sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

O reeleito edil da Matola, Calisto Moisés Cossa, hipotecou o agora mais populoso Município de Moçambique ao BCI, pelo menos até 2025, com uma dívida de 1,4 bilião de meticais e que custa anualmente 70 por cento das receitas para a construção da futura sede da Autarquia. “Por que é que não estamos lá? Casa nova, mobília nova” explicou em entrevista exclusiva ao @Verdade o Presidente do Conselho Autárquico.
O Tribunal Administrativo revela no seu Relatório e Parecer a Conta Geral do Estado de 2017 que: “Dos 9 Municípios que contraíram as dívidas com a banca, coube ao Conselho Municipal da Matola a maior parte, de 1.255.843 mil meticais, com o Banco Comercial de Investimentos (BCI), para a construção do Edifício Sede, com um período de maturidade de 11 anos. Até ao presente exercício, o saldo é de 1.417.309 mil Meticais.”
O imponente edifício de 9 andares que deverá albergar todas Vereações e serviços municipais, uma biblioteca, um auditório e até um centro de negócios está pronto há cerca de 1 ano mas não tem data para ser inaugurado, embora inicialmente estivesse previsto ser ocupado a partir de finais de 2017.
“Nós como município funcionamos de uma forma dispersa, algumas Vereações funcionam em casas arrendadas que não tem estrutura para a demanda dos serviços, por ano estamos a pagar em rendas e manutenção 12 milhões de meticais, o que é muito dinheiro para o Município”, começou por explicar ao @Verdade o edil.
Calisto Cossa justificou a “situação da dispersão, os arrendamentos levou-nos a decidir pela construção do edifício sede. Elaboramos o projecto, todos os requisitos que foram exigidos, submetemos à Assembleia Municipal, fomos autorizados, submetemos à tutela e tivemos aval, temos tutelas financeira e administrativa”.
“Por que é que não estamos lá? Casa nova, mobília nova”, declarou o Presidente do Conselho Autárquico revelando ao @Verdade que no montante do empréstimo estava incluída a verba para o mobiliário.
“A ideia para pagar o edifício são as receitas próprias e também os rendimentos do arrendamento do próprio edifício”
“O custo da construção e mobiliário de 1,2 bilião (de meticais) quase que atingia 2 biliões (de meticais), acabamos conversando com o banco e com a tutela e brevemente vamos entrar, ainda este semestre. Primeiro o presidente (do conselho autárquico), a Vereações, neste momento estamos a mobilar para entrarmos”, aclarou Cossa que precisou que “o custo da construção foi de cerca de 800 milhões, na altura”.
Relatório e Parecer do TA sobre a Conta Geral do Estado de 2017
Questionado pelo @Verdade como se perspectivou amortizar essa dívida Calisto Cossa afirmou: “Através de receitas. Um banco não financia sem ter a certeza que a instituição vai pagar. A ideia para pagar o edifício são as receitas próprias e também os rendimentos do arrendamento do próprio edifício”.
“O interessante é que o edifício auto financia-se, temos solicitações para alugar algumas áreas que o Município não vai ocupar, o que vai ajudar no pagamento”, tentou explicar o edil vangloriando-se que: “Neste momento o Município da Matola paga cerca de 95 por cento das suas despesas só com receitas próprias, estamos a caminhar para autossuficiência, há um trabalho sério na arrecadação, não ficamos a depender das transferências do Governo Central”.
No entanto Cossa reconheceu que desde a contratação do empréstimos, e ultrapassado o período de graça de 3 anos, “houve alterações dos juros, mas o esforço que temos como Município é arrecadar a receita para pagar este edifício. De uma prestação mensal que tínhamos de 18 (milhões de meticais), por causa da subida da taxa de juro, passamos para 28 (milhões de meticais), o que não é pouco”.
Custo anual dos juros da futura sede do Conselho Autárquico é tanto quando Calisto Cossa investiu em infra-estruturas desde 2014
Foto de Adérito Caldeira
Contudo o @Verdade descobriu que o custo anual dos juros da futura sede representa cerca de 70 por cento das receitas próprias do Município da Matola que em 2019, por exemplo, estão planificadas em 478 milhões de meticais. No global a Autarquia espera arrecadar 906 milhões de meticais, contabilizando as transferências do Estado (o Fundo de Investimento de Iniciativa Autárquica, o Fundo de Compensação Autárquica e o Programa Estratégico para a Redução da Pobreza) e também as receitas do Fundo de Estradas e de Jogos, para uma despesa corrente de 462 milhões de meticais.

Fazendo um balanço do seu 1º mandato Calisto Cossa quantificou em cerca de 400 milhões de meticais os investimentos realizados desde 2014. “Para circular na Matola não era fácil, fizemos muitas estradas (...) construímos vários edifícios como uma nova sede para posto Administrativo na Matola A, a Tesouraria Central onde funciona a vereação da terra através de uma parceria público privada com um banco para bancarização da cobrança das taxas, antes de tomarmos a decisão de construirmos o edifício sede. Na polícia municipal construímos um edifício de cobrança, com base no orçamento participativo construímos um muro de vedação de uma escola à escolha da população, construímos um centro de saúde de raíz em Malhampsene”.
Acontece que este montante é tanto quando custam os juros anuais apenas da futura sede do Conselho Autárquico, que são de aproximadamente 336 milhões de meticais. No Orçamento municipal de 2019 estão inscritos 444 milhões de meticais apenas para despesas de capital.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
Foto de Fim de Semana
Enquanto o povo é idiotizado, com a detenção de cidadãos que terão beneficiado ilicitamente dos empréstimos ilegais, o partido Frelimo insiste no imperativo das dívidas serem pagas por todos. “Vão sempre olhar para nós com reserva, porque vocês são caloteiros. Vocês contraem dívidas e depois começam andar por aí nas ruas a dizer que não querem pagar”, declarou Tomas Salomão que classificou os empréstimos que o ex-Presidente Armando Guebuza garantiu terem sido contraídos “em defesa da Pátria Amada” como “uma trampa internacional”.
O antigo governante, banqueiro e membro da importante comissão política do partido Frelimo afirmou esta semana que atitude do Governo de Filipe Nyusi de não repudiar o pagamento das dívidas ilegais, “é a postura mais correcta, porque só ela é que vai permitir, se um dia tivermos que chegar a uma situação de que está dívida tem que ser feito o right off, ou seja o corte total, isso passa por Moçambique estar sentado na assembleia de credores, sem Moçambique estar sentado na assembleia de credores a discutir com aquelas caras difíceis, o ministro da Economia e Finanças, que na altura era meu colega como Governador do Banco (de Moçambique) sabe muito bem”.
“Moçambique tem gente que é capaz, gente que conhece o assunto e gente que pode induzir os credores a terem esta posição de renegociação, que pode ser dilatar os prazos, mas que também se formos vistos como sérios o objectivo é que em algum dia esta dívida seja totalmente perdoada, mas precisamos de tratar o assunto com a seriedade que necessária e sermos vistos, ou pelo menos parecermos que somos sérios, porque nestas coisas o parecer, é”, disse Salomão em entrevista a Rádio e Televisão públicas.
O ex-ministro da Finanças de Joaquim Chissano explicou que o não pagamento dos empréstimos cria o problema “que quando Moçambique quiser ir buscar dinheiro lá fora, seja o Estado, sejam instituições financeiras, seja quem for, o dinheiro vai custar mais caro porque vão sempre olhar para nós com reserva, porque vocês são caloteiros. Vocês contraem dívidas e depois começam andar por aí nas ruas a dizer que não querem pagar, porque essa outra parte não lhe diz respeito”.
Na semana em que a Sociedade Civil iniciou uma petição online para exigir que o Secretário Económico do Tesouro do Reino Unido, John Glen, ponha as instituições do seu país a investigarem os bancos que emprestaram os 2,2 milhões de dólares norte-americanos, o influente membro do partido no poder declarou: “eu até simpatizo, solidarizo-me com esses movimentos todos que dizem vamos falar com o VTB, vamos com a Credit Suisse explicando a eles de que está dívida foi mal contraída, isto é uma dívida anti constitucional, tudo bem, vamos dar força a esses compatriotas que estão a fazer isso, para que esta mensagem chegue onde tem que chegar. Ela há-de chegar aos accionistas destas instituições, parece-me um esforço genuíno e correcto, e sobretudo porque os mais penalizados são os mais pobres e os mais desfavorecidos”.
Empréstimos que o ex-Presidente Guebuza garantiu terem sido contraídos “em defesa da Pátria Amada” são “uma trampa internacional
“Mas por outro lado é preciso termos presente que na assembleia de credores quem deve é Moçambique. Se é constitucional, se é anti-constitucional, se é legal ou ilegal, esse assunto não é assunto deles. O que é preciso fazer é mandatar quem de direito e que represente o Estado, neste caso o ministro das Finanças, para estar nessa assembleia de credores e perante esses credores invisíveis e procurar renegociar essas dívidas até conseguirmos chegar a um quadro e que esses credores possam dizer que os argumentos que eles apresentam são tão sérios que ou vamos renegociar os rescalonamento das dívidas ou perdoar na totalidade essas dívidas, mas para chegarmos lá é preciso que os outros nos vejam como gente séria no tratamento dos assuntos".
Na óptica de Tomás Salomão os empréstimos que o ex-Presidente Armando Guebuza garantiu terem sido contraídos “em defesa da Pátria Amada e do maravilhoso povo moçambicano” são “uma trampa internacional, basta ver quem são os envolvidos e os implicados temos moçambicanos, libaneses e temos gente de outras nacionalidades. É verdade que o destino era Moçambique, mas estes vendedores destes produtos estão por aí pelo mundo fora e a vender este tipo de trampas”.
“O país tem que ter a capacidade de olhar para este tipo de coisas e saber, em função daquilo que são as suas disponibilidades, os seus recursos, se vai aguentar pagar ou não, hoje estamos numa situação em que estamos com um nível de dívida insustentável”, concluiu Salomão ignorando que os seus camaradas disseram mais do que uma vez que a Proindicus, EMATUM e MAM tinham viabilidade para gerar receitas e amortizarem sozinhas os empréstimos que contrataram violando a Constituição da República.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

SESSÃO DE DIVULGAÇÃO DA REDE CULTURA 2027




Torres Vedras integra a Rede Cultura 2027, uma rede de cidades e vilas que cooperam no domínio das artes, da cultura e do conhecimento, tendo em vista a construção da candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura. Esta Rede encontra-se, neste momento, a preparar o programa da candidatura, tendo já dado início a um conjunto de atividades e projetos comuns que se concretizarão ao longo de 2019.

Neste âmbito, decorre, no próximo dia 28 de fevereiro, às 21h00, no auditório do Edifício Paços do Concelho, em Torres Vedras, uma sessão de divulgação da candidatura e de todo o processo inerente à mesma. Esta iniciativa, que vai acontecer em cada um dos municípios aderentes à Rede, visa a apresentação de ideias orientadoras e uma primeira auscultação aos agentes a envolver em todo o processo.

Este encontro conta com a presença do coordenador executivo da Rede Cultura 2027, Paulo Lameiro, bem como de um outro elemento da Musicalmente, empresa responsável pela produção da candidatura. Todos os presentes serão convidados a identificar o que consideram mais relevante do ponto de vista cultural no seu concelho, o que se pode oferecer à Europa com esta candidatura e o que consideram ser a maior fragilidade deste território.

Recorde-se que Leiria assumiu, no dia 22 de maio de 2015, a vontade de se candidatar a Capital Europeia da Cultura para o ano de 2027. Depois de dois anos de trabalho, um grupo de missão liderado por João Serra concluiu que uma candidatura em rede, num território mais amplo, seria a melhor proposta para o sucesso da iniciativa. Formou-se assim a Rede Cultura 2027, que é composta por 25 municípios das comunidades intermunicipais de Leiria, Oeste e Médio Tejo.

ANPC acolhe a Main Planning Conference do Exercício Europeu de Proteção Civil – CASCADE´19

Na semana em que se assinala o Dia da Proteção Civil, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) acolhe em Portugal, no próximo dia 26 de fevereiro, às 10h00, na Biblioteca Municipal de Palmela, a Main Planning Conference do Exercício Europeu de Proteção Civil – CASCADE’19.

O CASCADE´19 é um exercício europeu de proteção civil que irá decorrer em Portugal entre 28 de maio e 1 de junho de 2019, organizado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), em colaboração com a Direção-Geral da Autoridade Marítima (DGAM), sendo financiado pela Comissão Europeia no quadro do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia.

Nesta reunião de trabalho participam os representantes dos países europeus integrantes do exercício (Espanha, França, Bélgica, Alemanha e Croácia), com o objetivo de efetuar um balanço das ações de planeamento e consolidar as fases seguintes de execução do exercício. No dia 27 estão agendadas visitas a diversos cenários onde irá decorrer o CASCADE´19, em Setúbal e Évora.

O exercício, que irá mobilizar mais de 600 operacionais, visa testar e treinar a resposta a situações de emergência múltiplas que possam ocorrer em cascata (sismo, cheias, acidente químico, rutura de barragem e poluição marítima) em território nacional. Trata-se de um LIVEX (Live Exercise) com diversos cenários, nos distritos de Lisboa, Aveiro, Évora e Setúbal.

Macroscópio – A reunião com que o Papa Francisco procura unir a Igreja e acabar com os abusos sexuais

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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!
 
Começou ontem em Roma e decorre até domingo uma reunião, convocada pelo Papa Francisco, onde os presidentes das Conferências Episcopais estão a discutir como reagir de forma mais enérgica aos escândalos sexuais que não cessam de atormentar a Igreja de Roma. Um longo caminho foi percorrido nos últimos anos, o silêncio que antes era a regra foi sendo substituído pela urgência da denúncia e da investigação e, poucos dias antes do início desta reunião, deu-se mesmo um passo importante, radical: Theodore McCarrick, de 88 anos, que fora cardeal e arcebispo da capital dos Estados Unidos, foi demitido do estado clerical, o que significa que também ficou privado de todos os seus benefícios, incluindo a sua pensão. Nunca tal pena tinha sido aplicada a um cardeal, o que mostrou que acabou o tempo da complacência. Neste Macroscópio vamos falar um pouco do que se está a passar em Roma, do se passou em Portugal e do difícil que é quebrar o silêncio. Difícil mas importante. É um Macroscópio onde o Observador estará mais presente do que é habitual, porque também tem tido um papel de relevo no tratamento informativo deste tema – e na investigação jornalística dos casos mais dolorosos.
 
Comecemos porém por estabelecer o ponto de referência, e este é naturalmente aquilo que se pretende da reunião de Roma. Para isso nada melhor do que ouvir Hans Zollner, o jesuíta que o Papa Francisco encarregou de preparar este inédito encontro no Vaticano. Deixo-vos três referências:
 

Continuando no espanhol ABC julgo que o seu editorial de ontem, La ocasión que la Iglesia no debe perder, toca nalguns dos pontos mais importantes, nomeadamente que “La jerarquía católica no ha sabido o querido reaccionar como demandan unos tiempos que están dominados por la desaparición progresiva de tabúes. La secularización de las sociedades ha inoculado el sentido crítico en las relaciones entre los fieles y sus pastores y ya no basta con invocar la condición sacerdotal para acallar una sospecha o una denuncia.”
 

Refira-se que Espanha tem vivido o horror de uma imensa sucessão de revelações, muitas resultado de investigações jornalísticas, em especial as levadas a cabo pelo El Pais. Para se ter uma ideia da dimensão do abalo é essencial consultar o excelente dossier desse mesmo jornal Pederastia em la Iglesia Españolaonde se recordam os “82 casos de abusos a menores destapados en los tribunales y en los médios”. O gráfico que reproduzo acima dá uma ideia do trabalho de investigação dos jornalistas daquele diário de Madrid, que está acessível em Cae el secreto de los abusos en España, onde se expõe como “Cinco meses de investigación de EL PAÍS han sacado a la luz 19 casos con 87 víctimas de la pederastia, casi la mitad de los que se conocían hasta ahora en los últimos 30 años”. Como se pode ver olhando para o gráfico uma parte desses casos pode vir à luz do dia porque o jornal abriu uma linha para acolher denúncias que depois os seus jornalistas investigavam, apurando se tinham ou não veracidade. Assim foi possível quebrar muitos silêncios.
 
A questão do silêncio e de como ajudar a vencê-lo foi precisamente uma das que se colocou à equipa do Observador que, nos últimos meses, também procurou fazer o ponto da situação dos abusos em Portugal. Esse trabalho foi realizado no terreno por dois repórteres, um que trata habitualmente temas de religião, João Francisco Gomes, e uma que acompanha com mais regularidade a área da justiça, Sónia Simões, com o apoio e coordenação da editora de sociedade, Sara Antunes de Oliveira, e dos directores Miguel Pinheiro e Filomena Martins. Nesta página especial, Abusos da Igreja, reunimos as suas reportagens e primeiras conclusões, assim como textos e vídeos onde se explica como todo o trabalho foi realizado.
 
Uma investigação como esta é dolorosa e incomoda. E naturalmente pode levantar polémica, crítica e aplauso. Não a iludimos. Hoje, no Observador, publicámos um texto crítico, de José Maria Seabra Duque, O especial do Observador sobre abusos de menores, conscientes de que não será uma opinião isolada. A sua conclusão é que, lendo a investigação do Observador, “Não há (...) indícios que esta praga seja sistémica em Portugal. Estes casos, sendo cada um uma tragédia e uma vergonha, são, aparentemente, casos isolados. Isto não deve evidentemente eximir a nossa hierarquia da responsabilidade de garantir que casos destes não voltam a acontecer.” Para além das apreciações que faz do comportamento dos bispos portugueses, critica o jornal por “levantar a suspeita de que haverá por aí sacerdotes abusadores que nunca foram denunciados” considerando que isso “é alimentar uma calúnia que os factos revelados pela reportagem não sustentam”. 
 
Também hoje Miguel Pinheiro, consciente das questões levantadas neste texto e do que nas redes sociais e caixas de comentários se escreveu, entendeu útil esclarecer melhor a posição do jornal, o que fez em O Observador e os abusos na Igreja. O texto organiza-se em torno de um conjunto de questões a que vai respondendo:
  • A hierarquia da Igreja denunciou os abusos e colaborou com as autoridades?
  • Os casos de abusos conhecidos são poucos e não fazem com que a Igreja se distinga de outras instituições?
  • As histórias contadas até agora são todas antigas ou conhecidas?
  • Ao criar uma linha de contacto para potenciais vítimas, o Observador está a estimular a calúnia?
  • As reportagens do Observador são o resultado de uma agenda escondida contra a Igreja?
  • O Observador está a insinuar que há mais casos, mesmo que não saiba nada sobre eles?
Destaco uma passagem da sua resposta a este último ponto: “O próprio Papa Francisco lembrou recentemente uma estatística reveladora: apenas 50% dos casos de abusos são denunciados. Isto quer dizer uma de duas coisas: ou Portugal é uma anormalidade estatística, ou, de facto, há uma altíssima probabilidade que existam entre nós casos não conhecidos.” 
 
Houve também quem, sendo católico, assumisse de forma aberta o elogio à investigação do Observador. Dessas tomadas de posição destaco duas: 
  • A pedofilia na Igreja portuguesa? Ficar e limpar, de Henrique Raposo na Rádio Renascença: “O trabalho notável da equipa do "Observador" interpela-nos como católicos e como portugueses. Neste sentido, há que repetir para a realidade portuguesa aquilo que já foi dito para a realidade católica internacional: perante desilusão que é esta face da Igreja, há que resistir e ficar em nome da fé, do evangelho, de Jesus Cristo, que nos avisou que a sua própria igreja seria composta por pecadores (Pedro está quase sempre errado ou desorientado no evangelho). Há que resistir, ficar e ajudar a limpar. Há que ficar e ajudar a mudar esta cultura de secretismo.”
  • Católicos anticlericais precisam-se, de António Pimenta de Brito, co-fundador do site datescatolicos.org, hoje no Observador: “O Pe. Manuel Barbosa, secretário da Conferência Episcopal, reagiu às investigações do Observador desta forma: “foram só” (não sei quantos casos), “Os outros o que estão a fazer?”, “Vai dar ao mesmo”(ir ao encontro ou esperar pelos testemunhos dos abusos). Senhor Pe., não vai dar ao mesmo esperar pelo testemunho ou ir ao encontro. Estas pessoas estão fragilizadas, é preciso ouvir mas tomar a iniciativa, como diz o Papa Francisco.”

 
Posso parecer parte interessada, e sou, mas julgo que estas posições estão muito alinhadas com aquilo que tem saído do encontro do Vaticano. Ainda hoje o cardeal colombiano Rubén Salazar Gómez não poupou nas críticas ao clericalismo, afirmando que "não estivemos à altura da nossa vocação", como se relata em “Os primeiros inimigos estão entre nós, entre os bispos e os padres”. Eis como ele desenvolveu a sua crítica ao clericalismo: “Uma breve análise do que aconteceu mostra-nos que isto não é apenas uma questão relacionada com desvios sexuais ou patologias dos abusadores, mas há também uma raiz mais profunda. É a distorção do significado do ministério, que se converte num meio de impor a força, de violar a consciência e o corpo dos mais fracos. Isto tem um nome: clericalismo”.
 
Por outro lado, há mesmo uma profunda e real necessidade de encontrar formas de quebrar a barreira do silêncio – a nossa motivação na criação de uma linha aberta para denúncias. Nada de muito novo pois também La Diócesis de Salamanca «ruega e invita» a denunciar los abusos sexuales cometidos por sacerdotes. Nada que me parece pode chocar, antes procurar responder ao que P. António Ary, sj chama A ferida maior é o silêncio. Num texto originalmente publicado pelo portal dos Jesuítas em Portugal, Ponto SJ, e depois reproduzido no Observador, este sacerdote sublinha que “Tomar partido a favor da vítima não significa, naturalmente, assumir-se indiscriminadamente contra o alegado agressor, nem fazer julgamentos apressados. A caridade não dispensa, antes exige, a verdade. Esta exigência supõe que nenhuma denúncia fique sem resposta, que todas as notícias de um potencial abuso sejam investigadas, tal como, aliás, requer o direito canónico e todos os protocolos que têm vindo a ser adotados.”
 
 Deixo-vos ainda mais uma referência a reforçar este ponto, a da crónica de Laurinda Alves também no Observador, Igreja segura, tolerância zero : “A primeira lição que devemos aprender e ensinar é a de não guardar silêncio. Quem cala nunca se protege a si mesmo, só está a proteger o agressor. Nesta lógica, temos que criar mecanismos para ajudar a quebrar o silêncio que muitas vezes se perpetua durante anos.”
 
Dito tudo isto é preciso estar consciente que se muito caminho já foi percorrido, muito caminho há ainda por percorrer, muitos casos haverá ainda por revelar, muitas dores por aliviar, muitos crimes por castigar. O Papa Francisco nem sequer começou por ter a melhor das abordagens a este dossier (recordemos as polémicas da viagem do Chile, por exemplo), mas do encontro destes dias podem sair orientações muito importantes. Há, contudo, que moderar euforias. Daniel Verdú, especialista do El Pais, recorda-nos em Una crisis vaticana en cuatro actos aquilo que muitas vezes esquecemos: é que nem sempre o mediatismo e a popularidade correspondem a reais reformas. Eis o núcleo do seu argumento: “El gran reformador, como lo definió su biógrafo, Austen Ivereigh, sigue sin sacar adelante cuatro de las grandes transformaciones que anunció a su llegada: las finanzas, la reforma de la curia, la comunicación y la lucha contra la pederastia. Ha habido un sinfín de cambios en los dicasterios, pero tras seis años, es difícil encontrar un relato unitario más allá del valioso acercamiento a los pobres y a los migrantes, que le ha convertido en un importante actor político frente a las embestidas del populismo de Donald Trump o Matteo Salvini.”
 
Termino este Macroscópio algo atípico – como referi de entrada, com muito mais Observador do que o habitual – com uma nota de alguma tristeza. Sinto sinceramente que a investigação que realizámos devia ter suscitado um debate mais aberto em Portugal, mesmo que fosse para a criticar. Suspeito que algum desse debate não ultrapassou a surdina. Temo que o natural incómodo tenha levado muitos a preferir o silêncio, quando é o silêncio que se pede para quebrar.
 
Mas tenham um bom fim de semana. O sol parece que vai ajudar.
 
 
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Temporada 9: Todo lo que necesitas saber sobre League of Legends en LATAM


por Yesica Flores
Desde el 23 de enero, regresó a los canales de League of Legends, “Actualizando” con una nueva anfitriona, nuevo formato y nueva temporada. En esta serie de videos se habla sobre todo lo que cualquier jugador de League of Legends necesita saber acerca de las novedades del juego, trucos y recomendaciones para mejorar su nivel.
Esta última entrega de “Actualizando” trae novedades sobre el parche 9.4. que incluye los originales aspectos “Arte de papel” para Anivia y Nunnu y Willump que puedes ver en acción en el video, acompañados de sus respectivos íconos. En este video, Epsylon también explica cambios en algunos de los tiradores para que vuelvan los hyper acarreadores como Jinx o Tristana, mismos que permitieron tener de vuelta campeones que hace mucho no se veían en el juego.
El parche sigue ajustando a tiradores y objetos que están en proceso de mejora junto con cambios a jungleros y nerfs a campeones que estaban muy fuertes. Epsylon hace un repaso de la jugabilidad y finalmente, hace un repaso sobre el crecimiento de la comunidad, platica acerca de su visita a Chile y su experiencia con la Liga Movistar Latinoamérica.

GNR de Viseu desmantela rede de tráfico de droga

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A detenção de seis pessoas é o resultado de uma operação da GNR de Viseu que desmantelou uma rede de tráfico de estupefacientes a operar no distrito, anunciou hoje aquela organização de segurança. 
“No âmbito de uma investigação que decorria há vários meses, a GNR apurou que os suspeitos se abasteciam no Porto e procediam à venda do produto estupefaciente, diretamente aos consumidores, nas suas áreas residenciais, estando assim montada a rede de distribuição”, explica um comunicado.
O documento informa que nesta operação, realizada pelo Núcleo de investigação Criminal de Santa Comba Dão, do Comando Territorial de Viseu, com a colaboração de Viseu e Mangualde, foram detidos, entre o dia 05 e quarta-feira, cinco homens e uma mulher com idades compreendidas entre os 24 e 59 anos.
“Foram detidos por tráfico de estupefacientes, nos concelhos de Santa Comba Dão, Mortágua, Tondela e Carregal do Sal”, lê-se na informação.
Desta investigação “resultou ainda o cumprimento de 17 mandados de busca, dos quais sete domiciliários e dez a veículos e anexos de residências”.
Desta diligência, foram apreendidas “148 doses de cocaína, cinco veículos, 12 telemóveis, 735 euros em numerário, diverso material destinado ao corte, dosagem e embalamento do produto estupefaciente”.
“No âmbito da mesma investigação, foram ainda identificadas e constituídas arguidas 62 pessoas, com idades compreendidas entre os 20 aos 55 anos, por serem consumidores de produtos estupefacientes nos concelhos referidos”, refere o comunicado.
Os detidos estão a ser presentes hoje ao Tribunal Judicial de Tondela.
Lusa

Arte de Papel: lo nuevo para Anivia y Nunu y Willump


por Yesica Flores
Lo que inició como algo delicado, tras muchos pliegues, se volvió indestructible
Lo que inició como algo delicado, tras muchos pliegues, se volvió indestructible, la nueva línea de aspectos de League of Legends de Arte de Papel está disponible para dos campeones: Anivia y Nunu y Willump.
Las barreras de Anivia son montañas de pliegos y para su Ulti invoca una tormenta de hojas; Nunu y willump tienen nuevas habilidades, una bola de “nieve” que ahora es de papel, su E permite a los jugadores mandar a sus enemigos una lluvia de avioncitos de papel y con la definitiva, romperán el suelo de la grieta como si fuera de cartón.
Los íconos de Anivia y Nunu y Willump están disponibles hasta el 7 de marzo para tener el set completo.

Canon ImageCLASS D1620, el multifuncional ideal para PyMES


por Yesica Flores
• Multifuncional que por su tamaño, facilita la optimización del flujo de trabajo desde prácticamente cualquier lugar, sea una oficina o un coworking. 
Canon, líder en soluciones integrales de imagen digital, presenta el nuevo multifuncional ImageCLASS D1620. Este producto es el mejor aliado para todas los PyMES que estén arrancando y que quieren dar un paso más, así como para las que operen en un coworking y necesiten de una herramienta a la altura de sus necesidades en su día a día.
El ImageCLASS D1620 es un 3 en 1 (impresora, copiadora y escáner) y cuenta con una velocidad de hasta 45 páginas por minuto, con un calentamiento de 6 segundos para la primera impresión, lo que eficienta procesos y da salida a esos documentos de urgencia. El D1620 también imprime y escanea en diferentes formatos. Por su parte, el proceso de escaneo es en cama plana en un solo paso ADF dúplex.
Este multifuncional tiene un sistema de conectividad Wi-Fi® Direct Connection, el cual se conecta con dispositivos a un punto de acceso exclusivo, sin tener un enrutador externo. Los dispositivos iOS y Android, podrán sincronizarse con la imageCLASS D1620 para una impresión inalámbrica desde casi cualquier lugar de la oficina, conectándose fácilmente a una variedad de plataformas móviles basadas en la nube, que van desde Apple® AirPrint® y Canon PRINT Business App1, a Mopria ™ Print Service y Google Cloud Print ™, lo que posibilita un acceso rápido desde la palma de la mano.
Su pantalla de 5” con una interfaz intuitiva, permite a los usuarios manipular e interactuar con el multifuncional de forma más práctica. De igual forma podrá localizar exactamente lo que el equipo necesita en un instante al escanear y convertir archivos en documentos con capacidad de búsqueda OCR.
Otra de sus características es el escaneo inteligente, que maximiza el tiempo y limita el desorden con el alimentador de documentos de imageCLASS de un solo paso. Que sirve para guardar y enviar archivos comerciales con un escaneado rápido a doble cara, con tasas de hasta 70 imágenes por minuto (ipm) en blanco y negro y 26 ipm a color. Adicionalmente a esto, si el documento es delicado o frágil, se podrá utilizar la cama plana de cristal que admite escanear documentos hasta tamaño legal.
Canon busca ofrecer en sus productos, soluciones en cuanto a procesos de trabajo, es por este motivo, que designa en el ImageCLASS D1620 todo lo necesario para que pequeñas y medianas oficinas, desarrollen flujos más ágiles de trabajo con la más alta calidad. Sin duda este multifuncional es ideal para las empresas que recién empiezan y que en un solo equipo pueden contar con muchos beneficios.

Dassault Systèmes presenta 3DEXPERIENCE.WORKS


por Yesica Flores
• El nuevo portafolio de aplicaciones digitales de la compañía en la plataforma 3DEXPERIENCE está diseñada para los clientes de SOLIDWORKS y las empresas de tamaño medio. 
• La facilidad de uso y la simplicidad permitirán que las organizaciones se beneficien de la plataforma para transformar su negocio y ofrecer nuevas experiencias en el renacimiento industrial actual.
• La plataforma 3DEXPERIENCE se convertirá en el punto de referencia para las operaciones comerciales de las empresas de tamaño medio.

Dassault Systèmes (Euronext Paris: #13065, DSY.PA) presenta 3DEXPERIENCE.WORKS, un nuevo portafolio de aplicaciones industriales en la plataforma 3DEXPERIENCE que está adaptado para las necesidades de los clientes de SOLIDWORKS y de pequeñas y medianas empresas de todo el mundo. 3DEXPERIENCE.WORKS combina la colaboración social con el diseño, la simulación y las capacidades de ERP para fabricantes en un solo entorno digital para ayudar a las empresas en crecimiento a ser más creativas, eficientes y receptivas en el renacimiento que está viviendo actualmente la industria.
3DEXPERIENCE.WORKS se presentó durante SOLIDWORKS World 2019, la conferencia anual de Dassault Systèmes dedicada a la comunidad de diseño e ingeniería 3D.
3DEXPERIENCE.WORKS da continuidad a la facilidad de uso y la simplicidad que han sido las características distintivas de las aplicaciones SOLIDWORKS utilizadas por millones de innovadores durante casi 25 años, constituyendo así una nueva categoría de soluciones empresariales en la plataforma 3DEXPERIENCE compuesta por aplicaciones sencillas.
Dassault Systèmes ha creado 3DEXPERIENCE.WORKS tras de la adquisición de IQMS, cuya cartera de aplicaciones de software ERP para fabricantes de tamaño medio ha sido renombrada como DELMIAWORKS.
“Las pequeñas y medianas empresas de todo el mundo necesitan soluciones digitales para crecer, pero tenían el desafío de encontrar las adecuadas para su tamaño. Con 3DEXPERIENCE.WORKS ponemos a su disposición el efecto de nuestra plataforma”, dijo Bernard Charlès, Vicepresidente y CEO de Dassault Systèmes.
“Vemos el beneficio que la plataforma 3DEXPERIENCE ha brindado rápidamente a los diseñadores que utilizan SOLIDWORKS para expandir su negocio. La familia 3DEXPERIENCE.WORKS ahora incluye DELMIAWORKS para brindar a los principales fabricantes una línea de aplicaciones digitales para las operaciones comerciales. La plataforma 3DEXPERIENCE está preparada para convertirse en el punto de referencia para que las operaciones comerciales en este tipo de empresas gracias a sus propuestas bien integradas que abarcan la fabricación y la gestión de forma sencilla, asequible y fácil de implementar”- comentó.
3DEXPERIENCE.WORKS permitirá que las pequeñas y medianas empresas aprovechen las ventajas que la plataforma 3DEXPERIENCE ofrece ya a las empresas innovadoras internacionales: mejora de la colaboración, eficiencia en fabricación, agilidad empresarial y una fuerza laboral capacitada.
Las empresas pueden realizar su trabajo utilizando un entorno de innovación digital cohesivo en lugar de utilizar una serie compleja de soluciones puntuales que requieren saltar entre aplicaciones e interfaces.
3DEXPERIENCE.WORKS conecta los datos y agiliza los procesos desde el concepto hasta la entrega al proporcionar plantillas de paneles, servicios administrados, acceso a comunidades y grupos de usuarios enfocados en la industria y aplicaciones específicas para una amplia variedad de puestos de trabajo.

TORRES VEDRAS INTEGRA REDE CULTURA 2027


Torres Vedras é um dos 25 municípios que integram a Rede Cultura 2027, iniciativa de apoio à candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura. A apresentação da rede aconteceu esta sexta-feira no Museu de Leiria e contou com a presença de Carlos Bernardes, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras.

A manhã ficou marcada pela primeira reunião do Conselho Geral da Rede e pela assinatura do compromisso que define a participação das várias entidades no projeto.

Após o arranque oficial desta sexta-feira, Torres Vedras irá acolher a realização de um dos nove encontros que irão juntar os membros da Rede e os agentes culturais de cada município. Os encontros irão decorrer entre março e junho, numa ação intitulada “Prelúdio de Ideias em Nove Andamentos”, cujas conclusões irão integrar o documento da candidatura a Capital Europeia da Cultura.

A par de municípios das comunidades intermunicipais de Leiria, Oeste e Médio Tejo, também a Diocese de Leiria-Fátima, a Associação Empresarial de Leiria – NERLEI e o Instituto Politécnico de Leiria – IPL integram a Rede Cultura 2027. O projeto conta com coordenação do maestro e musicólogo Paulo Lameiro.

A Rede Cultura 2027 assume-se como um projeto pioneiro a nível das comunidades intermunicipais que pretende estimular a cooperação no domínio das artes, da cultura e do conhecimento em torno da apresentação da candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura em 2027. Sublinhe-se que, em novembro, a Câmara Municipal de Torres Vedras assinou um protocolo que visava estabelecer o apoio do Município a esta candidatura.

Serviço Educativo do Museu Municipal leva crianças a conhecer o ‘JIRA’






O Museu Municipal de Pampilhosa da Serra, tem vindo a desenvolver um conjunto de atividades semanais que visam promover o património Pampilhosense. 

Neste contexto, nos dias 14 e 21 de fevereiro, a atividade “Marcos Pampilhosenses”, promovida pelo Serviço Educativo do Museu Municipal, levou as crianças do pré-escolar e da Casa da Criança da Santa Casa da Misericórdia, a visitar as instalações do edifício JIRA – Posto de Turismo. 

No decorrer da experiência, as crianças tiveram a oportunidade de perceber quais as informações mais solicitadas no local, assim como conhecer os produtos que lá se encontram à venda e que, de certa forma, representam o território e a comunidade, uma vez que se constituem como marcos endógenos do concelho. 

A referida atividade espelha também a estreita ligação que existe entre o Museu Municipal de Pampilhosa da Serra e o edifício JIRA, assente na dinâmica turística que o concelho pretende continuar a potenciar.


“Missão Ciência & Arte” leva crianças de S. Sebastião da Giesteira “À Descoberta dos Pigmentos”

As crianças da Escola Básica de S. Sebastião da Giesteira foram descobrir como se preparam e utilizam os pigmentos naturais utilizados nas tintas. Descobriram os tons da natureza e também a forma como os utilizamos para tornar a nossa vida mais colorida. A oficina criativa, que decorreu nas instalações municipais do Páteo do Salema, Divisão de Educação e Intervenção Social, foi orientada pela Investigadora Milene Gil do Laboratório Hércules da Universidade de Évora.
Esta foi mais uma iniciativa integrada no âmbito da “Missão Ciência e Arte”: um projeto de educação científica que resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal e a Universidade de Évora, através do Laboratório Hércules. Dirigido em primeira instância aos alunos dos ensinos básico e secundário, mas também à população em geral, a “Missão Ciência e Arte” tem como principal objetivo incutir nos mais jovens o gosto pela ciência, pela descoberta e também pelo trabalho que os cientistas desenvolvem nas mais diversas áreas do conhecimento, incluindo a respetiva aplicação prática.
Hoje as nossas crianças de S. Sebastião da Giesteira tiveram oportunidade de perceber de onde vêm as cores que a natureza nos oferece, de transformar os diversos materiais em pigmentos, utilizando-os elas próprias no fabrico das tintas com que pintaram cada um o seu trabalho, que no final exibiram com orgulho.
Ainda no âmbito do projeto "Missão Ciência & Arte", estão já programadas para este ano visitas ao Laboratório Hércules para alunos do Ensino Secundário, e também algumas conversas com ciência para a comunidade educativa e para a comunidade em geral, entre outras atividades que vão desde a história à física.

Aos professores e educadores interessados deixamos a informação de que podem combinar a participação dos seus alunos e educandos nas diversas atividades, utilizando o e-mail de contacto: cienciarte@uevora.pt

Nuno Pedreiro lança livro sobre os seus 25 anos de carreira

O artista mirense Nuno Pedreiro apresentará em Vagos, no sábado, 23 de Fevereiro, pelas 16:00 horas, o seu livro alusivo ao quarto de século de sua carreira.
Acompanhada de uma exposição, esta apresentação retratará todo o percurso desenvolvido pelo artista nascido na Venezuela, mas radicado na terra dos seus familiares, o Concelho de Mira, há várias décadas.
Tendo lançado há poucos anos a internacionalização da sua cerreira, Nuno Pedreiro tem mostrado, ao longo dos tempos, que é muito mais que um artista ligado ao mundo da televisão ou do futebol, onde granjeou inúmeros amigos e... apreciadores da sua arte!


Padre brasileiro que abusou de 11 freiras é expulso pelo papa

Freiras acusam ainda o padre Rodrigo Maria de lhes rapar a cabeça e instituir dieta de pão e água. As queixas começaram em 2016, tendo, desde então, o padre mudado de paróquia várias vezes.
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Correio de Carajás
Por ordem do papa Francisco, o padre brasileiro Rodrigo Maria, de 45 anos, perdeu na última quarta-feira o estado clerical, a punição mais pesada que a Igreja Católica pode impor a um sacerdote.
Em causa, acusações de abuso sexual a 11 mulheres, todas freiras com idade superior a 18 anos, dadas como provadas por uma investigação coordenada pela igreja.
As queixas, que começaram em 2006 e obrigaram Rodrigo Maria a migrar de diocese em diocese até encontrar nos últimos tempos abrigo apenas na cidade paraguaia de Ciudad del Este, relatavam estupros e masturbações por vídeo.
O jornal Folha de S. Paulo ouviu relatos de uma delas, sob anonimato, a propósito de um episódio de 2014 em que durante conversa via aplicativo Skype o padre baixou a roupa e masturbou-se. Ela tirou uma cópia da conversa, que foi anexada aos autos da investigação do Vaticano.
Outros processos contra o ex-padre Rodrigo Maria correm na justiça comum.
O acusado, sempre que confrontado, negou as acusações e atribuiu-as a uma vingança por ser demasiado conservador. De facto, as freiras acusavam-no de rapar-lhes a cabeça e instituir dieta de pão e água à mínima falta.
O conservadorismo de Rodrigo Maria notava-se também na política, já que era declarado apoiante do hoje presidente Jair Bolsonaro. Pelas redes sociais, chegou a pedir para ser rezada uma avé Maria pelo fim do comunismo durante a campanha eleitoral.
João Almeida Moreira 

Hora de Fecho: Em direto/ Dois mortos e 12 feridos na fronteira da Venezuela

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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
Soldados venezuelanos disparam sobre multidão que tentava manter aberta a fronteira com o Brasil para que ajuda humanitária pudesse entrar no país. Há dois mortos. Um general está sequestrado.
François Villeroy de Galhau, governador do Banco de França, está em Lisboa e, numa conferência ao lado de Carlos Costa, elogia as reformas "ambiciosas" que foram feitas na economia portuguesa.
O dirigente sindical Carlos Ramalho dormiu mais uma noite com "muito frio" junto ao Palácio de Belém, mas decidiu suspender a greve de fome, depois de um telefonema da ministra da Saúde.
Negociações entre o Governo e os sindicatos dos enfermeiros serão retomadas até ao princípio de março. A organização do tempo de trabalho e a avaliação de desempenho serão questões-base a abordar.
Para o PSD, a exclusão do PCP e do BE é a grande prioridade nacional. Mas para isso, é indiferente votar PSD ou PS. Como explicaram os quadros do BCP, uma maioria absoluta do PS também serve.
O que se passou com a OCDE foi grave. O responsável pelo estudo foi impedido de estar presente na apresentação. E uma conferência da Ordem dos Economistas foi cancelada. Aconteceu em Portugal.
Aquele que Natália Correia definiu um dia como "o grande educador da classe operária" morreu a dois dias de completar 80 anos. Manteve luta contra o grande capital até ao fim, via Twitter.
O Presidente da República diz que o fundador do PCTP-MRPP, pela "sua intransigente independência, contribuiu decisivamente para enriquecer o debate democrático no seio da sociedade portuguesa".
O pianista morreu aos 89 anos, nos Estados Unidos. Foi um dos nomes mais significativos do piano português no século XX, tendo fundado o Concurso Internacional Vianna da Motta. 
Opinião

Rui Ramos
Para o PSD, a exclusão do PCP e do BE é a grande prioridade nacional. Mas para isso, é indiferente votar PSD ou PS. Como explicaram os quadros do BCP, uma maioria absoluta do PS também serve.
Helena Garrido
O que se passou com a OCDE foi grave. O responsável pelo estudo foi impedido de estar presente na apresentação. E uma conferência da Ordem dos Economistas foi cancelada. Aconteceu em Portugal.
José Maria Seabra Duque
Afirmar que os bispos esconderam estes casos, sobretudo insinuar que haverá mais casos que a Igreja escondeu, como faz a reportagem final do especial, é mais uma vez substituir os factos pela calúnia.
Miguel Pinheiro
Como foi feito e por que foi feito o trabalho especial do Observador sobre abusos sexuais na Igreja portuguesa? Quais são as dúvidas e críticas dos leitores? E quais são as nossas respostas?
António Pimenta de Brito
Tristemente e depois de vários países com centenas, milhares de casos e figuras altas da Igreja acusadas e condenadas, os negacionistas ainda existem. Sejam eles noutros países, mas no nosso também.
MAGG

Sofia Venâncio
Jovem passa os dias a jogar num cibercafé local. A mãe, desesperada com a situação, pediu ajuda online. 
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