segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Secretário de Estado Adjunto e da Educação inaugurou Escola

Câmara investe 420 mil euros na Escola Básica da Moita

O novo edifício da Escola Básica da Moita foi inaugurado esta segunda-feira, 6 de janeiro, após a realização das obras de requalificação levadas a cabo pela Câmara Municipal da Marinha Grande, na sequência de um investimento de cerca de 420 mil euros.

A cerimónia contou com a presença do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, que elogiou o trabalho do Município que suportou integralmente o investimento na requalificação do espaço e salientou “as mais de 500 obras em escolas que conseguimos pôr no terreno nos últimos anos, numa grande parceria com as Câmaras Municipais”. O governante admitiu que “os alunos aprendem melhor quando não têm frio, quando têm um espaço propício à aprendizagem. Os professores dão aulas com mais gosto numa escola nova”.

João Costa lembrou os alunos da Escola Básica da Moita que, no Dia de Reis, era um excelente presente receber uma escola nova, que todos têm agora de preservar e cuidar.

A presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Cidália Ferreira, mostrou-se orgulhosa “pelo trabalho de proximidade entre o Município e o Governo ao nível da educação” e pela presença do Secretário de Estado que veio testemunhar as condições e o trabalho daquele estabelecimento de ensino.

Cidália Ferreira recordou o pedido de melhoria das instalações da escola pela associação de pais, enquanto ainda era vereadora da educação, no anterior mandato. Dada a constatação da necessidade de reabilitar e aumentar as instalações, procedeu-se à elaboração do referido projeto que resultou na atual escola nova “adaptada às exigências de um concelho inovador, que nos projeta para além das nossas fronteiras”. Segundo a presidente, “o investimento municipal em escolas básicas, jardins de infância e outras estruturas de apoio ao ensino é uma linha que seguiremos sempre porque queremos proporcionar às nossas crianças as melhores condições de aprendizagem.”

O diretor do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente, Cesário Silva, agradeceu ao corpo docente e não docente da escola, pelo trabalho desenvolvido diariamente e aos pais e encarregados de educação “pela confiança que têm depositado na autarquia e nesta confiança de que, com o trabalho conjunto e em colaboração, conseguiremos ir mais longe e proporcionar às meninas e aos meninos melhores condições de aprendizagem e, sobretudo, que a escola seja um local de aprendizagem e um local de felicidade”.

O edifício principal da Escola Básica da Moita reabriu após as obras de requalificação, que tiveram lugar no ano passado e representaram um investimento superior a 420 mil euros. A intervenção visou dotar o edifício de melhores condições de segurança e conforto, para que nele possam funcionar quatro salas de ensino básico.

Procedeu-se à requalificação integral do edifício da Escola, revestimento exterior do edifício do Pré-Escolar e reabilitação da ligação entre os edifícios através da passagem coberta, com prolongamento até uma das entradas exteriores e acessível por pessoas com mobilidade condicionada. Foi reabilitado o espaço envolvente e a edificado um pavilhão polivalente que vem resolver o antigo problema da inexistência de um recreio coberto.

O projeto incluiu a reorganização do espaço interior para a criação de uma zona ampla de circulação que liga as quatro salas de aula e permite a existência de cacifos individuais para as crianças.

A reconversão dos três pequenos átrios originou um espaço amplo onde podem ser realizadas diversas atividades. O espaço destinado a biblioteca foi reconvertido para a criação de uma sala de aula e a biblioteca foi deslocalizada para o espaço ocupado anteriormente pelo polivalente.

Foram executadas duas instalações sanitárias para uso dos alunos das quatro salas de ensino básico, acessíveis a crianças com mobilidade condicionada e separadas por género e uma instalação sanitária para adultos.

A intervenção contemplou a construção de um pavilhão que funciona como recreio coberto. O átrio e o pavilhão ficam separados por duas portas que, quando recolhidas, permitem que os espaços se fundam num espaço único.

Foi definida a intervenção no espaço exterior com requalificação da passagem coberta, pavimentações, drenagem de águas pluviais, requalificação do espaço verde com a colocação de um brinquedo lúdico e a adaptação em termos de acessibilidade, entre interior e exterior do recinto escolar.

Marinha Grande | Concerto de Momo no arranque de mais uma temporada do Teatro Stephens


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A Casa da Cultura Teatro Stephens, na Marinha Grande, começa o ano de 2020 com a atuação do músico Momo, no dia 10 de janeiro, e o Concerto de Ano Novo, que esteve previsto para o passado dia 4 de janeiro mas que foi adiado para o próximo sábado, dia 11, devido ao falecimento do encenador Norberto Barroca.

A programação para janeiro do Teatro Stephens é a seguinte:

10 de janeiro . sexta . 21h30
MOMO “I Was Told To Be Quiet”
Sinopse |
O cantor e compositor Momo, alcunha musical de Marcelo Frota, tem no seu grupo de seguidores nomes como Patti Smith e David Byrne, que chegaram a partilhar a sua música em playlists e murais de facebook.
“Voá” foi editado pela Universal no final de Fevereiro de 2017. “Pensando Nele”, em parceria com o escritor e poeta Thiago Camelo, acabou por ser escolhido como primeiro single de um disco produzido por Marcelo Camelo. O quinto trabalho de originais inclui ainda colaborações com Rita Redshoes no tema “Mimo” e do compositor brasileiro Wado em “Nanã”.
Momo lançou “A Estética do Rabisco” (2006), “Buscador” (2008), “Serenade of a Sailor” (2011) e “Cadafalso” (2013). Os quatro mereceram o aplauso da imprensa internacional e o reconhecimento de publicações de referência do Brasil como O Globo que escolheu “Serenade of a Sailor” para ombrear com discos de Chico Buarque e Criolo nas escolhas para melhores trabalhos de 2011. O canal de televisão Multishow também distinguiu Momo com um prémio revelação no mesmo ano.

O artista integra a coletânea “A Tribute to Caetano Veloso” com a música “Alguém Cantando”, ao lado de nomes como Rodrigo Amarante, Beck, Ana Moura e Marcelo Camelo, entre outros. Juntamente com Wado e Cícero, Momo gravou em Lisboa em 2013 o trabalho “O Clube” que celebrou o encontro dos três brasileiros com os artistas portugueses Fred Ferreira (Banda do Mar, Orelha Negra), Diego Armés (Feromona, Chibazqui), Bernardo Barata (Diabo na Cruz) e Alexandre Bernardo (Laia).
O novo disco chegou em outubro de 2019. “I Was Told To Be Quiet” foi gravado e produzido na Califórnia por Tom Biller (Sean Lennon, Warpaint, Liars, Silversun Pickups e Kate Nash).
Classificação Etária | M6
Preço | 5€

11 de janeiro . sábado . 16h00 . Entrada Gratuita
CONCERTO DE ANO NOVO – ORQUESTRA JUVENIL DA MARINHA GRANDE E ORQUESTRA DE GUITARRAS
Classificação Etária | M6
Preço | Gratuito (sujeito à lotação da sala)
NOTA: O concerto estava incialmente agendado para o dia 4 de janeiro, mas devido ao falecimento de Norberto Barroca, foi adiado para o dia 11 de janeiro. Os bilhetes já levantados para o dia 4 mantêm-se válidos para o dia 11 de janeiro.

17 de janeiro . sexta. 21h30
THE BLACK MAMBA Good Times Tour
Sinopse |
Quase a completar 10 anos de carreira, The Black Mamba apresentam a Good Times Tour: uma série de concertos exclusivos, apenas em teatros entre Novembro de 2019 e Fevereiro de 2020, em que a banda revive os seus primeiros tempos.

Nesta tour, que começa logo após o regresso dos The Black Mamba aos Coliseus de Lisboa e Porto em Outubro, a banda irá, tal como no início, apresentar-se em trio e focar-se nos temas que compunham o alinhamento dos seus primeiros concertos, com originais e versões que interpretavam habitualmente na altura da sua formação.
Um autêntico (e imperdível) regresso às origens!
Duração: Aprox. 60m
Classificação Etária | M6
Preço | 10€

18 de janeiro . sábado . 16h00
“A BELA E O MONSTRO” pelo TEATRESCO Grupo de Teatro de Vieira de Leiria
Classificação Etária | M6
Preço | 3€

Bilheteira: Teatro Stephens, de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.


Leiria | Percursos Pedestres para 2020 com mais rotas e novidades

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Foi apresentado esta segunda-feira, em conferência de imprensa, o calendário da Rede dos Percursos Pedestres para este ano, que conta com algumas novidades em relação a 2019. 

Para Carlos Palheira, Vereador do Desporto, as expectativas apontam para uma maior adesão, numa iniciativa que pretende “transportar o território para mais próximo das pessoas”, dando a conhecer as vertentes paisagística e histórica do concelho. 

O novo ano inclui a realização de 15 percursos, mais dois do que no ano passado, num total de cerca de 130 quilómetros, procurando “chegar a cada vez mais sítios”, afirmou Carlos Palheira, num calendário que tem início no dia 16 de fevereiro, em Amor, e que termina a 15 de novembro, na Bajouca. 

Outra das novidades é a necessidade de inscrição prévia feita através do site Visite Leiria, por questões de logística e de apoio médico, mantendo-se a participação gratuita e que, segundo o Vereador, “continuará a ser”. 

À semelhança de 2019, existirá um cartão de participação, no qual a cada percurso feito corresponde um carimbo, dando direito a uma t-shirt ao fim de sete percursos realizados e a um bastão caso o cartão fique completo. 

O participante mais velho e o mais novo em cada percurso receberão também um brinde. 

A garrafa reutilizável continuará a ser distribuída pelos participantes, podendo ser reabastecida ao longo de cada traçado, uma medida que pretende reduzir a existência de plástico. 

A definição dos traçados e logística contam com o apoio das Juntas de Freguesia e das Uniões de Freguesia e com o acompanhamento técnico do Núcleo de Espeleologia de Leiria e do Clube de Orientação do Centro. 

Em 2019, foram promovidos 13 percursos, num total de 110 quilómetros e com a participação de quase sete mil pessoas, representando “um sinal de maior envolvimento por parte das pessoas de Leiria e de um maior contacto com a natureza”, salientou o vereador. 

O interesse e a participação nos percursos pedestres têm aumentado, isso mostram os dados estatísticos do site e da página do Visite Leiria, os dois principais meios de divulgação da Rede no ano passado. 

De acordo com Carlos Palheira, os objetivos para o futuro passam pela disponibilização de traçados através de QR Code, uma maior interatividade e um maior número de percursos homologados (atualmente são cinco), estando em curso uma candidatura para a homologação das rotas da Bajouca, Caranguejeira e Maceira. 

Todas as informações estão disponíveis no site Visite Leiria e na página de facebook dos Percursos Pedestres, estando já abertas as inscrições para o percurso de Amor.

Mais de 350 alunos do Centro Escolar de Cantanhede cantaram as janeiras na Câmara Municipal


Mais de 350 alunos das valências de jardim-de-infância e do primeiro ciclo de ensino básico do Centro Escolar de Cantanhede estiveram esta manhã no edifício dos Paços do Concelho de Cantanhede a cantar as janeiras. As crianças foram recebidas pela presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, que esteve acompanhada do vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso, e pelos vereadores Célia Simões e Adérito Machado, tendo a tradição sido assinalada num ambiente de confraternização festiva que terminou com uma foto conjunta na frente do edifício dos Paços do Concelho. 
Acompanhada por um grupo de vozes e instrumentistas constituído por professores e pais, a pequenada cantou alguns versos ao jeito deste antigo costume português na interpretação de cânticos populares apropriados para a ocasião. “Somos bons alunos / E vimos cantar / Dar as Boas Festas / Vamos alegrar” cantavam numa das quadras, que prosseguia com “Neste ano novo/ Que Deus nos ajude / Nos dê muita paz / Amor e saúde”. 
No final, a presidente da autarquia distribuiu abraços e uma lembrança aos intervenientes, que prosseguiram o seu périplo iniciado no Centro Escolar de Cantanhede e foram cantar as janeiras em outras entidades sedeadas na cidade, designadamente a Junta de Freguesia, Escola Básica Marquês de Marialva e Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede.

Presidente dos Estados Unidos ameaça Irão com “enormes represálias”

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O Presidente dos Estados Unidos ameaçou, no domingo, o Irão com "enormes represálias" caso ocorram ataques iranianos contra instalações norte-americanas no Médio Oriente.
“Se eles fizerem alguma coisa, haverá enormes represálias”, declarou Donald Trump a bordo do avião presidencial Air Force One, no regresso a Washingnton após duas semanas de férias na Florida (sudeste dos Estados Unidos).
Trump deixou também a ameaça de atacar locais culturais iranianos.
“Eles têm o direito de matar os nossos cidadãos (…) e não não temos o direito de atingir os seus locais culturais? Isso não funciona assim”, declarou.
O Irão prometeu responder ao ataque aéreo norte-americano que na semana passada matou o general iraniano Qassem Soleimani, no aeroporto de Bagdade.
O general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No mesmo ataque morreu também o ‘número dois’ da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras oito pessoas.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
O Irão anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.
No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.
Lusa

Concerto Multimédia na celebração do Ano Novo em Cantanhede

No dia 4 de janeiro 

A chegada do Ano Novo foi celebrada em Cantanhede, no dia 4 de janeiro, com um concerto multimédia que incluiu a interpretação ao vivo de composições inéditas de João Vasco, compositor e pianista que se apresentou no palco do Centro Social e Paroquial de S. Pedro acompanhado pelo violinista Pedro Lopes e pelo violoncelista Fernando Costa. Realizado no Centro Social e Paroquial de S. Pedro, o evento foi promovido pela Câmara Municipal, em parceria com a União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça, a Paróquia de Cantanhede, a AEC - Associação Empresarial de Cantanhede e a Associação António Fragoso, tendo assinalado também o encerramento das atividades do programa de animação desenvolvido pela autarquia durante o período de Natal. 

No final, a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, felicitou o trio de músicos pela “excelência do espetáculo que proporcionaram ao público de Cantanhede”, destacando “a importância da música como atividade cultural que concretiza uma das mais sublimes formas de manifestação artística, neste caso num registo mais erudito com o trabalho de composição de João Vasco apresentado num enquadramento visual particularmente interessante” 

Perante uma assistência que incluía o presidente da Assembleia Municipal, João Moura, o vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso, os vereadores Adérito Machado e Célia Simões, a presidente da Junta de Freguesia, Aidil Machado, e o pároco de Cantanhede, João Pedro Silva, Helena Teodósio “agradeceu a todas as entidades parceiras na organização do concerto, em particular à paróquia, que disponibilizou o auditório do Centro Paroquial de S. Pedro para o efeito, e à Associação António Fragoso, pelo seu papel chave na vinda do concerto de João Vasco, Pedro Lopes e Fernando Costa a Cantanhede”. A esse propósito, a presidente da Câmara enfatizou “o privilégio de o concelho poder contar com o benefício da sua atividade, não só em torno da divulgação da vida e da importante obra do patrono da Associação António Fragoso, mas também no ensino da música e na promoção do acesso da população a espetáculos de música de indiscutível qualidade”, 

Denominado “2016”, o concerto multimédia de João Vasco estreou em Paris em fevereiro de 2019, após o que se seguiram espetáculos em Lisboa e em várias outras cidades de países de quatro continentes. Para cada obra musical, o autor – que é também videasta premiado – concebeu filmes inéditos que, em palco, dialogam com a música, criando uma atmosfera sonora e visual simbiótica e de assinalável singularidade estética. 

A música vagueia entre as influências que o compositor e pianista adquiriu durante a formação de base e o seu percurso artístico, desde os grandes mestres dos períodos Clássico e Barroco até às maiores referências da música erudita contemporânea. Segundo o autor, “2016” é inspirado no universo musical de Ryuichi Sakamoto mas também na obra de compositores como Schubert, Chopin, Stravinsky, Schnitke e Ligeti, minimalistas como Steve Reich e Philip Glass e também portugueses como Eurico Carrapatoso e Bernardo Sassetti.

OuTonalidades: venha viver a música ao vivo com Palankalama e Ricardo Silva


Em 2020, o Cine-Teatro de Estarreja (CTE) recebe mais dois concertos, no âmbito da 23.ª edição do OuTonalidades - circuito português de música ao vivo, com Palankalama e Ricardo Silva.

Já no próximo dia 11 de janeiro, sábado, quatro músicos do porto, Palankalama, apresentam o seu projeto de música instrumental de carácter cinematográfico com influências da música tradicional/folk de várias regiões do mundo. Com Pedro João (cavaquinho, bandolim e guitarra), Ricardo Nogueira (guitarra e violas tradicionais portuguesas), Aníbal Beirão (contrabaixo) e Afonso Passos (bateria e percussão) vão explorar diversos instrumentos, sendo o diálogo orgânico entre eles um dos principais fundamentos artísticos dos seus elementos.

Iniciado em 2014, os Palankalama, tem até à atualidade mantido uma atividade regular e constante, de criação de músicas originais, edição de Lp’s e concertos. Até à data, a banda conta com 2 álbuns de originais, o primeiro, Palankalama (2016), editado pela editora Banzé, o segundo álbum, Boca de Raia (2018), editado pela banda, numa edição de autor. A música deste projeto portuense pode ser traduzida/entendida como uma longa citação de lugares geográficos, reais e imaginários, e uma exploração dos universos musicais sugestivos do cinema, ou da música popular. É um trabalho sobre paisagens sonoras, quase familiares, onde se procura que o lado plástico e abstrato da música funcione como uma janela para lugares de desvio e de ficção.

Começou a tocar guitarra portuguesa apenas com 7 anos. E nunca mais parou. No café-concerto do CTE, a 15 de fevereiro, sábado, Ricardo Silva vem tocar “Contado à Guitarra”, um trabalho que pretende não só divulgar a guitarra portuguesa, como também mostrar a capacidade de enquadrar este seu talento nos mais diversos estilos musicais.

E é entre chulas e cantes, valsas e serenatas, entre povos e sotaques, que se escreve a história da guitarra. Dessa história nascem histórias, brotando das suas sementes, onde quer que elas estejam, onde quer que elas cresçam. Entre cada nascer e pôr-do-sol, enamorando-se por suspiros, se vai rendendo ao encanto de cada chegada, de cada partida, de cada fuga pelo mundo. De imprevistos se apaixona e, à terna luz de um ocaso, renascem histórias dessa história. “Contado à Guitarra” é um livro de contos narrados pela guitarra tão portuguesa quanto o seu sentir, tão do mundo quanto a sua liberdade. O guitarrista pombalense estará acompanhado por João Silva, na guitarra clássica, Carlos Almeida, no baixo acústico, Mário Martinho na percussão, e Rui Gonçalves, no saxofone.

O jovem músico conta com um currículo invejável. Já acompanhou diversos músicos portugueses como Fábia Rebordão, Raquel Tavares, Paulo Carvalho, entre outros nomes maiores da música -, onde se destaca, em 2016, a participação em alguns concertos da tour de lançamento do álbum “Mundo” da fadista Mariza. Fez ainda participações especiais em diversos projetos com Ala dos Namorados, Anaquim e Sangre Ibérico.

Os concertos têm sempre início às 22h00 e os bilhetes têm um preço de três euros, sendo a entrada gratuita para os detentores de Cartão Amigo, Cartão Sénior e Cartão Jovem Municipal.

O circuito “Outonalidades” é coordenado pela d’Orfeu Associação Cultural em colaboração direta com inúmeros parceiros (municípios, teatros e associações), na consolidação de uma grande rede de programação que dá palco a músicos e a músicas de todos os estilos. Nesta já longa parceria do Município de Estarreja com a d’Orfeu, serão grandes noites de música ao vivo no café-concerto do Cine-Teatro.


Daniela Couto

Ansião revive tradição dos Reis


No passado domingo, dia 5 de janeiro, os Paços do Concelho de Ansião abriram as suas portas para ouvir cantar os Reis.

Porque a tradição ainda é o que era, o Presidente da Câmara e os Vereadores receberam o Grupo Olhos de Água e foram convidados a entoar alguns dos clássicos cânticos das Janeiras, tendo feito as oferendas que se impõem.

O Município felicita todos aqueles que, tal como o Grupo Olhos de Água, mantêm vivas as tradições e preservam a identidade da terra e das suas gentes.

Ansião recebeu estágio de nadadores


Nos dias 3, 4 e 5 de janeiro, realizou-se, na Piscina Municipal de Ansião, o 1.º Estágio de Capacitação Técnica de Cadetes e Infantis, promovido pela Associação de Natação do Distrito de Leiria (ANDL) e com o apoio do Município.

Integrado no Plano de Seleções Distrital, neste estágio foram apresentados pela Direção e pelo Diretor Técnico da ANDL, por proposta da Federação Portuguesa de Natação, os momentos e os critérios para os estágios de capacitação técnica dos escalões Cadetes e Infantis.

O Plano de Seleções 2019/2020 tem como objetivo principal um acréscimo no número de nadadores do distrito em seleções distritais, tendo-se selecionado nesta fase 48 atletas, 24 Cadetes e 24 Infantis.

Este evento constitui uma das iniciativas resultantes da parceria entre a ANDL e o Município de Ansião com o intuito de promover a natação e a salutar competitividade dos seus praticantes e de contribuir para a saúde e o bem-estar dos atletas.

Covilhã | MUNICÍPIO PROPORCIONA ATIVIDADES MULTIDISCIPLINARES A UMA CENTENA DE ALUNOS DO 1º CICLO

Ao abrigo do Plano Inovador e Integrado de Combate ao Insucesso Escolar do Município, a Câmara Municipal da Covilhã concebeu e implementou o Projeto EU SOU + com o objetivo de desenvolver e potenciar competências múltiplas para a formação e desenvolvimento individual e social dos alunos do primeiro ciclo do ensino básico.

Para o efeito, constituiu-se uma equipa multidisciplinar que integra uma psicóloga, uma professora de ciências, uma professora de música, uma nutricionista e uma pianista, para dinamizar atividades lúdico-pedagógicas, direcionadas para os alunos que frequentam o serviço de componente de apoio à família, sob a gestão do Município, no âmbito da delegação de competências.

Desde o passado mês de dezembro, cerca de uma centena de crianças de várias escolas do concelho da Covilhã têm participado em atividades de diferentes áreas, nomeadamente cidadania e inteligência emocional, ciência divertida, formação musical, prática instrumental e nutrição. No âmbito destas atividades, os alunos participaram em dinâmicas de grupo sobre gestão emocional, em experiências científicas, aprenderam a ler música, cantaram e deram os primeiros toques na aprendizagem do piano, tendo ainda participado em atividades lúdicas sobre alimentação saudável.

Durante a interrupção letiva do 1º período, o projeto contou também com a colaboração da equipa de mediação da leitura e de escrita criativa da Biblioteca Municipal da Covilhã, que realizou deslocações a escolas para enriquecer o imaginário das crianças e estimular o gosto pela escrita e pela leitura.

O projeto, em resultado de uma candidatura à CIMBSE - Comunidade Intermunicipal Beiras e Serra da Estrela, terá continuidade ao longo do presente ano letivo.

Governo “omitiu receita” de 255 milhões no Orçamento

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Unidade Técnica de Apoio Orçamental detetou 255 milhões de euros de receita não contabilizada no Orçamento. Valor pode dar margem de negociação ao executivo com os partidos da esquerda.
Em causa está uma receita adicional proveniente dos aumentos de 0,3% da função pública que não foi contabilizada pelo ministério das Finanças na proposta orçamental para o próximo ano.
O valor totaliza 255 milhões de euros e tem origem no origem no encaixe com IRS, contribuições para a Segurança Social, Caixa Geral de Aposentações, e ADSE.
No relatório preliminar sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2020, o gabinete técnico que apoia os deputados no parlamento em matérias de finanças públicas escreve que "não concorda com a omissão de efeitos na receita em 2020 decorrentes da implementação das medidas antigas para a política remuneratória dos trabalhadores deste setor" e acrescenta que "o acréscimo daquele montante à meta de 533 milhões de euros que o Governo preconiza para o saldo em contabilidade nacional é relevante".
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) explica que "remunerações mais elevadas (em 645 M€) naturalmente farão entrar na conta das Administrações Públicas um fluxo adicional de IRS, contribuições patronais e dos trabalhadores para a Segurança Social e a CGA e, ainda, de contribuições dos trabalhadores para a ADSE" e aponta o dedo ao ministério das Finanças: "no entanto, do lado da receita, as colunas da Proposta de Orçamento do Estado não mencionam qualquer valor relacionado com valorizações remuneratórias".
Os técnicos concluem que "salvo melhor opinião, a exclusão dos impactos adicionais na receita provocados por estas medidas não faz sentido. A omissão destes impactos corresponde a admitir que as remunerações adicionais estão isentas de imposto e contribuições, o que manifestamente não é verdade".
Este encaixe adicional de 255 milhões de euros eleva o excedente previsto para 2020 de 0,2 %para 0,3%.
Hugo Neutel / TSF


Operação Natal e Ano Novo. 17 mortos em mais de seis mil acidentes

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A GNR e a PSP registaram 17 mortos e 84 feridos graves durante a Operação Natal e Ano Novo. Entre 20 de Dezembro e a meia-noite registaram-se 6.630 acidentes rodoviários.

Em comparação com o ano passado, há a registar “menos acidentes, menos vítimas mortais, menos feridos graves e menos feridos leves”, afirmou Paulo Gomes, tenente-coronel da GNR, no Bom Dia Portugal.
“O que é muito positivo. As vítimas que registámos em acidentes graves, na sua maioria não se registaram nas vias com maior circulação nem no contesto das grandes viagens que é normal as famílias fazerem nesta quadra”, acrescentou.
A maioria dos acidentes dos quais resultaram mortos foram registados em “estradas secundárias, arruamentos, dentro das localidades e alguns atropelamentos”.
Segundo o tenente-coronel Paulo Gomes, “grande parte dos acidentes deve-se a velocidade inadequada- excesso de velocidade – mas também à distração”.
“São duas áreas em que nós temos como proprietária a fiscalização. Que é a velocidade e a utilização de telemóveis”, realçou.
GNR passou, durante a Operação Natal e Ano Novo, mais de 24 mil contraordenações, quase 1.500 excessos de álcool. “Um terço destes excessos de álcool foi registado na madrugada de passagem de ano”.
“Estes comportamentos não podem ser tolerados e contra eles continuaremos a trabalhar”, alertou tenente-coronel Paulo Gomes.

PSP destaca reação positiva dos condutores

Entre 18 de dezembro e 5 de janeiro a PSP registou 2.960 acidentes, com sete mortos, 881 feridos, dos quais 27 graves. Em comparação com o mesmo período do ano passado, são menos acidentes, mais mortos e menos feridos graves.
Nuno Bogalho Carocha, Intendente da PSP, realçou que “as condições atmosféricas ajudaram, o facto de ter deixado de chover e as condições de condução estarem mais facilitadas”.
“Mas também estamos em crer que existe uma reação positiva, por parte dos condutores portugueses. É muito habitual nas nossas operações vermos as pessoas a deslocaram-se em carros cheios, em que normalmente o condutor é a pessoa escolhida do grupo para não beber protegendo assim todos. É um comportamento consciente”, sublinhou Nuno Bogalho Carocha no Bom Dia Portugal.

Comportamento mais correto dos condutores

O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária frisa que a diminuição do número de mortos e de feridos revela um comportamento mais correto por parte dos condutores.
Os resultados agregados mostram que houve, a nível nacional, mais 27 acidentes, menos mortos, menos feridos graves e menos feridos ligeiros. O que indicia que os portugueses estão a ter um comportamento mais correto na estrada”, realçou Rui Ribeiro no Bom Dia Portugal.
O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária revelou que em comparação com 2018, há a registar “menos 30 por cento de atropelamentos, menos 10 por cento nas colisões e um aumento de 7,6 por cento nos despistes”.
“O comportamento das pessoas está mais razoável nestes três pontos de vista”.
Em relação ao consumo de álcool, Rui Ribeiro frisa que as “detenções diminuíram seis por cento”.
“Há um comportamento cada vez mais responsável dos condutores relativamente ao consumo de álcool. No entanto, o número de vítimas mortais com excesso de álcool no sangue mantém-se elevadíssimo. O álcool é muito responsável pelos acidentes rodoviários”, sublinhou.
O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária recorda que “a sinistralidade tem várias vertentes, o comportamento dos condutores, os veículos que são cada vez mais seguros e as infraestruturas que cada vez perdoam mais umas asneiros que nós todos vamos acabar por fazer”.
Cristina Sambado - RTP

NELSON HELENO DA SOCIEDADE COLUMBÓFILA ALCANÇOU O 4º LUGAR NO TRAIL NOTURNO DOS TEMPLÁRIOS


A equipa Trilhos dos Templários, organizou no passado dia 5 de janeiro, com inicio pelas 18H00, a VI edição dos Trilhos Noturnos dos Templários/XPORFIT”, em parceria com a Câmara Municipal de Tomar.

Constituído por uma prova de 21 Km, de 11 km e uma caminhada, os participantes percorrerão estas distâncias, em trilhos e estradões de terra batida, tendo a prova o seu início no exterior da Associação Cultural e Recreativa de Santa Cita e a chegada no pavilhão gimnodesportivo daquela localidade nabantina. 

Participou nesta competição, na prova de mini – trilhos, o atleta Nelson Heleno, da Secção de Ar livre e Aventura da Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, que alcançou o 4° lugar na classificação geral masculina e igualmente o 4º lugar no escalão de séniores masculinos.

Aveiro Urban Challenges soluciona 5 desafios do Município



Período de candidaturas termina a 31 de janeiro

 Realidade aumentada para manutenção de equipamentos e redes de distribuição de água, novas soluções para Smart Grids, bicicletas a hidrogénio, uma ferramenta para gerir transportes públicos e soluções de base tecnológica para a recolha seletiva de biorresíduos. São estes os resultados esperados no desafio Aveiro Urban Challenges que tem candidaturas abertas até 31 de janeiro. Os cinco projetos vencedores receberão um prémio de 20.000€, cada um, para continuarem a ser desenvolvidos.
Assim, a Câmara Municipal de Aveiro em conjunto com a rede de parceiros que apoia todo o projeto Aveiro Tech City, vai debruçar-se sobre os problemas contemporâneos que afetam a cidade de Aveiro.
Destinado a startups, scaleups e instituições de I&D, a 1ª edição do Aveiro Urban Challenges pretende premiar as melhores ideias e soluções destinadas à resolução de desafios urbanos na área do ambiente, energia e mobilidade. Organizado em parceria com a Beta-i, empresa de referência em programas de aceleração e mentoria, o Município de Aveiro irá escolher os cinco finalistas que, para além de passarem por uma fase de desenvolvimento e testes, também terão acesso a workshops de capacitação e a uma rede de mentores entre os diferentes stakeholders, disponíveis para dar apoio aos projetos no decorrer de todo o programa.
Conheça os desafios
Os desafios apresentados no âmbito do Aveiro Urban Challenges serão propostos pelas entidades parceiras – AdRa (Águas da Região de Aveiro); EDP; Galp Gás Natural Distribuição; e Veolia.
AdRA propõe o desenvolvimento de um sistema de realidade aumentada que permita a manutenção dos seus equipamentos e redes.
EDP reforça a necessidade de adoção de estratégias inovadoras e de tecnologias disruptivas na gestão da rede de distribuição. O desafio passa por encontrar novas soluções para as Smart Grids que irão desde a criação de planos de desenvolvimento estratégico para infraestruturas e arquitetura de redes inovadoras, até à disponibilização de funcionalidades específicas.
Antecipando a tendência de sustentabilidade e inovação a Galp Gás Natural Distribuição propõe o desenvolvimento de um protótipo de bicicleta movida com a ajuda de células de combustível alimentadas a hidrogénio, com o objetivo de contribuir para uma mobilidade urbana mais sustentável.
Transdev propõe a criação e desenvolvimento de uma ferramenta que ajude na otimização da afetação das viaturas às diferentes linhas e horários, tendo em conta a redução da pegada ecológica e a minimização de custos.
Veolia promove o desenvolvimento de soluções de base tecnológica que permitam enquadrar com sucesso, eficiência e sustentabilidade o desafio da recolha seletiva de biorresíduos no município de Aveiro.
Os 25 finalistas serão conhecidos a 2 de Março de 2020. Os cinco vencedores serão anunciados a 21 do mesmo mês, no Aveiro STEAM City Pitch. Toda a calendarização do programa Aveiro Urban Challenges, bem com as suas normas de participação encontram-se disponíveis em: https://www.aveirotechcity.pt/pt/atividades/aveiro-urban-challenges
O projeto Aveiro STEAM City é cofinanciado pelo Fundo de Desenvolvimento Regional – FEDER, através do programa Urban Innovative Actions. O seu investimento global é de 6.115.915€ com o apoio FEDER 4.892.732€.



EMPATIA, o programa que pretende promover o bem-estar dos estudantes-atletas pré-universitários

Em Portugal, as práticas rígidas implementadas nas escolas do ensino básico e secundário podem constituir um obstáculo à prática desportiva de alta competição dos seus estudantes. A conclusão é de um estudo realizado por investigadores da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC) no âmbito do projeto europeu EMPATIA, acrónimo de Education Model for Parents of Athletes in Academics. 

Financiado pelo programa Erasmus+ - programa europeu que apoia a educação, a formação, a juventude e o desporto -, o EMPATIA pretende contribuir para a melhoria do bem-estar dos estudantes pré-universitários que estão envolvidos no desporto de elite, propondo um programa educacional para os pais e encarregados de educação desses atletas.

Além da equipa de Coimbra, o projeto envolve investigadores das universidades de Roma (Itália), Limerick (Irlanda) e Liubliana (Eslovénia), e tem como parceiros o Instituto Nacional do Desporto de França, o Comité Olímpico Nacional de Itália, a Associação Europeia do Desporto Universitário (EUSA) e o Ginásio Clube Figueirense (Figueira da Foz).

Para desenvolver este programa educacional, cada país participante realizou um estudo junto de pais e encarregados de educação, de modo a efetuar um diagnóstico da situação dos estudantes-atletas pré-universitários na Europa, isto é, identificar os entraves à prática desportiva e as medidas que podem ser adotadas para melhor conciliar o estudo com o desporto de elite, promovendo o sucesso na relação família-estudo-desporto. 

Em Portugal, com o apoio do Ginásio Clube Figueirense, o estudo envolveu 101 pais e encarregados de educação de atletas de várias modalidades desportivas de alta competição. De um modo geral, «os pais relataram que o maior entrave à prática desportiva de elite é a própria escola, que não compreende as necessidades específicas dos estudantes-atletas. Certas práticas escolares desvalorizam de alguma forma a participação de estudantes em programas de desporto de alta competição», descreve um dos investigadores do estudo português, Carlos Gonçalves.  

Apesar de Portugal «ter uma legislação bastante avançada em comparação com os outros países participantes no projeto (Eslovénia, Irlanda e Itália), falha na sua aplicação efetiva. Portugal poderia ser um país modelo nesta matéria se a legislação passasse para uma prática social», salienta.

Quando questionados sobre as medidas que consideravam cruciais para o desenvolvimento dos seus filhos e filhas como estudantes e como atletas de elite, «os pais referiram essencialmente a necessidade de informação, porque, muitas vezes, desconhecem os seus direitos», afirma o docente e investigador da FCDEF.

A partir da informação coligida em cada um dos países envolvidos no estudo, foi possível avançar para a elaboração de um programa de formação e informação para pais e encarregados de educação de estudantes-atletas do ensino básico e secundário. «Estamos a trabalhar diferentes conteúdos que permitam auxiliar os pais a lidar melhor com as várias dimensões da questão, porque a prática desportiva é extremamente disruptiva para a vida familiar a vários níveis: para o casal, para os irmãos mais velhos ou mais novos que são afetados pela vida do atleta - horários de refeições, horários de treino, transportes, gastos financeiros, etc.», exemplifica Carlos Gonçalves.

Fundamentalmente, acrescenta o investigador, este programa educacional «propõe uma abordagem holística para o desenvolvimento e bem-estar do estudante-atleta, integrando conteúdos que permitem conhecer os riscos psicossociais envolvidos na prática desportiva de elite e formas de os minorar. É um programa que ajudará os pais, mas também professores, treinadores e mesmo decisores políticos, a entender e a gerir de forma adequada a vida dos estudantes-atletas».

O EMPATIA está em fase de conclusão e deverá começar a ser testado no próximo mês de fevereiro com grupos de pais e encarregados de educação de Portugal, Eslovénia, Irlanda e Itália. Depois será traduzido para várias línguas, incluindo português, e disponibilizado gratuitamente numa plataforma Online.

Estima-se que, atualmente, mais de 15 mil estudantes portugueses do ensino básico e secundário estejam envolvidos em programas de desporto de especialização visando a elite. Em média, estes estudantes-atletas despendem 30 horas por semana na prática desportiva.

Cristina Pinto

Religião | O senso dos imponderáveis

Péricles Capanema
O Evangelho do domingo 29 de dezembro relata a apresentação do Menino Jesus no Templo [quadro acima], levado por são José e Nossa Senhora para obedecer à lei de Moisés que determinava, o primogênito do sexo masculino devia ser consagrado a Deus. Chegando ao local da consagração, encontraram Simeão, homem virtuoso, já no ocaso da vida.
Simeão é o personagem menor do relato. O que é ele diante de Jesus Cristo, Nossa Senhora e São José? De outro lado, pela intervenção que ali teve, aparece em destaque na descrição e depois some para sempre.
À medida que o sacerdote lia o Evangelho, provocadas pelo texto carregado de significados, em cambulhada sugestivas miscelâneas de imagens e considerações, tendo como ponto de partida o velho Simeão, atropelavam-se no meu espírito. Confusões agradáveis à maneira de quarto de brinquedos de criança; quando tivesse tempo, eu as arrumaria no espírito — ou nunca.
Imaginava o templo meio vazio, frescor, uma ou outra pessoa passando por ali, lá na frente um casal jovem, pobre (estavam oferecendo o par de rolinhas prescrito pela lei mosaica), certo desinteresse do sacerdote. Súbito, um ancião (“logo que viu o Menino e os Pais, foi tomado por uma graça”) segura Jesus nos braços (“seu pai e sua mãe estavam admirados”) e inicia uma espécie de proclamação, misto de ação de graças, louvor e adoração: “Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. Porque os meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel”. Após falar da glória do Filho, dirigiu-se a Nossa Senhora, era normal reverberarem nela os esplendores previstos. Vieram, contudo, de natureza inesperada: “Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma”. A grande surpresa: uma espada atravessará a alma da mãe. Outra: sinal de contradição. Mais uma: causa de queda e soerguimento para muitos. Outra ainda: sua conduta levaria à revelação de pensamentos ocultos.
Simeão se exprimia como profeta visitado por revelações e graças; inspirado, falava como preconizador do Messias. Mas ali havia também um homem de Deus com enorme senso dos imponderáveis sobrenaturais, pensava eu. Sentia a grandeza da cena que via e da qual participava, percebia realidades difíceis ou até impossíveis de definir. Não se caminha nas trilhas da graça sem o senso das realidades imponderáveis, sem saber sentir o dedo de Deus, o sorriso de Nossa Senhora, impossíveis tantas vezes de expor por palavras.
Adiante, não se caminha na vida sem o senso dos imponderáveis. E eles são das mais diversas naturezas. Há pessoas com senso dos imponderáveis artísticos. De outro lado, há dirigentes com finíssimo senso dos imponderáveis políticos. Um comentário, um gesto, um aceno de cabeça, e eles já sentem por onde os acontecimentos irão. É comum, esposas de políticos os orientam por meio de comentários passageiros, cuja raiz, funda no espírito delas, brota de inexplícitas associações de imagens, pequenos gestos de cabeças ou de mãos, elogios discretos ou comentários depreciativos leves, climas de reuniões e encontros fortuitos; até odores, cores e sabores, cada coisa registrada e associada a outras de forma subconsciente. É um gigantesco acervo de observações e impressões inexplícito, mas interrelacionado e ativo. Que a leva a sugerir caminhos vitoriosos e a impedir atalhos de derrota. Podíamos multiplicar, senso dos imponderáveis para negócios, para pesquisas, atitudes de mães de famílias na condução de seu mundo, tanta coisa mais.
Esburaquei a memória. Talvez a expressão senso dos imponderáveis, que hoje, julgo, pouco a pouco começa a entrar na linguagem comum, tenha sido criada ou pelo menos posta em ampla circulação nos círculos que frequentava e nos escritos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Nunca vi ninguém que a empregasse com mais talento e adequação. De fato, nunca vi ninguém senão ele a utilizar (também usada pelos que com ele conviviam). É representa, na esfera cultural, grande avanço civilizatório, à vera constitui uma de suas preciosas contribuições para o enriquecimento das almas. Quem não vê, amplia os espaços de conhecimento da realidade, chamando a atenção para desvãos dela, tantas vezes esquecidos e mesmo até então desconhecidos, ainda que determinantes.
Concluo. Matutava eu durante a leitura do Evangelho o que acima vai e ainda outras coisas. A origem dos pensamentos, como disse, foi que Deus não teria escolhido Simeão para pregoeiro de tantas verdades, se aquele filho de Abraão não tivesse sido antes distinguido com forte senso dos imponderáveis sobrenaturais. Rezei a ele, obtivesse de Nossa Senhora para mim o fortalecimento de meus tísicos sensos dos imponderáveis; todos eles, são bússolas, não importa o campo. Rezem também.
ABIM

“Mundo” de Florbela Espanca atrai investigadores estrangeiros a Vila Viçosa

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Público
Turistas e investigadores estrangeiros rumam a Vila Viçosa (Évora) em busca do "mundo" de Florbela Espanca, poetisa natural da terra, onde existe o desejo antigo de construir uma casa-museu para mostrar o seu espólio.
Quase num dos extremos da principal praça da vila, ergue-se o busto de Florbela Espanca (1894-1930), um dos marcos evocativos da “filha da terra”. O cineteatro ou a biblioteca “batizados” com o seu nome, assim como a rua onde está uma casa onde viveu, são outros dos sinais.
É nesta casa, com evidentes sinais de degradação, apontada como futura casa-museu, que está escrito na fachada, por baixo de uma caricatura da poetisa, o conhecido verso “E é amar-te, assim, perdidamente…”.
“Existe um carinho muito grande” por Florbela na sua “terra natal”, diz à agência Lusa Noémia Serrano, vice-presidente do Grupo Amigos de Vila Viçosa, que detém um “espólio valioso” com “cerca de 100 peças” da poetisa, legado pelo seu terceiro e último marido, Mário Lage.
No país, “penso que o nosso espólio é o segundo, em termos de riqueza”, destaca, indicando que “o primeiro está na Biblioteca Nacional, em Lisboa”, e que, em Matosinhos, onde Florbela viveu os seus últimos anos e onde morreu, “também existe alguma coisa”.
O nome da poetisa, que funciona como “chamariz” turístico local, “quebra” as “fronteiras” do concelho alentejano e mesmo do país e atrai investigadores vindos de longe.
“Florbela Espanca é uma grande poetisa nacional” e tem “um peso fundamental para a cultura nacional e também de Vila Viçosa”, assinala Luís Nascimento, vice-presidente da câmara municipal.
Interessados em consultar o espólio, chegam “muitos mestrandos e doutorandos” de universidades do Brasil, país onde “Florbela é mesmo muito importante”, conta Noémia Serrano.
E investigadores “de Oxford”, em Inglaterra, ou de “S. Francisco”, nos Estados Unidos, e “de várias universidades” nacionais também “rumam” à vila, acrescenta.
Peças do Grupo Amigos de Vila Viçosa e manuscritos do acervo da poetisa pertencentes à Fundação da Casa de Bragança, que foram adquiridos no tempo do então presidente do conselho administrativo e, agora, Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estão expostos no Paço Ducal de Vila Viçosa, até ao próximo dia 12, numa mostra comemorativa da escritora.
“Temos manuscritos do ‘Dominó Preto’ que foram adquiridos” quando Marcelo Rebelo de Sousa foi “presidente do conselho administrativo da Fundação da Casa de Bragança”, a par de “manuscritos” e do próprio “berço de Florbela”, do Grupo Amigos de Vila Viçosa, conta Tiago Salgueiro, técnico superior do Museu-Biblioteca da Casa de Bragança.
Num congresso recente sobre a escritora, investigadores brasileiros visitaram a mostra e “ficaram extremamente emocionados por verem estes materiais” escritos pelo “próprio punho” de Florbela Espanca, relata.
“Isto dá-nos uma ideia daquilo que poderia vir a ser o impacto da casa-museu num futuro próximo. Portanto, o que desejamos é que o projeto se possa vir a concretizar a curto prazo”, diz Tiago Salgueiro, que, como investigador e membro de um grupo de cidadãos, lançou, há uns anos, um abaixo-assinado em defesa da casa-museu e tem identificado coleções particulares com “objetos relacionados com Florbela Espanca”.
Em casas pela vila, descobriu manuscritos, pinturas de João Maria Espanca, pai da escritora, “a banheira onde a Florbela tomou banho” e respetiva “botija de gás” e até “uma escrivaninha que também terá pertencido à família e à própria Florbela”.
“Há um espólio muito considerável que corre o risco de se perder”, alerta, defendendo que a casa-museu “é fundamental” para proteger as peças e reuni-las num “espaço digno”, que permita “a fruição pública” e seja motivo de atração turística.
“Muitos dos proprietários estão disponíveis para fazer esse depósito a longo prazo”, reunindo “todas essas coleções num espaço que, efetivamente, sirva de homenagem à Florbela Espanca e à sua obra literária”, garante Tiago Salgueiro.
Mas, ao longo dos anos, o avanço do projeto tem “sido complicado” porque “não tem existido vontade política”, critica.
A criação da casa-museu “é uma batalha que já tem barbas”, marcada por “muitas dificuldades, tanto por parte da família” detentora da casa, “como por parte da edilidade, que umas vezes tem verba, outras vezes não tem”, afiança Noémia Serrano.
Mas, desta vez, a porta-voz do Grupo Amigos de Vila Viçosa acredita no sucesso das negociações: “Penso que está tudo a conseguir-se para que o objetivo seja atingido” e o grupo “terá todo o gosto em possibilitar a mostra do espólio”.
O vice-presidente da câmara lembrou que “já há alguns anos” que o município contacta com “os proprietários do edifício onde viveu” a poetisa: “Continuamos em conversações, temos em orçamento a rubrica para poder adquirir esse edifício, estamos a aguardar respostas para que essa aquisição possa ser feita”.
A casa-museu “enriqueceria bastante” Vila Viçosa porque “muitos dos visitantes que procuram” a vila e o concelho “procuram também Florbela” e há “pouco para mostrar”, quando, afinal, “há muito espólio guardado”, reconheceu.
A autora do “Livro de Mágoas”, “Livro de Soror Saudade”, “Charneca em Flor” ou “Juvenília” é considerada uma das mais brilhantes poetisas de língua portuguesa de todos os tempos.
A poetisa nasceu em Vila Viçosa, a 08 de dezembro de 1894, e faleceu em Matosinhos, de 07 para 08 de dezembro de 1930, com 36 anos. Florbela Espanca foi sepultada naquela localidade, mas os seus restos mortais foram depois trasladados para o cemitério de Vila Viçosa.
Lusa / Madremedia