sexta-feira, 27 de julho de 2018

Macroscópio – É mesmo possível que tudo corra mal. Para os dois lados (mas não estou a falar do eclipse)

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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!
 
 
Imagino que a maior parte dos leitores estejam esta noite concentrados no raríssimo eclipse da Lua e que já tenham lido tudo para estarem bem preparados para testemunharem um momento sem paralelo este século (se não estiverem e ainda forem a tempo, pois o eclipse dura até à meia-noite e meia, saibam que podem ficar a saber tudo no Observador: Maior eclipse do século traz outro fenómeno ao céuLua vermelha. Guia para o maior eclipse do século; Lua vermelha. Porque é tão especial este eclipse?e ainda um em directo onde se irá relatar, e mostrar tudo), pelo que vou aproveitar este Macroscópio para vos falar de um tema de que pouco se fala: como tudo pode correr mal com o Brexit. 
 
Esta semana o novo ministros dos Negócios Estrangeiros britânico procurou chamar a atenção dos parceiros europeus(afinal de contas por enquanto ainda somos parceiros) para os riscos políticos de um não acordo, ou de um mau acordo. Ora hoje um velho conhecido desta newsletter, Timothy Garton Ash, escreveu no Guardian um artigo de leitura obrigatória: A humiliating Brexit deal risks a descent into Weimar Britain. Recordo que se trata do mesmo Garton Ash que, há exactamente dois anos, quatro meses antes das eleições americanas, me deu uma entrevista a que dei o premonitório título “Viram o Brexit? Não se iludam: Trump pode ganhar”, pelo que é bom dar-lhe atenção. 
 
E o que é que ele nos diz desta vez? Que as posições duras e radicais dos negociadores europeus podem conduzir a um desastre sem precedentes se, por exemplo, for imposto ao Reino Unido um acordo humilhante: “Over the next year or two we could witness the emergence of a rancid, angry Britain: a society riven by domestic divisions and economic difficulties, let down by its ruling classes, fetid with humiliation and resentment. Any such country is a danger both to itself and to its neighbours. This prospect will come closest, fastest, if there is no deal on Brexit and Britain crashes out of the European Union, with what the country’s top civil servant has described as “horrendous consequences”. Garton Ash faz mesmo uma analogia com o Tratado de Versalhes, na sequência da I Guerra Mundial, um tratado que humilhou a Alemanha e acabou por conduzir a uma nova guerra ainda mais terrível. E depois concretiza e enquadra essa comparação: “Am I exaggerating the danger by even hinting at a comparison with Weimar Germany? Indeed I am. I don’t seriously envisage millions of newly unemployed, or a new Hitler coming to power, or a world war started by Boris Johnson. But it’s surely better to overdramatise the risk, to get everyone to wake up to it, rather than do what most of our continental partners have done for the last two years, which is consistently to underestimate the dangers for the whole of Europe that flow from Brexit – especially a mishandled Brexit.” A sua preocupação é grande, até porque não vê sinais de inquietação nas capitais europeias, que parecem alheadas do processo: “Right now, the ball is in the EU’s court. Amazingly, the 27 leaders have not had a major strategic discussion of Brexit since spring 2017. Since then, the negotiation has been left to the European commission team led by Michel Barnier, national officials, lawyers and Brussels theologians.” 
 
A tese do historiador de Oxford não é muito diferente da de Allister Heath, apesar deste escrever num diário nos antípodas políticos do Guardian, o Telegraph. Em A betrayal on Brexit would push British politics to the extremesargumenta que “The consequences of a Brexit betrayal would be catastrophic: there would no longer be any halting the tide of anti-establishment fury that has been building since the early 1990s. Support for mainstream parties would collapse and new ones would emerge. Yes, a centrist business-as-usual grouping may well be one of those that arises from the rubble, but its supporters – the Remain metropolitan base – massively overestimate its potential.” Mais: “The poison of far-Right and far-Left demagoguery would contaminate our body politic, as has already started with the rise of Corbyn and anti-Semitism in the Labour Party; and just like in other countries, millions would end up voting for detestable people with repellent ideas.” Defensor da saída do Reino Unido da UE – ponto que o distancia de Garton Ash, que fez campanha pelo “remain” –.  sustenta que o “Brexit was our last chance to escape this madness and show how popular angst caused by economic turmoil and cultural change can be reconciled with free markets and openness. Yet – in the name of their narrow conception of liberalism, and their bonkers belief that we already live in the best of all possible worlds – the elites attempting to stop Brexit are unleashing a far greater backlash, one that would make leaving the EU without a deal seem like a tea party.” 

 
Se quiserem continuar a conhecer o tipo de nuvens negras que se acumulam sobre o Canal da Mancha então leiam ainda mais estes dois textos, também de dois órgãos d informação de orientação bem diferente: 
  • The real Brexit drama is just beginning, de James Forsyth na Spectator, explica por que motivos Theresa May pode ter um plano, mas não tem apoio no Parlamento para o aprovar ao mesmo tempo que, em Bruxelas, ainda exigem mais cedências. Como aqui se explica, “‘The numbers just don’t stack up,’ one cabinet minister wearily declared to me on Monday night. This is, perhaps, the single most important fact in British politics today: Theresa May does not currently have the votes to pass her Brexit plan even if she could get the European Union to accept it.” Depois de discutir todos os cenários possíveis e imaginários, Forsyth explica também como mesmo a hipótese de repetir o referendo é problemática: “Taking the EU’s preferred options — staying in the customs union and the EEA — would rightly be seen as contemptuous of the referendum result. And if there were to be a second referendum, what would the question be? Leavers would say: deal or no deal. Remainers would say: Mrs May’s deal, or cancel Brexit. One thing is certain: it would be impossible to devise a question that would satisfy everybody. The referendum would only end up creating more division, not to mention a sense of outrage among those who did not get the question they wanted.”
  • Europe must wake up to the looming nightmare of a no-deal Brexit, de Henry Newman, director do thinktank Open Europe e um europeísta, começa por sublinhar o que não deve ser esquecido: “The referendum in 2016 settled the question of whether we were leaving or remaining in the EU. The question now is the nature of our exit, and more importantly our future relationship. We tend to fixate on our future economic relations, neglecting the security, defence and home affairs aspects of Brexit. But they are not neatly separable. An acrimonious exit from the EU will have a major economic impact on both sides of the Channel – and it will also damage security and defence cooperation with probably more lasting consequences.” Por isso, “Member states need to give the British decision to leave a little more sober reflection – perhaps when David Cameron came asking for flexibility during his renegotiation it might have been better to give a little more. Now there’s another inflection point where a British prime minister is asking for flexibility.”
 
Estes alertas parecem chocar com a intransigência de Bruxelas. Como nos conta a Spectator, em Michel Barnier confirms David Davis’ Brexit deal warning, que “Barnier said in his press conference with Dominic Raab that the EU is still open to the UK staying in the customs union; the UK side has long known that this is Barnier’s preferred option. But Theresa May doesn’t want that, and her party would never allow that.She has repeatedly said that, once Brexit is done, the UK will be outside the customs union and the common commercial policy and able to do its own trade deals. Also, if May did agree to staying in the Customs Union more Brexiteers would resign from the Cabinet, and it is doubtful whether she could survive that.”
 
Ou seja um beco sem aparente saída a não ser aquele descrito pela edição europeia do Politico: UK prepares for Brexit surrender to Frenchman. Escreve o jornalista que,“Without a dramatic course change from Brussels or leading Tory Brexiteers, only one route to Brexit remains that is likely to be palatable to the EU and could also carry a majority in the House of Commons”. O que, e aqui regresso ao ponto de partida, levou ao já referido alerta: “In Berlin Monday, the new Foreign Secretary Jeremy Hunt said there was now “a very real threat of ‘no deal’ by accident,” which he said would “change British public attitudes to Europe for a generation.”

 
Para terminar, e vos deixar um outro tipo de reflexão para este fim-de-semana, recomendo um texto muito, mas mesmo muito interessante que saiu no El Pais a propósito dos incêndios da Grécia, um texto onde dois engenheiros florestais, Marc Castellnou Ribau e Alejandro García Hernández, desmontam alguns mitos. Trata-se de Incendios como bombas atómicas.Criticam, por exemplo, a estratégia – espanhola mas também portuguesa – de ataque rápido aos fogos, pois ela está longe de resolver o problema: “Esta estrategia se ha demostrado equivocada y la estadística nos lleva a plantear la paradoja de la extinción, esto es, que cuanto más eficaces somos apagando incendios de pequeña y media envergadura, más inducimos la acumulación de combustibles “salvados inicialmente” que alimentarán al próximo megaincendio, haciéndonos por tanto más ineficaces en la lucha contra los incendios verdaderamente dañinos, lo que nos enseña que el camino recorrido, lejos de mejorar la situación, la está empeorando.” Com a frieza de quem sabe do que fala, também explicam que há incêndios que não há forma de combater eficazmente: “Hay un umbral de intensidad a partir del cual la multiplicación de los recursos de extinción no puede influir en el comportamiento del fuego, la energía emitida hace físicamente imposible su control. Si no se identifica ese umbral en el que todo empeño por apagar las llamas resulta inútil, no solo se desperdiciarán recursos pagados con dinero público, sino que se estarán perdiendo oportunidades para cuando haya un cambio de condiciones y, lo que es peor, poniendo inútilmente en riesgo al personal que se mantenga en el empeño.” Ou seja, esqueçam lá essa ideia que muitos aviões resolvem os problemas e pensem antes que a realidade é outra e bem dura: “Se malgasta dinero público en la extinción que serviría más en la gestión de los montes”.
 
Leiam e aprendam, pois este é mesmo um daqueles textos com que se aprende. Mas não deixem por isso de desfrutar o espectáculo do eclipse. Amanhã ainda é dia e, por mim, estarei de regresso, como de costume, para a semana. Ainda não chegou o dia das minhas férias, mas deseja as melhores a quem já as estiver a desfrutar. 
 
 
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Coimbra comparticipa custo social dos transportes com mais um milhão de euros

O executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CM Coimbra) vai analisar e votar, na sua reunião de segunda-feira, um pedido para uma nova comparticipação financeira no custo social dos transportes dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), no valor de 1.064.152,66 euros.

O pedido de transferência justifica-se pela necessidade dos SMTUC terem fundos disponíveis no mês de julho, de forma a cumprirem os seus compromissos e não comprometerem o normal funcionamento dos serviços. Caso a transferência do valor solicitado para o mês de julho não fosse efetuada, os fundos disponíveis para este semestre seriam de -678.303,68 euros (valor negativo).

O presidente da CM Coimbra, Manuel Machado, afirmou, recentemente, na Conferência sobre Transportes Públicos que decorreu na Assembleia da República, que manter uma rede de transportes públicos “é dispendioso”, mas “vale a pena”.
O autarca criticou, contudo, o tratamento desigual entre os transportes públicos urbanos de Lisboa e do Porto, que são subsidiados pelo Estado, e os municipalizados, existentes em cidades como Coimbra e outras, que não recebem qualquer comparticipação.
Manuel Machado, que é também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, considerou que “é importante que haja equidade entre os municípios”. “Há áreas do território nacional que têm compensações (…) pagas pelos impostos de todos os cidadãos e há outras que não têm nada. Isso preocupa-nos. E seria importante que isto fosse equilibrado, para haver contas certas e gestão da coisa pública com um sentido de equidade”, afirmou.
A CM Coimbra transfere cerca de 9 milhões de euros por ano para os SMTUC, enquanto em Lisboa e no Porto as empresas de transportes públicos dispõem de subsídios do Estado.
Fonte: Noticias de Coimbra


Ministro promete baixar preço das portagens na Via do Infante

O Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, esteve em Olhão a inteirar-se da conclusão das obras de urgência na EN 125 no troço entre Olhão e Vila Real de Santo António.
Quanto à reabilitação de fundo deste troço, o ministro deixou a garantia de que se trata de uma prioridade do atual governo, estando o seu avanço apenas dependente do resultado do recurso interposto junto do Tribunal de Contas, no que diz respeito à negociação da jurisdição desta via. “Temos uma estratégia no caso de vencermos o recurso, como esperamos, e temos uma estratégia caso isso não se verifique”, garantiu o ministro do Planeamento em Olhão.
O governante teve, ainda, oportunidade de anunciar diversos projetos para a mobilidade na região do Algarve, onde o governo prevê gastar 200 milhões de euros, nomeadamente a Variante de Olhão. O ministro diz que está a ser feito o estudo prévio que “nos permite receber, a seguir, a declaração de impacte ambiental. O estudo prévio deve ficar concluído entre agosto e setembro. Depois, em 2019, é fazer o projeto de execução e depois a obra”.
No que diz respeito à infraestrutura ferroviária, estão a decorrer intervenções na Estação de Olhão, com a remodelação das instalações sanitárias, e no apeadeiro de Fuseta A, onde, para além da colocação de suportes para bicicletas e reparação dos painéis de vedação danificados, foi substituída a cobertura do abrigo.
Quanto ao futuro da Linha do Algarve, Pedro Marques deixou a garantia de que é um desígnio do atual governo avançar com a sua eletrificação integral.
Quanto às portagens na Via do Infante, o ministro referiu que “para além das reduções até agora registadas nas portagens, que já pouparam mais de 15 milhões de euros aos algarvios, pretendemos baixar ainda mais o custo de circulação nesta via tão estruturante para a região”.
Fonte: oalgarve

Recordar o sábado passado




Excursão da ADASCA 2018 | Síntese da História sobre a Aldeia de Monsanto


Fotorreportagem da Excursão da ADASCA 2018 | Sobre o Jardim do Paço Episcopal em Castelo Branco



Vídeo publicado em:https://youtu.be/vEc1aWZXG6E

Diogo Piçarra, Gisela João e Nelson Freitas na Arte Doce de Lagos

Este fim de semana, Lagos recebe mais uma edição da Feira Concurso Arte Doce. A doçaria tradicional, confecionada, sobretudo, à base de amêndoa e figo, é a grande rainha do certame, que se realiza no Complexo Desportivo Municipal e tem entrada gratuita.
Mas quem ali se deslocar entre esta sexta-feira e domingo, também pode encontrar muitos outros produtos regionais e artesanato. As habituais tasquinhas com os tradicionais petiscos algarvios marcam, igualmente, presença.
A animação musical é outra das vertentes fortes do evento, contando o cartaz deste ano com nomes bem conhecidos de todos os portugueses.
O espetáculo de hoje, sexta-feira, é protagonizado por Diogo Piçarra (dia 27), enquanto que amanhã, sábado, ao palco sobe a fadista Gisela João e o concerto final, a ter lugar no domingo, fica por conta de Nelson Freitas.
Fonte: oalgarve

Colheita de sangue dia 28 (sábado) das 9 horas e as 13 horas no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro | Não fique indiferente… o próximo pode ser um de nós no dia seguinte!


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@Verdade Editorial: Padrinhos mágicos


A cada dia que passa fica claro as razões deste país continuar mergulhado no subdesenvolvimento e o seu povo encontrar-se numa desgraça sem precedentes. Também fica claro que, neste Moçambique, tudo é possível, desde que tenha um “padrinho na cozinha” – como diz o dito popular. O exemplo mais evidente disso é a empresa Vodacom Moçambique que foi literalmente carregada ao colo pelas famílias Guebuza e Machel, permitindo-a renovar a sua licença de telefonia móvel. E, como se isso não bastasse, a empresa vai receber de bónus uma licença unificada para prestar serviços de telecomunicações independentemente da tecnologia de suporte.

Para uma empresa que só no ano passado facturou mais de 220 milhões de dólares norte- -americanos, pagar 40 milhões de dólares norte-americanos pela renovação da Licença Unificada de Telecomunicações que será efectiva a partir do dia 24 do próximo mês de Agosto é, sem sombras de dúvidas, uma ninharia. Pode-se afirmar que a Vodacom acaba de receber jackpot para continua a prestar maus serviços aos seus clientes. Aliás, desde o ano passado os serviços de voz e dados desta operadora têm estado a deteriorar-se, e, como se não bastasse, a empresa tem vindo aumentar de forma galopante os seus preços, sobretudo os serviços de dados móveis.

Mais uma vez o Estado moçambicano continua a ser lesado por um bando de mercenários que, desde a Independência Nacional, tem estado a marimbar-se para a população que passa por privações diariamente em relação ao acesso à saúde, educação e comida. As famílias Guebuza e Machel continuam empenhadas em levar água para os seus moinhos de modo a que os seus descendentes fiquem a cobertos de preocupações financeiras no futuro.

É cada vez mais evidente que os interesses pessoais de um grupo ligado ao partido Frelimo continuam a sobrepor os legítimos interesses dos moçambicanos e, pelo andar da carruagem, tudo indica que a situação vai piorar, enquanto algumas famílias continuarem a olhar para Moçambique como sua propriedade.

Em suma, os indivíduos que à custa do sofrimento do povo moçambicano acabam de dar o aval para a Vodacom Moçambique continuar a liderar o mercado nacional e, consequentemente, ampliar os seus lucros para lá do intolerável. Sem dúvidas, é mais um caso para dizer: “Quem tem padrinho não morre pagão”.


Couve supostamente contaminada mata duas crianças na província de Maputo


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Duas crianças morreram e outros 26 adultos sobreviveram depois de consumirem couve alegadamente contaminada com pesticida, na província de Maputo. Todas as vítimas sofreram os mesmos sintomas: vómitos e diarreias, de acordo com as autoridades da Saúde e da Agricultura e Segurança Alimentar aguardam pelos resultados de autópsia aos óbitos para apurarem as reais causas da desgraça.

Uma das crianças, de dois anos de idade, perdeu a vida no Hospital Provincial da Matola (HPM), para onde ela, a mãe e o irmão foram socorridos em consequência de terem passado mal após o jantar com couve.

O @Verdade apurou que a família começou a contorcer-se de dores, seguidas de vómitos e diarreia, por volta das 23h00 de terça-feira (24).

Na manhã do dia seguinte dirigiu-se àquela unidade sanitária de referência na província de Maputo. O chefe da família escapou porque os seus dependentes adoeceram antes de ele tomar a refeição.

A progenitora da vítima e o irmão de cinco anos de idade sobreviveram, sorte que não teve um outro miúdo de 13 anos, que residia no bairro de Jonasse, no posto administrativo da Matola-Rio.

O Ministério da Saúde (MISAU) confirmou à imprensa que o adolescente, que apresentava sintomas de intoxicação alimentar devido à couve em alusão, pereceu em casa.

Xadreque Muloana, médico-chefe do HPM, disse a jornalistas, na quinta-feira (26), que é prematuro avançar se as mortes tiveram ou não como causa a intoxicação alimentar originada pela couve contaminada com pesticida.

A referida couve foi comprada numa vendedora ambulante, a qual foi identificada, bem como o proprietário da machamba onde foi extraída, o que levou à destruição do produto e colheita de amostras para análises laboratoriais.

“Não podemos, neste momento, afirmar, categoricamente, que os óbitos tenham resultado do consumo da couve, porque aguardamos ainda pela autópsia” às vítimas.

Xadreque Muloana fez saber, também, que os hospitais Provincial da Matola e Geral José Macamo (HGJM) receberam 28 doentes, dos quais 21 adultos e sete crianças, com sinais de intoxicação alimentar. Pelo menos “12 pacientes continuam internados”.

No dia 19 de Julho, deram entrada no HPM 11 enfermos, sendo três crianças e oito adultos, todos do bairro Patrice Lumumba. Entre 19 e 20 de Julho, 14 pacientes, dos quais 11 adultos e três petizes procuraram socorro no Hospital Geral José Macamo (HGJM) por causa da referida couve.

Os doentes são do bairro Patrice Lumumba, no posto administrativo de Infulene, e Juba, no distrito de Boane. Por sua vez, Elídio Bande, porta-voz do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA), disse que os agricultores devem observar, rigorosamente, as normas e recomendações sobre o uso seguro de pesticidas. Estes devem ser adquiridos nos vendedores autorizados.

Alimentos pulverizados devem ser consumidos depois de vencida a toxidade e é imperioso que sejam devidamente lavados, bem como cozê-los bem para evitar males maiores.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique


Bancos comerciais ignoram “pós-crise” em Moçambique e param de comprar Títulos do Tesouro

Apesar do Presidente Filipe Nyusi ter anunciado o início do “pós-crise” e ter garantido que economia moçambicana está a recuperar a realidade desmente-o, agora até os bancos comerciais deixaram de comprar Títulos do Tesouro que têm sido usados pelo Governo para financiar o Orçamento de Estado cada vez mais deficitário desde a descoberta das dívidas da Proindicus e MAM. O @Verdade apurou que, para além da descida das taxas de juro e da falta de liquidez, os principais bancos comerciais estão a ressentir-se dos calotes internos do Executivo.
Quando Filipe Nyusi começou com a retórica dos moçambicanos passarem a viver só com o que dispõem internamente, no seguimento da suspensão do Programa financeiro do Fundo Monetário Internacional em Abril de 2016 e do apoio directo ao Orçamento de Estado pelos Parceiros de Cooperação, na verdade em vez de aumentar a produção e produtividade o seu Governo deu início a uma escalada da Dívida Pública Interna, principalmente através da emissão de Títulos do Tesouro, pois está quase totalmente impossibilitado de contrair créditos no exterior.
Com remuneração indexada às galopantes taxas de juro dos produtos de crédito os Títulos do Tesouro moçambicano a 3 meses chegaram a pagar 25,87 por cento, a 6 meses 28,42 por cento e a 1 ano geraram dividendos de 29,74 por cento, tornando-se num investimento apetecível principalmente para os principais bancos comerciais que obtiveram lucros bilionários inéditos e reduziram o crédito ao sector privado produtivo.
Paralelamente a Dívida Pública Interna, que Armando Guebuza havia deixado em 6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), tem crescido exponencialmente estando cifrada em mais de 105 biliões de meticais, o que corresponde a 12,1 por cento do PIB de acordo com o Banco de Moçambique (BM), criando um fenómeno que os economistas denominam de crowding out.
Títulos do Tesouro com procura muito baixa
Mas embora o pico da crise parece ter sido atingido em 2017 a economia mais do estar em recuperação “já não está a oscilar tanto e tão descontroladamente”, como explicou ao @Verdade o professor de Economia Carlos Nuno Castel-Branco.
“A taxa de crescimento da economia baixou para menos de metade, estando agora ao nível aproximado da taxa de crescimento da população (isto é, o PIB per capita não vai subir); a dívida pública, incluindo a interna, que pesa muito sobre o sistema financeiro doméstico, continua a subir; o sistema financeiro não está nem interessado nem capaz de apoiar a transformação da base produtiva” aclarou Carlos Nuno Castel-Branco.
No entanto, nos últimos meses, o sistema financeiro dá sinais de também não estar interessado em continuar a financiar o Orçamento do Estado de Filipe Nyusi, que anunciou recentemente o início do “pós-crise”.
A 22 de Maio o Executivo colocou na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) a 4ª Série de Obrigações do Tesouro 2018 para obter 1,5 bilião de meticais. A procura ficou por 225 milhões de meticais, com taxas de juro de 17,50 e 19 por cento, e o Estado “não deliberou proceder com a emissão”, pode-se ler no comunicado da BVM.
Sem opções de financiamento no exterior, o @Verdade sabe que a emissão dos Títulos do Tesouro está a financiar a execução do deficitário Orçamento de Estado até mesmo para pagar salários dos funcionários públicos, o Executivo de Nyusi voltou à Bolsa de Valores para um novo leilão das mesmas Obrigações do Tesouro e diante da pouca oferta contentou-se com 260 milhões de meticais, para uma expectativa de 1,5 bilião de meticais.
No dia 26 de Junho o Governo de Filipe Nyusi, que este ano pretende emitir Títulos do Tesouro num valor global de 84,2 biliões de meticais que é montante em défice no seu Orçamento, regressou à Bolsa de Valores para obter mais 1 bilião de meticais através da emissão de Obrigações do Tesouro 2018 - 5ª Série.
“De acordo com as propostas apresentadas pelos Operadores Especializados em Obrigações do Tesouro, a procura foi de 12.000.000,00MZN, e as respectivas taxas de juro situaram-se em 17,50%, pelo que, o Estado na sua qualidade de Emitente, não deliberou proceder com a emissão”, pode ler no comunicado da BVM.
Governo de Nyusi estará a dar calote também à banca nacional
Um banqueiro ouvido pelo @Verdade na condição de anonimato explicou que por um lado as taxas de juro oferecidas pelo Estado deixaram de ser aliciantes e os bancos preferem fazer dar crédito a alguns novos projectos do sector produtivo, mas também os principais bancos comerciais estão a aplicar novas normas contabilísticas que obriga-os a constituir imparidades sobre a Dívida Pública Interna.
Mas um segundo banqueiro entrevistado pelo @Verdade alertou que a política monetária do Banco de Moçambique de “reduzir a liquidez do sistema bancário pode ter enxugado tudo, até porque o banco central considera que o endividamento interno atingiu o limite. Havia um compromisso de não ultrapassar os 10 por cento do PIB mas já vai em 12 por cento”, como aliás o Rogério Zandamela enfatizou após a última reunião do Comité de Política Monetária.
Além disso o banqueiro revelou que o Governo, que está a dar calotes a bancos estrangeiros, está também a dar calote às instituições financeiras nacionais citando a título de exemplo que em 2015 foi financiar-se em cerca de 3 biliões de meticais para amortizar a dívida que tinha para compensação às gasolineiras com o compromisso de devolver no ano seguinte. “Em 2016 renegociaram para amortizar em 4 anos e no ano passado voltaram a pedir para reestruturar agora para pagarem em 8 anos”, revelou o banqueiro.
O @Verdade contactou na quarta-feira (25) a assessoria de imprensa do Ministério da Economia e Finanças para saber qual o impacto na execução orçamental está a ter a dificuldade de financiamento através de Títulos do Tesouro e confirmar a reestruturação da dívida contraída à banca para pagar as gasolineiras mas até ao fecho desta edição não obteve nenhuma resposta.
Entretanto inúmeros funcionários públicos reportaram ao @Verdade que ainda não tinham recebido o salário referente ao mês de Julho.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique


Gestores dos medias que deveriam ser Públicos reunidos em instância turística de luxo para preparar vitória do partido Frelimo


Foto do GABINFO
Gestores e funcionários seniores dos órgãos de informação que deveriam prestar Serviço Público reuniram-se numa instância turística de luxo, na praia do Xai-Xai, na província de Gaza, para prepararem a vitória do partido Frelimo nas eleições Autárquicas de 2018 e promoverem maior controle sobre os medias independentes através da criação de um órgão regulador de comunicação social em Moçambique.

Indiferentes a crise que os moçambicanos, e muitos dos seus subordinados, enfrentam, afinal dirigem instituições que não geram rendimentos mais funcionam graças aos subsídios do erário, os responsáveis máximos do Gabinete de Informação, Agência de Informação de Moçambique, Bureau de Informação Pública, Centro de Formação Fotográfica, Escola de Jornalismo, Instituto de Comunicação Social, Rádio Moçambique e Televisão de Moçambique reuniram-se na quinta-feira (26) e sexta-feira (27) para preparar mais uma cobertura eleitoral que garanta a vitória do partido a que pertencem.

O evento, que se realizou sob a capa do IX Conselho Consultivo do Gabinete de Informação, serviu para traçar estratégias com vista à melhoria da forma de divulgação das realizações do Governo do partido Frelimo, promoção da imagem de Moçambique e ainda preparar estratégias de comunicação para as crises governamentais.

Ademais os gestores da propaganda do partido no poder consideraram importante a criação de um órgão regulador da Comunicação Social, particularmente a independente, para alegadamente impor disciplina no sector aplicando sanções pela violação de normas que regulem a actividade.

Na abertura do encontro, que decorreu numa das mais luxuosas e caras instâncias turísticas da província de Gaza, o vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública, Albano Macie, disse ser desejo do Governo do partido Frelimo que os jornalistas cumpram “a missão patriótica de colocar os interesses do país acima daqueles grupos privados ou de certos interesses eventualmente estrangeiros e nem ser pontas de lança de interesses que em nada contribuem para o engrandecimento da pátria”.

O governante que discursou em representação do primeiro-ministro exortou ainda aos órgãos de comunicação social a deixarem de se assumir contra o poder político e de uma alegada busca da pluralidade fácil.

Fonte: Jornal  A Verdade, Moçambique


“Caso Caphiridzange”: Tribunal Judicial de Moative considera que as vítimas causaram a própria morte


Arquivo
O Tribunal Judicial do Distrito de Moatize, na província de Tete, condenou um cidadão que responde pelo nome de Sabino Sargento a três anos de prisão e multa, por prática de “furto qualificado” de combustível, no “Caso Caphiridzange”, e sentenciou ainda dois agentes da Polícia a seis meses de cadeia convertidos em multa, por encobrimento.

A 17 de Novembro de 2016, a localidade de Caphirizange, no distrito de Moatize, acordou num ambiente de drama e luto. Pelo menos 107 pessoas morreram em consequência da explosão de um camião-cisterna que transportava combustível.

O caso foi julgado este mês, tendo o tribunal condenado Sabino Sargento à pena a que nos referimos e ao pagamento de indemnização no valor de 350 mil meticais à empresa malawiana.

O juiz do caso, Sales Victor, entendeu que o réu Sabino não pode ser responsabilizado pela morte das vítimas, porque foram estas que causaram a própria desgraça ao baldear fraudulenta e inadequadamente combustível do referido camião-cisterna, o que concorreu para a explosão da viatura.

“Não faz sentido e a lei também não permite que o tribunal condene o réu Sabino pelas mortes que ocorreram no local. É bom que fique claro que no dia 17 de Novembro o réu Sabino não estava no local”, disse Sales Victor.

Segundo a juiz, o arguido foi “condenado por prática do crime qualificado, tendo em conta a quantidade de combustível” roubado. Dois agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), identificados pelos nomes Celestino Gento e Custódio Marizane, foram sentenciados a seis meses de prisão convertidos em multa.

O tribunal justificou que não havia dúvidas de que os réus agiram com o intuito de “dar cobertura ao réu Sabino”.

A remoção da viatura incendiada do local dos factos dão corpo a essa prática, pese embora eles soubessem que os requisitos que consubstanciam o delito “já estavam lá preenchidos”.

Outros dois membros da PRM, de nomes Eugénio Afonso e Laurindo Manejo, foram absolvidos, a par de Luís Tambo, chefe da localidade de Caphiridzange, por ausência de provas do seu envolvimento.

Sales Victor argumentou que não se pode “forçar a condenação imputando a morte” dos 107 cidadãos a estes réus. É triste dizer [isso] mas a verdade é essa. As pessoas que foram encontradas pelas chamas, infelizmente não estão entre nós”. Mas elas “é que deram origem ao incêndio”.

“Não faz sentido, de acordo com o entendimento do tribunal, que se faça um nexo de causalidade” entre o aconteceu às vítimas e o facto de o camião ter estado na sua comunidade, disse a fonte.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Três praias com qualidade de Ouro





A bandeira "Praia com Qualidade de Ouro 2018", atribuída pela Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza às praias de São Pedro de Moel, Praia Velha e Pedras Negras, no concelho da Marinha Grande, foi hasteada esta sexta-feira, 27 de julho.

Este galardão é atribuído anualmente por aquela organização às praias portuguesas com melhor qualidade da água, tendo como critérios: ter qualidade da água “Excelente” nas cinco últimas épocas balneares e todas as análises realizadas, sem exceção, na última época balnear.

A distinção é dada com base na informação pública oficial disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente e tendo apenas em consideração as análises efetuadas nos laboratórios das diferentes Administrações Regionais Hidrográficas.

Com esta iniciativa, o objetivo da Quercus é realçar as praias que ao longo dos últimos cinco anos apresentam sistematicamente uma água balnear de qualidade excelente e que, nesse sentido, oferecem assim uma maior fiabilidade no que respeita à qualidade da água.


Câmara assegura gestão de combustível


A Câmara Municipal da Marinha Grande está a proceder à gestão de combustível florestal junto da rede viária municipal.

A autarquia irá proceder à gestão de combustível florestal numa faixa lateral de terreno confinante com a rede viária municipal numa largura não inferior a 10 metros, desde a berma da rede viária; 

Ao corte das árvores mantendo a distância entre as copas das árvores no mínimo de 4 metros, excetuando se forem espécies florestais de eucalipto ou pinheiro bravo, nestes casos a distância entre as copas deve ser no mínimo de 10 metros; 

A desramação de 50 % da altura da árvore até que esta atinja os 8 metros, altura a partir da qual a desramação deve alcançar no mínimo 4 metros acima do solo.

Solicita-se aos proprietários que pretendam retirar os materiais sobrantes, que forneçam essa informação à empresa responsável pela realização dos trabalhos ou à Câmara Municipal da Marinha Grande, através do Serviço Municipal de Proteção Civil.

Caso os materiais resultantes das ações promovidas pela Câmara Municipal não sejam imediatamente recolhidos pelos proprietários, os mesmos serão removidos pela empresa que realiza os trabalhos.

Aprovado novo Contrato Colectivo de Trabalho para o sector hoteleiro e turístico do Algarve

A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo (SITESE) celebraram um novo Contrato Colectivo de Trabalho para o sector hoteleiro e turístico do Algarve.O acordo foi mediado/conciliado pelo Ministério do Trabalho, através da DGERT (Direcção Geral do Emprego e Relações do Trabalho), tendo sido formalizado dia 26 de Julho, em Lisboa, entre os presidentes das duas instituições, Elidérico Viegas e Luiz Azinheira.
O novo CCT (Contrato Colectivo de Trabalho) vai vigorar por um período de 2 anos e produz efeitos a 1 de Junho de 2018. O novo CCT mantém o clausulado anterior, mas procede à alteração e actualização das tabelas salariais, assim como os respectivos subsídios, quer de línguas e alimentação, quer os abonos para falhas.
O acordo agora firmado abrange apenas os hotéis e empreendimentos filiados na AHETA, não sendo aplicável aos estabelecimentos que não se encontrem inscritos na associação.
As partes acordaram ainda prosseguir as negociações, no âmbito do Ministério do Trabalho, através da DGERT, tendo em vista a revisão e actualização do respectivo clausulado, designadamente no que se refere à introdução das sucessivas alterações legislativas à Lei Geral, (Código do Trabalho), incluindo as aprovadas recentemente na Assembleia da República, resultantes do acordo alcançado entre os Parceiros Sociais, no âmbito do Conselho Económico e Social.
Fonte: oalgarve

Edição da Feira do Presunto deste ano traz novidades

Este fim-de-semana decorre em Monchique mais uma edição da Feira do Presunto de Monchique, evento que tem entrada gratuita.
Para além do presunto local, vão também estar em exposição e à prova pela mão de um dos maiores especialista nacional do setor, o Chef Vítor de Oliveira, presunto fumado de Montalegre, presunto de Castelo Branco, de Estremoz, de Porco Alentejano de bolota IGP de Santana da Serra e Ibérico de Guijuelo (Espanha).
Vão, igualmente, ter lugar workshops de corte de presunto, apresentações técnicas, provas, harmonizações e muitas outras atividades, na “Academia de Corte”, onde o especialista estará disponível para partilhar o seu conhecimento técnico quer junto dos produtores locais quer de curiosos e apreciadores desta iguaria nacional. 
Neste encontro, Vítor de Oliveira terá ainda a responsabilidade de monitorizar os produtos de charcutaria de Monchique com o intuito de organizar provas cegas que permitam a discussão e a partilha de procedimentos, processos e qualidades organoléticas da charcutaria da região, abrindo assim as fronteiras do conhecimento sobre um setor que tem tanto de importante como de desconhecido.
Através destas inovações, a Câmara Municipal de Monchique pretende “conferir outra dimensão à Feira do Presunto e proporcionar a oportunidade de levar junto dos produtores locais, saberes e sabores de outras regiões produtoras de presunto”.
À animação prevista para Feira, com os concertos com a Aurea, no sábado, e com a Blaya, no domingo, ambos a partir das 22h00.
Fonte: oalgarve

Ministério da Educação rejeita acusações de fraude nas avaliações dos alunos

O Ministério da Educação rejeitou hoje acusações de fraude nas avaliações dos estudantes e anunciou que perto de 100% dos alunos já tem a sua avaliação concluída e que as restantes ficarão hoje concluídas.
“Neste momento, temos 99,7% dos alunos avaliados” e “os casos em falta, que são muitíssimo residuais, ficarão resolvidos ao longo do dia de hoje, eventualmente segunda-feira de manhã, o que significa que, neste momento, temos a conclusão do processo avaliativo e com isso o ano letivo terminado”, disse à agência Lusa, a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão.
O Sindicato de Todos os Professores (STOP) disse hoje ter identificado cerca de dez casos em que notas do segundo período foram usadas na pauta final e anunciou que vai avançar com um processo contra a tutela e diretores de escolas por considerar que se trata de uma “avaliação fraudulenta”.
Alexandra Leitão repudiou a acusação e explicou que tudo foi “feito no estrito cumprimento da legislação”.
Segundo a governante, “há alguns casos, absolutamente pontuais, em que a nota de alguma disciplina que foi levada ao conselho de turma foi a do segundo período e não a nota do terceiro período”, porque os docentes dessa disciplina se recusaram a entregar os elementos de avaliação dos alunos.
“Temos até conhecimento de alguns casos muito pontuais em que se recusaram a entregar ou nem sequer possibilitaram o contacto, não atenderam o telefone, não foram à escola, não sendo possível ao diretor de turma obter os elementos de avaliação”, contou.
Nesses casos, explicou Alexandra Leitão, o despacho normativo em relação à avaliação diz que, se por motivos da exclusiva responsabilidade da escola não existirem elementos do terceiro período, a avaliação pode fazer-se com os elementos do segundo período.
“Isso significa que houve casos pontuais em que a nota que foi levada ao Conselho de Turma para ser analisada, discutida e votada foi a nota do segundo período e não do terceiro. Em caso algum houve uma transferência direta” do segundo período para a pauta.
A secretária de Estado adiantou que, nos conselhos de turma, que se realizaram em “grande número nesta semana”, estiveram presentes professores que “tomaram as suas decisões de forma consciente e com seriedade”.
“O Ministério da Educação confia plenamente na ética destes docentes, repudiando quaisquer acusações de fraude que recaiam sobre o Ministério da Edução ou sobre estes professores que de forma muito abnegada estiveram nesses conselhos de turma a votar e a discutir as notas”, vincou.
Lembrou ainda que esta é uma greve aos conselhos de turma e que, “fora desse momento, as pessoas estão obrigadas aos seus deveres”.
“Os elementos de avaliação não são propriedade do professor, são da escola e são do aluno”, e têm de ser entregues à escola para ficar no processo do estudante, disse, avançando que o Ministério da Educação acionará todos os meios necessários para que isso aconteça.
Alexandra Leitão quis deixar uma palavra de apreço à comunidade educativa. “No termo desta semana, que foi uma semana de muito trabalho para diretores, professores e também para os serviços do Ministério da Educação, acho que é devida uma palavra para essas pessoas”.
O final do processo também são “boas notícias” para “os alunos, que podem ir de férias com os seus pais com o seu processo avaliativo concluído”, rematou.

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