quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
AVEIRO | COMEÇOU O ALARGAMENTO DA VIA JUNTO À CAPELA DE SÃO BRÁS
AVEIRO | INÍCIO DA OBRA DE REQUALIFICAÇÃO E AMPLIAÇÃO DA ESCOLA BÁSICA DE AZURVA
Vacinação comunitária para a Covid-19 arrancou hoje em Alvaiázere
Comunicado: Presidente da Câmara de Mira coloca “amigos” na ABMG sem concurso. Quais as consequências políticas a retirar?
Plano de Desenvolvimento Turístico aponta Pombal como destino de excelência
Aumento do valor mínimo do subsídio desemprego pago em março
Lusa
MUNICÍPIO DE SILVES SUBSTITUI SINALÉTICA DIRECIONAL EM DIVERSAS LOCALIDADES
Em Armação de Pêra: RUA DR. MARTINHO SIMÕES E RUA DOS PESCADORES SOFRERÃO INTERRUPÇÃO DE TRÂNSITO NA TARDE DO DIA 15 DE FEVEREIRO
Jovens universitários fizeram voluntariado em Ansião
Brasil: Apreendida meia tonelada de cocaína em avião com destino a Portugal
Fonte: Lusa
Foto: Polícia Federal do Brasil
Câmara renova parceria com o Clube Sport Algés e Águeda XXI
Dinamizar a natação adaptada e outras atividades letivas aquáticas nas Piscinas Municipais são os objetivos deste acordo que consolida uma relação institucional com vários anos.
A Câmara Municipal de Águeda reafirma o seu posicionamento estratégico em proporcionar aos cidadãos o acesso a formação desportiva para todos, tendo renovado a sua parceria com o Clube Sport Algés e Águeda XXI para a dinamização de natação adaptada e outras atividades letivas ligadas à natação nas Piscinas Municipais.
“Aumentar a prática de atividade física e formativa de forma regular e orientada no concelho é uma aposta que temos colocado em prática com várias ações e nas diversas modalidades. Nesse sentido, promover o acesso à prática de natação de todos os públicos, independente da idade, grau de dificuldade ou deficiência, é uma das áreas em que continuamos a investir”, declarou Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda, realçando o sentido inclusivo desta política municipal.
Afirmar Águeda enquanto um Município de referência nacional na área desportiva, distinguindo-se pelo seu caráter inovador, tem sido o desafio constante na estratégia municipal, promovendo políticas desportivas diversificadas que se traduzem num aumento da prática da atividade física e desportiva na população do Concelho. O Plano Municipal de Desporto elenca algumas dessas políticas que fundamentam a ideia de que o desporto é para todos, sem exceção, e que define, por exemplo, o objetivo de que,“(…) até 2022, pelo menos 40% da população (do concelho) efetue algum tipo de atividade física regular”.
Deste modo e alicerçada no conceito de que “Desporto é Vida”, a Câmara de Águeda pretende aumentar o número de praticantes, das várias modalidades desportivas, seja de âmbito competitivo ou amador. Esta é uma aposta sustentada do Município que tem sido concretizada com recurso à atividade desenvolvida nos vários equipamentos desportivos municipais do Concelho, bem como através do estabelecimento de parcerias como a que tem sido efetuada com o Clube Sport Algés e Águeda XXI.
O protocolo, firmado ontem entre a Câmara de Águeda e este clube, pressupõe a dinamização de aulas de natação e de natação adaptada nas Piscinas Municipais (com turmas especiais criadas em 2019 e que continuam a sua formação), apoiando o bom funcionamento deste complexo e assegurando os recursos especializados e permanentes para lecionar as aulas.
Os técnicos deste clube, que é o único no concelho de Águeda com a sua atividade centrada na modalidade de natação e de natação adaptada, são profissionais com experiência comprovada e habilitações técnicas adequadas, em concreto para a prática da natação adaptada, o que é determinante para o bom funcionamento da Escola Municipal de Natação e para o ensino da modalidade junto da população com algum tipo de deficiência.
Refira-se que esta aposta e as boas práticas desenvolvidas pela Câmara de Águeda, no âmbito da sua programação e atividade desportiva, têm sido reconhecidas por vários organismos e valeram várias distinções, nomeadamente a de Presença Digital 2020 e Intervenção Covid-19 no Desporto 2020, atribuídas pela plataforma Cidade Social. Esta estrutura também distinguiu o Município de Águeda com o “Programa de desporto adaptado recomendado 2019”, para além de ter atribuído o prémio de melhor “Programação Desportiva Municipal 2019”.
Na foto: Edson Santos, Jorge Almeida, Emanuel Posse e Carlos Rodrigues
Proença-a-Nova | Vacinação de pessoas com mais de 80 anos começa dia 12 de fevereiro
Fátima Lopes participa em Webinar da ENB- Escola de Negócios
O regresso ao confinamento geral não está a ser fácil para a maioria da população, sobretudo numa altura em que a fadiga pandémica é uma realidade, com a população a acusar sinais de cansaço, stress e ansiedade. Mas este é, simultaneamente, o momento determinante para motivar as pessoas a enfrentar este momento de crise.
No meio do caos é muito mais difícil ser produtivo e, ainda mais, ser criativo. Fátima Lopes, apresentadora de televisão e Keynote Speaker, reuniu algumas dicas para nutrir a motivação e que irá partilhar no Webinar da ENB- Escola de Negócios a decorrer no dia 11 de fevereiro, às 17h.
Reunimos aqui algumas das dicas da apresentadora:
1 - Acordar sempre à mesma hora.
2 – Fazer exercício físico. Começar o dia com desporto aumenta e muito a nossa eficiência, foco e criatividade.
3- Manter o trabalho organizado.
4 - Combinar com colegas as paragens e em videochamada tomar um café.
5 – Alimentar-se de forma equilibrada e beber água.
Estas e outras ferramentas serão exploradas no Webinar “Dicas para nutrir a motivação”. Os interessados deverão proceder à inscrição em www.escoladenegocios.com
Estudo fornece novos dados para a interpretação de contextos socioculturais da época pós-medieval em Portugal
Um estudo desenvolvido por investigadores da Universidade de Coimbra, do Instituto Universitário Egas Moniz e da Universidade Nova de Lisboa fornece novas pistas para a compreensão das dinâmicas sociais e culturais da época pós-medieval em Portugal.
A equipa, coordenada pelos antropólogos Francisco Curate, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), e Nathalie Antunes-Ferreira, do Instituto Universitário Egas Moniz, estudou as consequências funcionais e sociais de várias lesões esqueléticas sofridas por um indivíduo do sexo masculino encontrado durante uma escavação arqueológica realizada em 2018 no adro da antiga Capela do Espírito Santo de Bucelas, perto de Lisboa.
Na altura, foi descoberta uma necrópole com esqueletos dos séculos XVII – XVIII, tendo sido exumados 98 adultos - 59 homens, 33 mulheres e 6 de sexo desconhecido – e 59 não adultos. No entanto, um esqueleto chamou a atenção da equipa responsável pela escavação, por apresentar evidências de lesões múltiplas com sequelas importantes, destacando-se de forma clara dos outros indivíduos encontrados.
Por isso, este estudo focou-se apenas nos restos esqueléticos deste indivíduo, que foram analisados através de uma abordagem de reincidência de lesão, abordagem que avalia a experiência vivida por indivíduos que sofrem múltiplos incidentes traumáticos, transmitindo uma contextualização diferenciada do sofrimento individual dentro de um reticulado de processos sociais e culturais.
As análises realizadas permitiram concluir que este homem de meia-idade «sofreu traumatismos e lesões em diferentes momentos da sua vida, sendo por isso um caso de lesões recidivas que sugere diferentes interpretações», indica Francisco Curate.
Por exemplo, detalha o investigador da FCTUC, «a possibilidade de este homem ter sido alvo de cuidados médicos e pessoais por parte da comunidade: a severidade das lesões, incluindo infeção pós-traumática, prejudicou seriamente a sua qualidade de vida, limitando a sua capacidade motora e tornando-o inapto para realizar uma série de tarefas, incluindo a alimentação, a higiene e o trabalho».
Segundo o antropólogo, os resultados deste estudo, que foi publicado no International Journal of Osteoarchaeology, sugerem «a existência de uma associação entre a atividade ocupacional, provavelmente ligada à agricultura, e estas lesões graves e reiteradas. Além disso, e no contexto da época em questão, apontam para um reticulado de fatores sociais e culturais próprios de uma sociedade onde a violência estrutural era prevalente, nomeadamente através dos acidentes de trabalho, do alcoolismo e da pauperização dos trabalhadores agrícolas».
Numa perspetiva mais positiva, os dados obtidos «sugerem que a comunidade em que este homem vivia cuidou dele possibilitando a sua sobrevivência. No fundo, um único caso demonstra que o passado não é unidimensional, e que a história tanto se centraliza na experiência do indivíduo (e na sua agência) como na sociedade onde este viveu e morreu (e na sua coerção estrutural)», acrescenta.
Francisco Curate nota ainda que a quantidade de fraturas, a sua severidade, e a sua distribuição pelo esqueleto estudado «são ímpares, muito raras no registo arqueológico. E, fazendo um paralelismo com casos clínicos atuais, sugerem uma ligação a um mundo rural, de trabalhos agrícolas, e também a adição de substâncias, nomeadamente o alcoolismo».
«Claro que são hipóteses de trabalho, não é possível reconstituir fielmente a história de vida deste indivíduo, mas são propostas lógicas e fundamentadas», esclarece. Os restantes indivíduos encontrados na necrópole estão a ser estudados e em breve os resultados serão também publicados.
Este estudo dá contribuições importantes para a interpretação de «contextos bioculturais no passado, abordando questões como violência interpessoal, idade e género, desigualdade social e violência estrutural, estratégias de subsistência, procedimentos cirúrgicos ou assistência médica e a prestação de cuidados, entre outros», conclui o investigador.
Cristina Pinto
MUNICIPIO DE Alvaiázere PROMOVE MOBILIDADE ELÉTRICA
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Taxa de desemprego sobe para 6,8% em 2020
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Pandemia deixará “um rasto pesado” na saúde mental da população
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Portugal “está muito grato” pela solidariedade europeia face à covid-19
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Imagem: CM Loulé
LOURDES – Necessária, mais que nunca, neste ano pandêmico
Fonte: Revista Catolicismo, Nº 842, Fevereiro/2021
Muito lamentavelmente, o santuário de Nossa Senhora de Lourdes, nos Pirineus franceses, permaneceu fechado durante quase todos os meses do ano passado. Em muitos outros locais e ocasiões de devoção, também não foram devidamente celebradas as tradicionais festas religiosas nesse ano catastrófico da pandemia — Fátima, Aparecida, Círio de Nazaré, Corpus Christi, nem mesmo a Semana Santa e o Santo Natal.
No que se refere a Lourdes, os fiéis e peregrinos ficaram privados das graças e curas, dos milagres grandes e pequenos que desde 1858 se operam na gruta de Massabielle, naqueles abençoados lugares às margens do rio Gave. Não puderam beneficiar-se das águas da fonte milagrosa nem das piscinas, onde tantos peregrinos procuram cura espiritual e física, como registram milhares de documentos.
O pretexto da pandemia para esse fechamento é injustificável, pois exatamente em ocasiões como essa as pessoas mais precisam pedir a cura e graças, concedidas abundantemente em Lourdes por Aquela que ali afirmou: “Eu sou a Imaculada Conceição”.
Para a festividade litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, fixada no dia 11 de fevereiro, a equipe de Catolicismo pesquisou conferências, artigos e comentários do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira sobre esta devoção mariana. Do amplo e rico material encontrado, selecionamos alguns trechos cuja transcrição oferecemos a seguir. [A ABIM, ao longo desta semana, reproduzirá em capítulos essas matérias concernentes a Lourdes].
Ajudados por esses comentários, os leitores poderão se dirigir espiritualmente a Lourdes, para pedir à Imaculada Conceição a nossa cura, a de nossos parentes e conhecidos, e sobretudo a ‘cura’ da Santa Igreja, mergulhada na pior crise de sua história bimilenar.
Da redação de Catolicismo
Em Lourdes, curas milagrosas e resignação no sofrimento
Nossa Senhora revela sua bondade, mostra que é nossa Mãe, que tem pena de nós e pratica maravilhas por seus devotos; mas tem também desígnios bondosos quando não atende nossos pedidos
Os acontecimentos de Lourdes são muito ricos em ensinamentos, um dos quais é sobre o sofrimento. Vemos naquela cidade, abençoada pelas aparições de Nossa Senhora a Santa Bernadette Soubirous, duas atitudes da Providência diante do sofrimento humano. Ambas têm sua razão de ser, dentro da perfeição dos planos divinos, apesar de parecerem até contraditórias.
De um lado, o que mais chama atenção em Lourdes é Nossa Senhora ter pena dos que sofrem, atender seus rogos e praticar milagres para livrá-los das dores que os atormentam. Pela bondade que Ela manifesta em Lourdes, mostra que é nossa Mãe, tem pena de nós, quer e pode praticar maravilhas por nós. Ela tem também pena das almas, e para provar que a Fé Católica é a única verdadeira, opera milagres para obter conversões.
Mas outro aspecto do sofrimento, que notamos em Lourdes, são os inúmeros doentes que peregrinam à abençoada cidade francesa e voltam sem obter a cura desejada. A maior parte dos peregrinos volta sem o milagre da recuperação na saúde. Por que Nossa Senhora opera a cura de alguns e não de todos? Facilmente compreendemos a bondade pela qual alguns são curados, mas qual a razão pela qual outros não o são? O motivo é que Nossa Senhora nos revela assim outro grande ensinamento.
Ação da Providência no milagre e na ausência do milagre
Eu creio que a razão mais profunda desse fato é um dos mais estupendos milagres de Lourdes. Para a grande maioria das almas, o sofrimento é necessário para acrisolamento das virtudes e para a santificação. Sofrimentos como as doenças são necessários para a salvação das almas. Por meio das enfermidades e das provações espirituais, aceitando o sacrifício, a pessoa se santifica. Não compreende o amor de Deus e a regeneração espiritual quem não compreende o papel do sofrimento para obter das almas o desapego. São Francisco de Sales chegou a afirmar que o sofrimento é de tal maneira indispensável, que pode ser considerado verdadeiramente um 8º sacramento.1
O Cardeal Segura y Saenz,2 com quem eu estive numa viagem à Espanha, contou-me o diálogo que teve com Pio XI. Este Papa se gabava, diante do Cardeal, de nunca ter estado doente. O Cardeal Segura sorriu, e disse: “Então Vossa Santidade não tem o sinal de predestinado. Não há predestinado que não adoeça, e gravemente; que não sofra muito, pelo menos em determinado período de sua vida. Se Vossa Santidade nunca teve nada afetando a saúde, não tem o sinal da predestinação”.
Pio XI aceitou como verdadeira a categórica afirmação do Cardeal espanhol, e alguns dias depois teve um enfarte. Então escreveu um bilhetinho ao Cardeal: “Eminência, já tenho o sinal de predestinado”. Como outros tipos de sofrimento físico, moral etc., realmente a doença é sinal dos predestinados; ou seja, dos eleitos que Deus põe à prova para merecerem a bem-aventurança eterna no Céu.
Nossa Senhora agiria contra o interesse da salvação das almas, se eliminasse todas as doenças que grassam pelo mundo. Para certas almas, para certos efeitos, de algum modo convém retirar o sofrimento, mas normalmente não convém. Por essa razão, muitas pessoas vão a Lourdes e voltam sem terem sido curadas. Isto comprova quanto a Virgem Santíssima, tão misericordiosa, julga indispensável o sofrimento para a salvação de seus filhos.
O maior milagre de Lourdes é a resignação e a aceitação do sofrimento
Em Lourdes, quando não se opera a cura, Nossa Senhora dá aos enfermos tal conformidade com a doença, que eles não se revoltam. Pelo contrário, voltam para suas casas resignados, satisfeitos de terem visitado e rezado na gruta. Viram pessoas serem curadas, mas eles próprios não o foram. Há casos de pessoas que chegam de longe — da Índia, da América etc. — e vendo ao seu lado outros enfermos em estado mais grave que o delas, mudam o seu pedido a Nossa Senhora: que eu não seja curado, conquanto que esse ou aquele doente mais necessitado obtenha a sua cura.
Assim o peregrino enfermo aceita o sofrimento em benefício do outro. Essa nobre atitude é um verdadeiro milagre de amor ao próximo por amor de Deus; um milagre moral arrancado ao egoísmo humano, e isso representa um milagre mais estupendo do que uma cura propriamente dita.
Havia em Lourdes algo talvez ainda mais bonito: um convento de Carmelitas contemplativas com o propósito de expiar e sofrer qualquer doença a fim de obter graças para os corpos e as almas das pessoas que vão à bendita gruta pedir benefícios. Elas nunca pediam suas próprias curas, aceitavam todas as doenças em benefício das almas dos que pedem o milagre da cura. Como vítimas expiatórias, sofriam horrores, levando às vezes uma vida inteira de sofrimentos; e às vezes morriam oferecendo a vida em holocausto, com o objetivo especial de fazer bem às outras almas.
Milagres de caráter espiritual que levam almas para o Céu
Prestando-se atenção na natureza humana decaída pelo pecado original, e sabendo que atos de abnegação não são comuns entre os homens e causam ao egoísmo humano tão grande horror, compreende-se que os peregrinos, aceitando resignadamente quando não são curados, isto pode ser considerado milagre maior do que todas as outras curas que ocorrem em Lourdes.
Tudo isso mostra bem que a intenção de Nossa Senhora, nas curas de Lourdes, é produzir esses milagres de caráter espiritual e moral que salvam as almas para o Céu. O amor d’Ela a seus filhos tem como principal objetivo levá-los ao amor de Deus e à glória celestial. Nada de melhor se pode desejar para eles. O que se diria se Ela tivesse aparecido em Lourdes para fazer bem aos corpos perecíveis, e não para as almas que não perecem?
Devemos amar mais a Deus do que aos homens, e assim compreendemos bem o grande ensinamento de Lourdes. Não é o ensinamento apologético, tão grande e tão importante, mas sim o ensinamento da aceitação da dor, do sofrimento, da derrota, do fracasso se preciso for.
Poder-se-ia objetar: ‘É muito difícil aceitar a dor e carregá-la resignadamente’. A resposta, nós a temos ao contemplar a agonia de Nosso Senhor Jesus Cristo no Horto das Oliveiras. Posto diante de todo o sofrimento, Ele disse: “Pater, si possibile est, transeat a me calix iste” (Meu Pai, se é possível, afastai de mim este cálice – Mt 26,39). Mas depois acrescentou: “Faça-se a vossa vontade, e não a minha”.
Esta exemplar posição do Divino Mestre é a que devemos tomar diante de nossos sofrimentos particulares. Nesses momentos de dor, poderemos repetir: Meu Pai, se é possível, afastai de mim este cálice; porém cumpra-se a vossa vontade, e não a minha.
Naquele momento de agonia no Horto, um Anjo veio consolar Nosso Senhor. A graça nos consolará a nós também, nos sofrimentos que padecemos. Portanto, tenhamos coragem, resolução, energia. Assim compreenderemos o significado do sofrimento, e teremos alegria em sofrer por amor de Deus. Compreenderemos que sofrer é a dádiva dos predestinados; e não sofrer é a parte dos réprobos.
(Excertos da conferência de Plinio Corrêa de Oliveira em 6-2-1965).
ABIM
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Notas:
- Os sete sacramentos são: Batismo, Confirmação (ou crisma), Eucaristia, Reconciliação (ou penitência), Unção dos Enfermos (ou extrema-unção), Ordem (sacerdotal) e Matrimônio.
- Dom Pedro Segura y Sáenz. Nascido em Carazo (Burgos, Espanha), em 4 de dezembro de 1880. Ordenado sacerdote em 1906 e sagrado Bispo em 1920. Seis anos mais tarde, Arcebispo de Toledo. Elevado à púrpura cardinalícia no Consistório de 18 de dezembro de 1927. Em 1937 foi designado Cardeal-Arcebispo de Sevilha, cuja sede ocupou até sua morte, em 8 de abril de 1957.