domingo, 6 de junho de 2021

Especialista da Universidade de Coimbra integra Mecanismo Extraordinário de Identificação Forense de desaparecidos no México

Duarte Nuno Vieira, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, foi escolhido para integrar o Mecanismo Extraordinário de Identificação Forense de pessoas desaparecidas no México.

Este organismo, constituído por reputados especialistas mundiais, em representação de diversas organizações, e também das famílias dos desaparecidos, tem por missão a busca e identificação de pessoas desaparecidas no México e a sua restituição às respetivas famílias.

O MEIF surgiu de um esforço coordenado entre autoridades estatais, famílias de pessoas desaparecidas e organizações de direitos humanos especializadas em desaparecimentos forçados. A sua atuação decorre sob a observação de entidades internacionais de direitos humanos, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

O especialista da UC, que foi escolhido pelas famílias mexicanas como seu representante neste Mecanismo Extraordinário, sublinha a importância da missão do organismo, lembrando que «mais de 82.000 pessoas desapareceram no México entre 2006 e 2021 e os casos continuam a aumentar».

A crise humanitária decorrente do desaparecimento de cidadãos nacionais foi reconhecida pelo Estado mexicano no final de 2019, altura em que foi aprovado um acordo de criação de um Mecanismo Extraordinário de Identificação Forense (MEIF) de pessoas desaparecidas, agora concretizado.

Duarte Nuno Vieira, que atualmente preside à Rede Ibero-americana de Instituições de Medicina Legal e Ciências Forenses e ao Conselho Científico Consultivo do Tribunal Penal Internacional, tem realizado múltiplas intervenções no México, no âmbito da chamada Ação Humanitária Forense, por solicitação de entidades diversas, nomeadamente da Amnistia Internacional, Nações Unidas e Comité Internacional da Cruz Vermelha.


França defende que imposto sobre empresas deve ser “o mais alto possível”


O ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, defendeu hoje que o imposto mínimo a aplicar às empresas, acordado pelo G7 no sábado, deve ser "o mais alto possível".
Em entrevista à emissora Europe 1, Le Maire afirmou que os 15% acordados são uma conquista que implicou "dias e noites" de negociação, garantindo que agora vai tentar aumentar este imposto.

"Os 15% são já um compromisso. Nas próximas semanas, vamos continuar a lutar, em especial com a Alemanha, para que o imposto seja o mais elevado possível", sublinhou.

No entanto, o governante admitiu que "será muito difícil" ir além do acordado no sábado.

O Governo francês é a favor da aplicação de uma taxa de 21% sobre o rendimento das empresas, em linha com o que defende o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Os ministros das Finanças do G7 alcançaram este sábado, em Londres, um acordo "histórico" para a aplicação de um imposto mínimo de 15% sobre as empresas.

"Estou encantado por anunciar que os ministros das Finanças do G7 alcançaram, após anos de discussão, um acordo histórico sobre o sistema global de impostos", anunciou, na altura, o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak.

Em causa, está uma proposta que prevê a aplicação de um IRC de 15%, assegurando que "as empresas certas paguem os impostos certos, nos locais certos".

Agradecendo o trabalho dos seus homólogos, Sunak reiterou que este acordo "de significância histórica" permite adequar o sistema global de impostos ao século XXI.

Fonte: Lusa

  Imagem: JN

Aldeias Históricas de Portugal inspiram criação de Rede de Conjuntos Históricos na província de Badajoz

Um grupo de representantes de várias localidades históricas da província de Badajoz (Espanha) visitou as Aldeias Históricas de Portugal, com o objetivo de adquirir conhecimento sobre a sua abordagem de desenvolvimento territorial, de modo a criar uma rede de 12 Conjuntos Históricos na província de Badajoz.

Rede das Aldeias Históricas de Portugal tem sido cada vez mais procurada como exemplo de boas práticas, tanto no plano nacional como internacional. Depois de, em novembro de 2018, ter sido o primeiro destino em rede – a nível mundial –, a receber o certificado BIOSPHERE DESTINATION, em junho de 2019 acolheu o 1.º encontro de técnicos de turismo da CPLP - Comunidade de Países de Língua Portuguesa, que veio conhecer o projeto da Rede como exemplo de boas práticas na recuperação de património. Em janeiro de 2020, a Rede das Aldeias Históricas de Portugal tornou-se o primeiro território português a liderar a comunidade internacional de Destinos Turísticos Sustentáveis.

Esta semana, as Aldeias Históricas de Portugal receberam a visita de uma comitiva de representantes de várias localidades históricas da província de Badajoz (Espanha), cujo objetivo é conhecer a sua metodologia de trabalho, com vista a criar uma rede de 12 Conjuntos Históricos na Província de Badajoz, ao abrigo do projeto de Cooperação Transfronteiriça GLOBALTUR-EUROACE. Marcam presença, entre vários autarcas e deputados, o Deputado de Turismo de Província de Badajoz.

Nesta visita, a Rede das Aldeias Históricas de Portugal deu a conhecer, à Diputación de Badajoz, a sua estratégia de desenvolvimento territorial, onde se enquadram o vasto património histórico-cultural, a gastronomia, os vinhos, a natureza, os costumes e tradições, e a promoção de "um destino que são 12", sem igual em todo o mundo, servindo assim de exemplo para os seus congéneres espanhóis.

Sobre a visita, Gonzalo de la Granja Villoslada, Consultor de Turismo do Ayuntamiento de Olivenza, comentou que “o projeto tem um atrativo social, económico e turístico muito interessante. É notório o potencial de todas as Aldeias Históricas que visitámos, assim como o envolvimento de projetos públicos e privados. É impressionante também o profissionalismo de todos os setores aliados ao turismo. A informação, para o turista, está desde logo acessível. Nota-se uma grande aposta a nível tecnológico. Agora, com o que aprendemos, vamos criar a base para o nosso projeto”.

Já Joaquina Hernández, Técnica Consultora da Magnus Nature, disse que “as Aldeias Históricas de Portugal, para nós, são um exemplo magnífico, fantástico, de trabalho em rede, que envolve o desenvolvimento turístico, da comunidade, das empresas, a sustentabilidade, e sobretudo a economia, em territórios despovoados. São modelos de sucesso. Nesta visita, aprendemos muito. As Aldeias Históricas de Portugal são especialistas a trabalhar em rede, algo que não é fácil, pois é preciso envolver municípios, comunidades e empresas. As Aldeias Históricas de Portugal mostram um imenso profissionalismo em todo o seu trabalho e provam que tudo é possível”.

María Soledad López, Técnica de Turismo da Diputación de Badajoz, explicou que “queremos criar uma rede com os 12 Conjuntos Históricos na Província de Badajoz, e para isso escolhemos o modelo de sucesso das Aldeias Históricas de Portugal para nos inspirarmos. As Aldeias Históricas de Portugal são uma referência no turismo rural, e um exemplo que queremos imitar”.

Imagem: Beira.pt

Vacinados cerca de 500 membros da comunidade lusófona de Toronto


A pandemia de Covid-19 matou, até ontem, pelo menos 3 714 923 pessoas no mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias francesa AFP.
Cerca de 500 membros da comunidade de expressão portuguesa foram vacinados no sábado contra a Covid-19 numa clínica temporária no bairro de Davenport, em Toronto.

Em clima de festa, com música em português e pastéis de nata, o Centro Comunitário de Saúde do bairro Davenport--Perth, com a colaboração da vice-presidente da Câmara Municipal de Toronto, Ana Bailão, e de vários voluntários, vacinou centenas de pessoas, com mais de 12 anos, com a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

Todos aqueles em situação indocumentada, não tiveram que apresentar o cartão de saúde, nem necessitaram de se identificar, para receber a 'injeção'. Também aqueles com 70 e mais anos, tiveram a hipótese de receber a segunda dose da vacina.

"Estamos em pleno junho, o mês do Património e da Herança Cultural Portuguesa reconhecido pelas autoridades do Canadá. Aproxima-se o 10 de junho, o Dia de Portugal. Não há melhor forma de celebrar do que criar facilidade para as pessoas de expressão portuguesa obterem a sua vacina contra a Covid-19", disse à Lusa Ana Bailão.

Alguns dos candidatos a receberam a vacina, tiveram mesmo de esperar várias horas, numa clínica que funcionou entre as 10h00 e as 18h00 (entre as 15h00 e as 23h00 em Lisboa) de sábado.

Junto ao centro comunitário, mesmo antes da abertura das portas, centenas de pessoas esperavam em fila, na área envolvente.

Conceição Sousa, na companhia do marido, Emanuel, tiveram de esperar mais de duas horas, para receberem a primeira dose da vacina, mas para este casal "valeu pena".

"É importante sermos vacinados devido a esta pandemia global. É uma maneira de recuperarmos a autoestima após este confinamento. Se tivéssemos de esperar o dia inteiro, não tínhamos nenhum problema", disse.

Cláudio Costa afirmou ter respondido ao apelo das autoridades sanitárias "cumprindo o dever em comparecer para levar a vacina".

"Estou a fazer a minha parte, porque só assim vamos conseguir superar. A vacina vai ajudar a voltar um pouco à normalidade", sublinhou.

A vereadora municipal de Toronto eleita pelo círculo eleitoral de Davenport sublinhou ainda o objetivo da iniciativa de "incentivar e motivar" as pessoas na comunidade portuguesa a receberem a vacina.

TSF

Covid-19: Portugal adere ao Certificado Digital europeu a 1 de julho


Portugal vai acompanhar o lançamento oficial da aplicação na data da sua inauguração. O ministério da Saúde e a Casa da Moeda estão a liderar o desenvolvimento da ferramenta e do QR Code que vai permitir viajar entre os Estados-membros com maior facilidade.

O Certificado Digital Covid da União Europeia (UE) vai ter o seu arranque oficial a 1 de julho e Portugal não ficará de fora, de acordo com o Expresso.

O semanário escreve que, no entanto, a versão nacional da ferramenta ainda não se encontra numa fase que permita fazer os primeiros testes. O seu desenvolvimento está a cargo dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), sendo que o "certificado será gerado usando a informação do Ministério da Saúde encriptada com recurso à infraestrutura da Imprensa Nacional-Casa da Moeda".

O certificado irá mostrar que o seu titular foi vacinado, obteve um resultado negativo no teste ou recuperou da Covid-19 nos últimos seis meses, sendo emitido por autoridades nacionais como, por exemplo, hospitais, centros de testes, autoridades sanitárias, entre outras.

As informações serão apresentadas sob a forma de um código QR, que pode ser eletrónico (no smartphone ou tablet) ou impresso e digitalizado, durante a viagem. Este código, explica o Expresso, será uma espécie de minipassaporte virtual que contém a identidade do portador/viajante que pode ser mostrado à sua chegada no país de destino.

O certificado não é, todavia, um requisito obrigatório para quem viaja na UE — o seu intento é facilitar e acelerar os procedimentos.

Este 'livre-trânsito' é considerado um elemento fundamental para ajudar à recuperação económica da Europa no contexto da crise pandémica, designadamente para que "turismo possa ser uma fonte de reanimação da economia este verão", como apontou recentemente o presidente em exercício do Conselho da UE durante a sua aprovação, António Costa.

Trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP iniciam hoje greve de 3 dias


Os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP iniciam hoje uma greve nacional de três dias, até terça-feira, que a empresa admite que possa causar "fortes perturbações" na circulação de comboios a nível nacional.
Em comunicado, a CP alerta que hoje, segunda e terça-feira - os três dias da greve convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), em protesto contra a proposta de regulamento de carreiras e reclamando aumentos salariais e o cumprimento do acordo de empresa - "podem ocorrer fortes perturbações na circulação de comboios a nível nacional".

A CP adverte ainda ser "expectável que se verifiquem perturbações" nos dias anterior e seguinte ao protesto, designadamente "no final do dia 05 de junho [sábado passado] e nas primeiras horas da manhã de dia 09 de junho [quarta-feira]".

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da empresa não quis comentar as reivindicações do sindicato, adiantando apenas que "foram decretados serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social que abrangem a realização de cerca de 25% de comboios, conforme informação disponível em cp.pt".

Em comunicado, o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) aponta a greve nacional como a "última forma de luta" face à "recusa de diálogo e à inoperância, há vários meses, na resolução dos problemas dos trabalhadores por parte do Conselho de Administração da CP".

Os trabalhadores protestam contra a proposta de regulamento de carreiras apresentada pela CP, que dizem prever "um aumento da polivalência de funções" e a "junção e extinção de categorias profissionais", considerando que tal "vai pôr em causa postos de trabalho presentes e futuros".

Reclamam ainda a "melhoria do salário base, que atualmente está no limiar do salário mínimo nacional", e a "reposição das perdas salariais sofridas pelos ferroviários operacionais que foram contagiados pela pandemia provocada pela covid-19, bem como pelos que tiveram de cumprir confinamento profilático por estarem em contacto com colegas infetados".

O SFRCI acusa também a CP de "violação do acordo de empresa em vigor" e exige a "aplicação do acordo assinado com o Ministério das Infraestruturas em 2018, relativo à certificação do agente de acompanhamento".

A "manutenção dos níveis segurança ferroviária" é outra das reivindicações feitas, com o sindicato a considerar que estes "estão a ser colocados em causa pela CP e pelas alterações impostas pelo IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes] aos regulamentos gerais de segurança, cujo objetivo é servir as empresas privadas que reduzem postos de trabalho e custos com segurança ferroviária".

Finalmente, a greve visa condenar o "abuso do poder disciplinar" que os trabalhadores dizem vigorar na CP.

De acordo com o dirigente do SFRCI António Lemos, são abrangidos pelo pré-aviso de greve "800 a 1.000 trabalhadores" das carreiras comercial e de transportes da CP.

Segundo a CP, quem já tiver bilhetes para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, poderá solicitar o reembolso do valor total do bilhete adquirido ou a sua revalidação, sem custos.

Fonte e Imagem: Lusa

Um ‘mísero’ golo é o que Ronaldo precisa para deixar para trás Platini

Um 'mísero' golo é tudo o que Cristiano Ronaldo necessita para deixar para trás os nove do 'mítico' francês Michel Platini e isolar-se como melhor marcador da história das fases finais do Europeu de futebol.

Na sua quinta presença, depois de 2004, 2008, 2012 e 2016, o 'capitão' da seleção lusa, de 36 anos, tem, no mínimo, três jogos, no Grupo F do Euro2020, para concretizar o objetivo, face a Hungria (15 de junho), Alemanha (19) e França (23).

A tarefa parece, assim, uma formalidade para Ronaldo, que nunca 'falhou' em Europeus, totalizando nove tentos, em 21 encontros, dois em 2004 (seis jogos), um em 2008 (três), três em 2012 (cinco) e outros três em 2016 (sete).

Com o tento apontado nas meias-finais do Euro2016, face ao País de Gales (2-0), o jogador luso igualou o recorde histórico de Platini, que só esteve na edição de 1984, o suficiente para apontar nove golos, em apenas cinco jogos.

Quanto a Ronaldo, começou a marcar logo no jogo de estreia, no qual alinhou como suplente utilizado.

No Estádio do Dragão, no Porto, em 16 de junho, tinha então 19 anos, começou o jogo de abertura do Euro2004 com a Grécia no banco, mas entrou ao intervalo, substituindo Simão, e, já nos descontos, aos 90+3 minutos, marcou de cabeça, após canto na esquerda por Figo, não evitando, porém, o desaire (1-2).

Depois de ficar em 'branco' com a Rússia (entrou apenas aos 78 minutos), a Espanha (foi titular pela primeira vez, saindo aos 85) e a Inglaterra (jogou os 120 minutos), Ronaldo voltou a faturar nas meias-finais, face aos Países Baixos.

Num tento a 'papel químico' do primeiro, o '17' luso faturou de cabeça, já na pequena área, na sequência de um canto na esquerda, desta vez apontado por Deco. Portugal seguiria para final, mas, desta vez, Ronaldo não marcou aos gregos (0-1), acabando a prova, menino, em lágrimas.

Quatro anos depois, na Áustria e Suíça, o '7' luso passou, como Portugal, um pouco ao 'lado' do Euro2008, mas deixou a sua marca, no segundo embate, face à República Checa (3-1), depois de não ter faturado frente à Turquia.

Em Genebra, aos 63 minutos, Ronaldo marcou o seu terceiro golo em Europeus com um potente, rasteiro e colocado remate de pé direito, já dentro da área, em posição frontal, sem hipóteses para Petr Cech, após assistência de Deco.

Depois desse jogo prometedor, que colocou Portugal na fase a eliminar, não foi utilizado face à Suíça, para, depois, não conseguir 'aparecer' frente à Alemanha, no 'adeus' da formação lusa, derrotada por 3-2 nos quartos de final.

Em 2012, Ronaldo 'ameaçou' deixar o Europeu em 'branco', ao falhar o 'encontro' com o golo face a Alemanha (0-1) e Dinamarca (3-2), mas, ao terceiro jogo, com os Países Baixos a vencer e a equipa lusa a correr o risco de ser afastada, o então jogador do Real Madrid apareceu.

Aos 28 minutos, desmarcou-se na área, recebeu, na altura certa, uma assistência de João Pereira e marcou com toda a calma de pé direito, para, aos 74, selar a reviravolta com mais um tento de classe, desta vez assistido por Nani.

Portugal qualificou-se para os quartos de final e foi Cristiano Ronaldo, de novo, a resolver, com mais um golo aos checos (1-0), aos 79 minutos, com um cabeceamento de cima para baixo, em mergulho, após centro da direita de João Pereira.

Após estes três tentos, que lhe valeram ser o melhor marcador da prova, a par de mais cinco jogadores, ficou em 'branco' no 'adeus', dramático, face à Espanha, no desempate por grandes penalidades (2-4, após 0-0 nos 120 minutos).

Como em 2012, Ronaldo esteve 'ausente' dos dois primeiros encontros da edição de 2016 - falhando mesmo um penálti no segundo, face à Áustria -, mas apareceu ao terceiro, com um 'bis' decisivo face à Hungria, num empata a três.

O 'capitão' luso marcou aos 50 minutos, de calcanhar, após centro da direita de João Mário, para empatar a dois, e, aos 62, de cabeça, após cruzamento da esquerda de Ricardo Quaresma, para selar o 3-3 final, que valeu o apuramento.

Parecia que estava aberto o 'ketchup', mas Ronaldo ficou em 'branco' face a Croácia (oitavos de final) e Polónia (quartos), e só voltou a faturar nas 'meias', ao abrir o marcador face ao País de Gales, aos 50 minutos, de cabeça, nas alturas, após centro de Raphaël Guerreiro, num canto curto.

Na final com a França, resolvida no prolongamento pelo 'herói' Éder, Ronaldo saiu lesionado muito cedo e teve que esperar cinco anos para poder bater o registo de Platini e chegar aos 10 golos. Falta um, sendo que precisa de estar atento também a Antoine Griezmann, que soma seis.

Lusa

- 'Top 10' dos melhores marcadores em fases finais do Europeu:
1. Michel Platini (Fra) 9 golos (9/1984)
. Cristiano Ronaldo (Por) 9 (2/2004, 1/2008, 3/2012, 3/2016)
3. Alan Shearer (Ing) 7 (5/1996, 2/2000)
4. Patrick Kluivert (Hol) 6 (1/1996, 5/2000)
. Thierry Henry (Fra) 6 (3/2000, 2/2004, 1/2008
. Nuno Gomes (Por) 6 (4/2000, 1/2004, 1/2008)
. Ruud van Nistelrooy (Hol) 6 (4/2004, 2/2008)
. Zlatan Ibrahimovic (Sue) 6 (2/2004, 2/2008, 2/2012)
. Wayne Rooney (Ing) 6 (4/2004, 1/2012, 1/2016)
. Antoine Griezmann (Fra) 6 (6/2016)

Popularidade de António Costa cai em maio. Marcelo com 70% de avaliações positivas


De acordo com o barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF, o primeiro-ministro sofre uma baixa acentuada de popularidade, ainda que mantenha um saldo positivo. O presidente da República não foi afetado.

De abril para maio, António Costa desce nove pontos percentuais nas avaliações positivas e fica com 50%, o seu pior resultado desde julho do ano passado. Ao contrário, as avaliações negativas sobem oito pontos, para os 27%.

Apenas 7% das pessoas responderam que a atuação de António Costa é “Muito Boa”, uma queda de cinco pontos face ao mês anterior, enquanto 43% responde que é “Boa”, menos quatro pontos.

A polémica dos migrantes de Odemira, os festejos do título do Sporting, em Lisboa, e a final da Liga dos Campeões, no Porto, podem explicar este resultado.

De acordo com o barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF, ontem divulgado, aumentou a diferença de popularidade entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente da República tem 70% de avaliações positivas (uma descida de apenas 1 ponto percentual) e 10% de avaliações negativas.

António Costa perdeu popularidade sobretudo entre os cidadãos mais velhos (uma queda de 23 pontos nos cidadãos com mais de 65 anos) e na Área Metropolitana do Porto (onde desceu 19 pontos).

Sobre a "exigência do Presidente da República sobre o governo", os resultados sofrem poucas alterações. 68% dos inquiridos (menos um ponto) diz que Marcelo deveria ser "mais exigente" com o executivo de Costa.

Rui Rio continua a ser a principal figura da oposição ao Governo, com 32%. Relativamente ao último barómetro, apenas Catarina Martins (BE) e João Cotrim de Figueiredo sobem nas avaliações.

Madremedia

DITADURA DA MEDIOCRIDADE

A vida mental dos medíocres cifra-se na sensação do imediato — a abastança do dia, a poltrona cômoda, os chinelos e a televisão — não vai além disso o seu pequeno paraíso.

Os medíocres impõem às almas de largos horizontes a ditadura da mediocridade

  • Plinio Corrêa de Oliveira

Amediocridade é o mal dos que, inteiramente absorvidos pelas delícias da preguiça, pela exclusiva deleitação do que está ao alcance da mão, pelo inteiro confinamento no imediato, fazem da estagnação a condição normal de suas existências. Não olham para trás, pois falta-lhes o senso histórico. Nem olham para frente ou para cima, não analisam nem prevêem. Têm preguiça de abstrair, alinhar silogismos, tirar conclusões, arquitetar conjecturas.

A vida mental dos medíocres cifra-se na sensação do imediato — a abastança do dia, a poltrona cômoda, os chinelos e a televisão — não vai além disso o seu pequeno paraíso. Paraíso precário, que procuram proteger com toda espécie de seguros: de vida, de saúde, contra o fogo, contra acidentes etc.

Agradam aos medíocres as veleidades da aventura, a despreocupação ante a iminência do risco, o deslumbramento com miragens. Pelo contrário, fogem aos esforços necessários para atingir os céus da Fé, para os largos horizontes da abstração, para os imensos voos da lógica e da arte, para a grandeza de alma e o heroísmo.

Com os artifícios mediocrizantes do sufrágio universal, os medíocres fizeram tantas leis, tantos regulamentos, instituíram tantas repartições públicas, que tornou-se impossível qualquer fuga das almas superiores para fora dos cubículos dessa mediocridade organizada. Sem mesmo terem a intenção de o fazer, entretanto, os medíocres impõem às almas de largos horizontes a ditadura da mediocridade.

Como todas as ditaduras, também esta só se prolonga quando consegue monopolizar os meios de comunicação social. Consequentemente, cada vez mais as mediocracias vão penetrando nos jornais, revistas, rádio e televisão.

ABIM

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(Excertos, com ligeiras adaptações, do artigo de Plinio Corrêa de Oliveira na “Folha de S. Paulo” de 20 de junho de 1981).

“Se os portugueses quiserem, o PAN vai ser Governo”


Inês Sousa Real assume que o PAN está disponível para negociar tanto à esquerda, como à direita.
Inês Sousa Real reforça que o Pessoas-Animais-Natureza (PAN) está disponível para negociar tanto à esquerda como à direita, com o PS ou o PSD, e que serão os portugueses a decidir que caminho deve seguir. A nova porta-voz do partido garante que o PAN está pronto e disponível para pertencer a um Governo.

Em declarações aos jornalistas, à margem do VIII congresso do partido, Inês Sousa Real assume que "quando diz que o PAN concorre para ser Governo, é porque concorremos".

A deputada lembra os vários países europeus com partidos ecológicos no Governo, "com uma onda verde, com preocupações ambientais". "O PAN apresenta-se, se os portugueses assim o entendam, para estar em condições de ser Governo. As condições têm de ser avaliadas consoante a matemática parlamentar", explica.

E numa futura negociação, seja à esquerda ou à direita, o importante é colocar em cima da mesa as bandeiras do partido. "A aproximação tem de acontecer por parte dos outros partidos, seja o PS ou o PSD. O que deixamos bem claro é que há linhas vermelhas que não podem ser descartadas".

Tal como André Silva já tinha afirmado, Inês Sousa Real reforça que está fora de questão negociar com um Governo que esteja em coligação com o Chega.

A deputada falou, igualmente, sobre o próximo Orçamento do Estado, e considera que o documento para o próximo ano representa um "momento absolutamente crucial para o país".

"Este não é um orçamento qualquer, tem que representar a viragem que o país precisa para ser mais resiliente a embates como o que tivemos agora nesta crise sanitária, também um país mais sustentável e justo, seja do ponto de vista ambiental, seja do ponto de vista social, e também em matéria de combate à pobreza, recuperação de rendimentos, porque sabemos que o país está a atravessar uma situação muito difícil", defende.

Já sobre a alteração dos estatutos, que prevê a suspensão de militantes, se colocarem em causa o bom nome do partido, Inês Sousa Real garante que o objetivo não é criar uma "lei da rolha".

"O órgão do partido pode aplicar a medida, mas é sujeita a retificação da comissão política nacional. Todas as garantias de defesa estão acauteladas. O objetivo é salvaguardar situações graves e grosseiras", aponta.

O PAN já viu sair dois elementos influentes por incompatibilidade com a direção: a deputada Cristina Rodrigues, que está na Assembleia da República como não-inscrita, e o eurodeputado Francisco Guerreiro.

Lusa

Imagem: Impressjorunal

Liga Feminista diz que “Assédio sexual e perseguições no Porto e Matosinhos aumentaram desde abril”


A Liga Feminista do Porto denunciou hoje que há um aumento de denúncias de mulheres e adolescentes vítimas de assédio sexual e perseguições nas zonas da Trindade, Boavista e Bonfim, no Porto, e no Norteshopping e Marshopping, em Matosinhos.

Em declarações à agência Lusa, Diana Pinto, presidente do Núcleo do Porto da Rede 8 de Março, um movimento feminista internacional contra a violência machista, racista e capitalista, contou que a Liga Feminista do Porto está a receber "centenas de denuncias na página do Instagram".

As mulheres, revelou, contam as suas histórias de forma muito "gráfica", ou seja, onde e quando acontecem as agressões, desenhando um padrão das zonas mais violentas, que são "Trindade, Bonfim e a Boavista", e que a altura do dia que mais acontecem as agressões ou o assédio "é ao fim do dia", ou seja, "é no regresso a casa que muitas mulheres são violentadas".

À margem da concentração no Porto denominada "As ruas são nossas", que juntou cerca de uma centena de mulheres e homens na Baixa da cidade a manifestar-se contra a "violência machista, justiça patriarcal e opressão capitalista", Diana Pinto contou que no último mês e meio a Liga Feminista do Porto sentiu que há cada vez "mais mulheres a avançar com as suas denúncias" e que, depois, essas histórias são partilhadas por coletivos feministas, permitindo que outras mulheres vissem e se sentissem à vontade para falar sobre as "perseguições e assédio sexual".

A primeira dessas denúncias foi publicada na rede social Instagram da Liga Feminista do Porto no dia 28 de abril.

"Nessa publicação é divulgada a agressão física e sexual de uma mulher na zona da Trindade que foi atacada por um grupo de homens com um golpe na cabeça enquanto abria a porta do seu prédio com auscultadores nos ouvidos e que depois de estar inconsciente a vítima foi assaltada e violada. (...) A divulgação deste caso, de tão feroz violência, levou a que dezenas de outras mulheres partilhassem as suas próprias histórias e testemunhos de assédio ocorridas em diversas zonas da cidade", relatou esta tarde ao microfone Joana, um dos elementos do Núcleo do Porto da Rede 8 de Março.


Segundo Joana, foram também denunciados, mais recentemente, "casos de perseguição e assédio em Matosinhos, nomeadamente nas imediações do Marshoping e do Norteshopping".

"Dentro de carros, os indivíduos começam por abordar as vítimas sobre o propósito de vender perfumes. Rapidamente alteram a sua postura para uma de intimidações e violência, insistindo para que as vítimas se aproximem e entrem na viatura", relatou, referindo que o objetivo dos relatos de hoje não é de "semear o medo", mas antes evitar "que novos ataques aconteçam", porque é preciso "prevenir a violência através de redes de solidariedade e da partilha de experiências", e porque a "violência machista não dá tréguas".

Cerca de uma centena de pessoas protestou hoje no Porto contra a "violência machista, justiça patriarcal e opressão capitalista", pedindo a "demissão imediata da juíza Pereira Neto", que julgou o caso de uma mulher "estrangulada pelo marido" e "arrastada pelo pescoço" e "forçada a entrar num carro", tendo absolvido o agressor com o argumento de que "não é cruel nem revela suficiente desprezo para ser considerado violência doméstica".

"Parem de nos violar", "As ruas são nossas", "Submissas nos querem, combativas nos terão", "Patriarcado e capital, aliança criminal", "Se tocam numa, tocam em todas", "Machistas não passarão", "Mui nobre e leal cidade patriarcal", "Juntas pelo direito de existir! Feministas por todas as que não estão cá" ou "Demissão da juíza Isabel Pereira Neto" eram algumas das frases que se podiam ler nos cartazes e faixas erguidos pelos manifestantes.

O movimento feminista exigiu também a criação de "uma rede pública e gratuita de casas de abrigo para vítimas de violência doméstica" e acusa o Estado português de "proteger os abusadores".

"O Estado não nos protege. O Estado protege o machismo, o racismo, a pobreza e toda a opressão indispensável ao sistema capitalista. Protege acima de tudo os exploradores e os seus privilégios", lê-se num panfleto entregue à comunicação social.

Fonte: Lusa 

 Imagem: Visão

PR assinala Dia Mundial do Ambiente e aponta importância do desenvolvimento sustentável


O Presidente da República assinalou hoje o Dia Mundial do Ambiente e os 50 anos da Comissão Nacional do Ambiente, sublinhando a importância do desenvolvimento sustentável desde logo na aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

"O Presidente da República recebeu, em audiência no Palácio de Belém, o presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS), Filipe Duarte Santos, e o presidente do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente, IP, Nuno Lacasta, assinalando o Dia Mundial do Ambiente e os 50 anos da Comissão Nacional do Ambiente (CNA)", pode ler-se numa nota publicada na página oficial da Presidência da República.

Segundo a mesma nota, Marcelo Rebelo de Sousa recordou "o facto de ter trabalhado na CNA, enquanto jovem recém-licenciado em Direito, logo no seu período de arranque".

O chefe de Estado, de acordo com a Presidência da República, sublinhou ainda a "importância decisiva do desenvolvimento sustentável e das preocupações ambientais, incluindo na aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)".

Debates e exposições, entre outras iniciativas, assinalaram hoje o Dia Mundial do Ambiente em Portugal, este ano centrado na restauração dos ecossistemas, tema em destaque esta década pelas Nações Unidas.

Um debate 'online' sobre os próximos 50 anos de política ambiental pública, promovido pela Agência Portuguesa do Ambiente e com a presença do ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, foi uma das iniciativas para marcar a efeméride.

O ministro participou também numa mesa-redonda em Grândola para debater desafios e mudanças nas políticas públicas do setor do ambiente, juntamente com Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e Maria do Céu Antunes, da Agricultura.

Em Lisboa, o Pavilhão do Conhecimento inaugurou uma exposição sobre água, tendo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, com o Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, organizado uma mesa-redonda, também 'online', sobre animais polinizadores.

A associação AMI lança a 25.ª campanha de reciclagem de radiografias.

Criado pelas Nações Unidas em 1972 durante a primeira conferência da ONU para discutir o ambiente (Conferência de Estocolmo), o dia é assinalado em Portugal também em vários concelhos. Em Gouveia apresentaram-se projetos ligados ao ambiente, na Maia inaugurou-se o Centro de Recuperação e Interpretação do Ouriço.

Em Anadia, por exemplo, foram inaugurados um centro interpretativo, um parque ecológico e um miradouro, em Cascais abre-se uma rota no Parque Natural Sintra-Cascais e em Matosinhos foram inaugurados murais.

Lusa

PJ apreende 30 fardos de haxixe em embarcação portuguesa em águas internacionais. Detido homem de 35 anos

Um homem foi detido e 30 fardos de haxixe e uma embarcação de recreio apreendidos em águas internacionais por "fortes suspeitas da prática do crime de tráfico ilícito de estupefacientes", divulgou hoje a Autoridade Marítima Nacional (ANM).

Em comunicado, a ANM explica que a operação marítima de combate ao tráfico internacional, que envolveu a PJ, a Força Aérea Portuguesa, a Autoridade Marítima e a Marinha Nacional, "logrou identificar e apreender uma embarcação de recreio, tripulada, por fortes suspeitas da prática do crime de tráfico ilícito de estupefacientes".

Segundo a ANM, os 30 fardos de estupefacientes têm um peso total de 110 quilos e seguiam a bordo de uma embarcação de recreio com pavilhão português.

"Na sequência de uma monitorização aérea efetuada por uma aeronave da Força Aérea, constatou-se uma situação suspeita de transporte de estupefacientes por via marítima, a cerca de 50 milhas náuticas (aproximadamente 92 quilómetros) a sul do território continental", explica o texto.

De imediato, salienta a ANM, foi "desencadeada uma operação conjunta, em articulação entre o Comando Regional da Policia Marítima do Sul e a Polícia Judiciária, com empenhamento de duas embarcações de alta velocidade da Polícia Marítima, uma lancha de assalto rápido, com elementos do pelotão de abordagem da Marinha e da Polícia Marítima, e uma lancha de fiscalização rápida da Marinha".

Após a abordagem "bem sucedida à embarcação suspeita" e das apreensões e detenção, a embarcação foi conduzida para o porto de Faro.

O detido, com cerca de 35 anos, será presente no Tribunal em Loulé.

A investigação prossegue a cargo da Polícia Judiciária, no âmbito de um inquérito cuja direção está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP).

Lusa

TOQUIO2020: Teresa Bonvalot e Yolanda Sequeira apuradas no surf


As portuguesas Teresa Bonvalot e Yolanda Sequeira garantiram hoje o apuramento para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para este ano, ao apurarem-se para a final dos Jogos Mundiais de surf, a decorrer até domingo em El Salvador.

As lusas garantiram ambas um lugar entre as sete melhores deste evento da Associação Internacional de Surf (ISA), em El Sunzal e La Bocana, a última prova de qualificação para Tóquio2020, que vai marcar a estreia da modalidade no programa olímpico.

Teresa Bonvalot e Yolanda Sequeira juntam-se a Frederico Morais, que já tinha garantido a vaga, e engrossam a lista de portugueses confirmados para 67, com Portugal a poder ainda qualificar Vasco Ribeiro, ainda a competir naquele país americano.

Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 realizam-se de 23 de julho a 08 de agosto de 2021.

Lusa

Imagem: SAPO24