sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Vacinação de crianças. Saiba como agendar e conheça as datas

A vacinação das crianças na faixa etária dos 5 aos 11 anos começa a 18 e 19 de dezembro.

As crianças dos 5 aos 11 anos vão ser vacinadas contra a Covid-19 a partir do fim de semana de 18 e 19 de dezembro. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado adjunto da Saúde, António Lacerda Sales.

O processo vai começar, como habitual, pelas crianças mais velhas de 11 e 10 anos, podendo ser vacinadas "algumas de nove anos".

A 6, 7, 8 e 9 de janeiro serão vacinadas crianças entre os 9 e os 7 anos. A 15 e 16 de janeiro as crianças entre os 6 e os 7 anos. A 22 e 23 de janeiro "as meninas e os meninos de cinco anos".

Datas da vacinação

Autoagendamento: 13 de dezembro

19 e 18 de dezembro: crianças dos 10 aos 11 anos (e algumas com nove);

6, 7, 8, 9 de janeiro: crianças dos 7 aos 9 anos;

15 a 16 de janeiro: crianças dos 6 aos 7 anos;

22 e 23 de janeiro: crianças com 5 anos;

Crianças nos grupos de risco: podem apresentar-se nos centros de saúde para serem vacinadas com prioridade.

Crianças que já estiveram infetadas: só serão vacinadas 90 dias depois após recuperação

Lacerda Sales adianta ainda que entre 5 de fevereiro e 13 de março serão administradas as segundas doses, "altura em que teremos o esquema vacinal completo.

Na próxima segunda-feira, 13 de dezembro, estará aberto o auto agendamento em que os pais e/ou encarregados de educação poderão vacinar os filhos.

As crianças com comorbilidades podem apresentar-se nos centros de saúde para serem vacinadas com prioridade. Nestes dias, os centros de vacinação estarão encerrados para vacinar adultos.

Francisco Nascimento e Guilherme de Sousa / TSF

Águeda é um exemplo de boas práticas nas áreas da Juventude e Educação

 Ação desenvolvida pelo Centro de Juventude foi premiada e esteve ontem em destaque no 1.º Simpósio de Inovação Social de Águeda

A Câmara Municipal de Águeda promoveu, ontem, no Centro de Artes, o 1.º Simpósio de Inovação Social, onde foram apresentados alguns dos projetos implementados no Concelho pelo Centro de Juventude de Águeda. Boas práticas que são replicadas noutros municípios e que são modelo a nível nacional e europeu.

“Águeda é um exemplo”, disse João Vilaça, da Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Ação, Desporto e Corpo Europeu de Solidariedade, que destacou, a propósito do “excelente trabalho” realizado em Águeda, o prémio que aquele organismo lhe atribuiu, no passado domingo, dia 5, no Dia internacional do Voluntário, pelo projeto Job(S)olidarity 2.0.

O Centro de Juventude recebeu o galardão de projeto inspirador, uma distinção que “é, sem sombra de dúvida, motivo de orgulho para todos e, ao mesmo tempo, um objetivo de sempre, o de inspirar as nossas comunidades com ações, atitudes e projetos assentes na solidariedade”, disse Marlene Gaio, Vereadora da Coesão e Inovação Social, Solidariedade e Família da Câmara de Águeda.

Ana Moutas, coordenadora do Centro de Juventude de Águeda, salientou que este galardão é motivo de orgulho. “Deixa-nos naturalmente muito satisfeitos, porque é um pouco o reconhecimento do trabalho que se tem feito em Águeda”, disse, salientando que o projeto premiado “visa essencialmente trabalhar as competências pessoais, sociais e profissionais de jovens”.

No encontro de ontem, perante vários agentes sociais, a Vereadora Marlene Gaio declarou que “a Juventude e a Educação têm sido, desde sempre, duas áreas de intervenção privilegiadas da Câmara Municipal” e que vão continuar a merecer toda a atenção por parte do Município. De entre o trabalho realizado pelo Centro de Juventude desde 2019, com o apoio da Autarquia enquanto investidor social, ontem foram destacados o VOGUI e o EMOACTION, sendo que no primeiro foram abrangidos cerca de 600 jovens e no segundo cerca de 1.500 crianças e adolescentes e 155 pais e educadores.

São duas áreas de intervenção “muito interessantes, que têm em vista a promoção do desenvolvimento e crescimento dos jovens, procurando dotá-los de competências sociais, pessoais e emocionais, que são ferramentas importantíssimas para potenciar o seu desenvolvimento, ajudá-los a inserir no mercado do trabalho e torná-los profissionais mais capazes”, disse ainda Marlene Gaio, disponibilizando a Câmara Municipal para continuar a apoiar este tipo de iniciativas. Até porque, “as nossas crianças e jovens são o futuro de amanhã e deles depende o desenvolvimento do nosso concelho”.

Foram estas boas práticas, desenvolvidas no Centro de Juventude de Águeda e pelo Município que estiveram ontem em foco no 1.º Simpósio de Inovação Social, encontro onde a Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Ação, Desporto e Corpo Europeu de Solidariedade apresentou as oportunidades que as organizações e os jovens têm no âmbito destes dois programas (Erasmus+ e Corpo Europeu de Solidariedade), que, no quadro europeu, têm um bolo financeiro de 29,2 mil milhões de euros para apoiar projetos destinados aos jovens.

João Vilaça, representante daquela agência com sede em Braga, sublinhou que “o programa Erasmus+ quase duplicou o orçamento disponível relativamente aos últimos sete anos; são muitas oportunidades que existem para as organizações, para os jovens”, pelo que, defendeu, “faz todo o sentido que a agência se desloque a este tipo de eventos para que as organizações tenham consciência de que existe uma estrutura em Portugal que os pode ajudar a desenvolver projetos e a financiar ações”, muitas das quais até já iniciaram mas que “precisam de um impulso para continuar”.

 

Detida mulher suspeita de matar filhos recém-nascidos

O crime aconteceu em Cascais. A suspeita tem 33 anos e terá matado os gémeos logo depois de nascerem.

A Polícia Judiciária deteve, esta sexta-feira, a mulher de Cascais suspeita de matar os seus filhos, gémeos, recém-nascidos.

O crime teve lugar na madrugada do dia 4 de dezembro de 2021.

Num comunicado enviado à Renascença a PJ explica que procedeu à identificação e detenção "fora de flagrante delito de uma mulher, de nacionalidade estrangeira, com 33 anos de idade, por existirem contra ela fortes indícios da prática de dois crimes de homicídio qualificado e de um crime de profanação de cadáver."

Este fim de semana: Animação cultural assinala Natal no Concelho de Cantanhede

A atmosfera de Natal acentua-se no concelho de Cantanhede com um programa de animação cultural especialmente associado ao espírito que caracteriza esta época do ano. Como habitualmente, a agenda do mês de dezembro é quase integralmente dominada por eventos alusivos à quadra natalícia, na maioria organizados pela Câmara Municipal ou com o apoio da autarquia, no âmbito de parcerias com outras entidades. Esta, que é uma orientação seguida relativamente às iniciativas promovidas pelos agentes socioculturais, adquire particular expressão neste período através de uma agenda que contempla diferentes tipos de manifestações artísticas em torno do Natal, do seu significado e dos seus valores.

Este fim de semana, essa agenda prossegue já amanhã, 11 de dezembro, inserido no programa de Animação de Natal, na Praça Marquês de Marialva, a atuação pelas 16h00 do Trio de Saxofones, formação constituída pelos diversos instrumentos da família do saxofone (soprano, alto e tenor) acompanhados por uma voz feminina, levam-nos por temas natalícios bem conhecidos.

Pelas 17h30 será a vez dos Plano V subirem ao palco da Tenda, apresentando um projeto que resulta do laço não só sanguíneo, mas também melódico, entre dois irmãos, criando assim uma simbiose perfeita entre a guitarra de José Veloso e a voz de Miguel Veloso. O grupo define o seu concerto acústico, como a necessidade de expandir este seu “amor d’água fresca”, usando as palavras da artista Dina, em que “pegaram, trincaram”, mas que simplesmente resolveram não deixar na cesta. José e Miguel Veloso apresentam-se como comunicadores natos, mantendo uma permanente interação com o público, numa viagem repleta de animação aos grandes êxitos da música portuguesa.

Finalmente, no domingo, dia 12 de dezembro, também no mesmo espaço, a partir das 16h00, será a vez do grupo Laranjazz se apresentar em palco, num projeto de covers que apresentará no seu reportório um conjunto de temas clássicos de música internacional e portuguesa. Constituído por Inês Laranjeira, na voz, João Toscano, na guitarra e baixo, e Vasco Faim na bateria e percussão, todos oriundos do concelho de Cantanhede, a formação propõe a concretização de um trabalho musical que resulta de múltiplas adaptações, incidindo particularmente em abordagens entusiastas de vários êxitos dos anos 70 e 80, mesclados com alguns temas bem conhecidos da atualidade, sempre com uma pitada de jazz, a gosto.

Às 17h30 será a vez da atuação do grupo Pequenas Vozes de Febres, grupo que é orientado por Anabela Rocha, principal obreira deste projeto e é constituído por 50 crianças e jovens com idades compreendidas entre os 4 e os 14 anos. Com mais de uma década de existência, o grupo Pequenas Vozes de Febres, que começou por se chamar Coro Infantil de Febres, aposta na música portuguesa e para além da interpretação de canções já fez espetáculos com musicais da Disney.


Proença-a-Nova | Direitos do consumidor abordados em ações de informação

“Emagreça a fatura da água”, “A saúde a que tem direito”, “Consumir energia com eficiência “e “SOS Consumidor Sénior” foram os temas que marcaram as ações de informação que decorreram em diversas aldeias do concelho ao longo desta semana. A iniciativa foi organizada pelo “Projeto Enraizar” CLDS 4G em parceria com o Município de Proença-a-Nova, com o objetivo de informar a população sobre assuntos relacionados com a postura a ter enquanto consumidor.

Orientadas pela oradora Tânia Santana, jurista da DECO, a aldeia do Chão do Galego recebeu a primeira ação - “Emagreça a fatura da água”. Ainda no mesmo dia houve espaço para a única sessão em Proença-a-Nova, subordinado ao tema “A saúde a que tem direito”, onde foram dados a conhecer alguns dos principais direitos das pessoas enquanto utentes do Sistema Nacional de Saúde. No final foram também abordados outros temas, que suscitaram troca de ideias entre oradora e plateia. “Como complemento achámos pertinente falarmos um pouco de questões sobre faturação dos serviços públicos essenciais, que todos nós recebemos nas nossas casas. Demos alertas sobre este tipo de práticas comerciais desleais e agressivas, que tendem a ter como público-alvo a população sénior”, explicou Tânia Santana. A oradora referiu ainda que este tipo de ações acaba por tomar outro cariz quando o público-alvo é a população mais idosa.

Na aldeia do Pergulho foi abordado o tema “Consumir energia com eficiência”, enquanto que na Pedra do Altar a ação teve como foco “SOS Consumidor Sénior”. De acordo com Tânia Santana, “há ações específicas para consumidores seniores e outras para o público em geral, mas tentamos sempre abordar pontos interessantes e partilhar exemplos práticos. Neste caso, de uma maneira ou outra, as pessoas já têm sensibilidade para perceber algumas situações”.

Qualquer consumidor, independentemente de ser sócio ou não, pode contactar a DECO para tirar dúvidas, através do email deco.centro@deco.pt, pela página de internet DECO Associação ou contacto telefónico 239 841 004.

Ansião promove iniciativas para eliminação da violência contra as mulheres


A efeméride assinala-se a 25 de novembro, mas este é daqueles dias que deve estar todos os dias assinalado nos nossos calendários. Falamos do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que trouxe a Ansião várias iniciativas de sensibilização da comunidade.

O Município de Ansião, através da sua EIVL – Equipa para a Igualdade na Vida Local, associou-se à campanha #16diasdeativismocontraaviolênciadegénero. Localmente a campanha iniciou-se a 25 de novembro e decorre até ao dia 11 de dezembro, completando 17 dias de ativismo.

Durante este período, desenvolveram-se algumas atividades, nomeadamente uma Exposição de laços negros, em memória das vítimas de violência doméstica, à entrada do Município de Ansião; declamação de poesia alusiva à mulher nas plataformas digitais do município; a criação de uma página de Facebook e de um e-mail para a EIVL Ansião, bem como a sua divulgação através de mupis digitais.

Houve ainda a participação numa formação sobre Comunicação Institucional na Ótica da Igualdade entre Mulheres e Homens e a atribuição de prémios do III Concurso de Desenho da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Ansião, subordinado ao tema “Os Direitos da Criança”.

O objetivo da EIVL passa por dar continuidade à dinamização de ações que promovam a igualdade de género no concelho de Ansião, na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

ESHT promove Experiências de Turismo Criativo para assinalar os 27 anos do IPCA 13 dezembro | 14h30

 A Escola Superior de Hotelaria e Turismo associa-se às comemorações do Dia do IPCA com um conjunto de atividades que destacam o Património Cultural Imaterial da cidade de Barcelos. Sob o mote “Experiências de Turismo Criativo: Barcelos, Cidade Criativa da UNESCO”, a ESHT promove um conjunto de experiências turísticas típicas do que a cidade de Barcelos tem para oferecer.

A gastronomia, o bordado de crivo e o artesanato do figurado de Barcelos são experiências que os visitantes poderão usufruir, de modo a conhecerem um pouco melhor a história e o património da cidade. As experiências serão dinamizadas por alguns dos mais prestigiados artesãos de Barcelos, pela Confraria do Galo de Barcelos e por docentes da área da gastronomia e da inovação alimentar do IPCA. A mostra irá decorrer no dia 13 de dezembro a partir das 14h30, no corredor da ESG, no Campus do IPCA.


No mesmo dia,  pelas 17 horas, está agendada uma conferência sobre esta temática, que irá juntar Carlos Costa, Professor Catedrático da Universidade de Aveiro, Elisa Braga, Vereadora da Cultura, Turismo e Artesanato do Município de Barcelos e Paula Tavares, Diretor da ESD-IPCA, numa sessão moderada por Alexandra Malheiro, Diretora da ESHT no auditório Dr. António Martins.

 

Ao celebrar o Dia do IPCA, a ESHT abre este evento às Comunidades barcelense e académica do IPCA, de modo a contribuir para o conhecimento do Património Cultural Imaterial do Território de Barcelos, Cidade Criativa da UNESCO.


Ana Teixeira

Porto de Mós | Orçamento Municipal para 2022 aprovado por unanimidade


No passado dia 7 de dezembro foi aprovado, em reunião de câmara, o Orçamento Municipal para 2022, por unanimidade.

Quase 25 Milhões de euros, um dos maiores Orçamentos dos últimos anos, este documento reflete a estratégia do atual Executivo para os próximos anos.

O Orçamento prioriza duas grandes áreas, uma no âmbito das infraestruturas, onde se destaca o enorme investimento na infraestruturação da Área de Localização Empresarial de Porto de Mós, com um montante previsto de cerca de 3.480.000€ para 2022, o inicio da recuperação da Casa dos Calados, investindo cerca de 1.000.000€ e ainda, no Saneamento e Abastecimento de Águas, onde se prevê investir cerca de 1.486.000€. A outra prioridade será no âmbito da Saúde e Ação Social, onde se inclui a ação social escolar com um montante associado de cerca de 1.000.000€, nomeadamente para financiar a gratuitidade dos transportes, mas também para apoiar nas refeições e prolongamentos. Nas restantes rubricas da Ação Social e Saúde prevê-se um investimento de cerca de 606.000€.

Estas prioridades representam mais de 50% das Grandes Opções do Plano para 2022, num montante superior a 7,5 Milhões de euros.

A perspetiva deste documento plurianual será atingir no final do mandato, em 2025, uma cobertura em termos de saneamento básico próximo dos 90%, atualmente rondam os 70%, executando investimentos nesta área em duas zonas essenciais, na Freguesia de Pedreiras, Juncal e de Mira de Aire, num investimento total previsto de 12 Milhões de euros.

Esta estratégia do Executivo Municipal enquadra-se no desígnio de combater a quebra de população com a atração de novas empresas no curto prazo e na dinamização da economia local e seu empreendedorismo, bem como na valorização da qualidade de vida das pessoas com acesso garantido a recursos essenciais, melhorando o bem estar dos cidadãos com o intuito de fixar cada vez mais jovens ao nosso concelho.

BREAKING NEWS: Supreme Court allows clinics’ challenge to Texas’ abortion ban to proceed, rebuffs Biden admin

The Supreme Court again declined to block an unusual, privately-enforced Texas state law severely limiting abortions in a Friday ruling, though the high court’s majority said some challenges brought by clinics against the law could proceed.

Though the court’s conservative majority slammed the door on several legal avenues abortion clinics and doctors sought to use to nullify the statute, they said state courts could act to block the law, and federal courts may be able to limit some fallout from the statute, like the threat to doctors’ licenses. That may be enough to obtain definitive rulings on the constitutionality of the law in federal court and dissipate the chilling effect that has dramatically reduced the availability of abortion in the state.

Chief Justice John Roberts and the court’s three liberal justices partially dissented, saying the high court should have permitted the law’s opponents to seek to block it more directly by suing local court clerks who accept the privately-filed suits.

Separately on Friday, the high court turned aside an appeal from the Biden administration, which brought a suit on behalf of the federal government to try to block the Texas law. The justices offered no explanation for that decision, and Justice Sonia Sotomayor dissented.

Read more: https://www.politico.com/news/2021/12/10/supreme-court-allows-clinics-challenge-to-texas-abortion-ban-to-proceed-rebuffs-biden-admin-524083

Fonte: POLITICO

Pequenas Vozes de Febres apresentam Concerto de Natal no Multiusos de Febres, dia 11 de dezembro

As Pequenas Vozes de Febres apresentam-se em Concerto de Natal no próximo sábado, dia 11 de dezembro, às 21h30, no Multiusos de Febres, num espetáculo que contará ainda coma a participação especial da Academia de Artes Primeira Posição, da Ponte de Vagos.

Com um reportório particularmente direcionado para quadra natalícia, do programa constam obras como “Sim, eu sonhei”, de Anabela Rocha, “Nesta noite branca”, celebrizada pelos Anjos e Susana, com música e letra de Nelson e Sérgio Rosado, “A todos um, bom Natal”, de César Batalha e Lúcia Carvalho, “Pinheiro de Natal”, tema tradicional, “Broas de Mel”, de José Carlos Godinho ou “Chegou o Menino Jesus”, de Carlos Alberto Vidal.

O espetáculo é gratuito e com lugares reservados, pelo que será necessário efetuar reserva prévia, através do contato 919921034, de forma a garantir assim o distanciamento social necessário e indispensável.

Recorde-se que de forma a dar cumprimentos às regras pela Direção-Geral da Saúde será necessário a apresentação de Certificado de Vacinação ou teste negativo à entrada, bem como o uso de máscara durante todo o evento.


Sobre o grupo Pequenas Vozes de Febres

Com mais de uma década de existência, o grupo Pequenas Vozes começou por se chamar Coro Infantil de Febres, alterando o nome em abril de 2014, altura do seu quarto aniversário. É orientado por Anabela Rocha, principal obreira deste projeto. O grupo é composto por 50 crianças e jovens com idades compreendidas entre os 4 e os 14 anos. Nasceu a 16 de março de 2010 e era inicialmente composto por 24 crianças. Em 2012 gravou o seu primeiro CD intitulado “Sonho de Criança”. Neste momento encontra-se a concluir o segundo CD, que será apresentado antes do Natal. Este grupo aposta na música portuguesa e para além da interpretação de canções já fez espetáculos com musicais da Disney.

Conta desde a sua formação com cerca de 75 atuações, dentro e fora do distrito de Coimbra. Este coro está integrado num projeto da Junta de Freguesia de Febres, estando, portanto, a receber o apoio logístico da mesma, desde o local de ensaios aos aspetos mais burocráticos.

A formação deste Coro teve como principal objetivo dar oportunidade a todas as crianças de se desenvolverem a nível musical, longe dos grandes centros urbanos, ajudando-as a adquirirem maior confiança e autoestima e essencialmente aprenderem a trabalhar em grupo, criando o gosto pela prática musical de conjunto.


ALTERAÇÃO NO ACESSO RODOVIÁRIO NA AVENIDA RIO EM ARMAÇÃO DE PÊRA E CONDICIONAMENTO NO ACESSO A GARAGENS ENTRE 13 DE DEZEMBRO DE 2021 E 10 DE JANEIRO DE 2022


A Câmara Municipal de Silves informa que, devido à necessidade de execução de trabalhos no coletor de saneamento no âmbito da empreitada de “Requalificação Urbana da Baixa de Armação de Pêra – 1ª Fase – Infraestruturas de Drenagem e Elevação de Pluviais e Saneamento”, haverá alteração no acesso rodoviário na Avenida Rio em Armação de Pêra e condicionamento no acesso a garagens dos prédios, entre 13 de dezembro de 2021 e 10 de janeiro de 2022.

Será colocada informação nas caixas de correio dos prédios que ficarão privados do acesso às garagens, nomeadamente o Edifício RIAMAR; o Edifício D. João II; o Edifício n.º 10; o Edifício Varandas da Vila (com 4 acessos); o Edifício Marbel nº 01 e o Edifício n.º 07.

A autarquia pede a atenção dos automobilistas e residentes para esta situação e agradece a compreensão e colaboração de todos.

Mais de dois terços dos portugueses defendem vacinação obrigatória contra Covid-19

Estudo da Deco revela que maioria dos portugueses concordaria em tornar a vacina contra a Covid-19 obrigatória para os adultos.

Numa altura em que alguns países começam a tornar obrigatória a vacina contra a Covid, o Governo português já deixou claro que não pretende avançar com essa medida. Contudo, um estudo feito pela Deco mostra que a maioria da população concordaria com a obrigatoriedade de vacinação dos adultos, sobretudo quando se trata de profissionais de saúde ou pessoas que lidem diretamente com o público.

De acordo com o estudo revelado esta sexta-feira, feito em conjunto com as associações de consumidores de Espanha, Itália e Bélgica, 67% dos portugueses consideram que a vacina contra a Covid devia ser obrigatória nos adultos. A percentagem aumenta para 79% quando se trata de vacinar obrigatoriamente profissionais de saúde e que prestem assistência, funcionários de escolas e universidades e trabalhadores dos serviços públicos.

Contudo, no universo de 976 inquiridos, com idades entre os 18 e os 74 anos, ainda restam algumas dúvidas: a vacinação dos menores de idade. Neste ponto, apenas 52% dos inquiridos são a favor de tornar a vacina obrigatória para crianças e jovens entre os 12 e os 17 anos, sendo que uma percentagem ainda mais baixa (42%) concorda com a obrigação da vacina em menores de 12 anos.

Vacinação obrigatória à parte, há outras preocupações entre os portugueses, sobretudo no que diz respeito à escassez de vacinas e testes nos países em desenvolvimento: seis em cada dez inquiridos vacinados ou com a vacina marcada mostram-se preocupados com estes temas.

Entre os não vacinados, estender a indicação do uso da vacina a crianças com menos de 12 anos e ter de tomar novas doses da vacina todos os anos são os aspetos que mais preocupam. À pergunta “porque é que ainda não foi vacinado ou porque é que não o vai fazer?”, 41% dos inquiridos não inoculados responderam que não acreditavam na eficácia da vacina. Apenas 38% não confiam no processo de fabrico e de aprovação da vacina.

ECO

SOCIEDADE: Instituto Português do Sangue apela à dádiva em dezembro e janeiro


IPST alerta que, apesar das reservas estarem em níveis normais, é preciso evitar o impacto de exigências da pandemia, como os isolamentos profiláticos
O Instituto Português do Sangue apelou hoje à dádiva de sangue, sobretudo durante os meses de dezembro e janeiro, alertando que as reservas estão em níveis normais, mas é preciso evitar o impacto de exigências da pandemia como os isolamentos profiláticos.

Em declarações à agência Lusa, a presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Maria Antónia Escoval Martins, disse que as reservas estão com níveis "normais para esta altura do ano", mas insistiu: "é importante que todos os que possam deem sangue nos meses de dezembro e janeiro", aqueles em que é mais necessário "reforçar a dádiva".

"Tradicionalmente, já temos as infeções respiratórias e, este ano, há também as infeções covid e os isolamentos profiláticos. Há muitas pessoas em isolamento profilático e há um período de suspensão para quem tem infeções respiratórias e para quem tem infeções covid", explicou.

"A probabilidade de transmissão através da transfusão é um risco puramente teórico, mas nós usamos sempre medidas de precaução", acrescentou a responsável.

Maria Antónia Escoval Martins disse que as reservas no IPST estão entre cinco a 43 dias e que, a nível nacional, contando com os hospitais, situam-se entre 16 a 59 dias. "São valores habituais para esta época do ano, mas os meses de dezembro e janeiro são sempre aqueles em que necessitamos mais de reforçar a dádiva", explicou.

A presidente do IPST considerou que este ano foi "particularmente bom para a dádiva de sangue", sublinhando que até final de novembro, só no IPST (representa 60% das colheitas), havia mais 8,5% de dádivas, mas lembrando que há igualmente "mais 7,5% de distribuição de componentes sanguíneos do que em 2020".

"Se compararmos as dádivas e a distribuição com 2019 também temos mais 2,5% de dádivas e 1,5% de distribuição. Foi um ano particularmente importante para dádiva de sangue, mas é preciso lembrar que há sempre estas variações sazonais, que se verificam no verão, quando as pessoas saem da sua residência habitual, e também, e principalmente, nos meses de dezembro e janeiro", acrescentou.

A responsável explicou que o instituto enviou esta semana às federações e associações de dadores de sangue "uma mensagem para, preventivamente, se fazer um contacto de proximidade com todos os dadores para reforçar dádiva".

"Preocupa-nos não só a situação das festas, como da primeira semana de janeiro, com as pessoas em teletrabalho, pois temos de garantir todos os dias nos hospitais 800 a 1.000 unidades de sangue e componentes sanguíneos", afirmou.

Maria Antónia Escoval Martins disse que, no âmbito da estratégia do IPST para promover a dávida nos meses de dezembro e janeiro, foram igualmente contactados os outros serviços de sangue, as universidades, as associações de estudantes, as federações universitárias, as juntas de freguesia e os clubes desportivos.

"Esta dádiva tem de ser continuada ao longo destes dois meses, por causa dos problemas dos prazos de validade dos componentes sanguíneos. Além disso, há ainda o facto de os homens só poderem dar sangue de três em três meses e as mulheres de quatro em quatro", lembrou a responsável, insistindo: "Temos de garantir as reservas durante estes dois meses, que são sempre particularmente difíceis, mas que este ano a situação é agravada por esta situação dos isolamentos".

Recordou ainda que, por causa da pandemia, tem havido alterações na frequência das faculdades, que asseguravam a dádiva de sangue em dois períodos "muitos marcados" (novembro-dezembro e março-abril). "Os alunos continuam num regime misto e as direções de associações de estudantes também mudaram. Fazíamos com as faculdades colheitas extraordinárias nestes meses e estamos a ter dificuldades em retomar", contou.

A presidente do IPST apontou ainda a dádiva que habitualmente era feita nas unidades móveis de colheita, que com as exigências da pandemia, designadamente a necessidade de distanciamento, não estão a funcionar.´

"A dádiva de sangue é um desafio constante", desabafou a responsável, lembrando que o envelhecimento da população traz dificuldades acrescidas e sublinhando a importância de manter uma constância na dádiva ao longo de todo o ano.

Fonte: Expresso
Imagem: Peter Dazeley


Milhares de assinaturas contra a exploração de lítio em Viseu

A consulta pública do relatório de avaliação ambiental preliminar do Programa de Prospeção e Pesquisa de Lítio termina esta sexta-feira. A exploração do chamado ouro branco continua a suscitar muitas dúvidas e sobretudo críticas das populações das áreas abrangidas e por parte das associações ambientalistas.

Em Viseu, três organizações ligadas ao meio ambiente promovem até hoje uma petição contra a prospeção mineira. O abaixo-assinado foi subscrito nas ruas já por mais de duas mil pessoas.

Só um cidadão conseguiu que 250 pessoas subscrevessem a petição, para satisfação de António Minhoto da Associação Ambiente em Zonas Uraníferas (AZU)

"Só um cidadão arranjou 250 assinaturas, o que mostra a contestação das populações", salienta.

A petição contra o lítio e a destruição do meio ambiente é promovida pela AZU, Associação Olho Vivo e Movimento ContraMineração Beira Serra, que considera que a exploração mineira não vai trazer mais-valias para as áreas abrangidas.

Só no distrito viseense está prevista prospeção nos concelhos de Viseu, NelasMangualdePenalva do Castelo e Tondela.

"Não há ganhos, apenas destruição. É uma atividade brutal, com multinacionais que vieram para ganhar milhões, que não é sustentável, que não cria desenvolvimento e que destrói a passagem já por si limitada pelos incêndios de 2017", argumenta António Minhoto.

O dirigente da associação ambientalista lembra ainda que a região das Beiras já está calejada e ainda está a sofrer os efeitos das minas, em particular dos coutos de urânio.

"Temos já um passivo ambiental brutal, que destruiu grande parte do subsolo e que impôs a destruição de meios hídricos", refere.

Para o Governo, chovem ainda críticas por não ter acautelado os interesses do país neste dossiê do lítio.

"Há aqui interesses parece-nos que um bocado obscuros e os governos têm que ouvir as populações e não podem antes de ouvi-las começarem já a dar concessões", acusa.

Com o fim da consulta pública do relatório de avaliação ambiental preliminar do Programa de Prospeção e Pesquisa de Lítio, as associações ambientalistas pedem aos autarcas para se insurgirem contra as explorações previstas. Exigem ainda que os partidos políticos clarifiquem as suas posições na campanha das próximas eleições legislativas.

José Ricardo Ferreira / TSF

Qualidade de Vida das Famílias de Pessoas com Deficiência Intelectual: APPACDM Coimbra apresenta investigação e dados

Colóquio debate e apresenta dados sobre a qualidade de vida de famílias da instituição

A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Coimbra vai apresentar, no próximo dia 14 de dezembro, os resultados do seu Estudo sobre Qualidade de Vida Familiar, realizado durante o ano de 2021.

Esta investigação, cofinanciada pelo Programa de Financiamento a Projetos do INR, foi realizada a 155 famílias da instituição, o que permitiu a sua caracterização nas dimensões de qualidade de vida familiar, identificando recursos e estratégias de apoio em contexto de pandemia. Com estes dados e retratos, vai ainda ser apresentada uma estratégia e ações de melhoria de qualidade de vida para as famílias.

O estudo foi realizado junto das famílias dos 242 utentes que frequentam a resposta social Centros de Atividades Ocupacionais (CAO) da APPACDM de Coimbra. O objetivo passou por caracterizar estas famílias e perceber as suas principais necessidades, de acordo com cinco domínios de qualidade de vida familiar.

De acordo com o estudo, 84,30% das famílias de pessoas adultas com deficiência que frequentam os CAO da APPACDM da Coimbra tem rendimento per capita abaixo do limiar da pobreza. Percebeu-se ainda que 80,39% das famílias com filhos com mais de 45 anos expressam medo quanto ao futuro do seu filho. Para contextualização, 30,97% dos cuidadores têm idades compreendidas entre os 70 e 90 anos.

O estudo permitiu ainda identificar os impactos da pandemia COVID-19, principalmente os períodos de confinamento, nestas famílias. Assim, percebeu-se que 84,5% expressam terem tido sentimentos de preocupação e ansiedade e 23,5% consideram ter reduzido as manifestações de afeto com os seus familiares com deficiência

De acordo com a coordenadora dos Centros de Atividades Ocupacionais, Ana Isabel Cruz, este estudo “coloca a nu uma realidade preocupante, em que o envelhecimento, o cansaço, o desgaste emocional e a pobreza assumem proporções muito fortes”. Estes dados “impelem-nos a ter de pensar estrategicamente e a agir no curto prazo, minimizando a
angústia de um desgaste acumulado, de quem todos os dias vê o fim mais próximo e teme sobre o futuro para os seus filhos”, continua a coordenadora. “É preciso diversificar respostas, ajustá-las à realidade e, principalmente, deixar de adiar soluções que podem ajudar a que a eterna pergunta “o que vai ser do meu filho quando eu morrer” apenas
encontre o silêncio como eco”, declara Ana Isabel Cruz.

No dia 14 de dezembro a APPACDM de Coimbra vai apresentar estes e mais dados relevantes sobre a Qualidade de Vida Familiar, com o intuito de refletir e procurar soluções para estes contextos.

A inscrição para o evento pode ser feita em:

http://www.appacdmcoimbra.pt/cqv

Mundo | Isabel dos Santos impedida de entrar nos EUA

O Departamento de Estado dos EUA impôs restrições de uso de visto a Isabel dos Santos por utilização de fundos públicos para benefício próprio.

Governo americano decidiu impor restrições à utilização de visto de Isabel dos Santos, rejeitando a autorização de entrada no país. De acordo com um comunicado do Departamento de Estado assinado por Antony J. Blinken, a filha do antigo presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, consta de uma lista de figuras internacionais impedidas de entrar nos EUA por envolvimento em casos de corrupção.

De acordo com o referido comunicado, Isabel dos Santos é acusada de “envolvimento em casos de corrupção por apropriação de fundos públicos em benefícios próprio”.

No dia internacional de combate à corrupção, a administração americana assume a prioridade política da estratégia contra a corrupção. Neste comunicado, revela que passará a haver um coordenador global anti-corrupção, que trabalhará em articulação com todas as agências e parceiros internacionais, uma tarefa que Joe Biden definiu, lê-se, “o maior desafio da história”.

ECO

Combustíveis: Descida de preço foi sol de pouca dura, vem aí uma subida acentuada

 

Prepare-se para desembolsar mais uns euros para atestar o depósito do seu automóvel. Depois de uma descida média de cinco cêntimos por litro na última semana, o preço dos combustíveis regressa às subidas já na próxima segunda-feira.

Segundo fonte do sector contactada pela MultiNews a “evolução das cotações em euros aponta para uma subida do preço do gasóleo em até 3 cêntimos por litro enquanto a gasolina deverá descer 2,5 cêntimos por litro” nas principais petrolíferas nacionais.

Os preços dos postos junto aos hipermercados, também seguem as tendências de mercado. “A tendência da próxima semana será para uma descida de 0,0239 euros na gasolina e uma queda de 0,0253 euros no gasóleo”, adianta outra fonte.

Os dados da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) mostram que o preço médio do litro de gasolina em Portugal custa atualmente 1,644 euros enquanto o do gasóleo vale 1,480 euros. As cotações podem no entanto variar nos postos de abastecimento, já que o preço fixado na rede tem ainda em conta o nível de concorrência, da oferta e da procura em cada mercado e o nível de custos fixos de cada posto.

No mais recente boletim da Comissão Europeia, Portugal está em nono lugar entre os países com a gasolina mais cara dos países da UE, cinco cêntimos acima da média europeia e 17 cêntimos mais cara do que em Espanha. Já o gasóleo ocupa a 10ª posição.

A diferença de preço de Portugal face a Espanha resulta da carga fiscal, já que, sem impostos, cada litro de gasolina 95 em Portugal custaria 70 cêntimos, ou seja, seria mais barata do que os 75 cêntimos cobrados em Espanha.

Rita Paz - Multi News


O socialismo autogestionário: em vista do comunismo, barreira ou cabeça-de-ponte?

François Mitterrand comemora no dia da sua eleição, em 1981

Há exatos 40 anos Plinio Corrêa de Oliveira redigiu com este título o histórico e magistral manifesto que marcou a década 1980 e repercutiu intensamente nos anos seguintes em diversos países.

Em 1981 o Partido Socialista Francês vencia pela primeira vez o pleito eleitoral. O novo presidente, François Mitterrand (1916-1996), aproveitando o sucesso nas eleições, lançou sua política exterior tendo como meta “exportar” para o mundo inteiro o expansionismo ideológico e o intervencionismo político do “socialismo autogestionário” [vide explicação no final].

Era uma nova cara, “maquilada”, para substituir a carranca decrépita dos regimes comunistas, que fracassavam a olhos vistos. Mudar-se-ia o rótulo da garrafa, mas o líquido (a “sociedade autogestionária”) continuaria o mesmo comunismo, e até mais envenenado. Esse era o novo modelo de regime “rejuvenescido” que, a partir da França — servindo-se da evidente irradiação cultural do país — seria exportado para governar muitos países, inclusive o Brasil, mas com certo charme que o PT nunca teve…

Foi então que Plinio Corrêa de Oliveira, fundador da TFP brasileira, lançou uma campanha que se alastrou por vários países. Ela representou “um dos supremos esforços empreendidos ‘in signo Crucis’, a fim de evitar à civilização ocidental agonizante o soçobro final para o qual esta se vai deixando rolar”.1

Esse monumental documento-denúncia do “socialismo autogestionário” de Mitterrand — que passaremos a nomear apenas como Mensagem — foi publicado pelas Sociedades de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP) em seis páginas de 187 jornais de 52 países. Suscitou repercussões em 124 nações e teve uma tiragem total de 33,5 milhões de exemplares em 14 idiomas [ver, no final, exemplo de uma das repercussões].

O extraordinário lance foi tão ousado, que causou assombro e temor nos movimentos esquerdistas mundiais. A partir de então, a rosa, símbolo do Partido Socialista Francês, começou a murchar. À medida em que a estrela do “socialismo autogestionário” se apagava, a própria sede daquele partido ia a leilão…

*   *   *

            Em memória desse manifesto-bomba contra o socialismo de Mitterrand, reproduzimos a seguir excertos do capítulo 12, da parte II, do livro Um homem, uma obra, uma gesta – Homenagem das TFPs (1989), inserindoapenas os subtítulos. Esse livro encontra-se disponível integralmente no site abaixo indicado.E nossos leitores encontrarão a íntegra da Mensagem das TFPs no site de Catolicismo ou em nossas edições de janeiro/fevereiro de 1982.3

Da Redação de Catolicismo

Socialismo autogestionário: denúncia da TFP atinge 33,5 milhões de exemplares e é publicada em 52 países

O socialismo havia triunfado na França. Mas seu programa autogestionário teve de ser arquivado logo nos primeiros meses de governo

Por ocasião da vitória socialo-comunista ocorrida na França em meados de 81, primeiro nas eleições presidenciais e, logo depois, nas legislativas, as caixas de ressonância da propaganda da esquerda colocaram Mitterrand e suas ideias no auge da notoriedade no mundo inteiro. O socialismo autogestionário, preconizado pelo Partido Socialista (PS), tornou-se de repente a esperança de todas as esquerdas, que até então estavam desanimadas pelas recentes e dolorosas derrotas eleitorais do socialismo na Suécia, Alemanha, Inglaterra e em outros países.4

Plinio Corrêa de Oliveira apresenta um exemplar do primeiro jornal que publicou a “Mensagem” no mundo: o “Frankfurter Allgemeine”, da Alemanha

O PS francês se proclamou internacional por natureza e por vocação, e afirmou sua determinação de colocar a serviço do objetivo socialista autogestionário o prestígio e a irradiação cultural que a França exerce no mundo.

Fiel a esta declaração de intenções, Mitterrand — favorecido pela grande aura publicitária que envolvia sua vitória — elabora uma política exterior de expansionismo ideológico e de intervencionismo político. A América Latina é, em pontos nevrálgicos, um dos primeiros objetivos visados. O apoio aberto dado aos movimentos guerrilheiros da América Central — nos quais a “esquerda católica” se engajara a fundo — e em particular a provocante proteção diplomática e militar concedida ao sandinismo da Nicarágua, atestavam que as pretensões imperialistas do socialismo francês não eram simples figuras de retórica.

Os partidos e correntes socialistas de toda a América Latina, anteriormente tão desprovidos de prestígio, começaram a levantar a cabeça. A última expressão desta perigosa moda francesa, a autogestão, principiava a encontrar eco em certos setores da opinião pública.

Diante desta moda internacional, era preciso a todo preço reagir! Tanto mais que se fechavam em um inexplicável mutismo aqueles que o cargo, a situação ou a influência obrigavam a empreender a contraofensiva.

A histórica e potente reação das TFPs              

Ela veio de onde talvez menos se esperava, e com uma envergadura que deixou estupefatas as esquerdas do mundo inteiro: no dia 9 de dezembro de 1981, em publicidade no “Washington Post”, dos Estados Unidos, e no “Frankfurter Allgemeine”, da Alemanha, um artigo ocupando seis páginas de jornal vibra um golpe monumental no socialismo autogestionário, cavalo de batalha do PS francês.

Sob o título O socialismo autogestionário: em vista do comunismo, barreira ou cabeça-de-ponte?, o documento, de autoria do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, é assinado pelas TFPs e entidades afins de 13 países: Brasil, Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, Portugal, Uruguai e Venezuela.

Logo depois, é publicado no “The Observer”, de Londres; “Il Tempo”, de Roma; “La Vanguardia”, de Barcelona; “Diario de Notícias”, de Lisboa; “The New York Times”, “Los Angeles Times”, “The Dallas Morning News” (Estados Unidos); “The Globe and Mail”, de Toronto; “Folha de S. Paulo”; “La Nación”, de Buenos Aires; “Sunday Times”, de Johannesburg, e em 34 outros jornais de importância pela tiragem e pela influência na imprensa ocidental.

A contraofensiva das TFPs surpreendeu o mundo

O mundo vê, com surpresa, católicos anticomunistas empreenderem uma campanha publicitária de proporções desconhecidas até então.

A extensão da matéria chama a atenção. A esquerda internacional, boquiaberta, exclama: seis páginas!

E a famosa “maioria silenciosa” — esse magma impreciso que opõe uma muda resistência às transformações comunistizantes no mundo contemporâneo — pôde constatar com satisfação que do lado conservador há ainda uma voz que sabe proclamar as verdades oportunas. Embora entrincheirada no seu silêncio, ela se agrada em ouvir essa voz.

O estudo do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira impressiona pelo seu conteúdo, por sua análise meticulosa da documentação do PS, por sua lógica férrea em dissecar as proposições socialistas, levando-as até os seus últimos desdobramentos. Demonstra que nelas há uma radicalidade desconcertante, embora disfarçada por um gradualismo puramente tático.

Magistério tradicional da Igreja em oposição ao socialismo

A palavra socialismo, de significados muito elásticos, encobre uma ideologia cujo verdadeiro conteúdo é pouco conhecido do grande público. Quais são a civilização e a cultura realmente preconizadas pelo socialismo? Sobre este tema, uma grande confusão reina nos espíritos.

Esta confusão não existe, entretanto, no que concerne aos princípios professados pelo PS francês. Após sua fundação em 1971, o partido veio publicando regularmente documentos de doutrina e de programa afirmando com franqueza digna de melhor causa todo seu pensamento autogestionário. O PS francês apresentava então de si mesmo uma versão inteiramente palpável e consistente.

Esses documentos circulavam principalmente nas fileiras internas do partido, ou em círculos culturais e políticos próximos dele. O grande público, porém, continuava a ignorar o que era exatamente o socialismo, e para que direção ele rumava.

Considerando essa situação, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, na Mensagem sobre o socialismo autogestionário, analisa minuciosamente tais documentos e organiza, com vistas ao grande público, impressionante quadro de conjunto de seu conteúdo. Todas as afirmações e comentários são apoiados em abundantes citações de textos do próprio PS francês. O autor toma como critério de análise o ensinamento do Magistério tradicional da Igreja, do qual cita os textos pertinentes.

O documento repercute no mundo inteiro

Publicada em seis línguas (francês, inglês, alemão, espanhol, italiano e português), a Mensagem das 13 TFPs é divulgada inicialmente em 19 países (Estados Unidos, África do Sul, Alemanha, Inglaterra, Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, França, Itália, Peru, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela).

Desde sua publicação começam a afluir às diversas TFPs milhares e milhares de promissoras correspondências, provenientes de leitores de todas as condições sociais e de todas as origens étnicas.

Associações de todo gênero solicitam exemplares da Mensagem para divulgar nos círculos de suas relações. Instituições universitárias de renome tomam o documento das 13 TFPs como matéria de estudo em seus cursos. Muitos desejam informações sobre Plinio Corrêa de Oliveira e sua obra. Contribuições, geralmente de bolsos modestos, chegam espontaneamente à TFP, para a ajudar neste imenso esforço publicitário. Importantes cadeias de televisão de diversos países, como a CBS norte-americana, a CBC canadense, TF1 e Antenne 2 francesas, dão relevo à Mensagem, embora nem sempre mostrando-a sob um prisma simpático.

Grandes jornais como “Washington Post”, agências como a “Associated Press”, revistas como “L”Europeo” se dirigem ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira para o entrevistar com exclusividade.

O raio de ação da Mensagem não se limi­ta, porém, aos 19 países onde é publicada. Vê-se também chegar cartas da Oceania (Austrália, Nova Zelândia, Nova Caledônia), do Extremo Oriente (Bangladesh, Hong Kong, Malásia, Ne­pal, Cingapura), do Oriente Médio (Arábia Sau­dita, Turquia, Chipre), da América Central (Cos­ta Rica, El Salvador, México) e de outros paí­ses da Europa (Andorra, Áustria, Bélgica, Dina­marca, Escócia, Finlândia, Grécia, Holanda, Irlanda, Irlanda do Norte, Islândia, Liechtenstein, Malta, Mônaco, Noruega, San Marino, Suécia, e até mesmo da Iugoslávia).

Na África do Sul, a Mensagem não somente entusiasma os descendentes dos europeus, como também os originários daquela nação e dos países vizinhos: Lesotho, Swaziland, Transkei, Botswana, Venda e Bofhuthatswana, aos quais é preciso acrescentar a Argélia, Camarão, Ga­na, Malawi, Marrocos, Namíbia, Tunísia, Zim­babwe e Ilhas Maurício.

Expansão da campanha mundial das TFPs 

Essas cartas são como um pedido para a publicação da Mensagem também nessas regiões.

Em maio de 1982, novo esforço publicitário das TFPs é feito sobre quatro continentes. Na Europa, atinge a Áustria e a Irlanda, além de novas cidades da Alemanha e da Espanha. É novamente publicado na Inglaterra. Na América Latina, alcança o Paraguai e a Costa Rica. Na Ásia, as Filipinas e o Nepal. Na Oceania, a Austrália e a Nova Zelândia.

De julho a novembro, estimuladas por repercussões das mais encorajantes, as TFPs vão mais adiante: um quotidiano londrino de renome, “The Guardian”, publica em página inteira um resumo da Mensagem, logo seguido pelo influente “The Wall Street Journal”, de Nova York; mais tarde, o “Excelsior”, principal jornal do México, reproduz integralmente as 6 páginas da Mensagem.

Entretanto, o documento do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira ia conhecer uma difusão ainda mais vasta.

Enquanto, diante do mundo inteiro, a estrela do socialismo autogestionário acentuava seu declínio, dez milhões de exemplares de “Seleções do Reader’s Digest” — a revista mais lida no mundo — começam, a partir do mês de agosto, a divulgar aos quatro ventos o resumo da Mensagem das 13 TFPs.

Assim, a edição em inglês dessa revista, destinada ao Extremo Oriente, atinge a Coréia do Sul, Japão, Formosa, Tailândia, Cingapura, Filipinas, Malásia, Indonésia, Paquistão, Bangladesh e Sri-Lanka, além da população de Hong-Kong. A Índia é objeto de uma edição especial, igualmente em inglês. Na Oceania, uma edição para a Austrália e outra para a Nova Zelândia. Na África, uma edição sul-africana.

Na Europa, uma edição em Portugal, uma na Espanha, duas na Bélgica (em francês e flamengo), uma para a Grã-Bretanha e Irlanda, uma outra para a Alemanha e Áustria, duas na Suíça (em alemão e em francês), uma na Dinamarca, uma na Noruega e uma na Suécia.

Para as Américas, duas no Canadá (em francês e inglês); duas edições igualmente nos Estados Unidos: uma para a região de Chicago e outra em espanhol. Em seguida o México, com uma edição própria, depois duas outras edições agrupando a Guatemala, a Nicarágua, o Panamá, El Salvador, Costa Rica e Honduras, e outra destinada a Porto Rico e São Domingos.

Na América do Sul, edições para cada um dos seguintes países: Brasil, Argentina, Chile, Uruguai-Paraguai-Bolívia (edição conjunta), Peru, Equador, Colômbia e Venezuela.

É supérfluo lembrar aqui quanto este esforço representou como encorajamento para tantas pessoas que viam com preocupação nascer nos respectivos países embriões muito parecidos, de uma forma ou de outra, ao socialismo autogestionário francês.

As edições do “Reader’s Digest” ocasionam novo rio de cartas. Várias dentre elas, com tocante insistência, contêm pedidos de fundação da TFP em diversas nações. O número de países onde o histórico documento do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira é divulgado passa então para 50. 

Tanto o Presidente Mitterrand (esq.) quanto o Primeiro-ministro Pierre Mauroy (dir.), ficaram muito embaraçados e não encontraram resposta significativa às seis páginas da “Mensagem”.

Muita repercussão na França, mas o PS não replica

E na França?

De seu lado, a imprensa esquerdista desata-se, desde logo, em fúria contra “as seis páginas de divagações anti-Mitterrand”,5 verberando o “pavé indigesto” ofertado pelo “professor brasileiro”,6 bem como a “Publicidade de Ditadores” proveniente desse movimento de “iluminados integristas”,7 e outras coisas do gênero.

O “L’Humanité” (11-12-81), órgão do PC francês, saltando de cólera, chega mesmo a perguntar: “Quem permite a não se sabe que associação, mais ou menos brasileira, espalhar, a golpes de bilhões, idiotices destinadas a dar uma imagem repugnante do governo da República francesa? […] É preciso não dramatizar esta barulhenta campanha internacional”.

De fontes do Governo e do Partido Socialista, as reações iniciais são intensas, surpreendentemente intensas. Mas a linha de conduta adotada é — como a de boa parte da imprensa — de se esquivar sistematicamente à análise do denso cerne doutrinário da Mensagem. Uma das fontes do Ministério das Relações Exteriores chega mesmo a declarar que “neste gênero de situações […] sempre é mais conveniente não dizer nada”.8

Um prestigioso diário de língua inglesa, editado em Paris pelo “New York Times” e o “Washington Post”, o “International Herald Tribune”, divulgado no mundo inteiro (só para a França 20 mil exemplares), descreve assim, na edição de 11 de dezembro de 1981, a reação do governo socialista francês a propósito da Mensagem“Em Paris, fontes governamentais autorizadas disseram que não estavam preparadas para responder a esta publicação, mas que elas a estavam estudando. `Absolutamente não há pânico, e nós estamos mais bem interessados em saber quem ou o que se acha por detrás dessa publicação’, declarou quinta-feira um porta-voz do Elysée, acrescentando que `mais tarde’ poderia haver reação”.

Como o ribombo internacional do documento torna impossível um mutismo absoluto, porta-vozes do “Elysée” (Presidência da República), do “Quai d’Orsay” (Ministério do Exterior) e do PS escolhem a via do insulto, da impertinência e do desaforo para, em rápidas declarações a correspondentes de imprensa, recusar um diálogo de elevado nível doutrinário, proposto com dignidade e cortesia.

Assim, as críticas contidas no texto sereno, sério e amplamente documentado das TFPs são, para as fontes do “Quai d’Orsay”, “abusivas”, “excessivas”, “rebuscadas”, de uma mordacidade “profundamente desonesta”. Os responsáveis pela publicação da Mensagem “são uns loucos delirantes”,9 é a tese pouco amena do Sr. Philippe Parrenier, porta-voz do PS, a qual ele procura demonstrar com três razõezinhas de algibeira, de pura escamoteação. Outros expedientes do gênero são empregados por vozes autorizadas do Governo. Assim, declara uma das fontes latino-americanas do Primeiro-ministro: “Uma organização com essa sigla [TFP] já evoca algo que provoca nos franceses uma enorme repulsa, porque lembra `Trabalho, Família e Pátria’, slogan de Pétain”.10 Como se bastasse uma simples e absolutamente fortuita coincidência de siglas entre organizações tão diversas como a TFP e “Trabalho, Família e Pátria” para inspirar no povo francês a tal “enorme repulsa”!

“Temos a alegria de defender contra esse canhestro joguinho de palavras, ou de siglas, o povo francês: ele é inteligente demais para movimentos repulsivos tão primários”, comenta o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira pela imprensa.11

É este um joguinho semelhante ao usado pelo próprio Primeiro-ministro francês Pierre Mauroy, que em debate na Assembleia Nacional declara: “Quando a direita quer parecer nova, ela escava o arsenal das doutrinas anti igualitárias e anti cristãs (sic), que produziram ao longo da primeira metade deste século os resultados que todos conhecemos. Tornar-se-ia grave que, por simples hostilidade para com o governo, democratas se deixassem assim enganar por falsas ideias novas”.12

Uma das repercussões e eloquente silêncio 

Bem mais desajeitadas são as declarações da Embaixada da França em Buenos Aires. Em nota oficial,13 acusa a TFP de ter “insultado” o programa do governo francês e a divisa “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, que — segundo o comunicado da representação diplomática — estaria “inscrita” na bandeira de seu país. (Onde? Não consta que haja na bandeira tricolor francesa qualquer inscrição…).

Em consequência, a TFP argentina desafia (“La Nación”, 24-1-82) a dita Embaixada a que exiba de público as provas correspondentes. Pois não se vê em que lugar, na Mensagem, se encontra o tal “insulto”.

Depois do comunicado da TFP, aquela embaixada, guiando-se por uma prudência que não a havia inspirado na atitude afoita de primeira hora, mantém-se em explicável silêncio.

Tendo esperado cinco dias por uma resposta, a TFP platina, em novo comunicado (“La Nación”, 28-1-82), faz notar quão expressivo é o mutismo daquela representação diplomática. Ao mesmo tempo ressalta que o pronunciamento desacertado da Embaixada da França em nada prejudica o conceito em que é tida na Argentina a ilustre nação francesa.

Campanha da TFP francesa para furar o bloqueio da mídia

Estas reações deixam entrever o embaraço em que se encontrava o governo Mitterrand diante da publicação da Mensagem, e ainda todo o proveito que lhe acarretava a inexplicável recusa dos jornais franceses em publicar o documento.

Com efeito, apesar de todos os esforços feitos pela TFP daquele país, e não obstante o acordo concluído com dois grandes diários para a publicação do documento, confirmado em anúncio estampado nas suas próprias colunas, nas terras do “socialismo… em liberdade” o texto das TFPs teve sua inserção recusada por todos os jornais parisienses de língua francesa com tiragem superior a 100 mil exemplares. Só restou à TFP francesa, assim amordaçada, o recurso de um envio de 300 mil exemplares da Mensagem por mass-mailing.

Tudo leva a crer que não havia outra saída para o PS francês. Uma vez que não pôde refutar o documento das TFPs, a solução estava em impedir a divulgação, recorrendo à poderosa influência que têm os órgãos governamentais num país de governo socialista.

Dito de outra forma, o governo francês e o PS entraram num silêncio contrafeito, e — ao que parece — infligiram arbitrariamente aos propagadores de objeções por eles consideradas incômodas uma inaceitável restrição de liberdade. Tudo dentro do puro estilo soviético…

Na França, o punho estrangulando a rosa. O título é uma alusão ao símbolo do PS francês: um punho — mais bem feito para o boxe — que segura uma rosa. Um punho agressivo e brutal, que parece incompatível com a flor.

A mídia ameaçada pela “espada de Dâmocles” do socialismo

Mas, como explicar esta convergência de atitudes entre o governo socialista e os órgãos de imprensa considerados liberais, e mesmo anti-socialistas? Não é difícil. Como todas as organizações privadas, as sociedades editoras proprietárias desses diversos jornais, naqueles dias de euforia do novo Governo socialista corriam o risco de passar, por simples deliberação da maioria parlamentar socialo-comunista, para o regime de autogestão. Seus proprietários perderiam então suas condições atuais, tornando-se simples gerentes da empresa, cujos novos proprietários seriam os operários. Uma espada de Dâmocles, suspensa assim sobre a cabeça de cada empresário de imprensa, os induziria a não publicar um documento que desagradara o Governo, como era o caso da MensagemEspada de Dâmocles que mostra à evidência como a autogestão é contrária à liberdade.

Diante da impossibilidade de publicar a Mensagem na França, as 13 TFPs divulgam, a partir de 25 de fevereiro de 1982, um Comunicado redigido igualmente pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, intitulado Na França, o punho estrangulando a rosa. O título é uma alusão ao símbolo do PS francês: um punho — mais bem feito para o boxe — que segura uma rosa. Um punho agressivo e brutal, que parece incompatível com a flor. Uma rosa que, se se visse dentro desse punho, no mesmo instante começaria a murchar. Este símbolo, na verdade, exprime bem as relações entre o socialismo e uma autêntica e harmoniosa liberdade. Aquele pode belamente prometer esta, mas acaba sempre por estrangulá-la. É bem isto o que estava sucedendo.

O comunicado é estampado grosso modo nos mesmos jornais que divulgaram a Mensagem, aos quais se deve acrescentar o “International Herald Tribune”, o “Luxemburger Wort”, e “Corail”, na Nova Caledônia.14

Estas publicações ocasionam uma nova avalanche de cartas de adesão, de manifestações de simpatia para com a TFP francesa, com o desejo de melhor conhecer as TFPs e o pensamento e ação de Plinio Corrêa de Oliveira.

Órgãos representativos de industriais e de trabalhadores, membros do corpo diplomático, professores universitários de renome, bibliotecas destinadas a altos estudos solicitam em grande número exemplares para a difusão nos meios respectivos.

Qual o efeito de todos esses lances publicitários das TFPs?

Na França, a atitude da TFP é saudada por numerosos aplausos, acompanhados de pedidos insistentes para que sejam divulgados os nomes dos jornais que recusaram a publicação. A TFP francesa teve, entretanto, a nobre preocupação de evitar esta divulgação, pois lhe pareceu incorreto expor assim a uma publicidade desfavorável os jornais que, pelo fato de estarem sob a espada de Dâmocles do socialismo, não dispõem da liberdade necessária para se explicar ao público.

Tudo isto não impediu que plágios da Mensagem, e do comunicado, aparecessem em certos órgãos ocidentais mais ou menos de direita, sem jamais revelarem a fonte…

Uma Comissão de Senadores franceses se vê em dificuldades na Colômbia quando, durante uma conferência de imprensa, jovens colaboradores da TFP local pedem explicações sobre a atitude arbitrária do governo de seu país.

E em dezembro de 1983, em Buenos Aires, é o Primeiro Ministro francês Pierre Mauroy que parece embaraçado quando, em entrevista coletiva, representantes da TFP argentina lhe perguntaram por que em seu país não se pôde publicar livremente a Mensagem. Para Mauroy, a “melhor resposta” (sic) era sua presença na Argentina por ocasião da subida ao Poder do Presidente Alfonsín (Cfr. “Pregón de la TFP”, nº 109-110, janeiro de 1984).

Aí está uma breve história “de um dos supremos esforços empreendidos `in signo Crucis’, a fim de evitar à civilização ocidental agonizante o soçobro final para o qual esta se vai deixando rolar” (Cfr. o comunicado “O punho estrangulando a rosa”).

Indagará alguém: qual o efeito de todos esses lances publicitários das TFPs na marcha posterior da autogestão?

O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira tratou do assunto em dois artigos sucessivos para a “Folha de S. Paulo”.15 Deles é extraída a análise que segue.

Documento que evitou a contaminação autogestionária 

Antes da Mensagem das 13 TFPs, a equipe Mitterrand caminhava despreocupada. Baseada nos sucessos eleitorais de 1981, ela se punha em passo resoluto rumo à depredação da propriedade individual no campo interno, e no campo externo à expansão ideológica e ao intervencionismo político, sobretudo no assim chamado Terceiro Mundo. A aura publicitária em torno da autogestão atingia seu zênite.

É bem certo que Mitterrand encontrou vozes de descontentamento dentro da França. Mas são vozes de franceses, que falavam para um público especificamente francês, acerca de aspectos circunstanciais e essencialmente locais da atuação governamental. Vozes, portanto, de limitado alcance para premunir contra a autogestão — considerada em plano doutrinário e universal — a opinião pública do Ocidente.

O primeiro documento que, com publicidade internacional, se ergueu contra a contaminação autogestionária foi a Mensagem das 13 TFPs. Saíra a lume quando ainda os tenores e as prima-donas de esquerda entoavam, por toda parte, a ária da autogestão. Eles e elas logo diminuíram um tanto a voz porque, mais sutis que Mitterrand e sua equipe, perceberam que na matização político-ideológica do Ocidente, tomado como um todo, algo estava mudando. E que, no público, havia gente que já não os ia acompanhando.

Por toda parte começa-se, então, a questionar Mitterrand e seu programa autogestionário “de face humana”. E o interessante é que muitas dessas contestações, até mesmo vindas de conhecidos homens de pensamento e de ação, quer pela imprensa, quer em conferências internacionais de repercussão, são notoriamente inspiradas na Mensagem. Sobretudo os argumentos e as análises mais penetrantes. Uma apreciável quantidade de recortes o prova, sem deixar a esse respeito nenhuma margem à dúvida.

Tais repetições pouquíssimas vezes citavam a fonte. Pois hoje são cada vez mais frequentes os autores de ideias dos outros…

Em muitos casos, pode-se conceber que os argumentos tenham entrado nas memórias por osmose, sem que as pessoas se dessem conta de onde os haviam colhido. Se assim foi, nada é mais indicativo de sucesso em matéria de propaganda. A Mensagem justamente se destinava à “criação de opinião”, como reconheceu um jornal italiano (“Il Giorno”, Milão, 20-1-82). E uma opinião diametralmente oposta à maré da grande publicidade.

Grande obstáculo à ação do governo socialista

E Mitterrand teve um caminho difícil o resto de seu governo…

Internamente, na França, o brado de alerta também produziu seus frutos, não se sabe bem por que condutos. Nas eleições cantonais de março de 1982, a opinião pública francesa rejeitou a autogestão socialista, proporcionando ao bloco de centro-direita uma vitória espetacular sobre o bloco socialo-comunista. E o Governo, surpreso, encontrou diante de si a maioria dos franceses barrando-lhe o caminho.

A rejeição da fórmula autogestionária, na própria terra que lhe servia de foco de irradiação, reforçou por sua vez o estado de sobreaviso em que a Mensagem havia colocado extensas áreas da opinião mundial.

 No ambiente assim irremediavelmente transformado, não adiantava às altas cúpulas socialo-comunistas sustentar a nota. A derrota impôs um arrefecimento da força de impacto, dos dinamismos, das audácias, especialmente no PS. E, em consequência, um arrefecimento na ação do Governo.

Se Mitterrand continuasse no caminho dos confiscos, não só levantaria contra si a maioria cada vez mais compacta e mais indignada dos franceses, como ainda daria implicitamente razão à denúncia que as 13 TFPs foram as primeiras a fazer pela voz serena, lúcida, séria, mas retumbante, do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira à opinião mundial, posta até então em profundo letargo.

“A confirmação da Mensagem pelos fatos — dizia o Presidente do Conselho Nacional da TFP — poderia criar em torno dela a atmosfera que a catástrofe de Allende criou em torno do livro `Frei, o Kerensky chileno’, de meu inesquecível Fábio Vidigal Xavier da Silveira. Certamente tal efeito reflexo, de um governo socialista de bravatas, seria coisa a que nenhum governo do mundo haveria de ser indiferente”.16

“Se o governo e as altas cúpulas socialo-comunistas resolverem assim mesmo avançar, ficarão cada vez mais isolados de seus próprios quadros. Isto é, cada vez com menos amigos à retaguarda e mais adversários diante de si. Será a marcha para o abismo. O itinerário de Allende”.17

Água na pólvora do governo socialista

A rosa do socialismo autogestionário de Mitterrand em pouco tempo murchou… Hoje, no ano 2021, o Partido Socialista tem enorme dificuldade de apresentar um candidato sério para as próximas eleições presidenciais. O fracasso que se desatou em 1981 passa fatura até hoje.

Mas Mitterrand foi prudente. Não só não quis avançar, como recuou. Em 1984 substituiu Pierre Mauroy pelo mais discreto Laurent Fabius, no cargo de Primeiro-ministro. Novamente batido nas urnas em 1986, foi obrigado a aceitar um Primeiro-ministro da oposição. Mitterrand teve a habilidade de compreender que, uma vez que o navio socialista vai soçobrando a olhos vistos, ele deve tentar salvar-se, levando a bandeira. Assim, fez ele todo o necessário para ser apresentado como homem talvez socialista, mas de um socialismo tão róseo, tão moderado, que seu socialismo equivaleria a um programa de paz, sem ideologia. Com este artifício, conseguiu se reeleger em 1988, enquanto vai declinando a nomeada de seu Partido.

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Notas:

1. Cfr. Plinio Corrêa de Oliveira, Na França, o punho estrangulando a rosa, Catolicismo, nº 376, abril/1982. https://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0376/P01.html

2. https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Gesta_0000Indice.htm#.YPjzGOhKjIU

3. http://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0373-374/P01.html

4. O presente histórico foi extraído, com pequenas adaptações, da obra de Plinio Corrêa de Oliveira Autogestion socialiste: les têtes tombent à l’entreprise, à la maison, à l’école”. Edição da Association Française pour la Défense de la Tradition, de la Famille et de la Propriété, Asnières, 1983. 213 pp.

5. “Le Canard Enchainé”, Paris, 16-12-81.

6. “Le Matin”, Paris, 11-12-81.

7. “Libération”, Paris, 19-12-81.

8. Jeune Afrique, Paris, 3-3-82.

9. Cfr. “Jornal da Tarde”, São Paulo, 10-12-81; “O Estado de São Paulo”, 11-12-81. “Folha de S. Paulo”, 11-12-81, correspondência de J. B. Natali.

10. Cfr. resposta do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira à correspondência de J. B. Natali, na “Folha de S. Paulo”, 15-12-81.

11. Idem.

12. “Le Monde”, Paris, 18-12-81.

13. “La Nación”, Buenos Aires, 20-1-82.

14. Um ano depois da publicação da Mensagem, por fim um órgão de grande tiragem em língua francesa, o semanário “Minute” (4/10-12-82) com tiragem de 220 mil exemplares, ousou publicar um resumo da Mensagem e do Comunicado das 13 TFPs. Não obstante, os grandes diários franceses continuaram fechados à palavra das TFPs. – Assim, considerando-se conjuntamente a publicação, na íntegra ou em resumo, da Mensagem e do Comunicado, a denúncia das TFPs atingiu 52 países, recebendo ainda “cupons” de muitos outros (114 ao todo).

15. No itinerário de Allende (2-4-82), Jeito, trejeito e estertor (16-4-82).

16. Cfr. Jeito, trejeito e estertor.

17. Cfr. No itinerário de Allende.

Nas terras do “socialismo… em liberdade” o texto das TFPs teve sua inserção recusada por todos os jornais parisienses de língua francesa com tiragem superior a 100 mil exemplares. Só restou à TFP francesa, assim amordaçada, o recurso de um envio de 300 mil exemplares da Mensagem por mass-mailing. Tudo leva a crer que não havia outra saída para o PS francês. Uma vez que não pôde refutar o documento das TFPs, a solução estava em impedir a sua divulgação, recorrendo à poderosa influência que têm os órgãos governamentais num país de governo socialista.

AUTOGESTÃO, O QUE É?

Ao contrário do que muitos talvez imaginem, a autogestão representa a meta mais radical do comunismo, se bem que se pretenda chegar a ela por etapas graduais.

O termo foi sendo empregado, sobretudo a partir de 1961, para significar, em certos países socialistas, a gestão das empresas por comités de trabalhadores. A pioneira em sua aplicação em escala nacional foi a Iugoslávia de Tito.

A empresa autogestionada não terá mais patrão. Sua direção competirá às assembleias gerais de trabalhadores. Os dirigentes das empresas serão eleitos por tais assembleias, soberanas em tudo o que diga respeito às atividades empresariais. Porém, pretende-se uma transformação fundamental não só das empresas industrial, comercial e rural, como também da família, da escola, da Igreja, e de toda a vida social. O objetivo da autogestão é a desagregação da sociedade atual. […]

Segundo teóricos neossocialistas, na sociedade autogestionária o poder não deverá mais residir no Estado, mas sim em corpúsculos, nos quais se esfarele.

E a anarquia, tomada em seu sentido etimológico (ausência de autoridade), imaginada como possível não se sabe por que transformações da própria natureza do homem.

Trata-se, já se vê, de uma reforma total da sociedade e do homem — em frontal contradição com a verdadeira doutrina da Igreja — por meio de nova forma de luta de classes: na empresa, levantando os operários contra os patrões; na família, suscitando a revolta dos filhos contra os pais; na escola, a dos alunos contra os professores; e assim por diante.

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(Cfr. Mensagem das 13 TFPs, de autoria do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: O socialismo autogestionário: em vista do comunismo, barreira ou cabeça-de-ponte?).

TFP manda Mensagem: Reagan envia carta

ATFP norte-americana, por meio de missiva do Presidente de seu Conselho Nacional, datada de 20 de dezembro de 1981, enviou ao Chefe do Executivo de seu país a Mensagem das 13 TFPs sobre o socialismo autogestionário.

Da Casa Branca, a entidade recebeu a seguinte carta do Presidente Ronald Reagan, através de sua assessora Anne Higgins:

“O Presidente Reagan solicitou-me que agradecesse sua carta que acompanhou a Mensagem das Sociedades de Defesa da Tradição, Família e Propriedade. Ele bem compreende a contradição entre os princípios que estão por trás das várias formas de socialismo e aqueles que sustentam o sistema norte-americano de liberdade. O Presidente considera com apreço a iniciativa dessa publicação, capaz de permitir assim aos outros de ver algumas das dificuldades inerentes ao abandono de nossas noções tradicionais sobre a liberdade humana”.

ABIM