sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Em reunião pública de 9 de Setembro de 2020: Câmara de Évora impulsiona criação de nova escola de pilotos no Aeródromo Municipal


A Câmara Municipal de Évora aprovou por unanimidade a abertura de concurso público para atribuição de licença de utilização do domínio público aeroportuário para uma escola de formação de pilotos e similares no Aeródromo Municipal.

Este Concurso que permitirá à autarquia, após a atribuição da referida licença, ceder ao novo titular as instalações do Hangar 5 (edifício da escola de pilotos), por um período de 15 anos, renovável por períodos de cinco anos, mediante o pagamento mensal de uma taxa de ocupação. 

“É com grande regozijo que temos estas instalações municipais prontas a funcionar para o fim que foram criadas”, anunciou o Vereador Alexandre Varela, reconhecendo que este foi um processo negocial bastante intenso para libertar as instalações, desenvolvido pelo Município ao longo de vários anos.

A actualização de valores para 2021 do Tarifário dos Serviços de Abastecimento de Águas, Saneamento de Águas Residuais e Gestão de Resíduos Sólidos foi aprovada por maioria, com uma abstenção (PS).

Face à pandemia Covid-19, a Câmara decidiu que a actualização do referido tarifário tem apenas em conta a taxa de inflação (dada pelo Banco de Portugal) no valor de 0,8% e não a que estava contida no Plano de Saneamento Financeiro, indicada como recomendação pela entidade reguladora (ERSAR) que teria um valor bastante mais elevado.

O Presidente do Município, Carlos Pinto de Sá, fez o ponto de situação da pandemia Covid-19 no Concelho, com uma evolução favorável. Dos 79 casos registados desde o início da pandemia, há actualmente apenas sete casos activos (que estão em acompanhamento médico e controlados), tendo os restantes já recuperado.

Apesar disto, prossegue o trabalho de planeamento e identificação de prioridades, tomando as medidas de prevenção adequadas que se impõem a cada etapa, tendo agora em conta o período de Outono e Inverno que se avizinha.

A Vereadora Sara Dimas Fernandes fez referência à preparação da abertura do novo ano lectivo, também ele acompanhado das necessárias medidas de proteção e segurança.

Salienta-se o grande empenhamento de toda a comunidade educativa para minimizar os efeitos negativos da pandemia, registando-se também um aumento significativo do investimento municipal na educação, sobretudo nas áreas em que já existiam carências como é o caso da falta de pessoal não docente.

Câmara Municipal entrega os primeiros 50 mil euros da Campanha “Compre em Águeda”

Cerimónia decorreu ontem, no Centro de Artes de Águeda. A segunda fase da campanha está em curso, terminando no próximo dia 2 de outubro. 

A Câmara Municipal de Águeda procedeu, ontem ao final do dia, à entrega dos primeiros 50 mil euros em vales aos 130 vencedores do 1.º sorteio da Campanha “Compre em Águeda”. Estes premiados, que receberam vales no valor de 1.000 euros (10), de 500 euros (40) e de 250 euros (80), foram resultado de um sorteio realizado no dia 4 de setembro, nos Paços do Concelho, que abrangeu cerca de 7.500 cupões relativos a compras realizadas durante o mês de agosto nas lojas aderentes do concelho de Águeda. 
“Esta campanha, liderada pela Câmara de Águeda, é uma forma de apoiarmos o comércio tradicional e de promovermos o nosso concelho”, declarou Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, no início da cerimónia, congratulando os vencedores deste 1.º sorteio e desejando que continuem a fazer compras nos estabelecimentos comerciais do Concelho. 
Promover o concelho e dinamizar a sua atividade económica são prerrogativas alcançadas nesta campanha, que continua, agora numa segunda fase, para compras realizadas durante o mês de setembro. Os cupões devem ser preenchidos e colocados na tômbola disponibilizada no Posto de Turismo de Águeda até dia 2 de outubro, altura em que será feito o respetivo sorteio. 
Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda, recordou que esta campanha acontece num ano “completamente atípico, em que a pandemia veio alterar a promoção que era feita no verão, nomeadamente com o AgitÁgueda, que não se pôde realizar”. Assim, surge esta ação “com o objetivo de apoiar o comércio tradicional e também estas famílias; são 130 famílias que foram premiadas e que vão gastar os vales fazendo compras novamente no comércio tradicional”. 
Um circuito económico, “em que o comércio e as famílias ganham”, acrescentou Edson Santos, aproveitando para agradecer à equipa técnica da Autarquia que conduziu este 1.º sorteio “de uma forma muito eficaz, tornando o nosso comércio atrativo”. A prova disso mesmo é que “há aqui pessoas que vieram de várias partes do país fazer compras a Águeda e que agora vão gastar os vales em compras aqui. A economia local ganha com este processo, porque é esse o nosso objetivo, a promoção do concelho e do comércio tradicional”. 
Clarinda Ferreira, uma das vencedoras deste sorteio e residente no Peso da Régua, veio a Águeda e fez compras numa das lojas aderentes. Preencheu o cupão referente à compra e colocou-o na tômbola. O resto é “história”. Foi contemplada com um dos dez prémios máximos da campanha, vales no valor de 1.000 euros. “Agora, com esta oportunidade, vou conhecer a cidade” e aproveitar para fazer compras com os vales “conquistados”, disse a vencedora, elogiando a iniciativa, que é “excelente, que faz com que as pessoas de fora venham cá; é muito interessante e devem continuar”. 

Também Diogo Almeida, de 16 anos e residente em Aguada de Baixo, mostrou-se satisfeito por receber o seu prémio, vales no valor de 500 euros em compras. “Não estava à espera e fiquei num êxtase muito grande”, disse o jovem, sublinhando que esta campanha é “muito fixe e incentiva as pessoas a comprarem em Águeda e principalmente em lojas pequenas; devemos incentivar muito isso, porque é algo que está a desaparecer”.

Proença-a-Nova | Rede de internet reforçada em espaços públicos do concelho


O Posto de Turismo, a Galeria Municipal e o Espaço Infantojuvenil (localizados no Parque Urbano Comendador João Martins), o Largo Pedro da Fonseca, o complexo desportivo que inclui o Pavilhão, o Ginásio e a Piscina Municipal são os locais que dispõem de novos acessos sem fios gratuitos, instalados no âmbito de uma candidatura ao projeto WIFI4EU, uma iniciativa que promove o acesso sem fios à Internet em espaços públicos da responsabilidade da União Europeia a que o Município de Proença-a-Nova se candidatou. Na próxima época balnear, também as praias fluviais de Aldeia Ruiva e Malhadal vão dispor destes acessos. Nos restantes meses, serão instalados na Escola Pedro da Fonseca e no campo de futebol Senhora das Neves. “Estes locais, que são alimentados por esta ferramenta, são os que congregam e atraem mais população”, refere o presidente da Câmara Municipal. “Contudo, encontra-se este Município - em conjunto com a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa – a estudar processo e financiamento para uma cobertura ampla do território que é uma das nossas prioridades”, afirma João Lobo. 

Para os utilizadores usufruírem desta rede, não é necessário realizar registo de utilizador com palavra passe, apenas basta clicar no botão ligar, sendo de seguida direcionados para o site do Município. Ao abrigo desta iniciativa WiFi4EU, cujo objetivo último é garantir que mais cidadãos possam beneficiar do acesso gratuito à internet, as autarquias podiam candidatar-se a vales no valor de 15.000 € para instalar equipamentos sem fios em espaços públicos que não dispunham desse serviço.

ESTAU 2020: A arte nas ruas à sua espera a partir de amanhã


Um festival que vive na rua e do espaço público. Entre 12 a 20 de setembro, o ESTAU - Estarreja Arte Urbana oferece mais de 30 atividades, desde instalações murais, workshops, exposições, conversas, cinema, música, performances, animação de rua e visitas guiadas ao museu a céu aberto e aos seus cerca de 40 murais e instalações artísticas de criadores nacionais e internacionais. O ESTAU 2020 não ficou imune à pandemia da COVID-19 o que ditou a readaptação do seu formato para que se cumpram todas as diretrizes de segurança e higiene sanitária.

Com curadoria de Lara Seixo Rodrigues, e inspirados pela riqueza do património cultural e natural do nosso território, 5 artistas estarão a trabalhar ao vivo em novas peças que irão ver a luz do dia em 5 locais públicos. Com esta edição, a galeria de arte urbana de Estarreja ganhará seis novas peças artísticas e estende-se a Fermelã e a Veiros, onde o ESTAU ainda não tinha deixado a sua marca.

Artistas trabalham ao vivo no museu a céu aberto
Um dos primeiros artistas urbanos em Portugal, Gonçalo MAR, deixará a sua estética única, povoada de cor e formas com inspiração na flora local, numa parede do Centro de Saúde de Estarreja e irá orientar o workshop de arte urbana, que resultará numa pintura mural no Multiusos, edifício onde pousou, em 2015, o conhecido "Guarda-Rios", de Bordalo II, onde começou esta aventura de street art.

Padure, artista romeno que reside em Portugal, estará junto à Rotunda do Hospital, para traçar o seu estilo de linha simples e limpo, numa reflexão sobre o confinamento, em três paredes de uma casa da Rua da Agra, Salreu.

Na Rua Desembargador Correia Teles, em frente à imponente obra de Millo, Mariana Rio vai criar um mural sobre o impacto humano na Natureza e no Planeta. Esta intervenção terá uma segunda leitura, de realidade aumentada.

No centro cívico de Veiros, as lâminas de betão do Pavilhão do Clube Cultural e Desportivo de Veiros ganharão novos padrões com a intervenção de Los Pepes Studio, uma dupla de artistas composta por Meggie Prata e Francisco Leal, que irão explorar temáticas da identidade cultural do território.

Também Pedro Podre se inspira em elementos da terra para a sua pintura num posto de transformação da EDP, localizado na Avenida da Igreja, em Fermelã.

Concerto ao ar livre com o pianista Júlio Resende
Com as criações de arte urbana em destaque, o festival terá, ao longo de 9 dias, um conjunto de atividades. Destaca-se o concerto de Júlio Resende, pianista, compositor e um dos mais internacionais músicos portugueses. Estará na Praça Francisco Barbosa no dia 19 de setembro, pelas 21h30, para apresentar o seu mais recente álbum Cinderella Cyborg, um namoro assumido entre o homem e a máquina, entre o acústico do piano, da bateria e do contrabaixo, e os sons eletrónicos dos pads e chips.

Sala de Estar com concertos intimistas
"Sala de Estar" é o convite para uma descoberta, de forma mais intimista, do território, ativando as intervenções de arte urbana, os espaços públicos e o património. Ciranda - dupla dos músicos Gileno Santana (trompete) e Inês Vaz (acordeão) - atua no dia de abertura do ESTAU, a 12 de setembro, às 18h30, no Jardim da Biblioteca Municipal. Seguem-se Lika, compositora, cantora e guitarrista, no dia 13, às 18h30, no átrio da Casa da Cultura, e Ana Mariano, no dia 20, às 19h, no Jardim da Biblioteca.

Convite para conhecer este concelho à beira-ria
A par das intervenções de arte urbana, o património natural único<http://www.cm-estarreja.pt/BioRia>, as tradições, o artesanato<http://issuu.com/municipioestarreja/docs/artesanato>, o património arquitetónico e a gastronomia intensificam o convite para vir à descoberta deste concelho à beira-ria.

Há visitas ao BioRia e passeios de moliceiro na Ria de Aveiro, visitas à Casa Museu Egas Moniz e à Casa Museu Marieta Solheiro Madureira que se realizarão no dia 13 de setembro.

O longo programa prevê a realização de duas exposições: de pintura de Bafo de Peixe, na Biblioteca, e de desenho sobre o território de Pedro Cabral, na Casa da Cultura. Bafo de Peixe orientará ainda uma oficina sobre escultura em papel.

As crianças também partem à descoberta do ESTAU
O programa prevê atividades específicas para o público infantil: Contos com Fraldas para bebés até aos 3 anos (dia 12, às 10h30, na Biblioteca), o espetáculo de teatro "O Contador" (dia 19, às 10h00, no Jardim da Biblioteca) e a Caça ao ESTAU, uma visita guiada ao roteiro de arte urbana para crianças dos 6 aos 12 anos (dia 19, às 11h, início na Biblioteca).

Desde 2016 a aproximar a arte aos cidadãos
2016 foi o ano de transformação de Estarreja numa cidade-galeria, que hoje apresenta cerca de 40 murais e instalações artísticas. Deixando a Arte Urbana a falar com a cidade, com as pessoas, com o património e com a natureza. Nas peças de arte estão a identidade cultural do território, o património cultural e ambiental, as pessoas, as histórias.

2020 continua a explorar a transformação do espaço público, a devolvê-lo aos estarrejenses, e a promover o diálogo com a arte. E, mais do que nunca, a valorizar a vivência destes momentos na liberdade do exterior.


A cidade na palma das mãos com a aplicação "Sentir Estarreja"
A nova aplicação "Sentir Estarreja", que será apresentada no dia 18, às 15h, vai de encontro a essa transformação e cria novas experiências ao se interagir com o território, conhecê-lo nas suas diferentes dimensões e poder partilhá-lo com o mundo.

A app, que disponibiliza nesta fase dois roteiros temáticos - um dos quais o circuito de arte urbana - convida a explorar o território de forma simples, interativa e intuitiva, com acesso a conteúdos de texto em diferentes línguas, vídeo e imagem, e, nas próximas fases de desenvolvimento, em formato de realidade aumentada e áudio-guia.

Estarreja é um museu a céu aberto e hoje figura no mapa das capitais europeias de "urban art".

-Consulte aqui a brochura com o programa<https://issuu.com/municipioestarreja/docs/brochura___isssuuuu>

-Fotos do roteiro de arte urbana de Estarreja<https://mega.nz/folder/JHJBSYJS#JpHqUGlABNLLlohvvrRGJg>

Carla Miranda

Ministro da Economia diz ser “difícil” manter uma boa relação com Londres

Portugal continental está outra vez fora do corredor aéreo turístico com Reino Unido.

O ministro da Economia diz que vai ser difícil Portugal manter relações com o Reino Unido, depois deste ter colocado o país na lista negra dos corredores aéreos.
“Não é uma decisão correta, que seja fundamentada por razões objetivas de controlo da doença. O Reino Unido não cumpre o critério que definiu para a quarentena dos visitantes”, afirmou Pedro Siza Vieira, que falava aos jornalistas à margem da inauguração da nova sede da Auchan Retail Portugal, em Paço de Arcos.
O governante lembrou ainda que a União Europeia definiu que os países não devem aplicar “restrições à circulação” dos cidadãos dentro do espaço europeu.
O governo britânico tem orientações que nos custam às vezes perceber. Acabamos de ver, ainda há poucos dias, que todo o acordo relativo à saída do país da União Europeia de repente parece estar a ser posto em causa. Portanto, é uma relação que procuraremos manter - nos melhores termos possíveis – mas é difícil com estas alterações de atitudes e comportamentos”, sublinha.
Já Marcelo Rebelo de Sousa fala numa “sensação de injustiça” e lamenta que o Algarve, em particular, tenha sido punido por esta decisão do Reino Unido.
Portugal foi incluído na lista dos países com "corredores de viagem" com o Reino Unido há três semanas, em 20 de agosto, porém o aumento contínuo do número de casos de infeção em Portugal terá pesado na decisão, que era esperada na semana passada, quando ultrapassou o valor de 20 casos por 100 mil habitantes.
Quem chegar a Inglaterra a partir dos destinos definidos pelo Governo depois das 4h00 de sábado, precisará cumprir 14 dias de quarentena. De fora ficam a Madeira e os Açores.
A situação epidemiológica de Covid-19 em Portugal agravou-se desde meados de agosto, de acordo com um estudo da Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), tendo sido registadas 3.909 novas infeções entre 17 e 30 de agosto.
A lista de "corredores de viagem" tem atualmente menos de 70 países e territórios, tendo sido excluídos desde julho Suíça, República Checa e Jamaica, Croácia, Áustria e a ilha de Trinidade e Tobago, França, Países Baixos, Mónaco, Malta, as ilhas Turcas e Caicos e Aruba, Bélgica, Andorra, Bahamas, Espanha e Luxemburgo.
Cuba, Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia, o arquipélago de São Vicente e Grenadinas, Brunei e Malásia foram adicionados nas semanas anteriores.
Lusa

Irlanda do Norte exclui Portugal do corredor aéreo seguro

A medida entra em vigor no sábado. A exceção vai para os Açores e a Madeira.

Depois do Reino Unido também a Irlanda do Norte excluiu Portugal da lista de países seguros. A partir de sábado, os viajantes terão que cumprir uma quarentena obrigatória de 14 dias. A exceção é feita aos Açores e à Madeira.
medida foi anunciada ao final da tarde de quinta-feira e entra em vigor a partir das 4h00 de sábado (12 de setembro).
Portugal foi incluído na lista dos países com "corredores de viagem" com o Reino Unido há três semanas, em 20 de agosto, porém o aumento contínuo do número de casos de infeção em Portugal terá pesado na decisão de Londres, que era esperada na semana passada, quando ultrapassou o valor de 20 casos por 100 mil habitantes.
O Governo português reagiu pela voz do ministro da Economia. Pedro Siza Vieira diz que vai ser difícil Portugal manter relações com o Reino Unido, depois deste ter colocado o país na lista negra dos corredores aéreos.
Na sua opinião “não foi uma decisão correta, nem fundamentada por razões objetivas de controlo da doença”.
Já Marcelo Rebelo de Sousa fala numa “sensação de injustiça” e lamenta que o Algarve, em particular, tenha sido punido por esta decisão do Reino Unido.
A situação epidemiológica de Covid-19 em Portugal agravou-se desde meados de agosto, de acordo com um estudo da Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), tendo sido registadas 3.909 novas infeções entre 17 e 30 de agosto.
RR
Imagem: © 2011 AECOM Photography by David Lloyd

MUNICÍPIO DE SILVES CONCLUIU A PAVIMENTAÇÃO DO CAMINHO DA AMENDOEIRA EM SILVES


O Município de Silves concluiu recentemente a pavimentação do caminho da Amendoeira, na freguesia de Silves. A intervenção, cujo troço se estendeu ao longo de 2,7 Km, ascendeu a 199 mil euros. 

Para além da pavimentação, a empreitada de obras públicas contemplou a criação de rede de drenagem de águas pluviais e a instalação de sinalética vertical e horizontal. 
A execução desta obra integra-se no plano mais vasto da requalificação da rede viária em todo o concelho de Silves, designadamente no interior da freguesia de Silves, contribuindo para a melhoria e modernização das acessibilidades, da segurança rodoviária e dos níveis de bem-estar da população.

Equipa de Coimbra participa em ensaio clínico mundial sobre novo tratamento para a esclerose múltipla pediátrica

Os resultados da primeira fase de um ensaio clínico realizado à escala mundial revelam que o fármaco “Teriflunomida”, administrado por via oral, é eficaz e seguro no tratamento da esclerose múltipla em idade pediátrica.
Este estudo, que avalia a eficácia e segurança do fármaco na fase inicial da doença, começou em 2016 e envolve 166 crianças, recrutadas em 59 instituições de saúde de 23 países - Bélgica, Bulgária, Canadá, China, Eslovénia, Espanha, Estónia, EUA, França, Grécia, Israel, Líbano, Lituânia, Macedónia do Norte, Marrocos, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Rússia, Sérvia, Tunísia, Turquia e Ucrânia.
Em Portugal, o ensaio clínico denominado “TERIKIDS” decorre no Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e é liderado por Filipe Palavra, neurologista pediátrico e docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).
Os resultados obtidos até agora revelam «uma redução de aproximadamente 34% do risco de surto clínico nos doentes tratados com teriflunomida, em comparação com o placebo [substância sem efeitos farmacológicos, usada em ensaios clínicos para efeito de controlo], assim como uma redução significativa (43%) do tempo até se diagnosticar um surto clínico ou se modificar a atitude terapêutica devido ao aumento do número de lesões identificadas por ressonância magnética (RM)», relata Filipe Palavra.
Verificou-se, também, que o fármaco reduziu o número de lesões novas ou de tamanho aumentado, detetadas por RM, em cerca de 55% e o número de lesões com realce após administração de gadolínio (lesões ativas) em cerca de 75%. Além disso, a teriflunomida foi bem tolerada pelas crianças e adolescentes que participam no estudo.
Entretanto, o ensaio clínico continua a decorrer, por forma a permitir a acumulação de dados que possam «conduzir à aprovação formal da utilização da teriflunomida no tratamento de crianças e adolescentes com diagnóstico de esclerose múltipla, no futuro. E este aspeto tem um impacto na prática clínica, dado que as opções terapêuticas existentes para esta faixa etária são escassas», adianta o especialista da FMUC.
Filipe Palavra reconhece ainda que «a investigação clínica em doenças complexas como a esclerose múltipla é um desafio muito grande, apenas exequível porque existem doentes e famílias disponíveis para participar em programas exigentes, de acompanhamento clínico muito assíduo, e também equipas de profissionais motivados que, para além das suas funções assistenciais, dedicam parte do seu tempo à investigação científica. Médicos, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos, técnicos de laboratório e de radiologia, secretários clínicos e assistentes operacionais, todos são imprescindíveis para que se possa fazer ciência no nosso hospital
A esclerose múltipla é a mais conhecida das doenças desmielinizantes do sistema nervoso central, caracterizando-se pela destruição da bainha de mielina que envolve os neurónios do cérebro, cerebelo, tronco cerebral, da medula espinhal e do nervo óptico.
Descreve-se como uma patologia de natureza imunomediada, porque na base do processo de destruição da mielina estão mecanismos autoimunes, o que significa que, «por motivos desconhecidos, as células do sistema imunitário, isto é, das nossas defesas, se “enganam” e “atacam” a bainha de mielina, levando à sua destruição», explica o docente da FMUC.
Estima-se que 5 a 10% dos casos de esclerose múltipla surjam em idade pediátrica, ou seja, antes de completados os 18 anos de idade.
Cristina Pinto

Professores de grupos de risco não podem exercer em teletrabalho

O secretário de Estado adjunto e da Educação disse que os professores que sejam doentes de risco, com direito a 30 dias de faltas justificadas por ano, não podem exercer funções em teletrabalho, tendo de meter baixa.

Na quinta-feira, durante um debate 'online' promovido pelo Público, o secretário de Estado adjunto e da Educação, João Costa, disse, conforme noticia o jornal, que "os professores que sejam doentes de risco não poderão exercer as suas funções em teletrabalho e, se não puderem dar aulas, devem meter baixa".
Os docentes não podem dar aulas em teletrabalho na sequência da abertura das escolas no regime de ensino presencial.
Os professores que estão nos grupos de risco (pessoas com mais de 65 anos com doenças crónicas) para a covid-19 têm apenas 30 dias de faltas justificadas por ano e, passado esse tempo, continuam a ter faltas justificadas, mas sem receber salário.
No debate, João Costa lembrou que o regime para os professores e funcionários das escolas "é semelhante a todas as condições, a todos os trabalhadores do setor público e privado".
Se a minha função é compatível com trabalho não presencial, então eu posso desenvolvê-la. Se a minha função é incompatível, então eu tenho de colocar baixa médica", sublinhou.
O secretário de Estado disse também que no caso específico da educação, num momento em que há aulas em regime presencial, "isto significa que há uma incompatibilidade com trabalho não presencial".
"Se tivermos transição para outros regimes, então essa condição pode ser reavaliada, em função disso mesmo. Este é o princípio-base", acrescentou.
No debate, João Costa destacou que a "confusão" que se tem instalado se prende com o argumento de que, por causa da pandemia, os professores já exerceram funções em teletrabalho.
"A confusão, por vezes, que se tem instalado é: 'Ah, mas no terceiro período do ano passado foi possível trabalhar a partir de casa e, agora, já não vai ser possível...'. Pois, mas no terceiro período do ano passado estivemos num regime não presencial e, agora, vamos estar num regime presencial. Portanto, a situação é esta. Entendo perfeitamente as dúvidas que surgiram, mas penso que a resposta é relativamente simples", salientou.
O secretário de Estado reconheceu que o envelhecimento da classe tende a agravar a existência de problemas de saúde e a necessidade de substituições.
De acordo com João Costa, a substituição dos professores que possam meter baixa é "a mais rápida da função pública", permitindo aos "diretores requisitar um novo docente a uma terça-feira e tê-lo no final da semana".
O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira, que também participou no debate, lamentou que essa opção lhes esteja vedada, mas admitiu as dificuldades que levantaria um processo que permitisse aos docentes de grupos de risco ficar em teletrabalho.
"Uma educadora de infância estar em casa em teletrabalho e os alunos na sala não faz sentido nenhum, não é possível, é irrealista. À medida que os alunos vão ficando mais velhos, no secundário ou 3.º ciclo, até seria possível que o professor desse aulas em casa, mas também precisávamos de um outro a tomar conta dos alunos", disse.
Manuel Pereira disse também que percebe que não é realizável ter professores em teletrabalho com alunos na escola.
"Portanto, enfim, custa-nos um pouco sentir que aqueles professores que se sentem mais fragilizados, e cuja fragilidade está devidamente atestada, tenham de justificar a sua ausência a partir dos 30 primeiros dias, usando um atestado médico, quando, de facto, não estão doentes", salientou.
O secretário de Estado da Educação adiantou ainda "que o processo de revisão da portaria de rácios de assistentes operacionais nas escolas, que estava prevista em Orçamento do Estado, está na fase final de revisão e vai permitir "um reforço significativo" do número de funcionários nas escolas, que se juntem aos 700 já prometidos para este ano letivo.
Lusa

México | 5 Prioridades Tecnológicas Que Deberán Considerar Las Empresas Para Afrontar La Incertidumbre Y Contexto Actual


por Yesica Flores
Durante la presente pandemia global, México se encuentra atravesando un momento histórico de “digitalización forzada”, donde las empresas  viven modificaciones, con el uso de la Ingeniería Digital, que hace de la compra o venta algo más interactivo, rápido y fácil; lo cual a su vez asegura el retorno de clientes y la llegada de nuevos compradores.

De acuerdo con Noé A. Gutiérrez, Director General Cognizant México y Centroamérica, comentó que: “la tasa de penetración de internet en México se encontraba al 70.1% de la población en el 2019 (lo cual representó un aumento marginal de 3.5% comparado con el 2018). Actualmente el 40% de la población cuenta con acceso a internet y se vive un momento de oportunidad en el que los usuarios de las nuevas tecnologías se han incrementado de manera exponencial.

“Este año hemos sido testigos del cambio mundial en el uso de internet y hábitos de consumo. La pandemia forzó a los usuarios a tener confianza en los buscadores, aplicaciones y servidores; poco a poco estamos eliminando la necesidad de pagar con efectivo o tarjeta y confiamos en la red de bancos y en los establecimientos, sin embargo, aún nos falta perfeccionarnos en temas de la Ingeniería Digital” aseguró el experto.

Adoptar esta mejora implica olvidarnos de las limitaciones de los modelos de compra clásicos, en los teníamos que pensar en lugares para exhibir el producto, el tiempo que perdíamos al venderlo y pagarlo e incluso la dificultad de rastrear la procedencia, ingredientes o calidad del artículo comprado. La Ingeniería Digital mejora nuestros catálogos, muestra los comentarios de otros compradores y facilita el pago de servicios.

Por otra parte, de acuerdo con datos de la Asociación Mexicana de Venta Online (AMVO), ahora vemos a un consumidor mucho más informado que consulta en promedio 5 fuentes de información antes de decidir comprar algún producto o servicio, además que el precio ya no representa el factor decisivo para la compra, los factores determinantes son los beneficios de conveniencia y practicidad.

Prioridades que facilitarán a las empresas su camino hacia la digitalización

Cognizant México, consultora especialista de modelos de negocios tecnológicos y digitales, recomienda 5 prioridades que las empresas deberán considerar para agilizar su transformación digital.

1.-Tener una agenda de transformación digital: Planear dentro de lo posible y dar prioridad a las actividades que impliquen un avance tecnológico para la empresa como: la creación de una estrategia que genere una mayor participación en el mercado, crear una propuesta de valor que permita diferenciarse de la competencia, creación de nuevos canales de automatización que permita y facilite las operaciones del negocio frente a una “nueva normalidad”, entre otros.

2.-Capacitación de personal para el desarrollo de habilidades tecnológicas.- Es importante que el personal esté en constante capacitación acerca de los cambios e implementaciones digitales y en  diferentes habilidades hacia el análisis de datos, comunicación continua con el consumidor, manejo de plataformas propias, ventas y servicio al cliente de manera digital, ayudará a que la transformación de un negocio sea más fácil.

3.-Medir la confianza de los consumidores y disminuir riesgos de ciberseguridad: La creación de nuevos canales de comunicación con nuestros clientes permitirá escuchar y medir lo que está funcionando y lo que no, y también permitirá mejorar la experiencia de compra. Sin embargo, las plataformas digitales deberán contar con un sistema que ayude a eliminar los riesgos de ataques informáticos y asegurar que todas las transacciones sean seguras y confiables.

4.-Acompañamiento de aliados expertos en Ingeniería Digital: El camino puede ser tan fácil o complicado dependiendo de la calidad del servicio y soluciones que nos otorguen los proveedores de tecnologías de la información, por lo que es importante dedicar tiempo a la búsqueda de alternativas que puedan ofrecer agilizar el cambio, así como el expertise en los nuevos procesos, actualización de la infraestructura necesaria y mantenimiento de equipo y servidores que requiera cada empresa.

5.-Tener en cuenta que las implementaciones en tecnología, son inversiones que en el mediano y largo plazo representa una reducción de costos.- Pensar en que los gastos que se puedan cubrir hoy, en materia de tecnología, se convierten en inversiones donde la reducción de costos y riesgos se vuelven visibles, además de facilitar los procesos de operación.

Para concluir, el experto de Cognizant México y Centro América aseguró que, “la digitalización es la siguiente frontera a conquistar, una frontera que llevará a México a cerrar la brecha y convertirse en un modelo a seguir para el resto de América Latina y el mundo”

COVID-19: Dois homens detidos por violação de confinamento obrigatório em Arouca

O Comando Territorial de Aveiro, através da Secção de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário (SPC) de Oliveira de Azeméis e do Posto Territorial de Arouca, nos dias 8 e 9 de setembro, deteve dois homens, de 38 e 50 anos, por violação do confinamento obrigatório a que estavam sujeitos, no âmbito da pandemia de COVID-19, no concelho de Arouca.
No decorrer de uma ação de policiamento para a verificação do dever de confinamento obrigatório, no dia 8 de setembro, os militares da Guarda deslocaram-se à residência do suspeito, onde verificaram que o mesmo se tinha ausentado do domicílio. Após contacto com o infrator, foi possível perceber que se encontrava no seu local de trabalho, tendo-lhe sido determinado o regresso a casa, após o que foi detido.
Numa outra situação, no dia 9 de setembro, militares do Posto Territorial de Arouca detiveram um homem de 50 anos, pela prática do mesmo crime, na freguesia de Santa Eulália, o qual viria, já no dia 10, pelas 08h30, a ser novamente encontrado na via pública, em violação do confinamento obrigatório, pelo que foi novamente detido, na localidade de Burgo – Arouca.
Os detidos foram constituídos arguidos, e os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial da Comarca de Arouca.
A GNR recorda que ficam em confinamento obrigatório, em estabelecimento de saúde, no respetivo domicílio ou noutro local definido pelas autoridades de saúde todos os doentes com COVID-19, os infetados com SARS-CoV-2, e os cidadãos relativamente a quem a autoridade de saúde ou outros profissionais de saúde tenham determinado vigilância ativa. A violação do confinamento obrigatório constitui crime de desobediência.

TAP anuncia seis novas rotas para o verão de 2021

A TAP anunciou hoje que vai voar para Ibiza, Fuerteventura e Zagreb no verão de 2021, tendo ainda previstas duas novas rotas para a Tunísia e uma para Marrocos, numa altura em que é elaborado o plano de reestruturação.

Segundo comunicado da transportadora, as novas rotas para o próximo verão enquadram-se na "estratégia de rede de conexão" entre a Europa, as Américas e África, com a companhia a "aproveitar as oportunidades de expansão sazonais para planear e otimizar a sua rede de destinos".
A ligação a Zagreb (na Croácia) tem data de início prevista para março, enquanto os voos inaugurais para Ibiza e Fuerteventura arrancarão entre maio e junho de 2021, com a TAP a assegurar duas ligações semanais (aos sábados e domingos) entre Lisboa e Ibiza e um voo semanal (aos sábados) com Fuerteventura.
Relativamente a Zagreb, a companhia aérea prevê efetuar três voos por semana, às quartas, sexta e domingos, com saída de Lisboa às 08:00 e chegada à capital croata às 12:05.
A empresa adianta ainda, no mesmo comunicado, a que a Lusa teve acesso, já ter iniciado a venda de bilhetes para estes três novos destinos europeus.
O verão de 2021 vai também colocar na rota da TAP três novos destinos de praia no norte de África, nomeadamente Djerba e Monastir, na Tunísia, e Oujda, em Marrocos, com inauguração prevista entre maio e junho de 2021.
De acordo com a informação, a TAP vai passar a voar aos domingos e às sextas-feiras para Djerba e Monastir, respetivamente, com partidas de Lisboa às 09:25 e 10:00 e chegadas aos destinos, pela mesma ordem, às 12:30 e 12:55.
Para Oujda a TAP terá dois voos semanais, aos sábados e domingos, com saída do aeroporto de Lisboa às 10:00 e chegada às 12:05.
A comercialização destes voos vai iniciar-se em 15 de setembro, segundo adianta o comunicado.
A estas novas rotas para o verão de 2021 vão juntar-se os novos destinos que a companhia tinha anunciado para este ano mas cujo início teve de ser adiado por causa da pandemia de 2021, refere a mesma nota.
Em causa estão as novas ligações da TAP para Cancún, Cidade do Cabo, Agadir e Santiago de Compostela.
Este anúncio surge num momento em que o Boston Consulting Group (BCG) está a preparar o plano de reestruturação para apresentar à Comissão Europeia, contrapartida da aprovação de um auxílio estatal que pode chegar aos 1.200 milhões de euros.
Segundo foi comunicado aos sindicatos representativos dos trabalhadores, a primeira versão do documento deverá estar concluída no final de outubro.
Na terça-feira, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, confirmou que o antigo presidente executivo (CEO) da companhia, Antonoaldo Neves, ainda se encontra na empresa, mas "não por muito mais tempo".
O governante assegurou então que "até ao final do mês, já temos um novo CEO que se chama Ramiro Sequeira, que é um grande quadro português da TAP", adiantando que a Parpública -- empresa gestora de participações públicas - está a concluir um processo de seleção da empresa de 'head hunting' (caça talentos) que irá escolher internacionalmente o futuro líder da TAP.
Em 02 julho, quando anunciou o acordo com os acionistas privados para o Estado ficar com 72,5% do capital -- e a saída de David Neeleman --, Pedro Nuno Santos tinha dito que Antonoaldo Neves seria substituído "de imediato".
O Estado português detém uma participação social de 72,5%, o empresário Humberto Pedrosa 22,5% e os trabalhadores os restante 5% do grupo.
Lusa

Retrocesso, atraso, preconceito e obscurantismo

  • Péricles Capanema
Desprestígio e prestígio. Retrocesso, atraso, preconceito, obscurantismo — tantas vezes mortíferas armas de combate publicitário — são correntemente desfechados como impropérios, repisados a todo propósito. Manifestam, opinião frequente, bom-mocismo, espírito aberto, arejado, compassivo; enfim, pessoal inconformado com a suposta dureza dos adversários diante do sofrimento humano — se não dureza, ignorância, hábitos ronceiros, má-fé. Em breves palavras, trata-se de “gente do bem” contra “gente errada”; autores prestigiados, desprestigiadas as vítimas, em geral com pechas afrontosas.
São, já se vê, conceitos “politicamente corretos”. Nos casos acima mencionados, flecha ou punhal contra adversários. Podem também bafejar e prestigiar correligionários. Exemplo: inclusão social. Outro: solidariedade. Mais um: avanço civilizatório. Prestigiam quem recebe o apodo e até quem o enuncia. Elitismo deprecia quem dele for alvo. De fato, temos sem-número de termos, punhais ou bafejo, conforme o caso; aparecem a todo momento.
Palavras-talismãs. Constituem vocábulos comuns, usuais no dia-a-dia, transformados em palavras-talismãs. Explico-me. O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira no ensaio “Baldeação ideológica inadvertida e diálogo” [capa acima], publicado em 1965, cunhou a expressão “palavras-talismãs”, termos que, por artes da propaganda, passam a ter no público o efeito de um talismã (um bruxedo). Lançam eflúvios, criam clima; dependendo do caso, encantam, seduzem, modificam temperamentos, agem nas tendências e convicções. Em rumo contrário, com carga emocional oposta, inibem, atemorizam e até neutralizam pessoas e grupos sociais por elas atingidos. Reitero, têm efeitos parecidos à ação do que hoje se intitula o “politicamente correto”.
A seguir vai um extrato do que na ocasião delas explicitou o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira para os conceitos que atraem o prestígio: “Trata-se de uma palavra cujo sentido legítimo é simpático e por vezes até nobre; comporta ela, porém, certa elasticidade. Empregando-se tal palavra tendenciosamente, começa ela a refulgir para o paciente com brilho novo, que o fascina e o leva muito mais longe do que poderia pensar. Citemos alguns desses sadios e até nobres vocábulos. Torcidos, atormentados, deturpados, violentados, de vários modos, a quanto equívoco, a quanto erro, a quanto desacerto têm eles servido de rótulo! Pode-se mesmo dizer que os efeitos dessa técnica são tanto mais nocivos quanto mais digno e elevado é o conteúdo da palavra de que assim se abusa: ‘corruptio optimi pessima’. Entre as palavras portadoras de um conteúdo digno, assim transformadas em enganosos talismãs a serviço do erro, podem ser citadas: justiça social, ecumenismo, diálogo, paz, irenismo, coexistência etc”.
Simpatias e fobias. Ou “xodós” e “birras”. Mostra ele que cada vocábulo desses, trabalhado e retorcido por ambientes culturais que atuam como caldo de cultura, suscita uma constelação de simpatias e fobias: “Assim incubados por um espírito novo, cada um desses vocábulos suscita nas pessoas que se encontram no estado de espírito indicado acima […] toda uma constelação de impressões e emoções, de simpatias e fobias. Esta constelação, como adiante veremos, vai orientando tais pessoas para novos rumos ideológicos: para o relativismo filosófico, o sincretismo religioso, o socialismo, a chamada política da mão estendida, a franca cooperação com o comunismo e, por fim, a aceitação da doutrina marxista”.
Tais termos, lembra o autor, são dotados de irradiantes qualidades publicitárias: “Para esses rumos ideológicos a vítima do processo de baldeação vai sendo cada vez mais atraída pelo prestígio da propaganda. As palavras-talismãs correspondem ao que os órgãos de publicidade reputam, em geral, moderno, simpático, atraente. Por isto, os conferencistas, oradores ou escritores, que empregam tais palavras, só por esse fato veem aumentadas suas possibilidades de boa acolhida na imprensa, no rádio e na televisão. É este o motivo por que o radiouvinte, o telespectador, o leitor de jornal ou revista encontrará a todo propósito essas palavras, que repercutirão cada vez mais a fundo na sua alma”. Palavras-talismãs têmcomo sinônimo expressões-talismãs.
Diminuição das desigualdades sociais. Em resumo, são comumente recursos de guerra publicitária, seja psicológica, seja ideológica. Sobre uma expressão-talismã, de impacto devastador, pela sua importância, trato agora. Em todos os meios de divulgação, quando se analisam políticas públicas, ações de governo, trabalho social, legislação, surge sempre uma preocupação: a diminuição das desigualdades sociais. É solicitude de si legítima, nobre em certas ocasiões, urgente em outras. Pode ser ocasião, contudo, e infelizmente tem sido com relativa frequência, para políticas de coerção ilegítima do potencial de pessoas e grupos sociais. Um destaque indispensável: envolve de prestígio quem expressa tal cuidado. Virou expressão-talismã.
Passemos a um panorama diferente. Em relação a outro âmbito, temos apatia ou desconhecimento; sua menção não traz prestígio e ainda pode provocar incompreensão. Não deveria ser assim, tal âmbito está mais ligado à obtenção da felicidade pessoal, objeto primeiro de todos nós.
A ação da família, das sociedades intermediárias e até a do próprio Estado, todos seres morais, deveria buscar em primeiro lugar o bem da pessoa humana, ser substancial, deles participante. No caso do Estado, é clássico, o Estado busca o bem comum. Podemos dizer, para todos vale o objetivo de buscar a felicidade; de outro modo, é o ensinamentode Aristóteles, entre outros, a busca da perfeição da natureza humana, que é o que traz a felicidade real.
Tal concepção, aliás, reflete-se, pelo menos parcialmente, nos documentos fundamentais dos Estados Unidos. Influenciados por sua visão de Direito Natural, os scholars que redigiram a declaração de independência — recordando os principais, Thomas Jefferson, John Adams, Benjamin Franklin, Roger Sherman, Robert Livingston —, ecoando opinião comum na época, colocam como direitos inatos, fundamentais e inalienáveis, conferidos pelo Criador, “vida, liberdade e a busca da felicidade”. A busca da felicidade (“pursuit of happiness”) supõe, claro, a vida e a liberdade. Postas tais premissas, fica no centro do desvelo a busca da felicidade, indispensável para a promoção da verdadeira dignidade humana.
Coerção das potencialidades. Como se obtém a perfeição da natureza humana, e com ela o caminho da felicidade real? Muito resumidamente, fugindo da atrofia da personalidade, marchando resolutamente na estrada da transformação das potencialidades em atos, ou seja, do que é apenas virtual em real. De outro modo, reconhecendo as possibilidadesde cada um, as mais variadas, e favorecendo sua concretização. A imposição fria de um princípio geral [no caso, tantas vezes, impor a diminuição irrefletida das desigualdades pessoais e sociais] sufoca esperanças, cerceia caminhos, mingua possiblidades.
Potencialidades estimuladas. Em sentido contrário, estimular a busca pelos extremos das possibilidades de cada um oxigena o ambiente, eleva a sociedade, favorece o bem comum. Criar condições ou favorecê-las para a consecução da felicidade pessoal, aqui está o que mais deveria chamar a atenção, constituir a primeira preocupação de quem quer promover o bem social. Cuidado não só de particulares, mas dos homens públicos. Seria grande obra de justiça social a desobstrução das vias para a plena expansão das potencialidades, evitando coibir de forma artificial, na obediência servil ao dogma revolucionário da igualdade, uma sociedade enormemente variada, harmonicamente desigual. E feliz. Repito, ecoando doutrina aristotélico-tomista, a felicidade virá com a expansão do potencial de cada um, de outro modo, na busca da plenitude.
As noções de bem comum, bem social, bem pessoal, deveriam vir nutridas por tais concepções; aliás, prévias e básicas em qualquer iniciativa benéfica. Aí sim, teríamos acelerados avanços civilizatórios, estariam postas bases para solidariedade efetiva, bem como assistiríamos à rápida e gradual inclusão social de setores cada vez mais amplos, hoje infelizmente reprimidos em muitas de suas qualidades. Constitui retrocesso evidente evitar tal caminho, traz atrasos dolorosos em especial para os mais pobres, são políticas que nascem de pré-conceitos (entre eles, a crendice de que o igualitarismo favorece o progresso, quando, de fato, atrofia o desenvolvimento humano), perpetuam o obscurantismo, de outro modo, a falta de clareza a respeito do que à vera representa o progresso na vida. Finalmente, impede a formação de elites nas mais variadas condições sociais, indispensáveis à promoção pujante do bem comum. Aqui estão as bases da ordem temporal cristã.
ABIM

Papa Francisco considera prazeres culinário e sexual “simplesmente divinos”

O Papa Francisco, crítico do "fanatismo" por vezes instalado no seio da Igreja, considera que o prazer culinário ou sexual "é simplesmente divino", segundo num livro de entrevistas publicado na quarta-feira em Itália.

"A Igreja condenou o prazer desumano, cru e vulgar, mas sempre aceitou o prazer humano, sóbrio e moral", referiu o Papa, em resposta a perguntas de Carlo Petrini, um escritor e gastrónomo italiano.
Na mesma entrevista, o Papa frisou que "o prazer vem diretamente de Deus; não é católico, nem cristão, nem qualquer outra coisa, é simplesmente divino".
O prazer de comer serve para o manter saudável através da alimentação, tal como o prazer sexual é feito para tornar o amor mais belo e garantir a perpetuação da espécie", acrescentou o pontífice.
O Papa opõe-se categoricamente a "uma moralidade fanática" que rejeita a noção de prazer, que existiu na história da Igreja Católica, mas constitui "uma má interpretação da mensagem cristã".
Esta visão "causou enormes danos, que ainda hoje se fazem sentir fortemente em alguns casos", lamenta o Papa argentino.
"Pelo contrário, o prazer de comer bem, como o prazer sexual, vêm de Deus", insistiu o líder espiritual de 1,3 mil milhões de católicos.
No livro, o Papa sublinha de passagem a sua admiração incondicional pelo filme "Babette's Feast", que tem lugar numa comunidade protestante dinamarquesa ultrapuritana do século XIX, convidada para um sumptuoso banquete preparado por um cozinheiro francês que ganha a lotaria.
"Para mim é um hino à caridade cristã, ao amor", diz o papa.
O livro "TerraFutura", que contém três entrevistas com o Papa Francisco sobre ecologia integral, foi escrito pelo fundador mundial do conceito de "slow food" (comida lenta), criado nos anos 80, para se opor à "fast food" (comida rápida).
A publicação centra-se na visão social do Papa Francisco sobre a ecologia, expressa na encíclica "Laudato Si", publicada em 2015.
Lusa

Pepita Tristão conta “Histórias de Amor e de Morte”


Encontra-se já agendado o lançamento da obra mais recente da escritora e jornalista Pepita Tristão. Trata-se do livro: “Histórias de Amor e de Morte”, editado pela Emporium Editora. A cerimónia acontece no próximo dia 19 de setembro (sábado), pelas 16 horas, na Casa Sommer, em Cascais, e contará com a participação da autora do prefácio, a socióloga e escritora Maria Helena Ventura. 

Esta edição tem o apoio da Câmara Municipal de Cascais. 
Antes, no dia 12 de Setembro (sábado), a autora estará presente na Feira do Livro de Lisboa, no espaço da Editora Emporium, onde irá protagonizar uma sessão de autógrafos entre as 14:00 h e as 15:00 horas. 

“Histórias de Amor e de Morte” é um livro povoado por mulheres que sonham, vivem, sofrem e recomeçam ao longo de 16 contos anacrónicos, que têm por pano de fundo Portugal, as suas lendas, usos e história. Diálogos onde o real se funde com o onírico urdindo tramas de leitura deliciosa. 

Acerca da autora 
Pepita Tristão nasceu em 1951 na vila de Castelo de Vide. Reside no concelho de Cascais desde 1970. 

Aos 14 anos publicou os seus primeiros poemas no jornal Terra Alta de Castelo de Vide e, desde então, tem publicado inúmeros textos literários (poesia e ficção) em jornais e revistas de âmbito regional e nacional. 

Participou em diversos concursos literários, tendo os seus trabalhos sido distinguidos com vários prémios, entre os quais o Prémio Revelação Conto nas comemorações dos 50 anos dos “Gaibéus”, de Alves Redol, em Vila Franca de Xira (1990). 

Traduziu a obra do poeta árabe Ibne Muqãna, de Alcabideche, editada pela Junta de Freguesia de Alcabideche (1992) e reeditada pela Associação Cultural de Cascais (1996). 

Jornalista profissional, foi co-fundadora e directora do cyberjornal.net (2006-2019); trabalhou nos jornais regionais Costa do Sol e A Zona, tendo colaborado em dezenas de outras publicações escritas, entre as quais os diários República e 24 Horas. 

Publicou “O meu universo é uma bola de pingue-pongue” (contos para adultos), ed. Vão de Escada (1999); “O Engenho Humano e a Arte de Navegar”, ed. Junta de Freguesia de São Domingos de Rana (2013). 

Participou em diversas colectâneas de contos e poesias, entre as quais: “À volta da Fogueira” ed. Emporium; “Sob um olhar felino” ed. Fonte da Palavra (2012); “Na floresta não há só borboletas” ed. Fonte da Palavra (2011); “Cachorros, cachorrinhos...”, Hugin (2001); “Gatos, gatinhos”, Hugin (2000 e 2.ª edição em 2001); “Antologia de Natal”, col. Viola Delta vol. XXVI, ed. MIC (1998); “Livro Cão – Dog Book”, ed. Mandrágora (1998). 

Integrou os júris de diversos concursos literários, como os Jogos Florais da Junta de Freguesia de São Domingos de Rana e o Prémio Carlos Bonvalot – Criação Artística, na categoria Ficção Narrativa, promovido pela Câmara Municipal de Cascais, tanto na 1.ª edição do concurso, em 2000, como na 2.ª, em 2003.

Enviado por José Rui Marmelo Rabaça