quinta-feira, 21 de setembro de 2017

“Apóstolos da desgraça” celebram 10 anos lançando novos “Desafios para Moçambique”


Foto do IESEDepois de terem “profetizado” a crise da Dívida Pública, alertado para a necessidade de Moçambique acelerar a transição demográfica, explicado as reais causas do aumento do custo de vida no nosso País... os apelidados “apóstolos da desgraça” comemoraram esta semana 10 anos do Instituto de Estudos Sociais e Económicos(IESE) durante a sua quinta conferência internacional onde foram lançados novos “Desafios para Moçambique”. É o oitavo livro de uma série que deveria ser de leitura obrigatória para qualquer moçambicano que pretenda ser um cidadão, "todos os cidadão têm o direito e o dever de pensar político, e é essa praxis que faz deles e delas cidadãos e cidadãs capazes de respeitar e de mudar o seu mundo” pode-se ler na Introdução este ano escrita por Carlos Nuno Castel-Branco.

Um dos novos “Desafios” para o nosso país está relacionado com o modelo de descentralização que está em curso. “(...) Associar reformas de descentralização à gestão de conflito e à estabilidade política requer a desconstrução e reinterpretação de ideologia da unidade nacional, que olha para a descentralização, particularmente a devolução, como uma ameaça ao Estado unitário” pode-se ler no artigo de Salvador Forquilha que nos leva numa viagem para o nosso passado e mostra como “Moçambique é uma sociedade politicamente heterogénea”.

Fernanda Massarongo Chivulele “dá continuidade ao argumento de que as estruturas da economia de Moçambique tornam as políticas macroeconómicas expansionistas inconsistentes entre si e com os problemas da economia que as mesmas pretendem resolver”.

Noutro “Desafio”, Epifânia Langa, aponta para a necessidade de “revitalização do papel do Estado em países em desenvolvimento através de uma política industrial mais interventiva e focada na aceleração da aprendizagem e do desenvolvimento económico” tendo em conta que em Moçambique está a crescer “a dependência de produtos primários ao mesmo tempo que se desencadeia um processo de desindustrialização prematura”.

“Políticas públicas e opções de desenvolvimento são respostas a perguntas/problemas de uma determinada sociedade”

“Usar resultados da pesquisa em ciências sociais para influenciar políticas, influenciar a maneira de pensar nos problemas do país, influenciar a agenda do debate sobre opções de desenvolvimento é algo de grande complexidade e, por vezes, pouco evidente, sobretudo num contexto como o nosso, onde a produção do conhecimento nas Ciências Sociais é um processo relativamente novo e a cultura de debate franco e sem tabus é ainda bastante incipiente”, constatou Forquilha, o actual director do IESE no seu discurso de abertura da V conferência internacional que decorre até esta quinta-feira(21).

“Todavia, é importante sublinhar que o conhecimento produzido nas ciências sociais, à semelhança daquele produzido em outras áreas do conhecimento científico, constitui uma base importante para a elaboração de políticas públicas e opções de desenvolvimento, através do questionamento da realidade e a produção de evidências” disse ainda Salvador Forquilha que enfatizou que as “Políticas públicas e opções de desenvolvimento são respostas a perguntas/problemas de uma determinada sociedade num contexto específico”.

“Quer dizer, quanto mais desajustada ao contexto forem as perguntas, maior será a probabilidade de termos políticas públicas e opções de desenvolvimento desajustadas ao contexto”, concluiu o Director desta instituição criada a 19 de Setembro de 2007.

Desafios para o Instituto de Estudos Sociais e Económicos

Entretanto, para além dos vários desafios para o nosso país, os académicos dos IESE também deixam um repto para o seu próprio trabalho futuro. “(...) A nossa investigação terá de conseguir sistematizar e relacionar a informação sobre o investimento privado e público, financiamento da despesa pública e do investimento privado, estruturas e dinâmicas financeiras, e o papel das políticas económicas, em especial das políticas fiscal e monetária e da relação entre elas”.

Ademais, o Instituto de Estudos Sociais e Económicos, propõe-se, nos próximos anos, a focar a sua pesquisa em “estudos industriais, com uma perspectiva regional”; “estudos laborais, sobre mercados, dinâmicas, tendências e condições de emprego, e organização das lutas sociais relacionadas”; “dinâmicas e tendências dos fluxos de recursos e da sua base institucional”; “colher informação e analisar as dinâmicas de expansão, transformação , instabilidade e crise da economia na sua perspectiva mais ampla”.

Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique

Advogado de Setina Titosse fracassa na tentativa de impedir presença da imprensa no julgamento


Caiu redondamente por terra a intenção do advogado de Setina Titosse de ver vedado, à imprensa, o acesso à sala onde decorrem, desde 12 de Setembro em curso, as audiências do julgamento dos réus acusados de envolvimento no desvio de 170 milhões de meticais do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA), supostamente por estar a publicitar as imagens dos réus e reproduzir os actos processuais, o que coloca em causa “o direito ao bom nome e à imagem”.

A tentativa de inviabilizar a presença dos órgãos de comunicação social na sala de sessões começou poucos dias depois do início do julgamento.

Jaime Sunda, defensor da ré Setina Titosse, teve o apoio de outros causídicos, como é o caso de Elliot Alex, que alegou que o trabalho da imprensa não só infringia o princípio de “presunção de inocência” de que gozam os arguidos, como também era susceptível de “violar o princípio de segredo de justiça”.

O Ministério Público (MP), representado por João Nhane, rebateu o advogado, defendendo que no caso em apreço o pretenso “segredo de justiça” não se encaixava.

Ademais, o magistrado argumentou que é de lei que a media acompanhe o julgamento e a este facto acresce-se o fundamento de direito à informação.

A situação gerou alguma celeuma e o juiz da 7ª. Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM), Alexandre Samuel, interveio defendendo igualmente que os órgãos de comunicação social acompanhassem as audiências, bastando para tal que se coibissem de publicitar as imagens dos intervenientes processuais, bem como não reproduzir, na íntegra, as actas produzidas nas audiências.

Quando se pensava que o assunto já estava ultrapassado, eis que, na terça-feira (19), o advogado de Setina Titosse e alguns dos seus colegas voltaram à carga.

Jaime Sunda requereu ao tribunal a “não autorização da publicidade dos actos processuais nos presentes autos”, por, no seu entender, porem em causa “o direito ao bom nome e à imagem”.

Em resposta, Alexandre Samuel disse que, relativamente ao pedido mandatário da ré Setina Titosse, o tribunal reafirmava o seu “posicionamento no sentido de permitir a presença dos órgãos de comunicação social a assistirem as audiências de discussão e julgamento em obediência ao artigo 407 do Código de Processo Penal e número três do artigo 48 da Constituição da República de Moçambique”.

“Entretanto, insta os órgãos de comunicação social não publicitar as imagens dos intervenientes processuais (...), bem como não reproduzir na íntegra o teor das actas produzidas nas audiências em obediência ao direito de bom nome e boa imagem, dignidade da pessoa humana, como decorre do disposto no número seis do artigo 48 da Constituição”.

Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique

Ex-assistente de Setina Titosse pode ter mentido ao tribunal


Diga-nos quem é o Xiconhoca da Semana - BBM Pin
2B04949C - WhatsAPP 843998634 - email averdademz@gmail.comA arguida e ex-assistente particular de Setina Titosse foi desmentida pelos próprios irmãos, em sede do tribunal, relativamente ao seu presumível não envolvimento no desvio de 170 milhões de meticais dos cofres do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA), onde a sua antiga patroa – também constituída ré – era Presidente do Conselho de Administração (PCA). Os irmãos Dércio, Gerson e Binaia Manganhe, compareceram ao tribunal, na quarta-feira (20), na qualidade de declarantes, e proferiram depoimentos que sugerem que Milda Cossa pode ter faltado à verdade, de forma deliberada, ao negar que movimentou avultadas somas de dinheiro daquela instituição do Estado para o seu próprio benefício, da sua chefe e de outras pessoas alheias à entidade lesada.

Contextualizando, na última quinta-feira (14), Milda Cossa, de 38 anos de idade, afirmou que nunca recebeu qualquer que fosse o valor para benefício próprio.

“A cada final do mês eu tinha o meu salário de 15 mil meticais”, disse e defendeu que nunca submeteu projecto algum para financiamento e não tinha interesse de criar gado ou desenvolver algum programa agrícola e afim.

Ela deixou registado no tribunal que os seus irmãos, Dércio Manganhe, Gerson Manganhe e Binaia Manganhe, de 34, 33 e 32 anos de idade, respectivamente, foram arrastados para a fraude quando, em conversa com a sua patroa, manifestou o desejo de vê-los a superar as dificuldades por que passavam para sobreviver.

Face a esta situação e aparentemente sensibilizada, Setina Titosse disse à sua subalterna que podia ajudá-los, concedendo-lhes crédito para um projecto de criação de gado. Para o efeito, eles devia se dirigir à sua residência munidos fotocópias de bilhetes de identidade e NUIT.

A este respeito, Dércio Manganhe, Gerson Manganhe e Binaia Manganhe esclareceram que, efectivamente já estiveram em casa de Setina, mantiveram conversas com ela e deixaram os documentos acimas mencionados.

Entretanto, eles nunca receberem financiamento algum do FDA, muito menos submeteram projectos e tão-pouco assinaram contratos para tal efeito.

Eles já possuíam contas bancárias num determinado banco, mas Milda Cossa e Setina Titosse alegaram que era imperioso que as mesmas fossem exclusivamente do BCI.

Após procederem à abertura das referidas contas na instituição indicada, os jovens receberam orientações para entregar os comprativos à Setina Titosse.

Volvidos alguns dias, foram canalizadas avultadas quantias nas contas recém-abertas. Os irmãos Manganhe alegaram que desconhecem absolutamente a proveniência dos montantes em causa.

Gerson precisou que, numa primeira ocasião, foram canalizados 5.000.000 de meticais na sua conta e quem lhe comunicou sobre o facto foi Milda Cossa. Esta disse que “o valor não era meu e não devia ser mexido”.

Porém, para assegurar que o fundo continuasse intacto, até novas instruções, Milda exigiu que o irmão lhe entregasse o seu cartão do banco e revelasse o respectivo pin.

Volvidos Milda orientou ao seu irmão para se dirigir ao BCI no sentido de transferir o dinheiro para algumas contas por ela indicadas, sendo que uma delas era sua.

Binaia abriu a sua conta a 05 de Março de 2014, mas um dia antes tinha sido constituída a de Gerson, enquanto a de Dércio foi aberta a 06 do mesmo mês.

Nas suas declarações ao tribunal, os três irmãos afirmaram, unanimemente, em momentos separados, que, desde a altura em que passaram a ser canalizados fundos para as referidas contas eles, perderam a posse dos seus cartões a favor de Milda Cossa e Setina Titosse. Nunca mais lhes foram devolvidos.

Aliás, consta da acusação que a antiga timoneira do FDA e a sua coadjutora beneficiaram-se, ilegalmente, de pouco mais de 31 milhões de meticais e 56 milhões de meticais, respectivamente.

Binaia declarou ainda que não se lembrava da quantia exacta que foi canalizada para a sua conta e depois movimentada para terceiros.

Contudo, quando o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) tomou conhecimento do rombo financeiro e procedeu à investigação, exigiu que a jovem solicitasse um extracto bancário ao BCI, tendo se constatado que pela sua conta passaram mais de seis milhões de meticais.

Por sua vez, Gerson disse que através foram movimentados aproximadamente 23 milhões de meticais. Consta igualmente da acusação que Dércio, Gerson e Binaia possuíam parcelas e terra para criação de gado nos distritos de Chibuto, Manjacaze e Morrumbene, nas províncias Gaza e Inhambane, bem como constituíram representantes para se fazerem a esses locais na companhia de técnicos do FDA para uma vistoria.

Os visados disseram que tais informações são falsas e não conhecem aqueles pontos do país e nunca lá estiveram.

Importa referir que a arguida Milda é esposa de Humberto Cossa. Este, que também está no banco dos réus, é primo de Setina Titosse. Ele solicitou 12.800.000 milhões de meticais para um programa que não passou da ideia e o valor não foi devolvido aos cofres àquela instituição do Estado.

A consorte do primo de Setina reconheceu, no dia da sua audiência, que movimentou, através das contas bancárias e dos seus irmãos, mais de 56 milhões de meticais de que é acusada de se ter beneficiado ilicitamente, mas fê-lo a mando da sua patroa, na altura Setina Titosse. Esta não só ficava com os montantes, como também dava instruções sobre as pessoas para as quais as transacções deviam ser direccionadas.

Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique

Prima da ex-empregada de Setina Titosse admite que recebeu dinheiro do FDA ilicitamente


A prima da ex-empregada doméstica de Setina Titosse admitiu, na terça-feira (19), em sede do tribunal, o seu envolvimento no megaroubo de 170 milhões de meticais no Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA) e revelou que, para além de nunca ter submetido projecto algum a pedir financiamento, bastou apenas reunir uma cópia do bilhete de identidade, NUIT, recibo do Imposto Pessoal Autárquico (IPA) e declaração do bairro para ser desembolsado, a seu favor, 4.787.426 meticais.

Setina Titosse era Presidente do Conselho de Administração (PCA) do FDA e é acusada – no processo-crime número 92/2016 – de cometimento de pelo menos 80 crimes, tais como abuso de cargo ou confiança, branqueamento de capitais, associação para delinquir e pagamento de remunerações indevidas.

A sua co-réu Laureta Filmone, de 53 anos de idade, é negociante e pesa sobre si o recebimento ilícito do montante acima mencionado.

Segundo as suas declarações, foi contactada, telefonicamente, pela prima, Leopoldina Bambo, ex-empregada doméstica da ré Setina Titosse, informando-a que naquela instituição do Estado concedia-se crédito a cidadãos interessados na criação de animais e prática da agricultura.

Contudo, a arguida nunca submeteu projecto algum para efeitos de financiamento e a sua deslocação ao FDA foi por orientação da prima. Esta já tinha coordenado todo o processo com Brasilino Salvador, chefe do Departamento Agro-pecuário.

Chegado àquelas instalações – que tinham como timoneira a arguida Setina Titosse – à Laureta Filmone foi solicitada uma cópia do bilhete de identidade, NUIT, senha do Imposto Pessoal Autárquico (IPA), declaração do bairro e aconselhada a aguardar pelos procedimentos posteriores.

Para além de tais documentos serem insuficientes para suportar um programa que devia ser financiando com fundos do Estado, Laureta Filmone nunca antes tinha lidado com gado ou desenvolvido alguma actividade agrícola.

Volvido algum tempo, a ré foi contactada, por intermédio de telefone, por um fulano, para se dirigir às Finanças, onde assinou o contrato de desembolso do crédito. Ela frisou que não lhe foi dada oportunidade para dizer o montante que precisava e nem houve verificação se tinha ou não condições para executar o suposto projecto.

Deste modo, os 4.787.426 meticais não foram aplicados na criação de gado e nem na produção agrícola, mas sim, transferido para diferentes contas bancárias fornecidas pela sua prima Leopoldina Bambo. Os destinatários eram alegadamente fornecedores de animais e outros insumos inerentes ao pretenso programa.

“Transferi 1.500.000 meticais para Gerson Manganhe”, disse Laureta e clarificou que igual montante foi movimentado através de três cheques avulsos no valor de 500 mil meticais cada. Antes desta operação, a indiciada transferiu 1.300.000 meticais para um indivíduo identificado pelo nome de Patrício.

Num outro desenvolvimento, ela disse ainda que aplicou o remanescente 239 mil meticais no seu negócio de frango e venda carvão vegetal, após coordenar com Leopoldina e comprometeu-se a repor o valor para mais tarde.

A sua prima quando fosse questionada sobre a demora na implementação do programa agro-pecuário alegava que era preciso esperar até ao fim da estiagem.

Refira-se que aquando da sua audiência, na segunda-feira (18), Leopoldina declarou: “estou sem chão e tenho que assumir: todo o trabalho feito pela Laureta passou pelas minhas mãos” e os fundos movimentados foram entregues à Milda Cossa, para compra de gado.

Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique

Assembleia Municipal de Maputo aprova subida da tarifa de transporte, mas ainda sem data para entrar em vigor

Foto de Adérito Caldeira
A Assembleia Municipal de Maputo acaba de aprovar a nova tarifa de transporte público urbano, que passará dos sete (7) para 10 meticais e de nove (9) para 12 meticais, anunciou a edilidade, em comunicado enviado @Verdade.

Contudo, a nova tarifa ainda não entrou em vigor e a data para o efeito será anunciada pelo Conselho Municipal da Cidade de Maputo.

A edilidade “apela à colaboração de todos os munícipes” no sentido de “não permitir que haja oportunismo por parte de qualquer operador”, devendo-se denunciar junto às autoridades quaisquer situações irregulares relacionadas com a subida da tarifa de transporte.

Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique

Poderão ocorrer cheias urbanas na Beira, Matola e em Maputo durante época chuvosa 2017/2018

Nove bairros do município da Beira, oito bairros do município da Matola e onze bairros no município poderão registar cheias durante a época chuvosa 2017/ 2018 que deverá iniciar em Outubro, alertam especialistas do Fórum Nacional de Antevisão Climática em Moçambique.

Esta previsão inédita no nosso país resulta do trabalho de especialistas nacionais que considerando a topografia, os sistemas de saneamento e a alta densidade populacional do município da Beira prevêem que os bairros de Ndunda, Manga Mascarrenha, Vaz, Munhava, Macurrungo, Chipangara, Chaimite (Praia Nova) e Maraza correm um risco “alto” de ocorrência de cheias entre os meses de Outubro de 2017 e Março de 2018.

Ainda na capital de Sofala os bairros dos Pioneiros, Matacuane, Mananga, Chota, Muhave e Esturro correm um risco “moderado a alto” de cheias.

Usando a mesma metodologia os especialistas do Fórum Nacional de Antevisão Climática anteveem risco alto de ocorrência de cheias, em resultado de chuvas fortes e concentrada na próxima época, nos bairros da Matola A, Matola J, Matola H, Matola D, Matola F, Fomento, Liberdade e Luís Cabral, todos no município da Matola.

No mesmo município há risco “moderado a alto” de ocorrência de cheias nos bairros 25 de Junho A, Acordos de Lusaka, Machava A, Matola Gare, Ndlavela, Patricio Lumumba.

“50 milímetros de precipitação(em 24 horas) serão suficientes para danificar os bairros”

Já na capital do país os bairros com “alto” risco de cheias são Chamanculo C, Chamanculo B, Xipamanine, Aeroporto A, Aeroporto B, Munhuana, Mafalala, Urbanizacao, Costa do Sol, Mutanhana e Nkobe.

No entanto o especialistas alerta para a possibilidade moderado a alto de cheias no bairros de São Damanso, Singatela, Trevo, Tsalala, Unidade D, Vale de Infulene tendo em conta a chuva que deve cair pouca mas com elevada intensidade.

Agostinho Vilanculos, da Direcção Nacional dos Recursos Hídricos(DNRH), que apresentou estes cenários na semana passada, constatou que os bairros da Coop e Sommershield são os resiliêntes às chuvas na cidade de Maputo, “talvez as pessoas com menos posses de ligar com o fenómeno devessem viver nesses bairros”, sugeriu.

“50 milímetros de precipitação(em 24 horas) serão suficientes para danificar os bairros identificados em alto risco, pois a chuva aliada a elevada densidade populacional nesses bairros, o lençol freático está muito”, precisou Agostinho Vilanculos ao @Verdade alertando para “se a precipitação chegar aos 100 milímetros(em 24 horas) será para desabarem”.

O especialista acrescentou que o Fórum tentou fazer a mesma avaliação para o município de Quelimane “mas não conseguimos esses dados. Nampula não corre esse risco(de cheia) mas Nacala, Maxixe e Pemba e já tem o problema de erosão dos solos, não de cheias”.

Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique

Novos preços de combustíveis vigoram a partir desta quarta-feira


A gasolina, que custava 57.68 meticais o litro, passa a ser vendida a 57.58 meticais/litro, enquanto o gasóleo mantém-se nos 53.38 meticais o litro e o gás de cozinha passa dos anteriores 48.91 meticais para 58.91 meticais o quilograma, a partir desta quarta-feira (20), anunciou o Governo.

O petróleo de iluminação baixa ligeiramente de preço, ou seja, dos actuais 35.28 para 34.72 meticais o litro, segundo um comunicado de imprensa do Ministério de Energia e Recursos Minerais (MIREME).

O gás natural comprimido (GNV) também conhece uma redução de preço, ao ser comercializado a 27.74 meticais/litro, contra os anteriores 27.77 meticais a mesma quantidade.

A alteração do preço dos combustíveis e outros produtos petrolíferos surge da aplicação pelo Governo, na íntegra, da legislação sobre a matéria, que estabelece a necessidade da revisão dos preços de venda ao público numa base mensal, sempre que se verifique uma variação do preço-base superior a três por cento, ou caso haja alteração dos impostos.

O reajuste dos preços de combustíveis e outros produtos petrolíferos surge da aplicação da legislação sobre a matéria, nomeadamente o artigo 67 do Decreto nº 45/2012, de 28 de Dezembro, de acordo com o documento a que nos referimos.

Este dispositivo estabelece a necessidade de revisão dos preços de venda ao público numa base mensal, sempre que se verifique uma variação do preço-base superior a três porcento, ou caso haja alteração dos impostos.

O último ajustamento do preço dos combustíveis e outros produtos petrolíferos foi a 16 de Agosto último.

Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique

Funcionária do FDA ligada à aprovação de projectos presta declarações reticentes em tribunal


A técnica de monitoria e avaliação, afecta ao Departamento Agro-pecuário no Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA), Celeste Ismael, tentou, na terça-feira (19), convencer ao tribunal de que ela não está, de forma alguma, envolvida na aprovação de projectos considerados falsos, alguns dos quais de mutuários inexistentes, e que deram azo ao saque de 170 milhões de meticais daquela entidade do Estado. Ela é indiciada, por exemplo, de ter emitido pareceres favoráveis a quatro programas para concessão de financiamento, ignorando o facto de os mesmos não reuniam requisitos para o efeito e revelou-se hesitante quando foi chamada a se defender.

Os beneficiários dos referidos projectos são os co-réus Atália Machava, Lazão Mondlana e os irmãos Dércio Manganhe e Gerson Manganhe.

Celeste Ismael, de 47 anos de idade, disse ao tribunal que efectuou visitas aos espaços de cada um dos co-arguidos acima indicados e constatou que havia condições para o desenvolvimentos de actividades agro-pecuárias, conforme constava dos planos dos proponentes.

Todavia, ela declarou, respondendo a uma pergunta do Ministério Público (MP), que não se recorda de ter mantido contacto com os pretensos mutuários, pese embora ela tenha se dirigido aos seus talhões.

A acusada esclareceu ainda que aquando das visitas feitas aos referidos terrenos dos proponentes de projectos financiados fraudulentamente pelo FDA, eles não se fizeram presentes, tendo indicado os seus representantes. Estes encontraram-se com ela no local do trabalho, nos distritos de Namaacha, na província de Maputo; Manjacaze e Chibuto, em Gaza.

O que Celeste Ismael não sabia, talvez, é que Atália, Lazão, Dércio e Gerson, por exemplo, disseram ao tribunal que não dispõem de talhão algum naquelas parcelas do país, segundo João Nhane, representante do MP.

Aliás, os irmãos Dércio Manganhe, Gerson Manganhe e Dinaia Manganhe disseram que não conhecem os distritos de Manjacaze e Chibuto. Nunca lá estiveram, recordou o magistrado.

A dado momento da audição, e respondendo a uma outra questão do MP, a técnica de monitoria e avaliação afirmou que não seria capaz de identificar os espaços que alega ter visitado.

Contudo, no que tange aos demais requisitos para a prossecução dos seus projectos, os mutuários deviam juntar ao expediente bilhetes de identidade e DUAT ou um outro documento emitido pelas autoridades competentes, que lhes confere propriedade dos talhões onde pretendiam desenvolver os seus empreendimentos.

Celeste Ismael clarificou, também, que após o seu parecer, os projectos eram encaminhado ao do Departamento Agro-pecuário, chefiado, à data os factos, por Brasilino Salvador.

Refira-se que este réu, de 38 anos de idade, elaborou um projecto em benefício próprio e, por via disso, recebeu um crédito de 3.950.000 meticais.

Neste contexto, ele é incriminado de forjar 13 programas para financiamento, pese embora tenha tentado convencer o tribunal de que ele é inocente.

Voltando aos depoimentos de Celeste, ela disse que, na qualidade de técnica, depois de emitir o seu parecer os processos são enviados ao Departamento Agro-pecuário, e passa a ter não ter mais contacto com os mesmos.

Ademais, ela passa igualmente a não ter informação sobre quando é que os projectos que são financiados e quanto é que é desembolsados.

Ela só tomou conhecimento de que os projectos em alusão nunca foram implementados quando o Gabinete Central de Combate à Corrupção iniciou a investigação e foi atrás de si.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

Setina Titosse acarinha ex-marido com carro comprado com dinheiro do Estado e chora para convencê-lo a aceitar


O ganense Michel Maaman Larya, ex-esposo da antiga Presidente do Conselho de Administração do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA), compareceu, na terça-feira (19), ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM) e alegou que não sabia que a viatura luxuosa com que foi obsequiado pela ré Setina Titosse tinha sido adquirida com dinheiro do erário e nunca procurou saber dela a origem da verba. Para ele receber o carro, a mulher – à data dos factos – precisou derramar lágrimas como forma de convencê-lo a receber o meio circulante.

De 51 anos de idade, Michel Larya confirmou que recebeu um carro de marca Mazda, modelo BT-50, adquirida a um preço de 1.360.000 meticais na Ronil Auto, na capital moçambicana, pela sua ex-cônjuge, mas esta não lhe esclareceu as circunstâncias em que obteve o dinheiro através do qual manifestou tal gesto de bem-querer.

O acusado contou que foi contactada telefonicamente por um funcionário daquela agências informando que devia levantar um presente. Chegado ao local, tratava-se de uma viatura suntuosa e levou quatro dias a digerir a oferta.

Ele alegou que rejeitou o presente, mas depois aceitou porque a ofertante chorou por sentir humilhada, uma vez que nunca antes um homem tinha recusado um presente seu.

A co-arguida Setina Titosse é acusada de cometimento de pelo menos 80 crimes no processo – ora em julgamento – sobre o desvio de 170 milhões de meticais do FDA, recorrendo a estratagemas que consistiam em forjar contratos para concessão de créditos.

Segundo o ganense, a sua antiga consorte não comentou, também, porque motivo decidira lhe presentear com uma viatura pomposa. “Foi uma surpresa que eu não estava à espera”, disse o réu, respondendo a uma questão do juiz Alexandre Samuel.

Num outro desenvolvimento, Michel Larya explicou ao tribunal que usou o carro em questão de Maio de 2014 a Fevereiro de 2016, altura em que vendeu-o a 1.300.000 meticais – pagos em dólares norte-americanos (26 mil USD) – a uma senhora de nome Rossana.

De acordo com ele, desfez-se do meio circulante porque a sua mãe encontrava doente e hospitalizada. Precisava de dinheiro para custear as despesas hospitalares. Infelizmente, a paciente perdeu a vida a 02 de Outubro de 2016.

Michel disse que tomou conhecimento de que a viatura com que Setina lhe presentou foi comprada ilicitamente com dinheiro do Estado em Outubro de 2016, quando o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) o investigou.

Entretanto, antes de ele ser alvo de processo-crime manifestou vontade, por duas ocasiões, de devolver o carro (agora confiscado pelas autoridades) à Setina, mas esta recusou alegando que a oferta era irreversível, até porque o meio circulante tinha sido registado em nome de Michel.

Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique

SELO: Daviz Simango acautela a perda de pontos na pré-época eleitoral e recusa o “presente envenenado” - Por Miguel Luís


Passado o período de férias, volto com o espírito renovado a este nosso espaço semanal de reflexão dos acontecimentos que marcam a actualidade nacional. E imbuído com o mesmo espírito de ver e viver Moçambique a partir da diáspora, proponho-me, nestas linhas desprovidas de ciência, a reflectir Moçambique com o maior grau possível de racionalidade e sensatez de modo a contribuir para a diversidade de opinião na nossa sociedade.

Embora estivesse de férias, estive atento a todos os acontecimentos que marcaram a actualidade nacional durante o período sabático, desde a "auto-atribuição" de competências feita pela polícia no que tange a fiscalização rodoviária até as últimas exigências de Dhlakama, que envolvem uma revisão constitucional feita, para bem dizer, às calhas e às correrias, realidade que, a meu ver, trará muitos problemas se não for tido em conta o devido esmero que exige este processo tão complexo e importante para a segurança e certeza jurídica de qualquer Estado.

Sendo tudo isso, até o próximo senão, águas passadas, e não sendo permitido jogar a um jogador que andou na galhofa e passado período de jogo apareça equipado e exija jogar, acho mais sensato abordar a recusa por Daviz Simango do "presente envenenado" ora oferecido pelo governo central.

Como se diz na gíria "na política vale tudo", e é neste valer tudo que encontraremos fundamento para os acontecimentos que caracterizarão em grande parte a política nacional. Os mais dorminhocos serão tirados pontos e os mais espertos usarão a tentativa de lhes ser tirado pontos para mostrar o quão malévolo são os seus adversários.

É nesta lógica de ideias que analiso a recente contenda entre o edil da Beira, Daviz Simango, e o governo central. Ao recusar a gestão da extinta Empresa de Transportes da Beira (TPB), que a edilidade da Beira herdou do governo central, Daviz Simango demonstra uma atitude de alguém atento e acautela-se desta forma a não perder pontos num futuro próximo, uma vez estando a empresa em causa prenhe de problemas mal resolvidos pelo antigo gestor dentre os quais se destaca os contenciosos com os trabalhadores que são um barril de pólvora pronto para explodir a qualquer hora.

O Governo do partido no poder ao aproveitar o processo de descentralização e agir desta forma e não apresentar resposta para os condicionalismos apresentados por Daviz Simango dá-nos motivos mais que claros para não vermos mais do que uma tentativa de passar problemas por ele criado para o outro na esperança de tirá-lo pontos num futuro próximo.

Por Miguel Luís
Fonte: Jornal A Verdade

Jovem albino morto em Tete

Um jovem que sofre de albinismo – ausência ou grande falta de pigmento na pele, nos olhos, nos pêlos e no cabelo – foi assassinado por indivíduos desconhecidos, os quais retiram do corpo da vítima alguns órgãos para fins não apurados, na semana finda, na província de Tete.

O crime deu-se na zona de Benga, no distrito de Moatize, na noite de quarta-feira (13). Os presumíveis bandidos extraíram da vítima o cabelo, o cérebro, os membros inferiores e superiores, apurou a @Verdade.

Refira-se que foi em Tete, onde a Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve um casal, acusado de tentativa de venda do próprio filho de dois anos de idade, com problemas de albinismo, por quatro milhões de meticais, em conluio com cinco indivíduos, supostamente por si contactados.

Fonte: Jornal A Verdade

Setina Titosse cada vez mais entalada no caso de desvio do dinheiro do Estado no FDA

O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM) ouviu, na segunda-feira (18), mais seis réus implicados no roubo de 170 milhões de meticais no Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA), recorrendo artifícios supostamente arquitectados pela ex-Presidente do Conselho de Administração daquela entidade do Estado, Setina Titosse.
Felisberto Zacarias, de 45 anos de idade, confirmou ao tribunal que, sem reunir os requisitos, recebeu 5.118.230 meticais, pretensamente destinados a financiar um projecto de criação de gado.
Todavia, o programa não nunca foi implementado porque todo o dinheiro que ele recebeu ficou na posse de terceiros, que alegadamente cumpriam ordem de Setina Titosse. Esta continua, em sede do tribunal, a ser a pivô de toda a tramoia que culminou com o referido roubo. O arguido narrou que para ter acesso ao crédito não precisou elaborar projecto algum. Alguém do FDA fez por tudo ele e a sua função foi apenas dirigir-se ao bando para levantar o fundo.
E quando ele recebeu o dinheiro foi orientado a transferir quase o todo para diferentes contas bancárias, cujos titulares canalizavam, por sua vez, à antiga PCA daquela instituição para o fornecimento de gado.
Dos 5.118.230 meticais, Felisberto ficou com apenas 218 mil meticais gastos no tratamento médico da esposa, que se encontra hospitalizada.
Ele sente-se, agora, seduzido e abandonando ou mesmo usado, pois não teve o talhão prometido nem o nem gado com vista a dar continuidade ao seu sonho de ser agro-pecuário.
O acusado declarou que desconhece a pessoa que elaborou o seu projecto, mas quem o convidou para solicitar financiamento no FDA foi Vicente Martim, seu conhecido de longa data e de confiança.
Segundo as suas palavras, Vicente Martim foi a pessoa que lhe orientou no sentido de transferir o dinheiro para duas contas diferentes, das quais uma do próprio visado e a outra de Milda Cossa, assistente pessoal de Setina Titosse, para a compra de gado.
Refira-se que, na semana passada, a coadjutora da antiga número um do FDA declarou, também, no tribunal que nada fez por iniciativa própria, mas sim, cumpria ordem da sua patroa.
Lazão Mondlana, 62 anos de idade, admitiu igualmente ter sido bafejado com a sorte de ter 5.041.000 meticais, supostamente para a criação de gado, sem nunca ter submetido projecto algum.
Mas o valor não teve esse fim, pois foi canalizado para as conta bancárias de Vicente Martim e da antiga PCA do FDA. Aquele é quem orientava Lazão para efectuar as transferências, alegando que iria coordenar o processo de aquisição de animais.
O aspirante a criador de gado, mas que faliu sem ter iniciado o negócio, disse que confiou em Vicente porque o conhece há vários anos e porque não tem experiência em lidar com os animais.
Parte do crédito que era pretensamente destinado a Lazão foi canalizada para a conta de Gerson Manganhe, por sinal, um dos irmãos de Milda Cossa.
Lazão afirmou, em sede do tribunal, ter ainda movimentado cheques avulsos a favor de Vicente e ele só beneficiou de aproximadamente 100 mil meticais, os quais gastou, paulatinamente, em despesas domésticas, mas nunca conheceu o espaço onde o programa seria concretizado.
Quando perguntava ao seu amigo Vicente sobre a morosidade na implementação do projecto de criação de gado, ele alegava que, devido à seca, era imperioso esperar um pouco mais até o problema estar ultrapassado.
Entretanto, o acusado tentou convencer o juiz da causa, Alexandre Samuel, de que ele é inocente. Defendeu-se, justificando que as desculpas que dava aos outros cidadãos lesados eram as mesmas que recebia do FDA e era instruído no sentido de dizer informar os outros que os animais e a condições para a sua criação ainda não tinham sido criadas.
Cumpria ordens da ex-PCA
Ao tribunal, Vicente, 40 anos de idade, motorista da Electricidade de Moçambique (EDM), começou por assumir que do FDA recebeu um financiamento de 4.606.000 meticais, pese embora sem preencher os requisitos para o efeito.
Desse montante, ele transferiu 2.500.000 meticais para Milda Cossa, por ordens “da engenheira Setina Titosse”, para aquisição de 65 cabeças de gado.
Ele conheceu a ex-número um do FDA – com qual não tem relação alguma – por intermédio de Leopoldina Bambo, sua comadre e empregada de Setina.
De acordo com Vicente, todos os supostos mutuários eram instruídos a canalizar uma boa parte do dinheiro que recebiam para Milda Cossa ou Setina. Esta, por vezes, recebia os fundos na sua própria casa, que em algumas ocasiões servia de local de encontro. “Ainda não me mostraram” esse espaço alegadamente com 65 cabeças de gado para iniciar o projecto e já passa muto tempo.
“Em nenhum momento a senhora Setina Titosse me facultou o número da conta dela, mas quando precisasse de valores me mandava para levanta e lhe entregar. Em casa dela já lhe entreguei quatro vezes ou mais valores acima de e 200 mil e 500 mil meticais”, para efeitos de compra e gado e criação de infra-estruturas no espaço que me prometeram.
Os montantes em causa eram provenientes de mutuários tais como Adriano Mavie, Lazão Mondlana, José Mazebuca, e Atália Machava, entre outros. “Ela [Setina Titosse] confirmava que recebeu os valores”. Nunca houve visitas aos locais onde se propunha criar gado.
Vicente Martim acusou Setina Titosse de o ter instruído a difundir que no FDA havia facilidades de obtenção de crédito. Foi assim que ele conseguiu arrastar Adriano Mavie, Lazão Mondlana, José Mazebuca, e Atália Machava para o esquema fraudulento.
A dado momento, a sua esposa Atália Machava começou a receber chamadas telefónicas de pessoas estranhas que alegavam ser gestores do banco e pretendiam lhe ajudar a gerir o dinheiro.
“Ela ficou com medo e abdicou-se do projecto”, contou Vicente, esclarecendo que a sua consorte entregou pessoalmente à Setina Titosse, na habitação desta, os 800 mil meticais que tinham sobrado do valo global do financiamento.
Contudo, Atália, que é incriminada de se ter beneficiado de 5.200.000 meticais, dos quais foi orientada a transferir 4.400.000 meticais para a conta de Milda Cossa, para a alegada aquisição de gado na empresa de Setina, desmentiu o marido e contou que não se recorda de ter sido amedrontada.
“Depois de transferir o valor fiquei impossibilitada de continuar o projecto porque não tinha condições emocionais para continuar”, uma vez que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), numa altura em que estava grávida.
“Os remanescente 800 mil meticais foram entregues ao meu esposo. Não sei para que fim ele destinou, mas ele disse-me que iria comprar gado”.
Por sua vez, Adriano Mavie, 44 anos de idade, disse que recebeu, ilicitamente, um financiamento de 5.100.000 meticais, dos quais parte de valores foram canalizados para Vicente Martim e Leopoldina Bambo.
Leopoldina Bambo, 40 anos, e Atália Machava, de 37 anos, também prestaram declarações segundo as quais receberam fundos do FDA mas não aplicaram em programa algum. De tudo quanto elas disseram, pouca coisa difere dos depoimentos dos demais co-arguidos.
“Ela pediu o número da minha conta alegando que alguém ia transferir dinheiro para a comprar gado. Ela perguntou se eu tinha conta no bando e respondi que sim. Não tive nenhum benefício e não questionei [a finalidade do dinheiro] porque sei que há anos que ela é criadora e vende gado”, afirmou Leopoldina.
Neste trama de ladroagem, está também envolvida uma cidadã de nome Laureta Filmão, prima de Leopoldina.
“Estou sem chão e tenho que assumir: todo o trabalho feito pela Laureta passou pelas minhas mãos” e os fundos movimentados foram entregues à Milda Cossa, para compra de gado, disse a antiga empregada de Setina.

Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique

Editorial | @Verdade publicou nada relacionado com lavagem de dinheiro e venda de drogas

O Jornal @Verdade tomou conhecimento, através do WhatsApp, da circulação de uma informação cuja autoria é-lhe atribuída, segundo a qual a polícia moçambicana e sul-africana estão a investigar um caso de lavagem de dinheiro e venda de drogas entre as fronteiras dos dois países, envolvendo um suposto dono de uma empresa de seguros em Moçambique, identificado pelo nome de Henrique Almeida, mais conhecido por Kinho.
Da mesma informação, costa que o crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por um conjunto de operações comerciais ou financeiras que têm por objectivo ocultar ou dissimular a natureza, a origem, a localização, a disposição, a movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, directa ou indirectamente de infracção penal.
Deste modo, o Jornal @Verdade distancia-se da referida informação e afirma, expressa e publicamente, que a mesma é alheia e estranha aos conteúdos que publica, bem como desconhece o pretenso caso em investigação.
Ademais, o Jornal @Verdade apela a todos que tenham lido ou possam ainda ler a informação em alusão para que não o associem à mesma, nem a quaisquer outras publicações erróneas, sobretudo difundidas por intermédio das redes sociais.

Fonte: Jornal  A Verdade. Moçambique

TDAH e planejamento: a difícil tarefa em concluir tarefas.



Sabe-se que a pessoa com TDAH tem muita dificuldade no planejamento e execução de tarefas. Quanto maior o esforço mental, maior a dificuldade. Isso ocorre por causa da alteração central no córtex pré-frontal que compromete a capacidade adaptativa da função executiva.

Por conta dessa disfunção, o paciente com TDAH tem dificuldade em organizar-se para atingir metas, em administrar seu tempo, em fazer um planejamento de suas atividades, em seguir um planejamento, finalizar tarefas previamente iniciadas e dificuldades em manter a autonomia e independência para desempenhar suas rotinas.

Essa disfunção pode se apresentar com uma ou várias dificuldades práticas que impactam o cotidiano, como comprometimento da atenção sustentada, dificuldade em iniciar tarefas, empobrecimento da estimativa de tempo, dificuldade de alternar de uma tarefa para outra ou lidar concomitantemente com distintas tarefas que variam em grau de relevância e prioridade, déficits no controle de impulsos e impaciência, problemas de planejamento, distração, pouco insight, inquietação, agressividade, problemas de seqüência cronológica, problemas de inibição de resposta e labilidade motivacional.

Pensando nessa dificuldade, disponibilizo um PDF de planejamento diário. Nele você poderá imprimir e preencher diariamente ou semanalmente, como preferir, para te ajudar a seguir um planejamento de tarefas. Pode ser usado tanto na vida pessoal, como no profissional e acadêmico. 


É importante que essa folha esteja preenchida e que você a coloque em algum lugar que você possa ver para se lembrar. A cada tarefa executará, você se sentirá melhor. O planejamento também, te ajudar a ter um norte, para verificar as atividades que foram feitas e as que estão incompletas. 

Ela foi desenvolvida da forma mais simples pensando justamente nessa dificuldade. A proposta de ser completada a mão, é que sabemos que aquilo que escrevemos, tende a ficar mais guardado em nossa mente do que simplesmente preenchido pelo computador. Para baixar é só clicar aqui: https://files.fm/u/kyaqttmz . É grátis e você pode baixar quantas cópias quiser.


Debora Oliveira

Psicóloga clínica

A importância do autoconhecimento : 30 perguntas para te ajudar a se conhecer melhor.



“Uma pessoa que se tornou consciente de si mesma está em melhor posição de prever e controlar seu próprio comportamento.”

Esta frase, de autoria do respeitado psicólogo e escritor americano Burrhus Frederic Skinner, resume bem a importância do autoconhecimento, que nada mais é que conhecer melhor a si mesmo e o próprio comportamento. Ele, que era um profundo estudioso do comportamento e da mente humana, defendia que o autoconhecimento trazia inúmeros benefícios à vida das pessoas, como por exemplo, autoestima elevada, menos problemas emocionais gerados por conflitos internos, mais tolerância com os outros e com as adversidades do cotidiano etc.

O quanto você se conhece? Muito? Pouco? A maior parte das pessoas acredita que se conhece, mas na verdade se conhece muito pouco. Você ama alguém, confia em alguém que pouco conhece? Geralmente amamos e confiamos apenas em quem conhecemos muito! E se você não se conhece como quer acreditar mais em sua própria capacidade? Como quer ir em busca de seus sonhos se não acredita ser capaz? E por que não acredita ser capaz? Porque não sabe quem você é.

Por isso, o autoconhecimento é fundamental para desenvolver o amor por si mesma e fortalecer a auto-estima. É muito difícil alguém se conhecer interiormente quando a busca está sempre no externo. Buscam cuidar da pele, mudar o corte do cabelo, comprar roupas, carros, eliminar alguns quilinhos, mas quase sempre esquecem que o caminho deve ser o contrário, de dentro para fora.

Separei uma lista com 30 perguntas para te ajudar no seu autoconhecimento. É só clicar aqui e baixar o PDF: https://files.fm/u/drm3kk33

Alto quadro português da Jerónimo Martins detido na Colômbia por corrupção

Situação foi denunciada pela própria empresa, que trabalhou em conjunto com as autoridades colombianas
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Pedro Jorge da Costa Coelho, alto quadro da Jerónimo Martins e diretor de operações da empresa ARA a nível mundial, foi detido na Colômbia devido a suspeitas de corrupção. A situação foi denunciada pela própria Jerónimo Martins.
De acordo com as autoridades colombianas, a detenção foi "um marco na luta contra a corrupção privada". A informação é fornecida pela Fiscalía General de la Nación, um órgão semelhante ao Ministério Público português.
Pedro Coelho terá pedido quantias entre os 14 e os 23 mil euros para a adjudicação de contratos para a construção de lojas da rede ARA na Colômbia.
Terá também, inclusivamente, de acordo com a Fiscalía General de la Nación, pedido quase 5,8 mil euros a uma empresa para a sua mulher, exigindo também que arranjassem a esta um emprego fictício, para que tivesse ordenado sem trabalhar efetivamente.
Ao DN, a Jerónimo Martins confirmou a detenção e que foi a Jerónimo Martins Colômbia que "denunciou às autoridades colombianas a existência de um potencial caso de corrupção privada, em benefício próprio e em prejuízo da companhia, detetado pelos sistemas internos".
"Graças à atuação conjunta com as autoridades colombianas, foi possível avançar para instauração de um processo, que resultou na detenção anunciada", acrescenta a empresa.
Finalizando, a Jerónimo Martins abstém-se de "fazer mais comentários públicos sobre o assunto", porque o processo está "em curso, sob a condução das autoridades colombianas, e por respeito ao desenvolvimento da sua atividade".

Fonte: DN

VI Feira da Abóbora

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A Confraria dos Sabores da Abóbora vai promover, nos dias 22, 23 e 24 de setembro, no Largo de São Miguel, a VI Feira da Abóbora. A abertura da Feira está agendada para as 19h00, do dia 22 de setembro.

A finalidade deste evento é divulgar e mostrar algumas variedades de abóbora tão utilizada, ao longo dos tempos, no nosso Concelho.
Para delícia e degustação de todos os presentes, haverá muitas iguarias confecionadas com abóbora e, ainda, vários showcookings, tasquinhas, espetáculos musicais, muita animação e insufláveis.
Tudo boas razões para não faltar a este evento cheio de muito sabor e tradição.
Fique a conhecer toda a programação:
Dia 22 – Sexta-feira
19h00 – Inauguração
Concurso Sopas da Terra
22h00 – Artista João Claro

Dia 23 – Sábado
10h00 – Abertura da Feira
11h30 – Showcooking Chefe Tony Martins
14h30 – Showcooking para crianças – Tomás Silva – Concorrente do MasterChef Júnior
15h30 – Showcooking João Moreira
16h00 – Concurso da maior abóbora
Concurso de esculturas de abóbora
16h30 – Rancho Folclórico Infantil St. António
17h30 – Grupo de Cavaquinhos da Boa Hora
18h00 – Universidade Sénior
21h30 – Espetáculo de Ballet – 1.ª Posição Ponte de Vagos
22h30 – Grupo de Samba “Os morenos” de Estarreja

Dia 24 – Domingo
09h00 – Chegada dos gaiteiros à vila de Soza
09h30 – Aconchego do estômago
10h30 – Arruada dos Gaiteiros
11h00 – Abertura da Feira
11h30 – Showcooking Chefe Rui Fonseca
12h00 – Concentração dos Gaiteiros
14h30 – Showcooking Chefe Irene Pimenta
15h00 – Atuação dos Gaiteiros
16h30 – II Concurso papas de abóbora
19h00 – Encerramento da feira

Sem empresas não há emprego

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Sem empresas não há emprego, sem empresas, Coimbra continua a definhar

Jaime Ramos, candidato da Coligação Mais Coimbra, dedicou o dia às empresas e ao emprego, área que considera decisiva para que Coimbra arranque da letargia de anos e ganhe capacidade de desenvolvimento.
O candidato Mais Coimbra realçou que Coimbra tem de ser amiga das empresas, criando condições para que elas cresçam e se fixem, criem emprego e ajudem a que os nossos jovens quadros não tenham de sair para se realizarem profissionalmente.
A Câmara atual cria entraves ao investimento, tem medo dos empreendedores, não recebe os investidores, não consegue promover, nem dinamizar a economia de Coimbra e da região por isso tem de Mudar Com Mais Coimbra .
É essencial, para a fixação dos jovens e para assegurar condições de atratividade e desenvolvimento económico, que se crie um clima favorável a uma dinâmica económica menos burocrática e facilitadora do investimento” disse Jaime Ramos, de visita à Plural. Considerando, ainda que Coimbra precisa de criar emprego para trabalhadores de todas as idades, e com vários níveis de formação.
Jaime Ramos considera que “ter mais empresas em Coimbra se consegue tratando bem as que cá estão, criando oportunidades para outras cá se instalarem e, aos que querem empreender, aliviando-os de um mar de burocracias, que não serve para nada além do estorvo. A burocracia do papel apenas serve quem nada quer fazer.
Quem cria emprego deve ser bem tratado, para que cá venha e para que cá fique.
Sem empresas não há emprego, sem empresas, Coimbra continua a definhar, afirma Jaime Ramos.
Uma liderança forte faz-se com pessoas que têm interesse nas coisas, que não têm medo de correr riscos e de empreender, disse Jaime Ramos.
Não tenho medo de afrontar quem quer que seja se o interesse for o bem de Coimbra e das pessoas. Considero que, no interesse de Coimbra, vivemos um momento de oportunidade único que temos de saber aproveitar”, disse Jaime Ramos considerando que nestas eleições autárquicas as escolhas são entre a manutenção de Coimbra em estado de letargia, ou entre a opção Mais Coimbra.
Jaime Ramos defende o investimento no IParque e nos parques de Eiras e Taveiro como forma de dinamização económica, não se devendo esquecer o turismo, o comércio, os serviços e mesmo a agricultura. Para Jaime Ramos, Coimbra deve apostar nas novas tecnologias e indústrias criativas, sem esquecer os sectores tradicionais.

Agenda

Santo António dos Olivais


08h00 - Largo dos Olivais (cafés e lojas da Rua Luís Gonzaga);
08h30 - Rua Bernardo Albuquerque;
09h30 - Largo da Cruz de Celas (cafés e lojas);
10h00 - Av. Calouste Gulbenkian (esplanadas centro comercial);
10h30 - Largo Dr Fausto Correia (Trianon) - com declarações aos jornalistas;
11h00 - Ruas Machado de Castro, Antº José Almeida, Cruz Celas;
11h15 - Ida para Atrium Solum, Humbtº Delgado, Tamoeiro, ESEC
12h00 - Girassolum, Praça 25 Abril, R Ultramar, Praça dos Açores;
13h00 - Almoço;
14h00 - Café Samambaia, Esplanadas e Pracetas;
14h45 - R Mouzinho Albuquerque, Pedº Álv. Cabral, Paulo Quintela;
15h15 - Rua Augusto Marques Bom (Galerias Comerciais);
15h45 - Estrada da Beira;
16h00 - Rua do Brasil;
16h30 - S. José, junto à CGD.

Cernache

18h00 - Recepção da Comitiva no parque de estacionamento junto à Pastelaria Moleirinho;
18h30 -  Deslocação à sede de candidatura localizada no largo da praça;
19h00 - Discurso breve dos candidatos (JR e VN);
19h30 - Breve convívio com a população e comércio local;
20h00 - Jantar – Na Associação Desportiva e Recreativa da Telhadela;
20h30 - Convivio e debate de ideias;
21h15 - Loureiro;
21h50 - Vila Nova;
22h15 - Vila Pouca;
22h30 - Final em Vila Nova.