sábado, 4 de setembro de 2021

Portugal vence Qatar em jogo de preparação

A seleção portuguesa de futebol venceu hoje por 3-1 a congénere do Qatar, país anfitrião do Mundial2022, em jogo particular integrado na fase de qualificação para o Campeonato do Mundo, disputado na cidade húngara de Debrecen.

Os golos de André Silva, aos 23 minutos, Otávio, aos 25, na estreia internacional do médio luso-brasileiro, e Bruno Fernandes, aos 88, de grande penalidade, selaram o triunfo de Portugal, enquanto Hassan marcou aos 61 o tento do Qatar, que terminou com nove jogadores, devido às expulsões do guarda-redes Barsham, aos 43, e de Boualem Khoukhi, aos 90+1.

A equipa portuguesa, que reparte com a Sérvia o comando do Grupo A europeu de apuramento para o Mundial2022, alinhou hoje de início com muitos habituais suplentes, mas deverá voltar à configuração habitual na terça-feira, frente ao lanterna-vermelha Azerbaijão, apesar de não poder contar com o capitão Cristiano Ronaldo, suspenso por um jogo.

Lusa

Furacão Larry com ventos de 205 quilómetros ameaça Antilhas e Estados Unidos

O furacão Larry aumentou de intensidade para ventos de 205 quilómetros nas últimas horas, ameaçando as Pequenas Antilhas e a costa leste dos Estados Unidos, avisou hoje o Centro Nacional de Furacões.

O "olho do furacão" Larry, que também aumentou de tamanho, localiza-se a cerca de 1.700 quilómetros a leste das Ilhas Leeward e a cerca de 2.570 quilómetros a sudeste das Bermudas, refere o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) em comunicado.

O centro norte-americano prevê que as ondas provocadas pelo Larry cheguem às Pequenas Antilhas no domingo e se estendam por partes das Grandes Antilhas, Bahamas e Bermudas na segunda e terça-feira.

Perspetiva-se, por outro lado, que uma ondulação significativa possa ocorrer na costa leste dos EUA na terça-feira, desencadeando correntes perigosas.

O Larry está a mover-se na direção oeste-noroeste, a cerca de 24 quilómetros por hora, apesar de se esperar que a deslocação para noroeste seja um pouco mais lenta nos próximos dias.

No entanto, o Larry, que é um furacão de categoria 3 na escala Saffir-Simpson, que vai até 5, poderá ficar ainda mais forte, admite o Centro Nacional de Furacões (NHC).

A previsão dos meteorologistas é a de que atinja a força de um grande furacão nos primeiros dias da próxima semana.

A Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) prevê que a atual temporada de furacões no Oceano Atlântico terá uma atividade acima da média dos últimos anos.

Este ano, e até agora, quatro furacões formaram-se no Atlântico: Henri, Grace, Elsa e a Ida, sendo que este último causou morte e destruição nas Caraíbas e nos Estados Unidos.

Lusa

Núcleo Museológico do antigo Hospital Rovisco Pais abre ao público dia 7 de Setembro

Dr. José Tereso na portaria do CMRRC em 2020

O Núcleo Museológico do antigo Hospital Colónia Rovisco Pais (NMHCRP) abre ao público na próxima terça-feira, 7 de Setembro, numa das alas da capela que integra o complexo de edifícios do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais, na Tocha. A anteceder a abertura, terá lugar, pelas 14h00, uma cerimónia de inauguração onde estará representada a Sasakawa Health Foundation, fundação japonesa ligada à doença de Hansen e que apoia este novo projeto.

Na sua exposição permanente patente na antiga capela do hospital, o Núcleo Museológico revela ao público, pela primeira vez, um conjunto significativo de património cultural e científico do antigo Hospital Colónia Rovisco Pais. O percurso expositivo convida o visitante a conhecer a última leprosaria portuguesa, criada em 1947 e extinta em 1996, através de fragmentos do passado - objetos, fotografias e documentos vários - representativos das atividades desenvolvidas no hospital e reunidos nos seguintes núcleos temáticos:

Hospital Colónia Rovisco Pais, a última e única leprosaria nacional;
Cronologia do combate e erradicação da doença de Hansen em Portugal;
A doença e os doentes;
O laboratório, a farmácia e os tratamentos;
A assistência clínica;
O quotidiano na aldeia terapêutica;
A assistência à família dos doentes de Hansen.

A visita ao NMHCRP é gratuita e proporciona a quem a visita uma viagem no tempo, à história da Medicina, da saúde e da assistência social no século XX durante a época em que a doença de Hansen proliferou em Portugal. A conceção do Núcleo Museológico, há muito ambicionada pelo CMRRC-RP, foi norteada por um forte compromisso com princípios de sustentabilidade materializados, quer na otimização de custos e recursos, quer nos processos de consciencialização, resgate e restauro do património. Deste compromisso, e da reutilização de materiais e mobiliário do antigo hospital, resulta o facto de, neste espaço, tudo constituir, por si só, um veículo de história, identidade e memória coletiva. O mesmo projeto inclui o desenvolvimento de uma coleção de histórias de ex-utentes e ex-funcionários ou visitantes do antigo Hospital Colónia Rovisco Pais com base nos arquivos e na recolha de testemunhos/memórias orais que têm sido disponibilizadas no site https://www.hansen-stories.pt/ de que foram selecionadas algumas memórias para a exposição itinerante que tem vindo a percorrer o país.

A criação do Núcleo Museológico do Hospital Colónia Rovisco Pais surge no âmbito do projeto "Rovisco Pais old leprosy - a museological nucleus and storytelling website" desenvolvido no CMRRC-RP apoiado pela Sasakawa Health Foundation. Um projeto abrangente, desenvolvido nos últimos anos, cuja finalidade tem sido a recuperação do património do antigo Hospital Colónia Rovisco Pais, a única leprosaria nacional, a integrar numa rede internacional de museus de antigas leprosarias in situ e nas rotas do turismo de saúde, da religião e da ciência.

Visitas ao NMHCRP

A visita é gratuita e acompanhada por um guia e deve ser agendada, mediante marcação prévia, através dos seguintes contactos:
Telefone: 231440900
Email: secretariado@roviscopais.min-saude.pt
Morada
Quinta da Fonte Quente,
3064-908 Tocha (Cantanhede)

Atividade operacional semanal da GNR

A Guarda Nacional Republicana, para além da sua atividade operacional diária, levou a efeito um conjunto de operações, em todo o território nacional, entre os dias 27 de agosto e 2 de setembro, que visaram, não só, a prevenção e o combate à criminalidade e à sinistralidade rodoviária, como também a fiscalização de diversas matérias de âmbito contraordenacional, registando-se os seguintes dados operacionais provisórios:

  1. Detenções337 detidos em flagrante delito, destacando-se:
  • 162 por condução sob o efeito do álcool;
  • 82 por condução sem habilitação legal;
  • 19 por tráfico de estupefacientes;
  • 11 por posse ilegal de armas e arma proibida;
  • Dez por furto;
  • Cinco por violência doméstica.

  1. Apreensões:
  • 4 684 doses de liamba;
  • 477 doses de haxixe;
  • 242 pés de canábis;
  • 135 doses de heroína;
  • 27,8 doses de cocaína;
  • 1,36 doses de óleo de canábis;
  • Dez armas brancas ou proibidas;
  • 1 515 munições de diferentes calibre;
  • 10 895 euros em numerário.

  1. Trânsito:

Fiscalização8 289 infrações detetadas, destacando-se:

  • 2 954 excessos de velocidade;
  • 490  por falta de inspeção periódica obrigatória;
  • 416 por condução com taxa de álcool no sangue superior ao permitido por lei;
  • 354 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou sistema de retenção para crianças;
  • 329 relacionadas com anomalias nos sistemas de iluminação e sinalização;
  • 255 por uso indevido do telemóvel no exercício da condução;
  • 222 por falta de seguro de responsabilidade civil;
  • 188 relacionadas com tacógrafos.

Governo quer aumentar bolsas de estágio dos jovens licenciados

Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social quer aumentar o teto mínimo salarial dos estágios profissionais em 88 euros.

O Governo quer aumentar as bolsas de estágio abrangidas pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) em 88 euros. Ou seja, fazer com que os jovens licenciados nestes regime passem a auferir 878 euros ao invés dos atuais 790€. A notícia é avançada esta sexta-feira pelo Público. 

A intenção do executivo foi confirmada ao jornal pela Ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, que levou esta manhã a proposta à mesa das negociações da Concertação Social, a reunião entre patrões, sindicatos e Governo, a decorrer durante esta sexta-feira.

Ao jornal, a governante frisa também que a intenção do Governo passa por revogar uma norma que fixa o teto mínimo do salário dos trabalhadores em estágios profissionais ao Indexante dos Apoios Sociais, atualmente, segundo o diário, na ordem dos 438,81 euros.

O objetivo do executivo passa por ter as novas regras em vigor a 1 de janeiro de 2022, havendo a intenção de que as medidas cheguem quer aos estágios profissionais que comecem nessa altura quer aos que já se encontrem em curso.

Madremedia

PJ detém suspeito. Ateava fogos motivado pela revolta de não ser bombeiro

 Os incêndios no concelho de Valença foram ateados com recurso a chama direta, sobretudo a altas horas da madrugada.

A Polícia Judiciária deteve na quinta-feira um homem suspeito de cinco crimes de incêndio florestal, ocorridos em várias freguesias do concelho de Valença, em 2020 e 2021, e com grande dispersão geográfica.

O detido, de 29 anos de idade, desempregado, “terá ateado os incêndios com recurso a chama direta, motivado por um sentimento de revolta pela sua inaptidão para o desempenho de funções de bombeiro voluntário”, refere a nota enviada à Renascença.

De acordo com autoridades, os incêndios, eram “ateados sobretudo a altas horas da madrugada e consumiram principalmente vegetação arbustiva e arbórea, não tendo atingido maiores proporções e manchas florestais adjacentes, de dimensões consideráveis, devido à rápida intervenção dos Bombeiros. Um dos incêndios, ocorrido em setembro de 2020, causou danos consideráveis num pavilhão industrial”.

Olímpia Mairos / RR

Gouveia e Melo: “Acho que daria um péssimo político”

O coordenador do plano de vacinação contra a covid-19 considerou hoje que "daria um péssimo político" e que se sente "perfeitamente realizado enquanto militar", assim respondendo à sugestão de uma candidatura à Presidência da República.

“Não sinto necessidade de dar [o meu contributo] enquanto político, primeiro porque não estou preparado para isso, acho que daria um péssimo político e também acho que devemos separar o que é militar do que é político, porque são campos de atuação completamente diferentes”, afirmou o vice-almirante Gouveia e Melo à Lusa, numa entrevista de balanço sobre o processo de vacinação.

Além do mais, disse, não se sente “inclinado para isso”.

“Já diversas vezes me perguntaram e eu tenho a certeza absoluta que há dentro do quadro democrático e da sociedade civil pessoas muito mais capazes para desempenhar esse papel”, sublinhou.

Para o vice-almirante, que exerce a coordenação daquele processo desde fevereiro, os militares são mais vocacionados para a ação e são menos negociadores.

“A política é uma arte de negociação permanente, nós [militares] somos menos negociadores, na nossa maneira de estar a rapidez da ação não exige de nós grandes capacidades de negociação, exige grandes capacidades de decisão e de decisão sob stresse”.

Para Gouveia e Melo, essa é uma das razões pela qual daria “um péssimo político”: “Falta-nos essa capacidade de negociar de forma muito aberta com todos os setores da sociedade e todos os interesses da sociedade e isso é uma coisa que os militares não estão habituados a fazer”.

“Temos preparações diferentes, são maneiras de estar diferentes e não devemos misturar isso. Se no passado houve essas misturas, ou houve necessidade dessas misturas, isso é o passado”, sublinhou.

E destacou: “Acho que não há necessidade de nenhum militar vir para a política, nós temos uma classe política muito desenvolvida e estruturada, a democracia está estruturada e terá os seus caminhos e encontrará sempre as suas soluções”.

Reconhecendo que ao longo destes últimos meses foi obrigado a negociar muitas vezes, “porque teve de se adaptar” — diz -, Gouveia e Melo sublinha, no entanto, que “são militares” as características que ajudaram neste processo.

“São características de autoridade para ter planos executados em tempo, para conseguir objetivos mesuráveis em tempo, para conseguir um ritmo elevado e rápido. Isso obriga alguma autoridade, a impor coisas muitas vezes”, afirmou.

Para o vice-almirante, a emergência da pandemia facilitou esse tipo de decisões, mas — ressalvou — “num processo diferente, no processo democrático, esse autoritarismo era imediatamente negativo e teria consequências negativas”.

E resumiu: “Portanto, eu acho que os militares devem fazer o que sabem fazer, que é ser militar e os políticos fazem o que sabem fazer, que é ser políticos (…) nós vivemos numa democracia estável, não devemos confundir as coisas”.

Segundo Gouveia e Melo, poder-se-ia equacionar a situação ao contrário e por um civil a tomar conta de uma campanha militar.

“Eu acharia que eventualmente era capaz de não ser a melhor opção e vice-versa, a forma como nós somos educados tem importância”.

Manifestantes contra vacinas precisam de "lição de democracia"

“Todos os debates e conversas são interessantes e importantes. Quando nós dizemos que as vacinas salvam milhares de pessoas e as pessoas dizem que não salvam, não há aqui ponto de encontro para se discutir. Nós não conseguimos encontrar uma margem de discussão quando não concordamos com o facto básico que gera a discussão”, diz o vice-almirante Gouveia e Melo em entrevista à agência Lusa.

Quando visitava um centro em Odivelas no dia 14 de agosto onde se concentravam jovens adolescentes, um grupo de manifestantes antivacinação chamou-lhe “assassino”, ao mesmo tempo que se declarava contra a inoculação de jovens, argumentando que “crianças não são cobaias”.

“As pessoas tentaram barrar-me o caminho e gritavam aos meus ouvidos. Não houve nenhuma tentativa de agressão, na realidade. Aquilo não é democracia. Democracia é discutirmos argumentos, mas não temos que os impor a ninguém”, relata.

“Houve miúdos que foram tomar as vacinas naquele momento e, quando iam a passar, os manifestantes diziam ‘Lá vai mais um morto!’. Isso é uma pressão, uma coação psicológica. Essas pessoas têm que ter uma lição de democracia”, defende.

Gouveia e Melo frisa que “ninguém é obrigado a ser vacinado”.

“Mas quem quer ser vacinado deve poder passar pela porta tranquilamente e deve poder sair pela mesma porta tranquilamente depois de ser vacinado. Não tem que ser molestado, amedrontado ou perseguido psicologicamente”, reforça.

O vice-almirante refere que estar sob proteção do Corpo de Segurança Pessoal não interfere com o seu dia-a-dia ou com o seu itinerário pela infraestrutura da vacinação e indica que “não há receio de uma agressão física” por parte de ativistas que não concordam com o processo ou com as medidas de restrição impostas por causa da pandemia.

O que foi ponderado foi a possibilidade de “um tipo de provocação qualquer que, em termos de imagem, poderia ser negativa para a imagem do próprio processo” de vacinação.

“Não seria bom, por exemplo, para as Forças Armadas, verem um oficial general ser agredido na rua. E seria pior se um oficial general ou um militar reagisse à agressão”, ilustra.

Gouveia e Melo assume que já se deparou com “pessoas muito irracionais” e que, “por mais calmo e ponderado que se possa ser, num momento de agressão, uma pessoa pode perder toda a ponderação e é melhor que isso não aconteça”.

Afirma-se “supertranquilo” e assegura não ter sido sua a iniciativa de pedir proteção policial.

“Foi uma avaliação de ameaça feita pelos nossos serviços, que acharam que eu devia ter proteção porque a excitação dessas pessoas e grupos nas redes sociais passou para lá do limite do que seria a retórica normal. Mas nunca me senti ameaçado”, declara.

O trabalho dos agentes que o acompanham passa por saberem se, numa visita a qualquer espaço, “há alguém à porta à espera, coisas desse género, mas mais do que isso, não”.

“Julgo que essas pessoas vivem numa bolha, que se isolam de tudo o que está à sua volta que não confirme a realidade delas. Depois é muito difícil falar com essas pessoas, não é por falta de vontade nossa. Essas pessoas têm uma atitude quase irracional e muitas vezes irascível quando tentamos falar sobre factos”, lamenta.

Indicando que a disseminação das vacinas pela população coincidiu com uma redução da incidência das infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2, admite que “as pessoas podem crer em tudo, mesmo em coisas inacreditáveis”.

“O mundo inteiro já vacinou 200 ou 300 milhões de pessoas. Quantas morreram em resultado da vacinação? Quantas morreram em resultado do vírus?...Se não chegarmos a um facto concreto para podermos discutir e comparar opções, não há discussão possível”, considera.

“Vou despir este camuflado quando sentir que ganhámos a guerra”

“Vou despir este camuflado quando sentir que de alguma forma ganhámos a guerra, ou pelo menos não a conseguimos fazer melhor. Em princípio será quando se atingir os 85% das segundas doses”, disse o coordenador da "task-force".

Esse marco deverá ser alcançado por estes dias, segundo disse, mas, até lá, não quer dar “sinal de descanso”, sublinhou.

“Enquanto não tivermos todos com a segunda dose - todos os 84% ou 85% da população - há um trabalho a fazer, que é retirar espaço de manobra ao vírus”, acrescentou, referindo que essa tarefa compete ao Estado – que tem de dar as condições para que tal aconteça – e aos portugueses, acorrendo ao processo de vacinação.

Gouveia e Melo considerou, no entanto, que não faz sentido “sobrevacinar” populações já vacinadas, deixando outras à mercê do vírus, nomeadamente noutras zonas do globo.

“Isso não me parece ético e não parece uma boa estratégia”, destacou.

“Há um princípio ético e moral, nós não devemos proteger-nos em detrimento de outras pessoas, que precisam também de proteção”, esclareceu, justificando que “devemos ser solidários, a solidariedade não é só com o irmão, ou com a mãe ou com a família, é dentro do Estado e, depois do Estado, para outros estados e na comunidade internacional”.

Por outro lado, o vice-almirante assinalou o “aspeto prático”: “Não é uma boa estratégia deixar zonas muito desprotegidas, onde o vírus se vai mutar naturalmente (…) e não é combatido”.

“Se [o vírus] se mutar mais rapidamente, mais tarde ou mais cedo, face à globalização, viremos a sofrer de uma reinfeção de uma estirpe já mutada muito mais resistente é muito mais difícil de combater”, afirmou.

Do ponto de vista pessoal, terminada a tarefa da vacinação, o vice-almirante disse tencionar tirar “três dias para descansar depois disto, só para desligar o ritmo” e regressar às funções que desempenhava.

Anteriormente, Gouveia e Melo era adjunto para o Planeamento e Coordenação do Estado-Maior General das Forças Armadas, cargo pelo qual recebeu uma medalha do Presidente da República, a 19 de agosto passado.

“Tratou-se de um reconhecimento, ao fim e ao cabo, da função militar”, disse.

“A medalha que eu recebi, em termos de ‘timing’, pode ter parecido que era uma medalha que tinha a ver com o processo de vacinação, mas o que me foi explicado (…) é que era um processo que tinha a ver com as funções que eu desempenhei nas Forças Armadas”, contou o vice-almirante.

Questionado se mereceria uma outra pelo processo de vacinação – “uma medalha civil”, como se lhe referiu – Gouveia e Melo respondeu que não precisa “de mais medalhas nenhumas”.

“Já não preciso de nada, eu vou na rua e as pessoas agradecem, a generalidade das pessoas tem uma atitude muito generosa para comigo e ao fim e ao cabo eu também represento um grupo de militares e de enfermeiros (…) essa medalha é para todos nós”, afirmou.

Sobre o papel das Forças Armadas neste processo, o vice-almirante considerou que “as FA são o que o povo quer que elas sejam” e que há mecanismos democráticos para que o faça sentir.

“A população portuguesa tirará certamente as ilações que quiser tirar deste processo, tem os mecanismos democráticos para fazer sentir, o próprio poder político tem os mecanismos adequados para fazer sentido se o papel [das FA] é reforçado ou não é reforçado”, explicitou.

“Eu acho que nós fomos chamados a fazer uma função diferente, não sei se a fizemos bem ou mal, parece-me que a fizemos bem, mas não sou eu que me vou julgar, é a população, é o poder político”, disse.

E concluiu: “Nós, Forças Armadas, faremos o que for necessário, porque na base das Forças Armadas uma das missões é ajudar a nossa população, portanto (…) é uma coisa natural”

Portugal perto do limite da população-alvo da vacinação

"Estamos a chegar ao limite do público-alvo para ser vacinado", indica, apontando que a meta de 85% da população portuguesa com vacinação contra a covid-19 completa deverá ser atingida até ao fim do mês, disse à Agência Lusa o coordenador da ‘task-force’.

O processo está "mesmo já no fim, tirando as crianças dos 0 aos 12 anos, que são entre 11% e 12% [da população], e havendo 03% a 04% de pessoas que recusam a vacina", diz. Isso significa que não teremos muito mais população para vacinar”, referiu o militar em entrevista à Lusa.

Este fim de semana, dever-se-á atingir o patamar de 85% da população elegível para ser vacinada com pelo menos uma dose administrada. Olhando para o futuro, Gouveia e Melo defende que “não é necessária uma ‘task-force’” para além da missão que está prestes a finalizar, quer para fazer reforços de vacinação quer para a eventualidade de a vacinação contra a covid-19 se tornar uma rotina regular.

“O que está recomendado é uma vacinação reforçada para pessoas que estão imunossuprimidas. Estamos a falar num universo de, no máximo, 100 mil pessoas, se calhar até inferior”, salienta.

Garante que “neste momento há reserva de vacinas para essa terceira dose”.

A ‘task-force’ que liderou foi “uma máquina montada de forma extraordinária para um processo extraordinário”, reconhece Gouveia e Melo, mostrando-se convencido que uma campanha anual de reforços de vacinação poderá ser assegurada pelos cuidados de saúde primários: “Já o faziam para a vacinação da gripe e poderão fazê-lo”.

Ao cabo do que considera “uma batalha com prazo, o mais curto possível para cumprir um plano de vacinação” com duas doses para a maior parte da população, o oficial general da Armada reconhece alguns momentos de impasse ao longo de nove meses.

Um desses pontos aconteceu com a incerteza sobre efeitos secundários da vacina Oxford/Astrazeneca, cuja administração chegou a ser suspensa e cujo uso acabou por ficar limitado a pessoas com mais de 60 anos.

“Não consigo dizer se houve uma guerra comercial [entre fabricantes de vacinas]. Às vezes, parecia. Tivemos que viver com limitações que apareceram em certas alturas do processo de vacinação e tivemos que o adaptar a essas limitações, com sucesso”, argumenta.

“Houve momentos em que nos faltaram vacinas e o nosso ritmo não era aquele para o qual tínhamos capacidade. Depois, quando apareceram as vacinas, o ritmo aumentou. Quando já estávamos a chegar ao fim do processo de vacinação, tendo vacinas e capacidade, faltavam as pessoas. Mas nós cumprimos. Daqui para a frente estaremos a vacinar três a quatro mil pessoas por dia em todo o país”, salienta.

Além de todo o pessoal de enfermagem, médicos, administrativos e todos os militares, Gouveia e Melo destaca a importância das autarquias, que “tiveram um papel extraordinário neste processo: disponibilizaram espaços, recursos humanos e recursos materiais”.

“Sem [as autarquias] teria sido muito difícil. Nós estamos a operar entre as 4.500, 5.000 pessoas todos os dias nos centros de vacinação, muitas contratadas pelas autarquias, muitas voluntárias”, destaca, apontando ainda que o poder local permitiu montar os mais de 300 centros de vacinação “mais abertos, espaçosos, arejados e mais adequados a este tipo de vacinação” fora dos centros de saúde.

Para Gouveia e Melo, o ritmo da vacinação acabou por ditar o ritmo da progressão da pandemia em Portugal, sobretudo a partir do momento em que a variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2 atingiu o país.

“Nós tivemos a variante Delta muito cedo. Quando atingimos cerca de 55% das segundas doses, já com a variante Delta, notou-se uma quebra da incidência, que deixou de aumentar e começou a cair. O processo de vacinação foi combatendo sistematicamente a incidência e ajudando a combatê-la. Neste momento, estamos a ganhar. Apesar do desconfinamento, apesar de haver muita mobilidade, férias, estrangeiros em Portugal, a incidência está a baixar”, destaca o vice-almirante.

Com o novo ano letivo prestes a começar, Gouveia e Melo admite que “este vírus gosta de ajuntamentos e que “é natural” que se assista a um aumento de casos, mas afirma-se otimista: “Estou convencido que com a taxa de vacinação que nós temos na população, a incidência não aumentará muito, poderá aumentar temporariamente, mas vai cair naturalmente”.

Lusa / Madremedia

Imagem: SAPO24

Três Neurônios (sobre Sao Paulo)

 Cada um decide o que fazer e lutar pela sua própria liberdade em tudo 

Falsa Bandeira (com mentiras)
Fim das igrejas 
Obrigatoriedade da "Picada do Escorpião"
Presidente assinar o 142
Abuso de autoridade
Aceitar ser uma Cobaia da "Picada do Escorpião"

Carlos Georgia
         Asia - Georgia
           Georgia's flag  As cinco cruzes sobre a bandeira atual da Geórgia
  ... são muitas vezes interpretadas como representativa das,,,
 Cinco Chagas de Jesus ... ou ... alternativamente,,, 
 Cristo e os quatro evangelistas.

Canoísta Norberto Mourão conquista bronze nos 200 metros VL2 dos Jogos Paralímpicos

O canoísta português Norberto Mourão, campeão europeu e vice-campeão mundial, conquistou hoje a medalha de bronze na prova 200 metros VL2, dos Jogos Paralímpicos Tóquio2020.

Mourão, que se estreou em competições paralímpicas, cronometrou 55,365 segundos, ficando a 2,288 do brasileiro Paulo Rufino (53,077), que se sagrou campeão paralímpico com a melhor marca da distância.

O canoísta português, que na quinta-feira conseguiu o apuramento direto para a final, terminou a prova a 316 centésimos de Igor Korobeynikov (55,681), do Comité Paralímpico da Rússia, que foi quarto.

No Sea Forest Waterway, onde há cerca de um mês Fernando Pimenta foi bronze olímpico em K1 1.000 metros, o norte-americano Steven Haxton (55,093) arrecadou a medalha de prata.

A menos de dois dias do final da competição, Portugal soma duas medalhas de bronze e 19 diplomas.

Fonte: Lusa

 e Imagem: SICNOTICIAS

“Linhas Vermelhas”: Mais de 29 mil pessoas vacinadas foram infetadas

Mais de 29 mil pessoas com a vacinação completa contra a covid-19 foram infetadas com o vírus SARS-Cov-2, o que representa 0,4% do total de vacinados, e 309 morreram, adiantaram hoje as autoridades de saúde.

As "linhas vermelhas" concluem ainda que se regista em Portugal uma tendência estável a decrescente na pressão sobre os serviços de saúde e na mortalidade por covid-19.

O número de pessoas internadas em cuidados intensivos no continente correspondeu a 55% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas, inferior aos 49% da semana anterior, com 140 doentes nestas unidades na quarta-feira.

No que se refere aos testes, a proporção de positivos foi de 4% (na semana anterior tinha sido de 4,4%), tendo-se registado uma diminuição do número despistes nos últimos sete dias -- 346.320 contra os 369.637 feitos na semana anterior.

Relativamente à incidência de novas infeções, a taxa a 14 dias está nos 294 casos por 100 mil habitantes em Portugal, com uma tendência estável, sendo o grupo etário dos 20 aos 29 anos o que apresenta valores mais elevados, com 695 casos por 100 mil habitantes.

"A mortalidade específica por covid-19 registou um valor de 14,6 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, que corresponde a um decréscimo de 5% relativamente à semana anterior. Este valor é inferior ao limiar de 20 em 14 dias por um milhão de habitantes, definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC)", refere o relatório.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.772 pessoas e foram contabilizados 1.042.144 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

Lusa

Agradecimento ao Dr Américo Martins


O IPST agradece ao Dr Américo Martins pelos mais de 40 anos de ligação ao serviço Nacional de Saúde, nomeadamente a atividade dedicada à colheita e transplantação de órgãos, realçando o seu empenho, dedicação e extraordinária competência profissional.

Notável cirurgião, porquanto esteve envolvido em técnicas inovadoras de transplante hepático, como é o caso do transplante hepático sequencial em “duplo piggyback”, vindo esta técnica cirúrgica inovadora, em julho de 2001, revolucionar a transplantação hepática sequencial.

No que diz respeito ao transplante pancreático, foi o responsável pela criação da técnica cirúrgica do “pâncreas ao colo,” que em muito contribuiu para o sucesso destes transplantes.

De referir que acumulou recordes ao longo dos anos nesta área cirúrgica tão específica, com mais de 230 colheitas hepáticas realizadas e a participação em mais de 800 transplantes hepáticos, sendo ainda o detentor do tempo cirúrgico mais curto. Se aos transplantes hepáticos adicionarmos os transplantes pancreáticos e renais identificam-se mais de 1000 transplantes ao longo do seu percurso profissional.

Importa também referir que com a sua resiliência e espírito guerreiro, transplantou o primeiro fígado de dador em paragem cardiocirculatória.

Fonte: IPST

Colheitas de sangue em Setembro de 2021

Colheitas de sangue em Setembro de 2021: pstrongA vida s tem um sentido e o nico sentido que a vida tem quando investimos nossa vida na vida dos outros ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa a luta do colectivo. stro