sábado, 25 de janeiro de 2020

JUSTIÇA | PJ acredita que Rui Pinto foi o denunciante dos Luanda Leaks

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Muitos dos documentos divulgados nos últimos dias fazem parte tanto do processo em que o hacker vai ser julgado como de outros inquéritos que ainda estão em investigação. Advogado francês de Rui Pinto é um dos fundadores da plataforma que recebeu os mais de 715 mil ficheiros dos Luanda Leaks.
Mariana Oliveira e Miguel Dantas 25 de Janeiro de 2020, 6:41

Os elementos da Polícia Judiciária (PJ) que continuam a investigar o pirata português Rui Pinto, que vai ser julgado por 90 crimes no primeiro processo...

PGR investiga Lar do Comércio em Matosinhos

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou hoje à Lusa a "existência de investigações" ao Lar do Comércio, em Leça do Balio, Matosinhos.

Depois de questionada pela Lusa a 30 de dezembro de 2019, a procuradoria respondeu hoje revelando que as investigações correm termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.

"Encontram-se em segredo de justiça, não sendo, por isso, possível especificar o respetivo objeto", acrescentou.

A 30 de dezembro, o Jornal de Notícias (JN) avançava na sua edição que a instituição, que acolhe quase 300 idosos, estava a ser "averiguada por corrupção na admissão de idosos".

"Suspeitas de 'pagamento como critério de admissão de utentes' idosos e indícios de obtenção de `vantagem patrimonial indevida´/corrupção por parte do Lar do Comércio levaram o Instituto de Segurança Social (ISS)a multiplicar averiguações sobre esta instituição", adiantava.

Em causa, revelava o diário, estão supostas exigências de pagamentos como "donativo sem contrapartidas" e "renda vitalícia".

Notícias ao Minuto

Portalegre | 35 dão sangue em Avis


Na última vez que a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre (ADBSP) pisou terras de Avis, a barragem do Maranhão pedia água. Passados seis meses... o cenário mudou e a albufeira engordou.
A colheita assentou no quartel dos bombeiros, tendo comparecido 35 pessoas, 15 das quais mulheres. Valores bastante animadores em época de resfriados.

Os presentes foram avaliados relativamente ao seu estado de saúde e nem todos puderam concretizar a doação. Mas sempre foram 28 as unidades ali recolhidas e contendo o precioso tecido que nos corre nos vasos.
Dois jovens – um de cada sexo – fizeram o seu batismo a dar sangue.

A Câmara Municipal de Avis apoiou a realização do almoço convívio em que marcaram presença os solidários dadores, elementos da ADBSP e ainda funcionários do serviço de sangue da ULSNA.

29 de fevereiro em Alter do Chão
Aos sábados, entre as 09:00 h às 13:00 horas, decorrem as brigadas da associação. No ano bissexto 2020 podem-nos encontrar, a 29 de fevereiro, em Alter do Chão. E atenção que o local da colheita mudou: estaremos, pela primeira vez, no centro de saúde de Alter. Mais tarde, a sete de março, marcamos presença no centro cultural de Alpalhão (Nisa).
Faça frio ou sol, não importa. O que é preciso é doar sangue e, por que não, visitar: https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/
JR

PRIMEIRA EDIÇÃO DO GRANFONDO TORRES VEDRAS MONTEJUNTO FOI APRESENTADA

Torres Vedras e Montejunto serão ligados pela primeira vez por meio de um granfondo, que se realizará no próximo dia 19 de abril, Dia Mundial da Bicicleta.
Trata-se de um “evento de cicloturismo, aberto à participação de todos os ciclistas, ciclodesportistas e cicloturistas (federados ou não federados), de ambos os sexos, de qualquer nacionalidade e maiores de 18 anos”.

A apresentação do Granfondo Torres Vedras Montejunto aconteceu no dia 17 de janeiro, no espaço do futuro Museu Joaquim Agostinho.

Na ocasião foi explicado que esta prova terá três distâncias com diferentes quilometragens: granfondo (146 km), mediofondo (103 km) e minifondo (74 km). No âmbito do evento está também previsto a realização, no dia 19 de abril de manhã, de uma caminhada e, nos três dias anteriores, do granfondo kids, uma iniciativa em que participarão alunos da atividade municipal de enriquecimento curricular “Mini Agostinhas”, a qual “pretende apenas fomentar o desporto e o ensino do ciclismo, promovendo junto das crianças o espírito participativo e de equipa, assim como a prática de hábitos de vida saudáveis”.

Segundo João Cabreira, da empresa organizadora do evento, o Granfondo Torres Vedras Montejunto constitui-se como uma “prova de turismo ativo”, para a qual se estima a participação de cerca de mil atletas, sendo seu objetivo dar a conhecer a beleza natural da região onde se realiza, a qual “é espetacular para a prática do ciclismo”. Embora a prova tenha também uma vertente competitiva, o objetivo da mesma é “fomentar a prática desportiva e não a competitividade”.

Este granfondo contará, de resto, com uma inovação: uma categoria relativa a bicicletas elétricas.

O CEO da Cabreira Solutions acrescentou ainda que o evento terá uma pegada ecológica positiva, estando nesse âmbito previsto, por exemplo, a limpeza do lixo existente nas bermas das estradas abrangidas pelo mesmo (à anteriori e à posteriori), o incentivo aos participantes para a prática da reciclagem de resíduos e a utilização de copos de papel ao invés de copos de plástico.

Também na referida sessão de apresentação, Nélson Riso, diretor de marketing da Specialized Portugal, salientou o facto do granfondo ter conseguido “trazer o ciclismo para as massas”, ter popularizado este desporto, dando a “possibilidade das pessoas pedalarem com segurança, o que há alguns anos atrás só era possível aos ciclistas profissionais”. Nesse seguimento, Miguel Pedro, da Mr. Prints, acrescentou que o granfondo “permite aos amadores experienciar o que é ser profissional”.

A finalizar a sessão de apresentação do Granfondo Torres Vedras Montejunto, usou da palavra o presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, que aproveitou a ocasião para revelar que a obra do Museu Joaquim Agostinho está praticamente concluída em termos de construção civil, estando agora o consagrado designer Henrique Cayatte a elaborar o projeto interior do espaço, o qual deverá ser inaugurado em 2021. 

Carlos Bernardes aproveitou também para enaltecer o trabalho que o Município tem realizado no âmbito da atividade municipal de enriquecimento curricular “Mini Agostinhas”, já que esta contribui para a promoção de estilos de vida saudáveis numa época em que “os jovens estão muito agarrados à tecnologia”.

O presidente da Câmara Municipal frisou também na sua intervenção o impacto positivo que o Granfondo Torres Vedras Montejunto terá para a economia local, nomeadamente para a hotelaria e a restauração.

Ainda na ocasião, o edil anunciou publicamente que também no dia 19 de abril será inaugurada a rede de ciclovias de Torres Vedras, uma obra tanto mais premente já que “as cidades têm de ser transformadas de forma a estimular estilos de vida saudáveis e a contribuir para a descarbonização e a sustentabilidade”, dando Torres Vedras com essa intervenção o seu contributo “para o desígnio global que é o combate às alterações climáticas”.
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De referir que o Granfondo Torres Vedras Montejunto irá percorrer os concelhos de Torres Vedras, Cadaval, Alenquer, Sobral de Monte Agraço e Mafra.

Refira-se ainda que o evento está aberto à participação de voluntários.

Mais informação sobre o mesmo pode ser consultada no respetivo site.

FILME SOBRE SANTA CRUZ NOMEADO EM COMPETIÇÃO INTERNACIONAL DA FITUR

O filme promocional turístico Santa Cruz – Torres Vedras foi nomeado para o prémio de “Melhor Filme Internacional de Promoção de uma Cidade Fitur 2020” da FITUR Film & Video Competition, competição internacional da FITUR – Feira Internacional de Turismo que decorre em Madrid, Espanha, até domingo. A entrega de prémios decorreu esta quinta-feira na capital espanhola.

O filme foi produzido por Mari Castelo Branco para a Câmara Municipal de Torres Vedras e apresenta uma perspetiva sobre Santa Cruz pelas vozes de Sérgio Cosme, piloto de jet ski, Brandão de Melo, pioneiro do surf em Santa Cruz, Albino Martins, concessionário na Praia de Santa Helena, Francisco Cruz, surfista, Valeriya Gogunska, longboard dancer, e Paulo Matias, chefdo Noah Beach House.

A par do filme promocional de Santa Cruz, encontravam-se nomeados Travel To Ghent With Jan Van Eyck, da Bélgica, e Bled Local Selection, da Eslovénia.

Profissionais do turismo e da comunicação deram forma ao júri, que distinguiu os melhores vídeos de promoção de destinos nas categorias de cidade, região, país, produto e serviço turístico. A competição é organizada pelo Turismo do Município de Madrid, pelo CIFFT - Comité Internacional dos Festivais de Filmes de Turismo e pela Terres Travel & Landscape Communication, com o apoio da FITUR.

A segunda edição da competição contou com 60 candidaturas de 14 países. A entrega dos prémios integrou o evento Landing – New Trends on Tourism Communication, que decorreu à margem da FITUR. Entre 21 e 23 de janeiro, o evento refletiu sobre as melhores práticas e a importância do audiovisual na comunicação turística.

Sismo de magnitude 6,8 na escala de Richter atinge leste da Turquia

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Um sismo de magnitude 6,8 na escala de Richter foi hoje registado no leste da Turquia, anunciou a agência turca de gestão de crises de emergência.

O abalo foi registado perto da cidade de Sivrice, na província de Elazig, no leste do país, com uma magnitude preliminar de 6,8, acrescentou a direção da agência turca.

O organismo de gestão de crises turco não fez ainda referência a quaisquer estragos ou à existência de vítimas, mas a imprensa turca noticiou que a população da região afetada saiu para as ruas.

A agência europeia de sismologia (EMSC) referiu que o sismo ocorreu às 20:55 locais (17:55 em Lisboa) à profundidade de 10 quilómetros e referencia-o como tendo a magnitude de 6,9.

A agência norte-americana de sismologia (USGS), por seu lado, refere que registou uma magnitude de 6,7.

Lusa

Médica agredida no hospital de Águeda

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CM
A médica tentou proteger a cara, acabando por fraturar um osso da mão quando a agressora, de 45 anos, lhe desferiu um murro.
Uma médica de 33 anos foi agredida no hospital de Águeda por uma mulher que estava a acompanhar o filho, doente, a uma consulta.
O incidente decorreu na noite de quinta-feira, mas apenas foi divulgada pela imprensa esta sexta-feira à tarde pelo JN.
Segundo o jornal, a agressora atingiu a médica a murro. A profissional defendeu a cabeça e por isso acabou por ser atingida nas mãos, partindo um osso numa mão.
A agressora foi identificada pela GNR, chamada ao local pelos responsáveis do hospital.
As agressões a médicos e outros profissionais de saúde têm estado na ordem do dia, tendo sido relatados muitos outros casos ao longo do último mês.

Filipe D´Avillez / RR

Estudo de Impacte Ambiental da mina de lítio em Montalegre aponta impactes negativos “minimizáveis”

O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da concessão de exploração de lítio, em Montalegre, conclui que o projeto possui "impactes negativos" que, no entanto, "não são significativos", "são minimizáveis" e de "abrangência local".
O EIA do projeto “Concessão de Exploração de Depósitos Minerais de Lítio e Minerais Associados — “Romano”, elaborado pela Lusorecursos Portugal Lithium, foi entregue a 06 de janeiro à Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
O resumo não técnico do documento, a que a agência Lusa teve hoje acesso, conclui que o projeto “possui impactes negativos, no entanto, estes não são significativos, são minimizáveis e a abrangência é apenas local”.
Por outro lado, acrescenta, “o impacte positivo socioeconómico e a recuperação ambiental e paisagística irão trazer benefícios paisagísticos e da biodiversidade que se sobrepõem aos impactes ambientais negativos provocados”.
A concessão corresponde a uma área de 825,4 hectares, inseridos nas freguesias de Morgade e Sarraquinhos, no concelho de Montalegre, distrito de Vila Real, e está a ser alvo de contestação da população local que aponta preocupações ao nível da dimensão da mina e consequências ambientais, na saúde e na agricultura.
O contrato de concessão foi assinado com o Estado em março e a Lusorecursos propõe uma exploração mista, a céu aberto e depois subterrânea”, e a construção de uma unidade industrial para transformação do minério.
O estudo considera que “a maioria dos impactes sobre a paisagem, decorrentes das fases de preparação e exploração, “são negativos”, isto porque a exploração mineira “modifica a paisagem em que se insere, contribuindo para a sua degradação quer pelas alterações que induz ao nível da forma do terreno, mas também pelo impacte visual provocado pelas escombreiras” e até “pelos equipamentos e movimentações de máquinas e veículos”.
O projeto não trará, segundo o documento, “impactes sensíveis no clima”, embora algumas variáveis climáticas, como o vento, possam influenciar a “direção da propagação do som e de poeiras”.
Na zona mineira, as “principais fontes de emissão de poluentes atmosféricos estão relacionados com trabalhos de extração, transformação e transporte de inertes”, bem como “do tráfego rodoviário”.
De acordo com o documento, “os impactes a nível da qualidade do ar cingir-se-ão essencialmente ao aumento de concentração de poluentes e poeiras, derivados das atividades de construção, mas agravadas nas atividades de exploração da fase realizada a céu aberto”.
A empresa garante a monitorização da qualidade do ar e do ruído, gerado durante as operações de construção e de exploração da mina.
A nível dos impactes nos recursos hídricos são apontados “a contaminação com óleos de escorrência e alteração da escorrência superficial”, semelhantes aos que se poderão verificar em relação ao solo, e é ainda “expectável que a construção e o desenvolvimento da mina tenham pequena influência na hidrologia verificada na povoação de Carvalhais e suas imediações, nomeadamente enquanto não for atingida a profundidade dos 100 metros”
Quanto à flora e fauna do território, o EIA aponta a existência de florestas de resinosas, de eucaliptos, de folhosas, de pastagens permanentes e lameiros, bem como de várias espécies animais, algumas com estatuto de conservação desfavorável, como a águia-real, a salamandra-lusitânica, o tritão-palmado ou a rã-de-focinho-pontiagudo.
Esta é uma zona associada ao lobo ibérico, no entanto, é referido no documento que, durante o período da campanha, “não foi possível detetar a sua presença” na área da exploração mineira do “Romano”. Foi também compilada uma lista de “25 espécies de quirópteros” com ocorrência possível nesta área.
Entre as medidas de minimização e compensação apontadas no EIA estão: garantir que as operações mais ruidosas, que se efetuem nas proximidades das casas, se restrinjam ao período diurno e nos dias úteis, a reflorestação da área intervencionada com espécies autóctones e minimizar a destruição de áreas florestais.
A “contaminação de ribeiras, lameiras e pontos de água com poeiras e escorrências da zona de exploração” é algo que o projeto “deve evitar a todo o custo, planeando o correto destino das águas pluviais”, bem como deve “fazer esforços para manter o estado ecológico do rio Beça”.
Deve ainda, acrescenta o EIA, “assegurar a avaliação de presença de quirópteros em todas as cavidades descobertas na área de intervenção”, colocar “caixas abrigo para morcegos em zonas florestais a não explorar e, caso seja detetada alguma galeria ou poço com elevada abundância deste animal, “deve ser considerada a preservação dessa zona”.
O estudo refere ainda o recurso à mão-de-obra local. O objetivo do projeto é criar “cerca de 370 postos de trabalho” até 2025.
As medidas de recuperação ambiental e paisagística encontram-se definidas no Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística (PARP), que acompanha o EIA.
O PARP foi desenvolvido em consonância com o Plano de Lavra, “de modo a que à medida que a exploração avance, e se libertem áreas próximas das finais, se proceda à sua imediata recuperação”.
No documento é referido que a área do “Romano” já foi intervencionada por explorações mineiras anteriores.
O EIA será sujeito a uma avaliação por uma comissão composta por várias entidades e, posteriormente, sujeito a consulta pública. A agência Lusa pediu esclarecimentos adicionais à APA sobre este processo, não tendo obtido qualquer resposta.
O projeto tem como entidade responsável pelo licenciamento a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), condicionada à Avaliação de Impacte Ambiental (AIA).
Lusa
Foto: MIGUEL PEREIRA DA SILVA / LUSA

Dois adeptos do Benfica impedidos de entrar em estádios e de acompanhar claque

Tribunal decreta pena suspensa para Eduardo Gonçalves e Telmo Sousa
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O Tribunal Judicial de Ponta Delgada condenou hoje a penas de prisão suspensas os dois adeptos do Benfica acusados de desacatos em 12 de Janeiro de 2019, na condição de não frequentarem estádios de futebol.

Os desacatos ocorreram na noite de 11 para 12 de Janeiro do ano passado, altura em que os dois arguidos estavam na ilha de São Miguel, nos Açores, onde se deslocaram para assistir ao jogo entre o Santa Clara e o Benfica.

Na leitura do acórdão, o coletivo de juízes deu como provados os factos da acusação, condenando um dos arguidos a quatro anos e seis meses de prisão, pena suspensa na sua execução, pelos crimes de ofensa à integridade física qualifica e de resistência e coação sobre funcionário.

O homem terá ainda de pagar cinco mil euros ao gerente de uma discoteca que foi atingido na sequência dos desacatos.

O outro arguido foi absolvido do crime de ofensa à integridade física qualificada, mas condenado a três anos de prisão, com pena suspensa, pelo crime de resistência e coação sobre funcionário.

A suspensão destas penas, que teve em conta "as condições específicas dos arguidos", nomeadamente a sua inserção familiar e a idade, está sujeita ao pagamento da indemnização, mas também à circunstância destes dois homens "não frequentarem, durante o período da suspensão, estádios de futebol e de não acompanharem claques do Benfica".

Bancada

Amadora| Motorista que denunciou Cláudia Simões à PSP espancado em Massamá

A vítima terá sofrido uma forte pancada na cabeça, quando fazia uma pausa no trabalho, e foi levada para o Hospital Amadora-Sintra.
Um motorista da Vimeca foi hoje à noite agredido “com alguma gravidade” em Massamá, concelho de Sintra (Lisboa), disse à Lusa fonte policial. Segundo avançou o Expresso trata-se do mesmo motorista envolvido envolvido no caso que marcou as notícias esta semana envolvendo uma passageira da transportadora e um agente da PSP.

Segundo o porta-voz da direção nacional da PSP, a agressão ocorreu quando o motorista estacionou o autocarro da Vimeca na paragem de Massamá e se preparava para fazer um novo percurso. “Não houve recurso a arma branca nem de fogo, mas, sim, força física”, disse à Lusa o intendente Nuno Carocha. A PSP deslocou-se ao local e “referenciou algumas pessoas”, adiantou o porta-voz da autoridade.

De acordo com o Expresso, é o mesmo motorista envolvido no caso de Cláudia Simões, a mulher angolana de 42 anos que afirma diz ter sido detida e agredida por um agente da PSP na paragem de autocarros no Bairro do Bosque, concelho da Amadora por, alegadamente, não ter pago bilhete relativo ao transporte da filha menor de 8 anos.

A vítima terá sofrido uma forte pancada na cabeça, quando fazia uma pausa no trabalho, e foi levada para o Hospital Amadora-Sintra, conta o Observador.

Texto: Joana Ferreira com Lusa


Premium: O laboratório militar já produz 50 medicamentos que salvam vidas mas que não interessam à indústria

Fabricam medicamentos para três pessoas como para 20 mil. O laboratório militar produz cada vez mais fármacos que não compensam financeiramente à indústria. Dá resposta à rutura de stocks e é responsável pela reserva nacional de medicamentos.

No laboratório militar, todos os lotes de medicamentos são testados nas
matérias-primas, durante a produção e no final. ©Leonardo Negrão/Global Imagens

Há três crianças, em Portugal, diagnosticadas com a doença neurológica de Menkes. Uma síndrome genética muito rara, que fragiliza os músculos e o cérebro, impedindo um desenvolvimento normal. A cura não existe, mas há uma forma de ganhar tempo: um medicamento que prolonga a vida para lá do prognóstico fatal do primeiro ano. Chama-se histidina de cobre e só o Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos o produz e leva até aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O fármaco não tem mais-valia comercial e, por isso, não compensa a nenhuma farmacêutica empenhar-se em dar mais tempo de vida às três crianças que têm esta doença. É um dos cerca de 50 medicamentos abandonados pela indústria que o laboratório garante. No final de 2018, eram 44 fármacos nestas circunstâncias, segundo informações prestadas à Associação de Oficiais das Forças Armadas.

Produzem analgésicos, anti-inflamatórios, expetorantes, que não se encontrem comercializados ou autorizados em Portugal, mas que são imprescindíveis na rede hospitalar do SNS."Vamos tentando manter alguma independência, através do Exército, no acesso aos mediamentos", diz o tenente-coronel João Carmo, subdiretor do laboratório. "O nosso foco é o que não existe no mercado nacional. Colmatamos as falhas de medicamentos que não são de todo produzidos para as doenças raras e as ruturas de fornecimento no mercado. Personalizamos muito a nossa medicação, consoante a necessidade do doente", explica a major Inês Martins, chefe do departamento de controlo de produção do laboratório. Todos os lotes de fármacos têm uma quantidade diferente, ditada pela necessidade. Se dão forma à receita prescrita para um só doente também respondem com vinte mil saquetas de metadona (o narcótico usado no tratamento da toxicodependência) para o programa do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD). O laboratório é o único produtor e distribuidor de metadona em Portugal, por apresentar condições de segurança especiais durante o processo de produção. No ano passado, foram produzidas cerca de três milhões de saquetas para 14 mil tratamentos.

Outro caso paradigmático é o dos medicamentos para a tuberculose, cuja produção de alguns fármacos foi descontinuada ou tem como prioridade outros mercados que não o português, por compensar menos monetariamente. No laboratório, o ritmo de produção varia ainda de acordo com a exigência da atualidade. Têm de estar preparados para intervir em casos de emergência nacional ou internacional, como aconteceu, em 2009, durante a epidemia de gripe A, quando tiveram de fornecer rapidamente a preparação oseltamivir. Todos estes medicamentos são produzidos num mesmo edifício na Avenida Dr. Alfredo Bensaúde, nos Olivais (Lisboa), onde as marcas do tempo vão sendo mascaradas com obras. Tudo acontece aqui, desde os testes às matérias-primas e à produção, ou do controlo de qualidade à distribuição. E até à venda, no rés-do-chão, onde está uma das sete farmácias militares do país.

Atrás do balcão está Carla Alves, 46 anos. Recebe uma professora já reformada, mulher de um militar, que veio procurar uma pomada para aplicar na perna, à venda em qualquer farmácia civil, mas aqui há uma pequena tolerância no preço para o casal. Carla ouve, atenciosa, a história da perna dorida e procura a melhor solução nas prateleiras atrás de si. Este é o seu trabalho há 25 anos. "A oportunidade surgiu em 1994, quando o laboratório estava a passar uma fase catastrófica. Falava-se em encerrar, tal como há dois anos. A maior parte dos funcionários tinha ido para a reforma ou pré-reforma e a ideia era fechar. Entrei na fase KO", relembra. Nada lhe dizia que iria ficar tanto tempo, mesmo assim quis fazer parte da equipa. "Eu gosto de desafios e nada é definitivo."