 - Henri Bergson
1958 - Boris Pasternak
1966 - Shmuel Yosef Agnon
1966 - Nelly Sachs
1976 - Saul Bellow
1978 - Isaac Bashevis Singer
1981 - Elias Canetti
1987 - Joseph Brodsky
1991 - Nadine Gordimer World

Paz
1911 - Alfred Fried
1911 - Tobias Michael Carel Asser
1968 - Rene Cassin
1973 - Henry Kissinger
1978 - Menachem Begin
1986 - Elie Wiesel
1994 - Shimon Peres
1994 - Yitzhak Rabin

Física
1905 - Adolph Von Baeyer
1906 - Henri Moissan
1907 - Albert Abraham Michelson
1908 - Gabriel Lippmann
1910 - Otto Wallach
1915 - Richard Willstaetter
1918 - Fritz Haber
1921 - Albert Einstein
1922 - Niels Bohr
1925 - James Franck
1925 - Gustav Hertz
1943 - Gustav Stern
1943 - George Charles de Hevesy
1944 - Isidor Issac Rabi
1952 - Felix Bloch
1954 - Max Born
1958 - Igor Tamm
1959 - Emilio Segre
1960 - Donald A. Glaser
1961 - Robert Hofstadter
1961 - Melvin Calvin
1962 - Lev Davidovich Landau
1962 - Max Ferdinand Perutz
1965 - Richard Phillips Feynman
1965 - Julian Schwinger
1969 - Murray Gell-Mann
1971 - Dennis Gabor
1972 - William Howard Stein
1973 - Brian David Josephson
1975 - Benjamin Mottleson
1976 - Burton Richter
1977 - Ilya Prigogine
1978 - Arno Allan Penzias
1978 - Peter L Kapitza
1979 - Stephen Weinberg
1979 - Sheldon Glashow
1979 - Herbert Charles Brown
1980 - Paul Berg
1980 - Walter Gilbert
1981 - Roald Hoffmann
1982 - Aaron Klug
1985 - Albert A. Hauptman
1985 - Jerome Karle
1986 - Dudley R. Herschbach
1988 - Robert Huber
1988 - Leon Lederman
1988 - Melvin Schwartz
1988 - Jack Steinberger
1989 - Sidney Altman
1990 - Jerome Friedman
1992 - Rudolph Marcus
1995 - Martin Perl
2000 - Alan J. Heeger

Economia
1970 - Paul Anthony Samuelson
1971 - Simon Kuznets
1972 - Kenneth Joseph Arrow
1975 - Leonid Kantorovich
1976 - Milton Friedman
1978 - Herbert A. Simon
1980 - Lawrence Robert Klein
1985 - Franco Modigliani
1987 - Robert M. Solow
1990 - Harry Markowitz
1990 - Merton Miller
1992 - Gary Becker
1993 - Robert Fogel

Medicina
1908 - Elie Metchnikoff
1908 - Paul Erlich
1914 - Robert Barany
1922 - Otto Meyerhof
1930 - Karl Landsteiner
1931 - Otto Warburg
1936 - Otto Loewi
1944 - Joseph Erlanger
1944 - Herbert Spencer Gasser
1945 - Ernst Boris Chain
1946 - Hermann Joseph Muller
1950 - Tadeus Reichstein
1952 - Selman Abraham Waksman
1953 - Hans Krebs
1953 - Fritz Albert Lipmann
1958 - Joshua Lederberg
1959 - Arthur Kornberg
1964 - Konrad Bloch
1965 - Francois Jacob
1965 - Andre Lwoff
1967 - George Wald
1968 - Marshall W. Nirenberg
1969 - Salvador Luria
1970 - Julius Axelrod
1970 - Sir Bernard Katz
1972 - Gerald Maurice Edelman
1975 - Howard Martin Temin
1976 - Baruch S. Blumberg
1977 - Roselyn Sussman Yalow
1978 - Daniel Nathans
1980 - Baruj Benacerraf
1984 - Cesar Milstein
1985 - Michael Stuart Brown
1985 - Joseph L. Goldstein
1986 - Stanley Cohen [& Rita Levi-Montalcini]
1988 - Gertrude Elion
1989 - Harold Varmus
1991 - Erwin Neher
1991 - Bert Sakmann
1993 - Richard J. Roberts
1993 - Phillip Sharp
1994 - Alfred Gilman
1995 - Edward B. Lewis
1996- Lu RoseIacovino

TOTAL: 128 (cento e vinte e oito)
Os judeus não estão a promover lavagens cerebrais a crianças em campos de treino militar, ensinando-os a fazerem-se explodir e causar um máximo de mortes a judeus e a outros não muçulmanos.
Os judeus não tomam  aviões, nem matam atletas nos Jogos Olímpicos, nem se fazem explodir em restaurantes alemães.
Não há um único judeu que tenha destruído uma igreja. Não há um único judeu que proteste matando pessoas.
Os judeus não traficam escravos, não têm líderes a clamar pela Jihad Islâmica e morte a todos os infiéis.
Talvez os muçulmanos do mundo devessem considerar investir mais numa educação modelo e menos em queixarem-se dos judeus  por todos os seus problemas.
Os muçulmanos deviam perguntar o que poderiam fazer  pela humanidade antes de pedir que a humanidade os respeite.

Independentemente dos seus sentimentos sobre a crise entre Israel e os seus vizinhos palestinianos e árabes, mesmo que creiamos que há mais culpas na parte de Israel,  as duas frases que se seguem realmente dizem tudo:

"Se os árabes depusessem hoje as suas armas não haveria mais violência. Se os judeus depusessem hoje as suas armas  não haveria mais Israel."
(Benjamin Netanyahu).

Por uma questão histórica, quando o Comandante Supremo das Forças Aliadas, General Dwight Eisenhower, encontrou todas as vítimas mortas nos campos de concentração nazista, mandou que as pessoas, ao visitarem esses  campos de morte, tirassem todas as fotografias possíveis, e para os alemães das aldeias próximas serem levados através dos campos e que enterrassem os mortos. Ele fez isto porque disse de viva voz o seguinte:
"Gravem isto tudo hoje. Obtenham os filmes, arranjem as testemunhas, porque poderá haver algum malandro lá em baixo, na estrada da história, que se levante e diga que isto nunca aconteceu."

Recentemente, no Reino Unido, debateu-se a intenção de remover  o holocausto do curriculum das suas escolas, porque era uma ofensa para a população  muçulmana, a qual diz que isto nunca aconteceu.
Até agora ainda não foi retirado do curriculum.
Contudo é uma demonstração do grande receio que está a preocupar o mundo e a facilidade com que as nações o estão a aceitar.
Já passaram mais de sessenta anos depois da Segunda Guerra Mundial na Europa ter terminado.
O conteúdo deste mail está a ser enviado como uma cadeia em memória dos 6 milhões de judeus, dos 20 milhões de russos, dos 10 milhões de cristãos e dos 1.900 padres católicos que foram assassinados, violados, queimados, que morreram de fome, foram  espancados, e humilhados enquanto o povo alemão olhava para o outro lado.
Agora, mais do que nunca, com o Iran entre outros, reclamando que o Holocausto é um mito, é imperativo assegurar-se de que o mundo nunca esquecerá isso.

É intento deste mail que chegue a 400 milhões de pessoas. Que seja um elo na cadeia-memorial e ajude a distribui-lo pelo mundo.
Depois do ataque ao World Trade Center, quantos anos passarão antes que se diga "NUNCA ACONTECEU" , porque isso pode ofender alguns muçulmanos nos Estados Unidos ???

Artigo enviado por Joel Silva

Data: 23 de Janeiro de 2016 às 12:20

Comentário: o homem devora o próprio homem, destrói-se a si próprio



Juiz confirma que Departamento de Defesa dos EUA mandou hackear a Tor


POSTED BY ADMIN ON FEBRUARY - 25 - 2016
102515.169165-Tor-Browser
Um juiz federal de Washington, Estados Unidos, confirmou o que tem sido fortemente especulado há algum tempo: pesquisadores do Instituto de Engenharia de Software da Carnegie Mellon University (CMU) foram contratados pelo governo federal para realizar as pesquisas necessárias para dar acesso à Tor em 2014.
No entanto, diferentemente do que os responsáveis pela rede Tor suspeitavam, a pesquisa foi financiada pelo Departamento de Defesa dos EUA, e não pelo FBI. Um porta-voz da universidade recusou-se a responder perguntas relacionadas à recente declaração do juiz e limitou-se a citar a última declaração da CMU, realizada em novembro de 2015, quando a instituição deu a entender que foi intimada a colaborar com a justiça.
Na ocasião, a suspeita era de que a CMU tivesse recebido US$ 1 milhão do FBI para hackear sua rede de anonimato. Por meio de um comunicado à imprensa, ela disse que “a universidade cumpre as regras legais, em conformidade com intimações regularmente emitidas e não recebe nenhum financiamento para o seu cumprimento”.
O caso em questão diz respeito ao mercado negro online Silk Road. Brian Richard “DoctorClu” Farrell, um dos membros da versão 2.0 do Silk Road, foi acusado de estar diretamente ligado com a segunda versão do serviço e ele foi identificado graças a informações obtidas por “um instituto de pesquisas universitário”. O agente especial responsável pelo caso disse que uma fonte confiável do FBI teria conseguido endereços IPrelacionados a serviços ocultos no Tor.
O documento arquivado nesta terça-feira (24) dizia que “o registro mostra que o endereço IP do réu foi identificado pelo Instituto de Engenharia de Software (SEI) da Carnegie Mellon University (CMU) [sic] quando o SEI realizou pesquisas na rede Tor, que foram financiadas pelo Departamento de Defesa (DOD) “.
O juiz responsável pelo caso escreveu o seguinte texto:
“No presente caso, é de entendimento do tribunal que, para que um usuário em potencial use a rede Tor, é preciso que ele divulgue informações, incluindo seu endereço IP, a indivíduos desconhecidos que executam a Tor, de modo que suas comunicações podem ser direcionadas para os seus destinos. De acordo com tal sistema, um indivíduo precisaria revelar sua informação de identificação para completos estranhos. Novamente, de acordo com as declarações das partes, tal submissão é feita apesar do entendimento comunicado pelo Project Tor de que a rede tem vulnerabilidades e que os usuários podem não permanecer anônimos. Nestas circunstâncias, os usuários da Tor claramente carecem de uma expectativa razoável de privacidade em seus endereços IP ao usar a rede. Em outras palavras, eles estão fazendo uma aposta significativa em qualquer expectativa real de privacidade sob estas circunstâncias”.
Mark Rumold, advogado da Electronic Frontier Foundation, concorda com os comentários do juiz. “A expectativa da análise de privacidade tem de mudar quando alguém está usando a Tor”, disse ele.
Com informações de Arstechnica e Canaltech.

Entrevista exclusiva com o campeão Rui Silva



by Mira Online
Rui Manuel Monteiro da Silva. Nascido em Santarém há 38 anos, dispensa maiores apresentações.
Dono de um curriculum invejável, este atleta do Sporting e da Seleção Nacional, que já foi medalha de bronze em 2004, nas Olimpíadas de Atenas, uma vez campeão do mundo e três vezes campeão europeu em pista coberta, esteve em Mira com o seu clube, num mini-estágio que serviu de preparação para os nacionais de corta-mato (curto e longo) que decorrem este sábado em Famalicão e no próximo dia 13, no Algarve.
De forma simpática, Rui Silva acedeu a dar uma pequena entrevista ao Jornal Mira Online, onde falou um pouco sobre a sua carreira que “está próxima do término”, segundo suas próprias palavras.
Afirmando que seus próximos objetivos “são os nacionais de corta-mato, pois são as provas que se seguem”, este atleta de referência no panorama nacional e internacional desta geração do atletismo lusitano, não descura, porém, daquilo que é a sua maior ambição: alcançar a qualificação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro que decorrerão este ano.
Rui Silva diz que “a preparação feita pensando na qualificação é, naturalmente, diferente da que seria se já estivesse conseguida. É preciso chegar ao pico de forma no momento certo”.Alcançando tal desiderato, o campeão, aí sim, irá se "debruçar" sobre os seus maiores adversários (os africanos, pois claro!) naquela que será a sua distância … os 5 mil metros.
Como as Olimpíadas ainda vão longe, Rui Silva fará dos nacionais de corta-mato, antes de mais, “um treino, uma preparação”, mas isto acaba por se cruzar com os “objetivos coletivos do clube e do grupo, que é conseguir vencer os campeonatos”. Indo ainda mais longe, o atleta diz confiar plenamente que se cada um fizer o melhor possível, der o melhor de si, é perfeitamente possível alcançar o objetivo a que todos nos propomos: vencer!”
A última questão que lhe foi colocada era se podia dar alguma recomendação à nova geração do atletismo que vem despontando agora. Com a voz de um líder experiente que é, deixou a seguinte mensagem aos jovens: “Que eles não tenham pressa de chegar aos seus objetivos, que não queiram “queimar etapas”. Muitos cometem erros e acabam por abandonar um desporto para o qual têm aptidões e qualidades suficientes para poder singrar nele. A formação, a aprendizagem, a adaptação muscular… são fases em que é preciso passar! Antes de mais nada desfrutem da modalidade que escolheram praticar, construam um caminho sólido para chegarem a um determinado ponto da carreira e perceberem que os resultados alcançados fazem sentido!”
Palavras do campeão. Palavras do atleta. Palavras do ser humano Rui Silva: alguém que atingiu o topo… colocando na prática o que apregoa a todos!
Mira Online | Fevereiro 27, 2016 às 2:32 pm | Categorias: Repórter Online | URL: http://wp.me/p5tucu-chp

Bruna Bernardo Ribeiro: « O Artistas Sem Arte acaba por ser também uma espécie de ode à minha ideologia de amor.»


by Mira Online
Artistas Sem Arte é o nome do primeiro livro publicado da jovem escritora Bruna Bernardo Ribeiro.
Foi em Julho de 2015 que o auditório dos Serviços Municipais Desconcentrados de Santa Marinha do Zêzere viu ser apresentado o Artistas Sem Arte, livro da autoria de Bruna Bernardo Ribeiro. A jovem natural de Baião não esconde o seu talento particular pela escrita e afirma que este seu livro é “o ponto de partida, uma referência de como estou a evoluir”.
Nesta entrevista, Bruna Bernardo Ribeiro convida-nos a conhecer o seu livro através das suas palavras e mostra-nos a pessoa por detrás da escritora.
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Artistas Sem Arte é o nome do teu primeiro livro publicado. Porquê este título?
Ok, trata-se de dois artistas que reconhecem o desejo de serem artistas, escritor e pintora, neste caso. Mas ambos têm o problema que todos os amadores têm, encontrar a sua primeira obra, a inspiração para escrever, para pintar, algo que os transcenda, que os faça sentir:" ok, é isto, isto é a minha arte." Qualquer artista tem problemas de auto estima, ( muitos de ego quando finalmente conseguem ), mas no início, somos apenas "artistas" na busca de algo que valha a pena ser visto, escrito e sempre com medo que não preste, então joguei pelo seguro porque queria mesmo que o livro tivesse Artistas no nome mas essa é uma palavra com diversos sentidos. Para mim eles são artistas, se não de arte, de espírito pelo menos, mas ao longo do livro apercebemo-nos que até de arte o são...
 Quando é que deste conta que tinhas um gosto particular pela escrita?
Sempre gostei de escrever mas costumava ser mais privada em relação a isso... Pequenos cadernos sempre na mochila, até escrevia em Inglês -cheio de erros para a minha mãe não ler (risos)-, mas creio que era bastante insegura em relação, não achava nada que valesse a pena ser lido, eram textos soltos. Mas quando fui estudar para o secundário conheci novas pessoas, e mais importante, novos professores, uma em particular, a de português, que sempre dizia que um dia lhe ia agradecer ela ser tão insistente comigo e parece que agora tenho a vida inteira para lhe agradecer... Ela reparou nos meus textos, seja nos testes, seja no projecto literário que ela estava a desenvolver com a nossa turma em que era necessário nós escrevermos textos sobre o Douro... Comecei a reunir-me com ela em particular e a mostrar o que escrevia, ela dava-me temas e eu simplesmente escrevia. " sabes Bruna, se juntares tudo isto dava um livro interessante ", isso nunca me tinha passado pela cabeça para ser honesta, tencionava ir para Direito e achava que escrever era só um hobby... Algo que também me ajudou foi um grande amigo meu que me viciou em livros de Kerouac, de Miller e Ginsberg. Comecei a devorar livros, a tentar escrever como eles, a querer deixar uma marca, a querer ser ouvida e quando me apercebi do tipo de escrita que estava a desenvolver -tinha 16 quando escrevi o primeiro livro-, submeti-o à Chiado Editora que queria publicar e cheguei a ter o contrato em casa, mas por motivos monetários não pude assinar. Talvez tenha sido pelo melhor, se calhar não estava preparada ainda, tudo tem o seu tempo e eu já estava a ser apressada demais...
 Muitos autores procuram histórias do dia a dia para escrever os seus livros, outros fantasiam sobre elas. E tu, em que é que te inspiraste para escrever este livro? Foi uma ideia previamente pensada ou um dia acordaste e pensaste “quero escrever sobre isto”?
Um pouco dos dois, creio... Eu tenho dificuldades em escrever uma história "pensada" por assim dizer. O Artistas sem Arte começou com textos separados que eu escrevia sobre o dia a dia, não fazia ideia que iria dar um livro, tive-o guardado no meu computador durante meses, sem saber o que fazer com os textos, mas começava a irritar-me e a sentir-me frustrada por ainda não ter publicado nada e o tempo começava a passar e eu já tinha ideias de ir para Lisboa mas não queria ir sem "nada para mostrar", sem nada publicado... Creio que a história do Artistas sem Arte surgiu quando eu estava de férias em Madrid e no meio de uma conversa eu estava a desabafar com uma amiga minha acerca do livro e dos textos e de como queria que fosse um romance e que não estava a conseguir que fizesse sentido... E ela disse-me “Para de procurar respostas, um dia vais encontrar alguém que só te vai dar perguntas e aí apaixonas-te", ou talvez nem tenha dito isso e o meu espanhol não é o melhor.
Mas nessa altura fez-se um clique e descobri que queria mesmo isso, uma história de amor com excessos, com perguntas, poucas respostas, diálogos desafiantes e um final que não fosse bem finito.

Mas sim, o livro é bastante pessoal, todos os meus escritores favoritos são conhecidos pelas suas odes à vida, pelas suas experiências. O Artistas sem Arte acaba por ser também uma espécie de ode à minha ideologia de amor.
E quais são esses escritores a que te referes?
A geração beat sem dúvida: Kerouac, Ginsberg... Um pouco de Bukowski e muito Miller. Mas talvez o que tenha influenciado mais o livro é o tom confessional e simples e muito mórbido de Kafka.
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Já referiste o facto de a tua professora de português te ter dado um incentivo relativamente a este teu talento. Mas relativamente ao apoio familiar, como é que os teus familiares reagiram ao saber que ias ter a oportunidade de ver o teu livro publicado?
Digamos que sempre tive apoio por parte da minha mãe, do meu padrasto... Todos se sentiram orgulhos, claro. As minhas tias e assim. Mas ainda tenho muito para lhes provar.
Quanto tempo levaste para o ter escrito?
Os textos em si foram escritos ao longo do meu primeiro ano em Ciências da Comunicação, o livro em 6 dias... Talvez...
 Como mencionaste há pouco pensaste em mudar-te para Lisboa e chegaste mesmo a fazê-lo. O que é que te levou a tomar essa decisão?
Temos que ser honestos, o Norte a nível das Artes, pelo menos Literárias, é bastante escasso, seja mesmo a nível de editoras, teatros, cinemas, cursos que desenvolvam essa vertente... Quando me apercebi que era isso mesmo que eu queria fazer, pensei: Ou é tudo ou nada. E fui. Curso e cidade adaptados aquilo que eu queria fazer.
E já começas a notar algumas diferenças?
A nível de escrita tenho andado mais parada, estou mais concentrada a aprender neste momento. Mas sim, noto uma grande diferença na minha escrita e nas próprias temáticas abordadas... O meu primeiro livro está muito pessoal, uma espécie de diário com erros ortográficos, desconexão frásica e mal pontuado porque eu assim o quis... Queria que este livro fosse o ponto de partida, uma referência de como estou a evoluir. Continuidade é importante e tenho imensos projectos que envolvem voltar a usar as personagens do Artistas sem Arte...
 Já fizeste uma sessão de esclarecimento do teu livro. Como te sentiste a falar pela primeira vez sobre algo que é tão teu?
Vulnerável, muito vulnerável. Bastante nervosa. No início tremia, quase chorei... O auditório estava cheio e tinha a pressão de ser o primeiro, de estar lá a minha família, as minhas professoras... É uma boa experiência, das melhores que tive, mas vulnerável é a palavra que melhor define essa experiência. Uma coisa é escrever, outra é falar, então falares do que escreves ... É uma linha difícil de traçar.

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Que pessoas envolveste neste projeto?
A minha professor de Português, Conceição Pires, supervisionou tudo, releu tudo. A Vereadora da Educação de Baião como representante do concelho e uma amiga minha, Belisa Sequeira, estudante de teatro que leu as passagens do livro durante a sessão... Foi uma boa equipa e espero que ainda este ano nos possamos juntar outra vez.
Para terminar, fala-nos um bocadinho dos teus planos relativamente ao futuro, onde e como podemos adquirir o teu livro e o que podemos esperar de ti daqui para a frente?
Tenciono voltar a publicar um livro este ano, tem sido complicado, estou um pouco indecisa em se o submeto à editora ou se concorro ao Prémio Leya. Caso não publique este ano, nos próximos dois anos estarei parada, concentrada em aprender, focar-me na Universidade. Aprender a escrita para teatro e cinema. Tenho 4 projetos para livros e duas peças de teatro já guardadas, mas tudo precisa do seu tempo e creio que é isso que vou fazer. Mas gostaria de publicar ainda este ano o próximo, vamos ver.
Aconselho a qualquer escritor amador que tenha desejo em publicar que esta é uma boa editora para primeiros trabalhos, hoje em dia ser publicado não é barato, os contratos são caros, e esta é uma editora que apoio os escritores amadores.

Terminada esta entrevista resta-me agradecer à Bruna pela sua disponibilidade e por ter aceite responder às minhas questões.
Para que possam seguir mais de perto o seu trabalho ou adquirir o seu livro, vou deixar em baixo alguns links dos locais onde a podem encontrar.
Por Cátia Sofia Barbosa, aluna de Jornalismo da UC

Mira Online | Fevereiro 27, 2016 às 12:26 pm | Categorias: Repórter Online | URL: http://wp.me/p5tucu-chk