sábado, 30 de dezembro de 2017

Datas e horários das colheitas de sangue no Posto Fixo da ADASCA em 2018


Caros colegas dadores de sangue e amigos!

Estão criadas as condições para os aveirenses aderirem à dádiva, como ainda os que vivem nos arredores de Aveiro. As oportunidades ajustam-se, assim haja vontade.

A ADASCA tudo tem feito para proporcionar o melhor acolhimento aos dadores no local das colheitas. Reconhecemos que nem sempre conseguimos o que pretendemos, e isso deve-se aos condicionalismos que por vezes nos são levantados pelos funcionários do CST de Coimbra.

Nessa área, aos dadores assiste-lhes o direito e o dever de manifestar o seu desagrado no Livro de Reclamações. Existe por ai quem brinque com os dadores, fazendo umas coisas para ficarem bonitos na foto a publicar no jornal do burgo.

Os tais, tipo jet set contam com a bênção do CST de Coimbra. Mais uma vez alerto os dadores para abrirem os olhos. A ADASCA não vai servir para tapar buracos. Verdade seja dita, nunca foi feito tanto em prol da dádiva como na defesa pelos direitos dos dadores desde que a ADASCA existe há 11 anos.

Quem não é por nós, é contra nós... por imperativos de ética não posso adiantar mais. Nunca ficámos espreita para beneficiar do trabalho alheio, os resultados alcançados falam por si.

Bom Ano 2018 para todos os colegas e amigos, quantos aos inimigo contentem-se com o que nos têm feito. 

Vaidade das vaidades não é connosco. Sejamos naturais, e tenhamos a simplicidade, e também a coragem, de dizer o que nos incomoda. As influencias perniciosas reinam por ai com o intuito de fazer dos dadores parvos, ou ingénuos. Cuidado!

Cumprimentos,
Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
Mercado Municipal de Santiago, 1º. Piso
Rua de Ovar | Bairro Social de Santiago

Posto Fixo da ADASCA

Onde posso doar sangue em Aveiro? – Mercado Municipal de Santiago, 1º. Piso

Rua de Ovar (Bairro Social de Santiago)
Telef: 234 095 331 (Sede) ou 964 470 432
Coordenadas GPS: N 40.62659 | W -8.65133
Quartas-feiras das 15:00 Horas às 19:30 Horas = Sábados das 9:00 Horas às 13:00 Horas
Telef: 234 095 331 (C/encaminhamento) ou 964 470 432
 Site: www.adasca.pt 

JANEIRO
Dias 3, 10, 17, 24 e 31 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dias 6, 13, 20 e 27 das 9 horas às 13 horas (Sábados)

FEVEREIRO 
Dias 7, 14, 21 e 28 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dias 3, 10, 17 e 24 das 9 horas às 13 horas (Sábados)

MARÇO
Dias 7, 14, 21 e 28 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dias 3, 10, 17, 24 e 31 das 9 horas às 13 horas (Sábados)

ABRIL
Dias 4, 11, 18 e 25 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dias 7, 14, 21 e 28 das 9 horas às 13 horas (Sábados)

MAIO
Dias 2, 9, 16, 23 e 30 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dias 5, 12, 19 e 26 das 9 horas às 19:30 horas (Sábados)

JUNHO
Dias 6, 13, 20 e 27 das 15 horas às 19:30 horas (4ª.s Feiras)
Dias 2, 9, 16, 23 e 30 das 9 horas às 13 horas (Sábados)

INVESTIGAÇÃO A ameaça de castigo leva-nos a cooperar mais?

Modelos teóricos defendem que a punição pode ser um mecanismo para promover a cooperação na sociedade, mas um estudo demonstrou que a ameaça de castigo nem sempre será a melhor solução.
A punição é muitas vezes encarada como um mecanismo de promoção de cooperação na sociedade
Um grupo de 225 estudantes na China participou numa espécie de jogo que acabou por colocar em causa uma teoria que apresentava a punição como um mecanismo de promoção da cooperação. Os resultados da experiência apoiada numa adaptação de um conhecido exercício chamado “dilema do prisioneiro” mostram que, afinal, a ameaça de castigo pode ser pouco eficaz como incentivo à cooperação. O estudo foi publicado na última edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

A cooperação tem um papel essencial nas sociedades e na evolução (e sobrevivência) da espécie. Foi (e é) preciso que em determinadas situações as pessoas abdiquem do inato egoísmo para que a sociedade funcione. Pode parecer estranho para muitos e óbvio para outros tantos, mas, segundo Darwin, os seres humanos serão inerentemente egoístas para aumentar as hipóteses de sobrevivência.

No entanto, em vez disso, muitas vezes cooperam para alcançar um objectivo comum. Esta cooperação, que mantém as sociedades, desperta há muito tempo o interesse dos cientistas. Porque e como decidem as pessoas cooperar? Em vários estudos realizados até agora, concluiu-se que o castigo é uma forma de levar as pessoas a ser cooperantes na sociedade. Esse é um dos mecanismos. Outro será a relação de reciprocidade social.

Uma equipa internacional de investigadores liderada por Marko Jusup, da Universidade de Hokkaido, no Japão, e por Zhen Wang, da Universidade Politécnica do Noroeste, na China, estudou estes dois mecanismos no contexto social. Fez mais do que isso, explorou estes dois mecanismos num jogo com 225 estudantes divididos em três grupos.

Marko Jusup, especialista em Matemática Aplicada, resumiu ao PÚBLICO dois dos principais resultados da experiência que “revelou duas características-chave do comportamento humano”. Assim, por um lado, os investigadores perceberam que as “redes sociais – de amizades, conhecimentos, contactos profissionais, entre outras – têm o potencial de estabilizar a cooperação numa situação em que, numa perspectiva puramente racional, não deviam e efectivamente não apoiam um comportamento de cooperação”. Por outro lado, acrescenta o investigador, o estudo mostra também que “o poder destas redes sociais para promover a cooperação e, afinal, limitado”. E explica: “Pensávamos que, ao acrescentar o elemento do castigo, isso iria reforçar a cooperação, mas, afinal, isso não se verificou. Em vez disso, o castigo parece interferir com os benefícios fornecidos pelas redes sociais.”

No artigo, os investigadores arriscam uma explicação para este efeito prejudicial de uma ameaça de punição. Será, dizem, porque em vez de ouvir nesse “aviso” a mensagem “eu quero que cooperes” interpretam-no como “eu quero fazer-te mal”. Marko Jusup confirma que esta terá sido uma das conclusões mais surpreendentes do estudo. “De uma maneira geral, as pessoas (no nosso caso, eram estudantes) parecem deixar de se preocupar com o sucesso do jogo para conseguirem vingar-se de alguém que lhes quer fazer mal. É por isso que, frequentemente, a reacção ao castigo é o castigo. Ou, perante a punição, as pessoas revoltam-se talvez para mostrar ‘desprezo’ em vez de ‘submissão’.”

O jogo com o dilema

Mas, afinal, que jogo foi esse que os investigadores usaram para explorar a relação do castigo com a cooperação? O exercício chama-se “dilema do prisioneiro” e é uma “ferramenta” muito usada em estudos sociais (e não só). Na versão clássica deste jogo, existem dois suspeitos que são presos pela polícia, que os separa e oferece a ambos o mesmo acordo. Os suspeitos podem optar entre confessar e trair o parceiro do crime ou remeter-se ao silêncio. E aqui surgem três cenários possíveis, um dos suspeitos denuncia e o outro não; os dois denunciam; os dois remetem-se ao silêncio. As penas a que serão sujeitos vão ser diferentes, dependendo da decisão tomada de forma isolada, sem o conhecimento do outro. Eis o dilema. Remetemo-nos ao silêncio? E se o outro nos trai? A pena seria muito pesada e só para nós. Traímos o parceiro na esperança de que ele não nos traia, o que nos safaria de qualquer castigo. Denunciamos o parceiro desconfiando que ele também fará o mesmo tendo no horizonte algo que não será a mais dura nem a mais leve das penas. Se os dois se remeterem ao silêncio, a pena será reduzida, mas não sabemos o que o outro vai decidir. Experiências sobre este dilema mostram que uma grande percentagem das pessoas escolhe cooperar com o outro suspeito, o que, neste caso, significa remeter-se ao silêncio.

No cenário desta investigação, os estudantes foram divididos em três grupos (apenas um incluía o recurso ao castigo, ou outros dois diferenciavam-se entre si pelo facto de irem mudando os jogadores ou mantendo sempre os mesmos) e jogaram 50 rondas de um jogo em que ganhavam pontos que, mais tarde, seriam convertidos numa recompensa financeira. Cada estudante jogou com dois opositores e a escolha era feita entre cooperar (que valia mais pontos) ou desistir. Porém, o valor mais alto (oito pontos) era conseguido quando um estudante desistia mas conseguia que os outros dois cooperassem. A cooperação de todos valia quatro pontos e a desistência zero pontos. No terceiro grupo, existia também a opção do castigo que se traduzia num pequena redução dos pontos para o “castigador” e uma redução maior para os castigados.

Esperava-se que os indivíduos percebessem que cooperar lhes traria mais pontos. A opção do castigo pretendia forçar esta cooperação com a mensagem: se não cooperares, vou castigar-te. Em teoria, a ameaça levaria a mais cooperação.
“Desconfie da raiva e do castigo. Estes são susceptíveis de arruinar os relacionamentos (presumivelmente já danificados)"Marko Jusup

No entanto, os cientistas perceberam que no grupo em que os jogadores estavam sempre a mudar, a cooperação foi de (4%) enquanto nos que mantiveram os mesmos participantes atingiu os 38%. Surpreendentemente, no grupo em que existia a opção do castigo o nível de cooperação (que se previa bem superior) ficou-se pelos 37%. O castigo revelava assim um efeito desmoralizador que os fazia perder pontos e revoltar-se, retaliando com a escolha de castigos em vez de optar pela cooperação. 

Os resultados abanam o modelo teórico apoiado na eficácia da ameaça de castigo na sociedade, como forma de aumentar a cooperação. Os autores notam, no entanto, que não devem ser extrapolados para leituras que ultrapassassem o cenário desta experiência. Ainda assim, Marko Jusup acredita que devemos testar algumas hipóteses que expliquem estas conclusões. “Por exemplo, se o castigo entre pares, como parece ser o caso no nosso estudo, não resultou, em que situação vai resultar? O castigo existe há tanto tempo, é um dos principais temas da Bíblia, e temos instituições sociais dedicadas exclusivamente a punir os infractores. Deve haver uma situação em que a punição funcione. Levantamos a hipótese de que, a um nível mais básico, para que a punição seja eficaz, deve existir uma assimetria em que o ‘castigador’ seja mais ou menos intocável perante o castigado. Esta hipótese é testável, e pode ser uma parte de nossas experiências futuras.”

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Por falar em futuro, Marko Jusup adianta ao PÚBLICO que está agora a investigar o comportamento perante dilemas de risco colectivo, como as mudanças climáticas. E admite que a sua equipa tem um plano mais ambicioso: “Estamos a tentar derrubar os fundamentos da teoria evolutiva dos jogos, mas a teoria está aguentar-se bem, apesar de todos os nossos melhores esforços. Será emocionante apresentar provas empíricas firmes de que essa teoria é verdadeiramente útil para prever e entender o comportamento humano.”

As conclusões deste estudo publicado agora na PNAS referem-se a um contexto mais geral, da sociedade. E será que também valem para as relações pessoais, profissionais, ou mesmo para as crianças para quem as noções de castigo e cooperação podem ter um papel importante? Sobre as crianças Marko Jusup diz que não se atreve a responder, justificando que não tem filhos nem se sente qualificado para discutir psicologia infantil. Sobre as outras relações deixa um conselho: “Desconfie da raiva e do castigo. Estes são susceptíveis de arruinar os relacionamentos (presumivelmente já danificados). Para que as pessoas trabalhem consigo de forma produtiva, tente abordá-las quando sua raiva diminuir.”

Fonte: Público
ANDREA CUNHA FREITAS 
30 de Dezembro de 2017, 7:55

Inverno é para ir para o frio. Que tal a Islândia?

P
 
 
Fugas
 
 
  Alexandra Prado Coelho  
No Inverno, as hipóteses do viajante (pelo menos as mais evidentes) são duas: ou pegamos na mala e partimos para um destino tropical, tentando esquecer que há estações do ano e que cada uma tem o seu tempo; ou assumimos que é mesmo Inverno e partimos para um lugar… invernoso. Foi o que fez o Sousa Ribeiro, que, acompanhado pelo filho, Rafael, se aventurou por entre as neves da Islândia, partindo das zonas mais turísticas do Sul e seguindo para Norte, onde “sente-se mais a solidão” e “o apelo à serenidade é constante”, como diz uma canadiana que encontra pelo caminho. Viagem de pai e filho, com direito a aurora boreal.
Muito diferente é o destino escolhido por Rute Barbedo, que partiu para o Montenegro, país que “é metade do Alentejo” mas cuja superfície é multiplicada por “um dominó de montanhas e fiordes”. Esta história tem, para além de uma natureza “perfeita”, muita identidade, ou não estivéssemos no país onde se filmou um dos últimos 007, Casino Royale. Como escreve a Rute: “Este pedaço dos Balcãs tem décor para isso: ‘Don Juans’, histórias de máfia, sexy ladys, bebida e tabaco baratos e paisagens de luxo”.
Para quem não quiser ir tão longe e opte por ficar por Lisboa, também temos boas sugestões. Uma delas é ir dormir ao mais recente cinco estrelas da cidade, o Corpo Santo Lisbon Historical Hotel, perto do Cais do Sodré. O João Pedro Pincha já foi e andou a espreitar os muitos vestígios históricos deste hotel, da Muralha Fernandina à Torre de João Bretão, e a descobrir as diferentes inspirações de cada piso. “Há o ambiente Norte de África, depois o da África Central (romãzeiras e cheiro a cacau). Ásia (pagodes, cheio a incenso), América (araras, tucanos, cheiro a baunilha)" e, pelas janelas, Lisboa.
E, para renascer depois da época natalícia e ficar em forma para receber 2018, o programa ideal é aquele que Leonete Botelho aqui descreve como “uma fuga de luxo no coração de Lisboa”: o spa do hotel Tivoli Liberdade. Há tratamentos de corpo e de rosto, estes com produtos da marca Biologique Recherche, tudo sob a orientação de Lúcia Cunha, uma especialista que trabalhou na China, onde ganhou o prémio do melhor spa.
Mas tudo isto abre o apetite, certamente. Por isso, despedimo-nos de 2017 com a sugestão do José Augusto Moreira (e foto, aí em baixo, do Nelson Garrido), a não perder: o Muro by Joachim Koerper, no Muro dos Bacalhoeiros, Porto. O que comer? Caldo verde, bacalhau assado, peixe fresco, caldeirada e cozido à portuguesa, num espaço muito especial, o belo edifício que durante longos tempos foi sede da companhia de vinhos do Porto Calém. 

Vale a pena voltar aqui



Chefs, pokes, tacos e jacarés aterraram no 7.º piso do El Corte Inglés

Os armazéns de Lisboa têm no topo um novo espaço com uma vista excepcional sobre a cidade e restaurantes de chefs com estrelas Michelin. É o Gourmet Experience.

É funcionário público? Vêm aí boas notícias

Resultado de imagem para É funcionário público? Vêm aí boas notícias
Carreiras descongeladas, horas extraordinárias pagas por inteiro e regularização dos precários beneficiam trabalhadores do Estado em 2018.
2010: o governo Sócrates decide congelar os salários na Administração Pública, e depois cortá-los entre 3,5 e 10% a partir de vencimentos superiores a 1500 euros. Mais tarde, Passos Coelho eliminaria os subsídios de Natal e de férias a partir de mil euros. Os trabalhadores do Estado começaram já a recuperar algum rendimento com a reposição dos dois subsídios (no próximo ano deixam de receber o de Natal em duodécimos, regressando à lógica pré-troika), mas é em 2018 que a recuperação acelera.
Descongelamento de carreiras pago às prestações
Foi uma promessa do governo que em 2018 se começa a materializar, pelo menos parcialmente: a progressão na carreira, congelada há oito anos, vai ser retomada faseadamente ao longo dos próximos dois anos.
A progressão na carreira não obedece à mesma lógica em todos os setores da Administração Pública: há casos (a maior parte) em que a evolução depende de avaliações de desempenho, e outros (como os dos professores) em que a mera passagem do tempo é um fator decisivo na progressão.
Os funcionários públicos que dependem das avaliações de desempenho e que ao longo dos anos de congelamento somaram avaliações suficientes para progredirem, vão subir de escalão já em janeiro. Nesses casos, a atualização salarial será paga em quatro prestações iguais: janeiro e setembro de 2018, e maio e dezembro de 2019, e não é retroativa.
A medida vai custar 211 milhões de euros e abrange, nas contas do governo, 80% dos funcionários públicos.
No caso específico dos professores, o governo argumenta que a progressão imediata de todos quantos acumularam tempo de serviço suficiente para isso é incomportável para as contas públicas. Descontentes, os sindicatos pressionaram o executivo e iniciaram negociações que resultaram num compromisso, em termos ainda por concretizar, para o pagamento do descongelamento.
Em 2018, aliás, mais de metade dos professores vão progredir na carreira: são 50.151 docentes que avançam de escalão. Em 2019 são mais 9.340, em 2020 outros 24.915, em 2021 são 21.937 - o que não significa receberem já os correspondentes aumentos salariais: é exatamente isso o que está por definir no compromisso entre o executivo e os sindicatos.
Com as progressões descongeladas, o executivo estima que em 2021 um quarto dos professores atinja os dois níveis mais altos da carreira, Um ano antes, em 2020, cerca de 5 mil docentes atingirão o topo da escala, onde hoje não está nenhum.
Para além das progressões nas carreiras, também as promoções e nomeações na Administração Pública vão ser descongeladas.
Integração de 33 mil recibos verdes. E ainda faltam as autarquias
De uma estimativa de mais de 100 mil instrumentos de trabalho temporário nas Administrações Públicas (número que inclui todos os recibos verdes, mesmo os legais), pouco mais de 33 mil já entregaram requerimentos de trabalhadores que exigem ter um vínculo laboral sólido, e que poderão ser integrados já em 2018.
As comissões que analisam os requerimentos deverão terminar o seu trabalho até ao final de fevereiro, mas isso não significa que a regularização aconteça logo após essa data: no parlamento, o ministro das Finanças sublinhou apenas que o programa de regularização decorre até ao final do próximo ano.
Ainda por iniciar está o programa equivalente para as autarquias.
O executivo estima que a regularização dos precários não terá impacto nas contas públicas: haverá um aumento das despesas com pessoal (mais trabalhadores nos quadros) mas menos despesa na contratação de serviços.
Horas extraordinárias pagas por inteiro
Também do tempo da troika vem o corte de 50% no valor pago pelas horas extra na função pública, que passam a ser pagas com um adicional de 25% da remuneração na primeira hora, e 37,5% nas horas seguintes. Nos dias feriados, o acréscimo é de 50%.
No Setor Empresarial do Estado os funcionários ficam sujeitos ao que estiver disposto nos respetivos acordos coletivos, quando existirem.
TSF

Hora de Fecho: Os 10 temas que vão fazer mexer a economia em 2018

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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
Vai começar o desmame dos estímulos na zona euro e em Itália há eleições potencialmente desestabilizadoras. Também em 2018, os investidores receiam uma guerra "perigosa" com a Coreia do Norte.
Aumentos salariais colocam vários assessores do PS a bater no teto salarial e a ganhar quase 4 mil euros mensais. A mulher de Pedro Nuno Santos foi aumentada em 80% como assessora de Duarte Cordeiro.
Uma corrida, um abraço, um cortejo, um fogo, um julgamento, uma urna, uma tragédia, uma vitória, um protesto, uma eleição. As fotos que mostram o que aconteceu em 2017.
Uma série criada por Nuno Markl, outra baseada no universo de Stephen King, vários regressos esperado. Escolhemos 20 séries que deve marcar na agenda. Já.
O candidato à liderança do PSD abre a possibilidade de regresso ao financiamento dos partidos por empresas, proibido desde os anos 90. Rui Rio quer travar IVA e rever a lei na totalidade.
Marcelo Rebelo de Sousa deve ter alta até domingo, para fazer a passagem do ano em casa, diz o relatório médico publicado no site da Presidência da República. Depende do funcionamento do intestino.
O conselheiro de Estado e ex-líder do Bloco de Esquerda confundiu os conceitos de donativos e angariação de fundos, tal como tinha feito, também na SIC Notícias, o deputado do PSD Duarte Marques.
O IRS volta a ter sete escalões, o que vai beneficiar os contribuintes com rendimentos situados nos níveis intermédios. Para os "recibos verdes" haverá um agravamento da tributação.
Tivemos o Ronaldo no futebol e na política; a Madonna em Lisboa e o país a sair do lixo. No mundo, Trump e Kim trocaram mimos. Faça este teste para saber quão informado andou em 2017.
A notícia caiu como uma bomba esta sexta-feira e já teve desenvolvimentos este sábado: Benfica nega tudo e promete agir em conformidade, RTP avança com mais quatro jogos sob investigação.
2017 foi o ano que teve o maior número de jogos publicados, mas foi também o ano em que saíram alguns dos melhores videojogos dos últimos anos para consolas e PCs. Veja os sete de que mais gostámos. 
Opinião

José Manuel Fernandes
Uns dias quer ser a "consciência moral" do país, noutras sonha com ministérios. E não julguem que isso acontece apenas porque o Bloco se aburguesou - também acontece porque boa parte do PS "bloquizou"

Helena Garrido
Os partidos andam a suicidar-se. No caso das alterações às regras do seu financiamento alimentaram mais uma vez o monstro do populismo.

João Marques de Almeida
O homem que nasceu no dia dos Santos Inocentes, já disse que se sente com energia e ainda com anos para dar ao Porto. Nas suas palavras “são 65 anos mais IVA.” E há quem diga que os 80 são os novos 70

Paulo Tunhas
“As pessoas normais não sabem que tudo é possível.” Saber que tudo – inclusive o pior dos piores – é possível é algo que devemos ter sempre presente, mesmo quando pensamos o melhor.

Maria João Avillez
Escasseiam-me os instrumentos para navegar na irracionalidade do que aí está, nos mandamentos politicamente correctos do “como” pensar, na perseguição/denuncia de tudo o que não é conforme ao figurino

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Cão morre enforcado pela trela ao saltar da varanda


Um cão morreu enforcado pela trela, ao final da tarde desta sexta-feira, em Braga, por ter saltado da varanda onde se encontrava sozinho há mais de uma semana, situação que deixou em choque e revoltada a vizinhança.

O incidente ocorreu na Calçada de São Martinho e foi presenciada por muitas pessoas que se dirigiam ao Estádio Municipal de Braga, para assistirem ao jogo entre o Sporting de Braga e o Portimonense.

O animal, de grande porte, tinha sido adquirido recentemente por um casal, ainda antes do Natal, mas estava sempre sozinho naquela varanda, muitas vezes aos saltos. O animal caiu da varanda, mas ficou suspenso pela trela amarrada a uma corrente, ficando assim enforcado e suspenso, entre o segundo e o primeiro andar, virado para a rua, deixando os transeuntes consternados.

Os vizinhos chamaram a PSP de Braga, que por sua vez acionou a empresa municipal de saneamento e de limpeza, a AGERE, tendo o cadáver sido removido e levado para o Canil de Braga, onde será incinerado.

Fonte: JN
Foto: Gonçalo Villaverde/Global Imagens

CANTANHEDE: MAGIA DO “NATAL TRADICIONAL” REVIVIDO PELAS CRIANÇAS DO CLUBE DE TEMPOS LIVRES

Integrado na programação que a Direcção Geral da Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, elaborou para esta quadra natalícia e a exemplo dos anos anteriores, promoveu no âmbito do plano de actividades extra – curricular do CTL – Clube de Tempos Livres, no último dia de aulas do 1º período, a já habitual festa de Natal, dedicado a todas as crianças que frequentam o CTL ao longo do ano lectivo.
Logo no inicio da primeira quinzena do mês corrente e com a colaboração das técnicas do CTL, as crianças ao longo dos dias, foram ocupando os seus tempos livres efectuando alguns trabalhos manuais alusivos à quadra festiva que se vive e que serviram de decoração para as modelares instalações que albergam o Clube de Tempo Livres, na sede social, elaborando igualmente a imagem de natal que serviu de base para o envio das boas festas às diversas pessoas e entidades que vão colaborando com aquela Associação.
Para tornar a festa mais tradicional e apelativa foi criado em redor da árvore de natal, um cenário de magia que marcou a entrega das prendas que a Direcção Geral daquela Associação ofereceu a cada criança. As crianças após chegarem ao Clube de Tempos Livres, participaram em diversas actividades lúdicas com grande incidência na quadra festiva do Natal.
Seguidamente e após ser serviço lanche o momento seguinte foi reservado para a tão esperada entrega das prendas de natal a todas as crianças presentes, que já se encontravam com muitos dos seus familiares na sede social. Com algum espanto e num rodopio infernal em volta da ”Árvore de Natal, a entrega dos presentes, proporcionou um ambiente mais barulhento e mais agitado na sala que acolheu a festa.
Viveram-se momentos de grande alegria, satisfazendo a curiosidade dos mais pequenos, o rasgar do papel para desembrulhar as prendas. Lurdes Silva, Presidente da Direcção Geral que estava acompanhada pelo seu Presidente Adjunto João Lucas e pela Vice Presidente Magda Silva, aproveitou o momento para agradecer a presença de todos os familiares, desejando uma quadra de natal bem festiva a todos os meninos e meninas e suas famílias presentes na festa.

LBP Defende Memorial Nacional aos Bombeiros

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) vai propor ao Governo a realização de uma cerimónia nacional na qual sejam distinguidos todos os bombeiros portugueses pelos relevantes serviços prestados ao País.
A LBP vai também propor ao Governo, e à Câmara Municipal de Lisboa, a edificação de um memorial nacional de homenagem a todos os bombeiros portugueses falecidos em serviço.
Refira-se que, desde 1980, data a partir da qual se passou a fazer esse registo, faleceram em serviço 225 bombeiros, 89 dos quais entre 2000 e a actualidade.
As duas propostas mereceram a aprovação unânime da última reunião do ano e do presente mandato do conselho executivo da LBP. Recorde-se que este transita maioritariamente para o próximo mandato (2018/2021), que vai tomar posse, bem como os restantes órgãos sociais da LBP no próximo dia 13 de Janeiro em cerimónia a decorrer em Caldas da Rainha.
Fonte: O Algarve Económico

Hoje, Dia 30 de Dezembro Seja diferente | Dê sangue no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro


Neste Natal dê o melhor de si: vá até ao Posto Fixo da ADASCA e faça a sua dádiva de sangue


Apresentação do Mapa de Sessões de Colheitas de Sangue a realizar no ano de 2018 no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro


Nunca esquecemos quem nos salvou a vida, nunca esquecemos quem nos ofereceu um sorriso num momento menos bom da nossa vida. Faça a diferença e ofereça o melhor presente do mundo. Dê Sangue e ajude a Salvar Vidas.

Dezembro vai decorrer na seguinte data e horário:

Dia 30 das 9:00 horas às 13 horas no Posto Fixo localizado no Mercado Municipal de Santiago, 1º. Piso em Aveiro, Rua de Ovar, Coordenadas GPS: N 40.62659 - W -8.65133.

Os interessados em aderir à dádiva devem fazer-seacompanhar do Cartão de Cidadão para facilitar a inscrição ou do Cartão de Nacional de Dador de sangue.

Isso é o que os magrinhos não entendem sobre dieta


Posted: 29 Dec 2017 12:46 PM PST
Especialistas mostram como a dieta influencia e altera nosso metabolismo e nossos hormônios - coisas que quem nunca precisou fazer não entende
 
Posted: 29 Dec 2017 10:27 AM PST
Quando você faz exercício físico intenso sua pele fica cheia de urticárias? Conheça a anafilaxia induzida pelo exercício
 

Lisboa | Tiroteio após assalto a carrinha de valores. Tentaram levar 70 mil euros


ATUALIZADA. Estão a ser feitas buscas no Bairro de Outurela, em Carnaxide

Um assalto a uma carrinha de valores em Lisboa, culminou esta sexta-feira num tiroteio em Queluz de Baixo, tendo feito dois feridos, apurou o DN junto de fonte oficial da PSP. O incidente ocorreu perto do Continente de Telheiras e o valor que estava a ser transportado rondava os 70 mil euros.

Os dois assaltantes feridos foram levados ao "hospital mais próximo". Um deles foi baleado na cabeça e ficou em estado muito grave. A sua morte chegou a ser dada como certa, ao início da noite, mas esta informação foi corrigida no início da madrugada, ainda que o prognóstico para a sua saúde se mantivesse incerto.

O assaltante, baleado numa perna e na zona do abdómen, continua internado no Hospital Amadora-Sintra. Segundo disse ao DN fonte hospitalar, está a recuperar bem e poderá ter alta já amanhã.

De momento, estão a ser feitas buscas no Bairro de Outurela, em Carnaxide, Oeiras.

Porta-voz da PSP disse à comunicação social que três polícias teriam ficado feridos, mas soube o DN, junto de outra fonte policial, que os agentes da autoridade escaparam ao tiroteio sem qualquer ferimento.

O terceiro assaltante deverá ser interrogado durante o fim de semana, provavelmente no sábado. Ao que o DN apurou junto de fonte policial, trata-se de um homem de 25 anos, que já cumpriu pena de 7 anos por sequestro, tendo sido libertado há dois anos.

Contactado pela Lusa, o Instituto Nacional de Emergência Médica deu conta de "dois feridos graves", transportados para os hospitais São Francisco Xavier, em Lisboa, e Amadora-Sintra.

Fonte do Hospital Amadora-Sintra disse à Lusa que um dos homens, de 29 anos, foi baleado na barriga e no joelho, encontrando-se "orientado" e acompanhado por elementos da Polícia Judiciária.

O dinheiro foi recuperado e um revólver foi apreendido.
"Necessidade de recurso a arma de fogo"

"Na sequência do assalto, [os suspeitos] colocaram-se em fuga em viatura roubada e foram intercetados por agentes da PSP na zona de Queluz de Baixo, Oeiras. Aquando da detenção, à qual resistiram, houve necessidade de recurso a arma de fogo pela PSP. Na sequência da intervenção policial, registaram-se cinco feridos, três dos quais polícias, sendo todos encaminhados para tratamento hospitalar. Foi apreendido o produto do roubo e uma arma de fogo", relata a Direção Nacional da PSP, em comunicado entretanto divulgado.

No momento em que a viatura dos três suspeitos foi intercetada em Queluz de Baixo, concelho de Oeiras, os homens abalroaram a viatura policial.

Os três homens terão assaltado uma carrinha de valores na zona de Carnide, em Lisboa, um pouco antes das 15:00, com recurso a uma arma de fogo (revólver), tendo agredido um dos seguranças da carrinha de valores "a soco e pontapé, provocando-lhe diversos ferimentos", segundo a polícia.

A Direção Nacional da PSP acrescenta no comunicado que os suspeitos já tinham antecedentes criminais.

"Salienta-se que os indícios recolhidos em sede de investigação realizada pela PSP e tutelada pelo Ministério Público apontam para que grupo detido seja o eventual responsável por assaltos a ATMs (caixas multibanco), carrinhas de transporte de valores e estações dos CTT (correios)", sublinha a Direção Nacional da PSP.

Em atualização
Fonte: DN

Investimento de 465 mil euros em obras

A Câmara de Albufeira publicou em Diário da República, esta Sexta-feira, 29 de Dezembro, os avisos de abertura de dois procedimentos concursais, no valor total de 465 mil euros.
Através de um deles, a autarquia pretende adjudicar os trabalhos de conclusão do reforço estrutural do túnel de águas pluviais da ribeira de Albufeira.
O valor do preço base do procedimento 165 mil euros, devendo as empresas interessadas entregar as respectivas propostas no prazo de 20 dias. A que ganhar disporá de 90 dias para concretizar as obras.
O outro concurso que a autarquia abriu tem como  por objecto a execução de colectores e ramais de águas residuais e pluviais.
O valor máximo que está disposta a pagar pela intervenção é de 300 mil euros e o prazo máximo de execução da obra é de 20 meses.
Fonte: O Algarve Económico

Macroscópio – Não, não são balanços do ano. São leituras para passar o ano

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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!
 
Vou fazer uma confissão de jornalista: um dos motivos, talvez o principal motivo, porque jornais, revistas e televisões estão cheios de “balanços do ano”, “figuras do ano”, “imagens do ano” e toda uma linhagem de produtos editoriais semelhantes é porque, entre o Natal e o Ano Novo costumam rarear as notícias. E as redacções estão também rarefeitas. Uma boa forma de preencher este vazio é, por isso, olhar para o ano que passou e escrever sobre ele. Por vezes de forma brilhante. Por vezes nem por isso. Escuso-me pois de vos propor uma selecção desse tipo de trabalhos e, em vez disso, variar um pouco sem variar muito – variar, porque falarei de variados assuntos; variar pouco, pois a ideia será propor algumas leituras (não muitas) mais demoradas, mas também mais interessantes, todas elas capazes de ajudar a preencher os três dias de descanso que temos pela frente.
 
Está bem de ver que, falando de leituras mais longas, textos para degustar com mais tempo, não podia deixar de começar por recordar alguns especiais do Observador deste mês de Dezembro, daqueles com que se aprende:
  • A última paixão de Fernando Pessoa não foi Ofélia é um texto surpreendente de Rita Cipriano sobre a revelação de quem era a mulher misteriosa a quem, no último ano de vida, Fernando Pessoa escreveu uma série de poemas.  Aparentemente “A rapariga inglesa, tão loura, tão jovem, tão boaQue queria casar comigo…/ Que pena eu não ter casado com ela…”, assim referida num poema do heterónimo Álvaro de Campos, seria Margaret Mary Moncrieff Anderson, mas se quiser saber como se chegou a essa conclusão é só mergulhar neste especial.
  • Sidónio, 100 anos depois do Presidente-Rei é um ensaio de Rui Ramos onde o historiados onde este nos conta como, há precisamente 100 anos, em Dezembro de 1917, Sidónio Pais subiu ao poder e mudou o regime, até ser assassinado um ano depois. Nele se discute o que foi o sidonismo e este que significou. A tese que defende é que “O sidonismo foi, enquanto durou, mais uma situação do que propriamente um regime. Não se fundou no bom funcionamento das instituições representativas, nem no respeito pela lei, mas num poder pessoal sustentado pelo oficiais que Sidónio colocou à frente do exército.”
  • Jerusalém: 3800 anos a criar sarilhos e Jerusalém: das três religiões à terceira Intifada são dois especiais que o Observador publicou em dois dias seguidos nos quais José Carlos Fernandes revisita uma cidade que foi atacada 52 vezes, sitiada 23 e arrasada por diferentes exércitos. Uma história apaixonante de um lugar central da história das religiões e, também, das civilizações. Indispensável se quiser compreender melhor o porquê e as implicações da recente decisão do Presidente Trump de autorizar a transferência da embaixada dos Estados Unidos em Israel de Tel Aviv para a Cidade Santa das três grandes religiões monoteístas.
 
Prossigo com outra sugestão da imprensa portuguesa, uma reportagem de investigação publicado no último Expresso. Trata de Escravos do rio, de Rqquel Moleiro, e aborda uma situação inquietante: “São mais de mil. Todos os dias apanham no Tejo toneladas de amêijoas japonesas, contaminadas mas que geram milhões. Não para eles. Tailandeses e romenos são controlados por redes que começam no estuário e terminam na Galiza. Pelo caminho há agressões, armas, furtos, falsificações, fraude fiscal, atentados à saúde pública, exploração laboral e suspeitas de tráfico humano”. (paywall)

 
Saio agora de Portugal e salto para um tema bem mais ligeiro. Agora já não estamos nas margens do Tejo, mas nas do Douro espanhol, não longe de Valladolid, nos campos onde o El Pais foi tentar desvendar Los secretos de Vega Sicilia. Não sei até que ponto os leitores estarão familiarizados com este nome, mas é o do mais prestigioso vinho tinto espanhol, também filho de vinhas que crescem nas margens do mesmo rio que, no lado português, é berço do mais renomado vinho tinto português, o Barca Velha. O Vega Sicilia é mais antigo e teve porventura uma vida mais atribulada, mas tudo isso se pode descobrir neste trabalho do qual retirei apenas uma passagem, um extrato de uma entrevista com o administrador da propriedade:
—¿Cuál es el secreto de un gran vino?
—Un gran viñedo. El vino se hace en la viña y no en la bodega. Y por eso me cargué (hace ya 30 años) la química y los herbicidas y los fertilizantes. Además, hemos hecho un gran trabajo de clasificación de los suelos y de estudio genético y selección de nuestro viñedo (que hemos dividido en 54 parcelas), que va a ser clave en los próximos 50 años. La identidad de un vino está en la viña, no en los polvos. Y luego hay que tener paciencia: nunca haces un gran vino si pretendes forrarte. 
(E como referi o nosso Barca Velha não posso deixar de recuperar um outro especial do Observador, este publicado em 2016, da autoria de Ana Cristina Marques: Barca Velha. Ou a história de como nascem os grandes vinhos. Havendo orçamento, que tal entrar o ano com uma prova comparada?)

 
Mas deixemo-nos de fantasias, ou passemos antes a outras fantasias, pois a leitura que se segue reproduz a conversa bem divertida entre dois especialistas britânicos em tecnologias e transportes. Trata-se de Driverless cars: fantasy or reality?, uma troca de impressões entre Christian Wolmar e Rory Sutherland organizada pela Spectator. Como é habitual naquela revista há sempre um lado mais iconoclasta, e por isso não posso deixar de citar esta consideração de Sutherland, até porque nela também se referem grandes vinhos: “If I were transport dictator, I’d just make transportation fabulous. We can do that. Our perception of time is highly elastic, and the quality of journey time is much more important than its duration. (...) If you ask me, the £6 billion spent on making the Eurostar journey faster had about an equivalent effect to the hundred million or so spent making St Pancras station glorious again. I once suggested skipping the speed increases and instead putting supermodels serving free Château Pétrus to passengers on the Eurostar. That way you could save £5 billion on track improvements: people would ask for the trains to be slowed down. Less spent on engineering technology and more spent on psychology — that could hugely improve transport at a relatively low cost. That’s my policy. I am, basically, a romanticist.”

 
Ora eu, que não sou propriamente um romântico, sou levado a concordar. Até porque nunca tive, até hoje, a oportunidade de provar Château Pétrus, um daqueles vinhos franceses de um liga à parte. Mas adiante, até porque juto que este devaneio não é seguramente consequência da leitura de How Smartphones Hijack Our Minds, um fascinante ensaio do Wall Street Journal (paywall) sobre como “Research suggests that as the brain grows dependent on phone technology, the intellect weakens”. Logo a abrir fiquei a saber que, como utilizador de um iPhone, devo manusear 80 vezes por dia o aparelho, o que dá umas 30 mil vezes por ano. Pois é, nem se imagina, mas parece que são os valores médios, pelo que “The evidence that our phones can get inside our heads so forcefully is unsettling. It suggests that our thoughts and feelings, far from being sequestered in our skulls, can be skewed by external forces we’re not even aware of.
 
E uma vez que, por esta via, regressei a um registo mais ensaístico, termino a minha lista de sugestões para este fim-de-semana de Ano Novo recuperando um texto de Henrique Raposo no Expresso já com alguns meses: Metamorfose da memória (ensaio sobre a Alemanha). Trata-se de um texto, escreve-se logo a abrir, “Onde se explica porque é que ler W. G. Sebald é encontrar a encarnação literária de uma certa mentalidade alemã e europeia que está historicamente situada entre o fim da II Guerra Mundial e o regresso da história que estamos a viver neste preciso momento.”

E por aqui me fico, despedindo-me com uma variante, pois hoje os meus melhores desejos vão para que todos os leitores possam ter um bom e feliz ano de 2018. Até para o ano, festejem bem, sem excessos mas com muita alegria. 

 
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