sábado, 3 de agosto de 2019

Mundo | País Basco: Seis homens violaram uma jovem de 18 anos e depois atiraram-lhe 17 euros

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DN
Três anos depois do caso da Manada, que bastante controvérsia suscitou em Espanha, violações em grupo repetem-se no país. Desta vez foi em Bilbau, no País Basco, num parque. No primeiro semestre deste ano, já houve 42 casos de agressão sexual ou violação em grupo em Espanha.
Seis marroquinos e argelinos, com idades entre os 18 e os 36 anos, foram detidos pela polícia basca, acusados da violação em grupo de uma jovem de 18 anos, na quinta-feira à noite, no Parque Etxebarria, em Bilbau.
Tudo aconteceu, a 1 de Agosto, por volta das 23.30, (22.30, em Lisboa). De acordo com fontes do Departamento de Segurança, citadas pela agência espanhola Europa Press, a jovem tinha marcado através das redes sociais um encontro com apenas um dos homens e, quando viu que se tratava de um grupo, tentou fugir.
Sentindo-se exposta, relata por sua vez o Diario de Navarra, a rapariga começou a correr, mas um dos indivíduos correu atrás dela e obrigou-a a ir com ele até ao sítio onde estava o resto do grupo.
Ameaçada com uma pistola, refere o mesmo jornal, que cita relatos posteriormente feitos pela jovem, a vítima foi arrastada para um lugar ermo onde os magrebinos sem abrigo tinham montado uma espécie de acampamento. Em seguida, foi violada pelos seis e, quando terminaram, atiraram-lhe 17 euros e fugiram. Apesar dos ferimentos que sofreu, a jovem conseguiu chegar até a casa e, depois de contar à mãe o sucedido, ambas foram ao hospital.
À Ertzaintza, polícia autonómica do País Basco, a jovem de 18 anos disse não conhecer nenhum dos atacantes, mas através de uma tatuagem conseguiu identificar um deles. E foi quanto bastou para a polícia. Em menos de cinco horas, as forças de segurança localizaram e detiveram os seis, estando os indivíduos agora às ordenas da justiça.
Este foi mais um dos vários casos de violação coletiva em Espanha depois do da chamada Manada em 2016. Nesse ano, durante as Festas de São Firmino, em Pamplona, uma jovem foi violada por um grupo de cinco homens. A violação foi filmada e partilhada por um dos agressores. Os atacantes foram identificados também graças a uma tatuagem que tinha um deles. Após muita polémica judicial, muitas notícias e manifestações de protesto nas ruas, o Supremo Tribunal considerou em junho já deste ano que houve violação coletiva e condenou os cinco homens a 15 anos de prisão.
Relativo a 2016 também é o caso da chamada Manada de Manresa, onde em outubro desse ano seis homens foram acusados de violar uma menor de 14 anos de idade numa festa numa fábrica abandonada. Segundo a acusação, os seis homens violaram a jovem em turnos de 15 minutos, ao passo que um sétimo apenas presenciou a cena, masturbando-se. Os atacantes tinham, segundo o El Mundo, entre 19 e 39 anos de idade e, segundo o El Pais, a procuradoria pede penas de prisão entre os 10 e os 12 anos por delito de abusos sexuais.
Na mesma localidade de Manresa, já este ano, em Julho, os Mossos d'Esquadra (polícia autonómica da Catalunha) detiveram quatro homens com idades entre os 18 e os 25 anos acusados de violação por uma jovem de 17 anos. O incidente ocorreu durante a madrugada numa casa no centro histórico daquele município da província de Barcelona. Segundo relatos feitos pela vítima à polícia, citados pelo El País, a jovem e um dos agressores conheceram-se na noite e depois foram para uma casa onde tomaram álcool e estupefacientes. Em seguida foi abusada sexualmente.
De acordo com o El Periódico, as violações em grupo têm-se multiplicado em Espanha e, no primeiro semestre deste ano, houve casos pelo menos todos os meses. São já, relata o jornal, 42 os casos. "Até agora estávamos habituados a violadores solitários - o violador do Eixample, o das pirâmides, o do elevador... agora, como se de uma moda se tratasse, parece que os violadores se agrupam e se dispõem a atacar com os seus amigos: três jovens presos por violar em Mataró uma rapariga de 17 anos deficiente; em Cádiz seis menores detidos por abusar de duas raparigas de 12 e 13 anos; quatro homens acusados de violar uma turista na Gran Canária; outros dez detidos por violar três raparigas de 14, 15 e 17 anos em Alicante...Este ano registaram-se casos toso os meses do primeiro semestre: são já pelo menos 42", escreve Carmen Domingo, no El Periodico.
Outros dados, citados pelo site da Antena 3, referem que, desde 2016, até ao dia 8 do mês passado de Julho, houve 134 casos de agressão sexual ou de violação em grupo em Espanha: 18 em 2016, 14 em 2017, 59 em 2018 e 42 no primeiro semestre de 2016. 60,8% das agressões dizem respeito a violações consumadas.
DN

Religião | CRISTANDADE E OCIDENTE

  • Péricles Capanema
A Cristandade tem inspiração e raiz longínqua no Império Romano, espaço de convivência civilizada do mundo antigo, do qual foi aperfeiçoamento. Tendo como objeto ser espaço da convivência virtuosa de povos sob a luz de Cristo, começou a surgir como forte realidade histórica com Carlos Magno (742-814), seu maior símbolo. Firmou-se muito tempo depois no Sacro Império Romano Alemão, a mais importante realização de tal ideal.
Território, direito e senso de governo marcaram o império sob Roma. O mesmo, proportione servata, valeu para a Cristandade. Agrupava as nações cristãs. O direito, muito variado, aperfeiçoava-se seguindo as trilhas do consuetudinário e do Direito Romano. O governo, via de regra, — por longo período imerso em atmosfera pré e supranacional — agia consoante o princípio de subsidiariedade, embora sua explicitação só viesse séculos depois. Georg Schmidt o chamou de Império-Estado complementário (poderia ser chamado de Império-Estado subsidiário). Enfim, a Cristandade foi realização valiosa, ainda que insuficiente e até em pontos defeituosa, da ordem temporal cristã. Infelizmente, sua luz foi se apagando, até que em 1806 se extinguiu. Deixou enorme saudade, restou fulgurando como ideal no horizonte da Europa cristã.
Anos atrás ouvi do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: “Em relação à Igreja, eu sou como o judeu em relação ao Templo. Amo o Templo, amo as ruínas do Templo, e se essas ruínas se converterem em pó, amarei o pó que resultou dessas ruínas”. Analogamente, para um católico imbuído da convicção de como importa existir uma ordem temporal cristã, tais palavras se aplicam por inteiro à Cristandade. Até o pó dela merece amor. É também dele a proclamação: Quando ainda muito jovem, considerei enlevado as ruínas da Cristandade, a elas entreguei meu coração, voltei as costas ao meu futuro, e fiz daquele passado carregado de bênçãos, o meu porvir”.
Aqui vou levantar ponto essencial, sem o qual inexistiria a Cristandade. Os povos que a compunham tinham convicção de que seus interesses maiores eram a preservação e aperfeiçoamento daquele estado de coisas. Em segundo plano, vinham os interesses nacionais, regionais, corporativos, familiares, pessoais. Talvez o mais relevante exemplo de defesa da Cristandade tenha sido São Pio V (1504 – 1572), Papa a partir de 1566. Articulou enorme aliança militar destinada a formar a armada que derrotou os turcos em Lepanto em 1571, preservando uma Europa onde ainda eram vivos os restos da Cristandade. Em sentido contrário, tantas vezes os agredindo, temos o longo trajeto da chamada aliança franco-otomana, que começou em 1536 entre Francisco I e Solimão, o Magnífico. Começavam a prevalecer os interesses do Estado-nação, os da Cristandade iam para o fundo do palco.
No século XX e XXI, eco precioso, se quisermos ruínas veneráveis, da Cristandade foi o que se chamou o Ocidente cristão e, mais recentemente, apenas Ocidente. Nessa acepção de Ocidente, que não é geográfica, estão por exemplo, Japão, Coréia do Sul, Cingapura.
Escrevia cima, o Império Romano foi espaço de convivência do mundo civilizado. O Ocidente é o espaço de convivência de princípios básicos do que se poderia chamar a civilização cristã; se quisermos, da ordem temporal cristã. Nos dias presentes, vigência de liberdades na vida pública e privada, economia de mercado. E nesse sentido, hoje, um espírito bem formado deve colocar os interesses ocidentais, de momento enormemente ameaçados, na frente dos interesses de qualquer país, mesmo o seu. Adversárias dos princípios ocidentais no século XX e XXI foram as potências totalitárias e coletivistas, entre outras, a Alemanha nazista, a Rússia soviética e agora a China comunista.
Fiz longa introdução para entrar fácil no assunto do artigo: no tratado de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. É amazônico, inclui concorrência, serviços, investimentos, temas ambientais, desenvolvimento sustentável, compras de governo, propriedade intelectual. Muita coisa ainda. O governo brasileiro, estimativa inicial, prevê que em 15 anos as exportações brasileiras para a União Europeia terão um acréscimo de US$100 bilhões de dólares anuais. E haverá grande aumento de investimentos da UE no Brasil. O acordo trará ao Brasil prosperidade, maior renda, geração de empregos.
O caminho até a implementação final será longo, cheio de obstáculos. Teremos muita discussão nos meios de divulgação e nos parlamentos dos 28 países que compõem a União Europeia (e também no Parlamento Europeu). Haverá debates nos países do Mercosul. Os assuntos devem ser tratados e resolvidos. Não são o foco de meu artigo.
Meu foco é outro. O Brasil está perigosamente dependente da China, vamos escorregando para a condição de efetivo, ainda que não confessado, protetorado chinês. Não só o Brasil, igualmente a Argentina, Uruguai, Paraguai. O acordo com a União Europeia, pelo menos em patê, nos tira de tal dependência, aumenta a efetividade de nossa independência e soberania. E das outras nações, acima mencionadas. Seria conveniente aproximação semelhante com os Estados Unidos e Japão. Estão em jogo gravíssimos interesses ocidentais.
Sintomas reveladores. A esquerda europeia está furiosa. A esquerda brasileira rosna (sempre silenciosa em relação à aproximação com a China). O candidato kirchnerista Alberto Fernández, saindo da visita a Lula, declarou que, se eleito, vai rediscutir o acordo. Querem de todo modo explodi-lo, apesar da pobreza que daí seguirá. Pelo que vi nos meios de divulgação, nem na Europa, nem aqui, ninguém sublinha que o mais importante do acordo é o fortalecimento dos interesses ocidentais. É.
ABIM

Motoristas: António Costa pede acordo para evitar greve

O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje, em Loulé, que há no país um sentimento de “revolta e incompreensão” pela greve dos motoristas de matérias perigosas e apelou para um entendimento entre as partes.
“Há um claro sentimento nacional de revolta e incompreensão perante uma greve que é marcada para o meio de agosto de 2019, quando já estão acordados aumentos salariais de 250 euros para janeiro 2020, e o que está em causa são os aumentos salariais para 2021 e 2022”, afirmou António Costa após a reunião semanal com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na Alcaidaria do Castelo de Loulé, distrito de Faro.
O primeiro-ministro insistiu que “ninguém de bom senso compreende como se faz uma greve em agosto de 2019 relativamente a aumentos salariais de 2021 e 2022”, manifestando a esperança de que “as partes se entendam e tudo se ultrapasse a bem” na reunião que as partes vão manter na segunda-feira.
“Mas aquilo que queríamos garantir a todos os portugueses é que o Governo está neste momento preparado já para tomar todas as medidas, do ponto de vista legal e operacional, para minorar tanto quanto possível os efeitos de uma eventual greve que é indesejável, que nada justifica e que tudo permite ainda ser evitada a tempo”, acrescentou.
O primeiro-ministro assegurou ainda que o executivo vai adotar “todas as medidas até ao limite daquilo que a lei e a Constituição permitem” para “minorar os impactos na vida dos portugueses”.
“Obviamente que o direito à greve é um direito legítimo de todos os trabalhadores, mas, como tudo, tem de ser usado com a devida proporcionalidade, razoabilidade e creio que não é, aliás, saudável, para quem quer defender o direito à greve e respeitar os direitos sindicais, criar no país um sentimento de tanto antagonismo relativamente a uma luta que dificilmente as pessoas podem compreender”, argumentou o chefe do executivo.
Questionado sobre se ainda há margem para um acordo, António Costa respondeu com uma pergunta: “Se as partes estão de boa-fé neste processo, como é possível não se entenderem?”.
A greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que começa em 12 de agosto, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.
O Governo terá de fixar os serviços mínimos para a greve, depois das propostas dos sindicatos e da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
A greve do SNMMP iniciada em 15 de abril levou à falta de combustíveis em vários postos de abastecimento em todo o país, tendo o Governo acabado por decretar uma requisição civil e convidar as partes a sentarem-se à mesa das negociações.
O SIMM já veio dizer que as consequências desta greve serão mais graves do que as sentidas em abril, já que, além dos combustíveis, vai afetar o abastecimento às grandes superfícies, à indústria e aos serviços, podendo “faltar alimentos e outros bens nos supermercados”.
Lusa

Crimes de importunação sexual subiram em 2018 mas pouco se sabe sobre o piropo

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DNM
Os crimes de importunação sexual aumentaram em 2018, com a abertura de 903 inquéritos e dedução de 122 acusações, mas desconhece-se qual a contribuição estatística do piropo, que passou a ser crime na lei portuguesa em Agosto de 2015.
Volvidos quatro anos sobre a criminalização do piropo de cariz sexual como crime pouco se sabe sobre os efeitos da medida, uma vez que a importunação sexual engloba outros ilícitos, como o assédio e os atos exibicionistas.
O próprio Ministério Público (MP), através da Procuradoria-Geral da República (PGR), reconhece que, quanto ao caráter da tipificação, o sistema informático "não permite fornecer dados com a especificidade pretendida", ou seja, sobre o número de queixas e inquéritos instaurados em resultado do piropo de cariz sexual.
O que o MP dispõe são dados disponíveis relativos aos inquéritos instaurados pelo crime de importunação sexual (artigo 170.º do Código Penal), que abrange ainda o assédio e os atos exibicionistas.
Assim, os dados do MP revelam que, em 2018, foram instaurados 903 inquéritos pela eventual prática de crime de importunação sexual e que, no mesmo período, foram deduzidas 122 acusações pelo mesmo tipo de crime.
Estas cifras evidenciam uma subida, uma vez que, em 2017, foram instaurados 870 inquéritos e deduzidas 93 acusações, enquanto em 2016 foram instaurados 733 inquéritos e deduzidas 75 acusações.
Pelos dados percebe-se que os crimes de importunação sexual têm vindo a subir desde 2015, altura em que foram instaurados 659 inquéritos e deduzidas 64 acusações.
O que não se sabe é o peso que o piropo de teor sexual teve eventualmente no crescimento dos crimes de importunação sexual porque não existe um tratamento diferenciado dos dados estatísticos.
Também a PSP não consegue dizer se algumas das queixas recebidas por piropo de cariz sexual chegou ou não a julgamento, conforme admitiu o Comissário André Oliveira Serra, que explicou que, uma vez recebida a participação, a mesma segue para o Ministério Público abrir e dirigir o inquérito/investigação.
O mesmo comissário diz ter conhecimento da apresentação de algumas queixas apresentadas à PSP por pessoas que se sentem ofendidas com piropos impróprios, mas a PSP, à semelhança do MP, não tem dados individualizados desta tipologia de crime a não ser no âmbito do conjunto de crimes de importunação sexual.
André Serra salientou, no entanto, que a PSP realizou já uma campanha de sensibilização junto dos seus agentes no sentido de darem atenção às queixas relacionadas com o piropo, evitando assim qualquer desvalorização da prática daquele crime.
Contactada pela agência Lusa a propósito deste tema, Elisabete Brasil, que pertenceu à associação UMAR/União de Mulheres Alternativa e Resposta, afirmou que "tem havido muito pouca informação" sobre as queixas relativas a piropos de cariz sexual, criticando a falta de interesse do poder político em saber mais sobre este e outros fenómenos criminais previstos na Convenção de Istambul.
Elisabete Brasil notou que se pretendeu cumprir um calendário por causa da Convenção de Istambul, mas que depois não seu o devido valor aos temas aprovados e tudo está um pouco "esquecido".
Ao contrário de muitos outros países europeus, Portugal continua a não dispor de dados precisos sobre cada um dos crimes da Convenção de Istambul, nomeadamente o número de queixas e processos por cada um dos crimes sexuais e o tipo de relação entre agressor e vítima. Este défice estatístico, em sua opinião, estende-se aos crimes de assédio, violação, violência doméstica e casamentos forçados.
Elisabete Brasil alertou ainda para o facto de existirem entidades públicas a fazerem não propriamente um tratamento de dados estatísticos, mas de dados administrativos, os quais são elaborados sem cruzamento de informações e sem o rigor que se exige"Temos dados muito dispersos", comentou ainda.
Quanto ao piropo, Elisabete Brasil diz ter conhecimento pessoal de duas situações: uma delas resultou na apresentação de queixa e noutra, ocorrida o ano passado, a queixa foi arquivada.
No entender daquela responsável, a falta de organizações a atuar no terreno para dar resposta aos crimes sexuais e à violência doméstica, bem como de linhas telefónicas que forneçam informações sobre esses crimes, enfraquece a posição da vítima, embora reconheça que se "avançou" na criação de estruturas para dar resposta ao crime de violação.
"De resto, não há resposta para o assédio e a perseguição", observou.
Lusa

Tomar, Abrantes e Constança: o fogo em que 300 bombeiros combatem as chamas

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SICNOTICIAS
O incêndio que deflagrou esta tarde em Tomar passou o rio Zêzere e entrou nos concelhos de Abrantes e Constância, tendo provocado ferimentos ligeiros num bombeiro, anunciou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém.incêndio que começou por volta das 16:00, em Tomar, está a arder junto a algumas aldeias dos concelhos de Abrantes e Constância, nomeadamente Martinchel e Montalvo, depois de ter passado o rio Zêzere, junto à Barragem de Castelo de Bode, disse à agência Lusa fonte do CDOS de Santarém, salientando que o incêndio não está a colocar as populações em risco, não tendo sido necessário proceder a qualquer evacuação.
O fogo não tem uma frente muito extensa, em termos de largura, evoluindo em comprimento, referiu a mesma fonte, acrescentando que está a arder "com alguma intensidade em povoamento florestal".
O incêndio continua a arder em Tomar, mas é em Abrantes e em Constância que o fogo mais preocupa a Proteção Civil, com a intensidade do vento a ser "a grande dificuldade no terreno".
O incêndio provocou queimaduras num bombeiro, considerado ferido ligeiro, que já está a ser assistido no Hospital de Abrantes, afirmou fonte do CDOS de Santarém, esclarecendo que o veículo onde este operacional seguia "não ardeu".
No âmbito do combate, um avião teve que amarar, devido a uma avaria mecânica, acrescentou.
O fogo está a ser combatido por mais de 300 operacionais, apoiados por seis meios aéreos de combate e um de coordenação, disse à agência Lusa a mesma fonte.
Lusa

GNR identifica um homem por abandono de cão

No dia 31 de julho, no concelho de Castelo Branco, a GNR, através de militares do Comando Territorial de Castelo Branco, identificou um homem pela prática do crime de abandono de animal de companhia.

No decorrer de uma ação de patrulhamento, os militares avistaram um cão, com cerca de 2 meses, a deambular sozinho pela via, aparentemente desorientado e com evidentes sinais de subnutrição e de desidratação.

Atendendo à situação débil do animal e ao risco provável de atropelamento, tornou-se necessária a sua recolha imediata.
Os militares procederam à leitura do microchip, que permitiu uma consulta na base de dados do Sistema de Identificação e Recuperação Animal, para obter informações sobre seu detentor.
O cachorro foi entregue no Centro de Recolha Municipal de Castelo Branco, sendo-lhe proporcionados os necessários cuidados veterinários e sanitários, encontrando-se disponível para uma adoção responsável.

O suspeito foi identificado, tendo os factos sido remetidos para o Tribunal Judicial de Castelo Branco.

NDC

Algarve | Hospital Lusíadas Albufeira sopra sete velas

O Hospital Lusíadas Albufeira comemora, esta quinta-feira, 1 de agosto, o seu 7.º aniversário.
O seu diretor-geral, André Pinto, diz que “ao longo destes 7 anos de atividade, temos vindo a reforçar a aposta na prestação de cuidados de excelência à população algarvia. Aliámos a contratação de profissionais de excelência ao investimento contínuo em equipamentos e tecnologia de topo e mantemos ainda a articulação com as várias unidades do grupo Lusíadas Saúde, disponibilizando uma oferta cada vez mais consolidada na região.”
A Lusíadas Saúde concluiu recentemente um projeto de reestruturação na região com a contratação de dois novos profissionais para assumir a direção clínica e de enfermagem das unidades no Algarve. O neurocirurgião Gonçalo Neto d’Almeida, com reputação internacional e mais de 20 anos de experiência, assumiu a direção clínica da unidade, enquanto que Nádia Barbosa, com 11 anos de experiência profissional, tem a seu cargo a direção de enfermagem.
O Hospital Lusíadas Albufeira disponibiliza ainda um serviço de Atendimento Urgente à população disponível 24 horas por dia, durante 7 dias por semana. Conta também com o apoio permanente do Serviço de Enfermagem, de técnicos de análises clínicas e de imagiologia, bem como de médicos de diversas especialidades. Este hospital dispõe ainda de uma TAC (tomografia axial computorizada), com características inovadoras na região, que permite melhorar a qualidade da imagem e aumentar a precisão na realização de diversos exames.

Lagoa | Luís Encarnação é o novo presidente da Câmara de Lagoa

O executivo da Câmara Municipal de Lagoa passou a ser liderado por Luís Encarnação por renúncia ao mandato do até agora presidente, Francisco Martins, que justificou a decisão com questões de saúde.
A mudança de ‘timoneiro’ foi aprovada no decorrer da reunião camarária desta terça-feira, 30 de julho. A vereadora Anabela Simão passou a vice-presidente e o novo elemento do executivo é Mário Guerreiro.
Em comunicado, o novo homem-forte da autarquia garante que a equipa que passa a liderar “dará continuidade ao trabalho desenvolvido, com o mesmo empenho e dedicação em prol do Concelho de Lagoa”.

Vila do Bispo | Investimento de quase 100 mil euros em contentores para pescadores

Com o intuito de substituir os antigos e já degradados módulos pré-fabricados de apoio aos pescadores da Salema, a Câmara Municipal de Vila do Bispo procedeu à aquisição de dez novos módulos e dez contentores pelo valor total de 99 mil euros.
Em comunicado, a autarquia refere que “os módulos e os contentores que se destinam a arrecadação de artefactos de pesca, contribuirão, assim, para melhorar as condições de trabalho dos profissionais daquele setor.”
Depois da assinatura dos respetivos contratos de cedência para a utilização dos módulos pré-fabricados e dos contentores, no passado dia 25 de julho, os nove pescadores da Salema receberam as chaves dos mesmos, das mãos do presidente da Câmara, Adelino Soares. 
Para a Câmara Municipal “esta medida visa promover e apoiar o desenvolvimento de atividades económicas existentes no concelho, reconhecendo assim o interesse público no apoio às atividades ligadas à pesca profissional, à promoção dos produtos de pesca e à sua divulgação, bem como, melhorar a imagem da zona urbana daquela localidade.”

Loulé | Inauguração de obra que custou 331 mil euros

Esta sexta-feira, dia 2 de agosto, às 18h30, o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, irá inaugurar a obra de requalificação da Rua Manuel Maria Campina e da Praceta Joaquim António Pires, em Loulé.
Esta obra surgiu no âmbito do projeto de intervenção para a reabilitação urbana “Uma praça no meu bairro”, e consistiu na valorização do quarteirão na envolvente da Rua Manuel Maria Campina e da Praceta Joaquim António Pires com reordenamento da estrutura viária existente, redefinição do estacionamento, reforço da rede de iluminação pública, criação de espaço verde com infraestruturas direcionadas para a prática desportiva e a brincadeira infantil.
A sensibilização para a sustentabilidade ambiental com a criação de espaços verdes, de zonas de sombra e parqueamento de bicicletas é também um dos propósitos desta intervenção numa das zonas mais densamente habitadas da cidade de Loulé.
Esta requalificação exigiu um investimento de cerca de 331 mil euros.

Algarve | Startup Portimão prepara festa de aniversário

No próximo dia 12 de agosto, a Startup Portimão celebra o seu 2º aniversário e, a partir das 15h00, reúne a comunidade de empreendedores, parceiros e amigos para comemorar a data e fazer um balanço da atividade com os seus principais dinamizadores e reunir testemunhos dos seus empreendedores, desde o mais antigo aos mais recém-chegados à incubadora do Município.
Passado dois anos de ter aberto as suas portas, esta incubadora de empresas tem 99% de taxa de ocupação e conta com 19 projetos, 16 dos quais de incubação física e três de incubação virtual, de áreas distintas, com maior preponderância na área do desenvolvimento de aplicações seguido da área de Turismo; Smartcities; marketing digital e área alimentar, num total de 24 postos de trabalho.
O dia a dia da Startup Portimão é marcado pela realização de atividades e workshops nomeadamente na vertente do marketing digital, frameworks e outras áreas de interesse e apoio aos empreendedores para além da dinamização de Bootcamps com vista à aceleração de projetos incubados e abertos também à comunidade.
A Startup Portimão é também ponto de encontro para as Geek Session um evento de networking dedicado à partilha de conhecimento e experiência da comunidade tecnológica do Algarve, bem como para as reuniões semanais do FreeCodeCamp Portimão onde qualquer interessado poderá aprender código de forma gratuita.  
Esta incubadora foi, no último ano, certificada  no âmbito do programa Startup Visa – um programa de acolhimento de empreendedores estrangeiros que pretendam desenvolver um projeto de empreendedorismo e/ou inovação em Portugal, com vista à concessão de visto de residência ou autorização de residência para imigrantes, para além de integrar a Rede Nacional de Incubadoras, acreditada pela StartUp Portugal- estratégia do Governo da República para o Empreendedorismo, que visa dinamizar a capacidade empreendedora e fomentar as condições para a aceleração e o sucesso de novas empresas.
De forma a fazer o balanço destes dois anos de atividade, por volta das 16h00 de 12 de agosto estarão à conversa Paulo Pinheiro, CEO da Parkalgar SA; Luís Matos Martins, CEO dos Territórios Criativos e um membro do executivo da Câmara de Portimão, seguindo-se a partilha da experiência do empreendedor mais antigo, Jorge Batista da Route Techonologies e os empreendedores Rodrigo Borges e John Santos que, desde junho, estão incubados na StartUp Portimão no âmbito do programa Startup Visa.
A tarde de aniversário terá entretanto início com a apresentação do livro ” 9 Formas de Empreender com Personalidade” com a presença dos seus autores António Cordeiro e Luís Matos Martins.
Às 17h00 será altura para cantar os parabéns e cortar o bolo, num momento de alegre convívio e “networking” entre todos os presentes.
Estão desde já abertas as inscrições para quem queira participar no 2º aniversário da StartUp Portimão através do seguinte link

Algarve | Associação Terras do Infante elabora Plano Estratégico

Está em curso a elaboração do Plano Estratégico das Terras do Infante (Aljezur, Lagos e Vila do Bispo).
Em comunicado, aquela entidade diz que se trata de um documento que “promoverá uma análise detalhada da vida em comunidade nos mais variados e múltiplos aspetos, permitindo a elaboração de um plano metódico, realista e operacional, para uma ação focada na resolução dos problemas das populações dos Municípios que integram esta Associação, na trajetória do desenvolvimento sustentado.”
Para o efeito “foi decidido elaborar um Inquérito Social, de carácter estritamente confidencial, consubstanciado num questionário disponível online, pondo, assim, em prática uma metodologia participativa pública que a Associação pretende assegurar ao longo do processo.”
O Inquérito tem como objetivo “a recolha da perceção dos cidadãos sobre várias questões territoriais de ordem ambiental, social, económica e de governança, entre outras, ligadas ao desenvolvimento deste território.”
O inquérito está disponível AQUI de 01 de agosto a 15 de setembro.

Algarve | Festival da Sardinha nos Olhos de Água

Como já vem sendo habitual no mês de Agosto, o largo junto à praia de Olhos de Água veste-se a rigor para receber o Festival da Sardinha, que todos os anos leva à pequena vila piscatória do concelho de Albufeira as melhores sardinhas, servidas a sair diretamente da brasa, acompanhadas por batata cozida, salada de tomate à montanheira e pelo excelente vinho algarvio.
A Festa arranca na próxima quinta-feira, 8 de agosto, e prolonga-se por mais dois dias, até sábado, 10 de agosto.
A abertura do recinto está marcada para as 20h00 do dia 8 de agosto. Depois, os visitantes são convidados a dançar ao som de música de baile com “Miguel Cruz e Tomás Faísca”.
No dia seguinte, 9 de agosto, o baile inicia às 21h00 com o mesmo grupo da véspera, seguindo-se, pelas 22h30, a atuação da banda de hip-hop “Girls Family”.
O certame encerra no sábado, 10 de agosto, sendo que neste dia a animação continua com muita música para dançar com os “Irmãos LA”. Depois do baile, que à semelhança dos restantes dias começa pelas 21h00, o Rancho Folclórico de Olhos de Água fecha o programa de animação. Durante os três dias o recinto encerra à 01:00.

Loulé | Investimento de quase 200 mil euros em obra de repavimentação

A Câmara Municipal de Loulé vai proceder à repavimentação da Avenida José da Costa Mealha, a artéria central e com mais tráfego automóvel da cidade de Loulé.
A intervenção, que será levada a cabo depois do Verão, tem como objetivo beneficiar a rede viária existente, nomeadamente com a repavimentação total da plataforma de circulação, corrigindo irregularidades altimétricas nas faixas de circulação automóvel.
Os trabalhos vão passar pela renovação da marcação rodoviária horizontal, melhoria das condições de drenagem de águas pluviais com a construção de novos sumidouros e substituição de sarjetas existentes, contemplando a obra ainda a construção de um troço de coletor de águas residuais domésticas.
A empreitada terá um custo de 183.949,92 € e um prazo de execução de 90 dias.

Aveiro | Zeca Afonso "foi abandonado pela cidade" onde nasceu

Associação José Afonso
O cantautor nasceu em Aveiro há 90 anos mas a cidade pouco fez para o lembrar.

Aveiro pouco fez por honrar a memória de Zeca Afonso. A convicção é do núcleo regional de Aveiro da Associação José Afonso, que diz que o músico português foi "abandonado pela cidade" onde nasceu. A terra onde Zeca nasceu há 90 anos tem apenas uma pedra num jardim com o seu nome. Para evitar que o património se perca, está a circular uma petição para declarar a obra de José Afonso de interesse nacional. A petição já tem mais de onze mil assinaturas.

Há muito a fazer pela memória de Zeca Afonso na terra onde nasceu, conta-nos Carmo Marques, do Núcleo de Aveiro da Associação José Afonso, que se recusa a abandonar a sua memória. Para isso, era obrigatório comemorar os 90 anos do seu nascimento.

Este Núcleo da AJA, fundado em 2011, através de parcerias, todos os anos tem lembrado Zeca Afonso. O ano passado foi na praça do Peixe, este ano é no Avenida Café Concerto, com um concerto tributo dos Couple Coffee. Um duplo tributo: a Zeca Afonso e a Alípio de Freitas, para quem o músico português chegou a fazer uma música.

Para que Zeca não fique esquecido, há uma petição a circular que apela a que a sua obra seja considerada como património nacional. "A própria obra está em risco com a falência da MoviePlay. Acho que faz todo o sentido lembrar o Zeca todos os dias, quer pela obra, quer pelo seu exemplo de cidadania".

Em resposta às declarações da AJA, a Câmara Municipal de Aveiro garante à TSF que José Afonso não foi esquecido. Pelo contrário, a obra do cantautor (?) vai ser uma peça fundamental na candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura em 2027.

TSF
[Notícia atualizada às 9h38]

Comentário: Dizem maravilhas de Aveiro, e só agora alguém, descobriu quem é Aveiro, ou seus mais destacados "administradores"?
Zeca Afonso não foi o único, foram todos, assim nos diz a história. Viveram-se curtos momentos de euforia, logo tudo se esqueceu, tudo começou a fazer parte do passado.
Além do mais, Aveiro é uma cidade tipicamente da direita, assim sendo, como podia "venerar" um artista assumidamente da esquerda?
É difícil ser-se coerente? É.
A cidade de Aveiro, foi indigna de ter no seu meio homens e mulheres, que colocaram as suas vidas em risco para conquistar a liberdade, porque, a seguir ao 25 de Abril, o primeiro presidente eleito para a Câmara Municipal era um homem assumidamente da direita. Está tudo dito, tem o que merece.

Joaquim Carlos
Director

Moçambique | Momade assina Acordo de Cessação das Hostilidades acreditando que eleições serão justas, livres e transparentes em Moçambique

A guerra cessou formalmente em Moçambique nesta quinta-feira (01) após a assinatura de um Acordo entre o Presidente de Moçambique e o líder do maior partido Renamo. Ossufo Momade acredita que “a partir deste Acordo todos nos comprometemos em tudo fazer para doravante as eleições serem justas, livres e transparentes” em Moçambique. Filipe Nyusi equiparou o Acordo de Cessação das Hostilidades militares ao cordão umbilical de um bebé, que pela tradição, deve ser enterrado para “jamais os moçambicanos voltarem a ver a guerra”.
A localidade de Chitengo, no Distrito de Gorongosa, na Província de Sofala, epicentro da terceira guerra civil, foi o local escolhido para a formalização do calar das armas em Moçambique. Até ao fim do mês de Agosto deverá ser assinado um Acordo total de Paz, o terceiro depois de 1992 e 2014.
Ossufo Momade recordou que a guerra regressou “pela programação e validação dos resultados eleitorais não transparentes, não justos e não credíveis. Por outro lado estas hostilidades militares foram consequência da intolerância política que ficou mais acentuada a partir de Setembro de 2015”.
O presidente da Renamo prestou tributo ao seu antecessor, Afonso Dhlakama, “queremos manifestar o nosso eterno reconhecimento a este ícone político, o homem que sempre colocou o povo de Moçambique em primeiro lugar. Abdicou a família, a riqueza, a sua própria vida para salvaguardar os interesses mais nobres do nosso país”.
“Ao irmão Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República, vai o nosso sentimento de apreço por ter conseguido romper as forças que sempre opuseram-se ao diálogo como forma de resolver as nossas diferenças e esperamos que seja o guardião desta página de ouro que hoje abrimos”, afirmou dando a impressão que aposta numa vitória do candidato do partido Frelimo a 15 de Outubro como forma de garantir a paz.
Para Momade, “O dia 1 de Agosto de 2019 fica registado nos anais da nossa história como uma data inesquecível, o dia do reencontro da família moçambicana” e garantiu “ao nosso povo e ao mundo que enterramos a lógica da violência como forma de resolução das nossas diferenças”.
“É nossa convicção que a partir deste Acordo todos nos comprometemos em tudo fazer para doravante as eleições serem justas, livres e transparentes”, declarou o líder do maior partido de oposição alheio ao facto do processo para as Gerais deste ano já estar viciado pelos problemas do Recenseamento.
Ossufo Momade exorta “aos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) a não promover caça as bruxas”
Foto da Presidência da República
O presidente da Renamo enfatizou que ao abrigo do Acordo o Governo deve “abster-se de assumir posições ameaçadoras ou cercar bases da Renamo conhecidas pelo Grupo Técnico Conjunto de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração enquanto decorre o processo do seu desmantelamento ao abrigo do Memorando de Entendimento sobre Assuntos Militares, absteres de actos hostis ou de sequestros contra populações civis e suas propriedades”.

No entanto Momade não nomeou as disposições que o seu partido deve cumprir, apenas disse “Do nosso lado comprometemo-nos a respeitar e cumprir todas as disposições do presente Acordo no espírito e na letra, sem reservas”.
O Acordo indica que a Renamo deve entregar as armas que possui, não pode adquirir novas armas nem munições, está impedida de recrutar novos homens para apresentar como seus guerrilheiros a serem reintegrados e todas as suas bases deverão ser desactivadas até ao próximo dia 21.
“Esperamos também que doravante a Polícia da República de Moçambique seja republicana e defensora de todos os moçambicanos”, desejou Ossufo Momade que exortou “aos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) a não promover caça as bruxas, perseguição e tortura aos cidadãos em particular aos membros dos partidos políticos em salvaguarda a paz e reconciliação nacional durante alcançadas”.
Não é público se a Renamo conseguiu uma das suas principais exigências que era integrar alguns dos seus homens nos Serviços de Informação e Segurança do Estado, instituição que alegadamente comanda os chamados “esquadrões da morte” e que durante o 1º mandato de Filipe Nyusi protagonizaram dezenas de assassinatos e sequestros com aparentes ter motivações políticas.
Autocarro de passageiros atacado por “inimigos da paz”
Por seu turno o Presidente Filipe Nyusi assinalou que “o conflito armado provocou a morte de muitos irmão nossos e a destruição de bens privados e públicos, como moçambicanos guardamos amargas recordações desse período sombrio na nossa história como uma lição para evitar a sua repetição. A violência militar retardou o desenvolvimento de Moçambique”.
“Volvidos vários anos de diálogo visando o alcance da paz efectiva e duradoura estamos aqui em Gorongosa para dizer a todos os moçambicanos e ao mundo inteiro que acabamos de dar mais um passo que mostra que a marcha rumo a paz efectiva é mesmo irreversível, que a incerteza dê lugar a esperança, que o futuro de Moçambique é mesmo promissor”, prometeu o Chefe de Estado.
Foto da Presidência da República
Nyusi deixou o desejo de “a partir de hoje abre-se uma nova era na história do nosso país onde nenhum moçambicano, ou grupo de moçambicanos deve utilizar a violência armada como meio de solucionar diferenças políticas ou de opinião”.

Para o terceiro Presidente moçambicano que assina um documento com vista a paz o Acordo de Cessação das Hostilidades militares é como um cordão umbilical de um bebé, que pela tradição, “enterra-se longe num sítio que jamais se pode desenterrar (...) jamais os moçambicanos voltarem a ver a guerra”.
Entretanto um autocarro de transporte de passageiros foi alvo de tiros por parte de desconhecidos durante a noite de quarta-feira (31). O incidente, onde ninguém ficou ferido, foi comentado pelo Presidente Filipe Nyusi.
“Ouvi dizer hoje que houve umas pessoas que apareceram a ameaçar outras pessoas ontem, são inimigos da paz. Não são necessariamente pessoas da Renamo. Estive hoje a falar com o presidente da Renamo, são pessoas contra a paz. Então agora como nós dissemos não há hostilidades, não há quem seja da Renamo, aquele que vai fazer um tiro, que vai usar a arma a Renamo e o Governo juntos vão lhes buscar”, declarou Nyusi na Cidade da Beira, num evento com membros do seu partido após rubricar o Acordo com Ossufo Momade.
Depois da viciação do Recenseamento Eleitoral o povo aguarda pelos resultados das Eleições Gerais, Legislativas e Provinciais para ver se à terceira é mesmo de vez que a paz veio para ficar em Moçambique. É que embora pareça ser difícil alcançar a paz os três acordos que Moçambique teve desde 1992 mostram que mais difícil ainda tem sido mantê-la.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Baba Sharubu
No Moçambique que nos sonhamos o valor do vencido é respeitado.
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Cesar Amaral
Estamos de olho!!!
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