terça-feira, 18 de julho de 2017

Lei da Rolha. Proteção Civil proíbe Comandantes Distritais de Dar Informações Sobre os Fogos

O presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil proibiu terça-feira que os comandantes de bombeiros operacionais distritais prestem declarações sobre os incêndios. A proibição entrou em vigor esta tarde, tendo sido revelada pela TVI e pela SIC como notícia de abertura dos respetivos jornais das 20h.
A proibição coloca a Proteção Civil no comando das conferências de imprensa, sendo que este organismo governamental prometer promover encontros com os jornalistas duas vezes por dia. A primeira conferência de imprensa iniciar-se-á às 9h00, enquanto que a segunda deverá ter início às 19h00.
A Proteção Civil admite a possibilidade de fazer um terceiro ponto de situação, caso se justifique. As conferências de imprensa serão dadas a partir da sede da Proteção Civil, em Carnaxide.
De acordo com a TVI, a justificação para esta lei da rolha prende-se com a necessidade de libertar os comandantes de bombeiros operacionais distritais da função de informar a comunicação social, de forma a que se concentrem exclusivamente no combate aos incêndios. A estação de televisão com sede em Queluz diz ainda que a decisão da Proteção Civil está a criar mau estar entre os bombeiros.
Fonte: Observador

Opinião: “Ponham o Povo a Dormir; Acordem-no Quando Começar o Inverno”

Lei da rolha?
Vejamos então o que diz o dicionário Português:

• Qualquer lei repressiva que tenha por fim tolher a manifestação livre do pensamento.
(ex.: a administração impôs a lei da rolha a todos os funcionários). = CENSURA.
É disto que estamos a falhar, lei da rolha, pura e dura.
Numa nova fase da vida das sociedades, nomeadamente das Europeias, onde a comunicação com as populações, por parte das entidades do Estado se mostra fulcral em termos de imagem, marketing e relação, a “nossa” Autoridade de Protecção Civil decide impor a lei da rolha aos seus comandantes a coberto do pretexto de que devem estar concentrados a 100 % nas actividades operacionais.
Muito bem, até posso concordar.

Mas porra, não existe ninguém daquela estrutura, nos teatros de operações que pontualmente (e não duas vezes ao dia em Carnaxide) vá transmitindo informações ás populações através dos órgãos de comunicação social (OCS)? Daquele maralhal de gente que esta no posto de comando ninguém esta na posse de conhecimentos técnicos, tácticos e dotado de “dom da palavra” para falar aos jornalistas? O SGO até contempla o adjunto de relações públicas; afinal para que serve esta “personagem”?

As pessoas, os cidadãos, Portugueses ou não, no nosso pais e pelo mundo tem famílias, terras, bens, haveres e muito mais no nosso território, tem o direito de saber o que se passa, e em que ponto estão os incêndios. E a “nossa” Autoridade tem a obrigação (nem que seja moral) dos informar. Não se trata de mera curiosidade. Trata-se, no actual contexto comunicacional de uma quase necessidade.
A ANPC sempre foi dotada de uma esquisita pequenez na questão da relação com os OCS, onde ao longo do anos se tem vindo a manifestar alguma renitência em transmitir dados para o exterior, e que culminou com esta medida, hoje implementada.

Será tempo, de esta entidade olhar para fora e não apenas para dentro, coloquem os olhos em entidades especialistas em comunicar, como INEM, a GNR ou a PSP, instituições das quais Portugal se orgulha e das quais recebe informação minuciosa quase ao minuto, sem que isso prejudique a sua operacionalidade.

Numa altura em que o pais está literalmente arder, deixar espaços temporais de horas sem qualquer informação à comunicação social e ao pais, trata-se de um verdadeiro tiro no pé que dará aso à especulação, aos boatos e às noticias falsas, sem fundamento e baseadas no “diz que disse” que apenas levam os Portugueses, as estruturas e os próprios bombeiros ao desnorte.
Espero, e na verdade, esperarão todos os Portugueses que revejam esta medida nas próximas horas, sob pena, de se ter que colocar o povo todo a dormir e apenas o acordar quando começar o Inverno e todo este pesadelo já tiver terminado.
Haja bom senso e seriedade no trato com a nação.
Disse,
Luís Gaspar
Fonte: BPS

Europeus de Ciclismo de Pista: Gémeos Oliveira conquistam ouro e prata

Duas medalhas para Portugal no primeiro dia de competição, em Sangalhos. Rui Oliveira venceu o título europeu de Eliminação e o irmão, Ivo Oliveira, ficou em 2º lugar na Perseguição Individual.
Começou da melhor maneira a participação de Portugal no Campeonato da Europa de Ciclismo de Pista para sub-23 e juniores. No velódromo de Sangalhos, em Anadia, Rui Oliveira foi o primeiro entre 16 participantes na prova de Eliminação e conquistou a medalha de ouro.
Já o irmão gémeo de Rui, Ivo Oliveira, sagrou-se vice-campeão europeu na corrida de Perseguição Individual. Apesar de condicionado pela dupla fratura do braço direito, contraída no dia 14 de junho, o corredor de 20 anos só foi superado pelo britânico Mark Stewart.
A competição decorre até ao próximo domingo, no velódromo de Sangalhos. A seleção nacional está representada por onze atletas.
Fonte: TSF
Foto: GLOBAL IMAGENS/Júlio Lobo Pimentel

AVEIRO – ESTUDANTES DA UA DESENVOLVEM ROBÔ PARA AJUDAR PROTEÇÃO CIVIL

Resultado de imagem para Universidade de Aveiro
Pequeno e autónomo, o robô desenvolvido por um grupo de estudantes de Engenharia Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro (UA) quer ser uma preciosa ajuda quando todos os minutos são essenciais para salvar vidas.
Num cenário de catástrofe porquê arriscar a vida no reconhecimento do interior de um edifício desmoronado? A solução é um robô capaz de entrar nos escombros, mapear em três dimensões o espaço, detetar focos de incêndio e medir a temperatura, humidade e monóxido de carbono e, em tempo real, enviar os dados para o exterior. Pequeno e autónomo, o robô desenvolvido por um grupo de estudantes de Engenharia Electrónica e Telecomunicações da Universidade de Aveiro (UA) quer ser uma preciosa ajuda quando todos os minutos são essenciais para salvar vidas.
Projetado por 15 estudantes do Mestrado Integrado em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações, no âmbito da unidade curricular de Projeto em Engenharia Electrotécnica, o robô já está em fase de protótipo e à espera de todos os apoios para, no futuro, ser fundamental no trabalho da Proteção Civil. Para tal, os estudantes têm já delineado a HART – Human Aid Robotic Technologies, uma empresa que, quando nascer, vai dar suporte ao desenvolvimento e comercialização do robô.
Projeto único num mercado onde abundam soluções voltadas essencialmente para ambientes militares e que fazem uso das câmaras apenas para recolha de imagens, o robô tem também por novidade a capacidade de dispensar um operador já que, apontam os estudantes do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática, na fase final de desenvolvimento o robô vai ser capaz de se mover e adquirir informação de forma autónoma.

Fonte: Vagosfm

Jovem, repense seus valores em relação à velhice, recomenda psicóloga



Maria Célia Abreu fala com conhecimento da causa que defende. Aos 73 anos, a psicóloga e professora universitária por mais de 20 anos na PUC-SP, é taxativa: ainda há preconceito exacerbado com imagem dos velhos, diz. E os jovens precisam ficar mais atentos ao tema, completa a autora de "Velhice: uma nova paisagem" (editora Agora), livro em que reúne depoimentos, experiências e dicas sobre a questão que lhe é mais cara atualmente.
Maria Célia fala mansamente, mas é enfática. Esqueça expressões como "melhor idade" ou "idade do ouro", elas fazem parte do esforço de reconhecimento do velho na sociedade, mas não passam disso, garante Maria Célia. E, em recado claro às gerações mais jovens, um recado: repensem seus valores em relação aos velhos.
Quais os efeitos dos preconceitos que ainda cercam a velhice?
O preconceito contra a velhice existe - muitas vezes não conscientizados - e cria uma crença falsa que restringe a sua exposição a experiências diversificadas. Se eu tenho um preconceito contra velho, não me aproximo de quem tenha mais idade e posso estar perdendo a oportunidade de uma convivência muito rica. É algo a ser reconhecido, trazido à consciência e depois combatido.
Os velhos também têm preconceito contra velhos?
O velho que também tem preconceito contra velho vai limitando a sua própria vida. Ele se educou nessa sociedade em que se dizia que velho era algo inferior, debilitado, incapaz, então ele apreende que está incapaz, decadente e começa a se comportar como tal. Como se não merecesse mais ser autônomo, ele vai ficando à parte do mundo, principalmente desse mundo tecnológico. Então, temos de ter consciência do nosso preconceito, tenhamos nós qualquer idade, sabendo que eles são prejudiciais.
O fato de os velhos serem hoje numericamente expressivos, uma tendência que vai persistir, não muda o cenário e a percepção que se tem dessa fase da vida?
Sim, os velhos eram um grupo numericamente pouco significativo até pouco tempo atrás. Hoje, se você vai ao velório de alguém com 60, 70 anos, ouve 'nossa, morreu novo'. Há uma mudança muito grande na sociedade para se adaptar a essa quantidade de velhos. Os termos idade de ouro e melhor idade, por exemplo, são parte desse esforço, mas, claro, a velhice não é nada disso. Mas esses termos foram cunhados para fazer valer direitos. Aí o velho foi ganhando visibilidade.
Qual é a "nova paisagem" a que você se refere no seu livro? Você escreve por experiência própria?
Sim, há influência das minhas experiências. Nos últimos dois, três anos a gente está começando a entrar numa nova paisagem. Existia uma imagem que ainda usamos, que associa o envelhecimento à descida de uma montanha. Ao descer, a gente perde tudo aquilo que ganhou enquanto subia. Essa imagem é desesperante, desesperançada, péssima. A vida não é uma montanha que se sobe ou se desce. A vida é uma estrada que você não sabe o quanto ela será extensa ou não. Se você atravessa uma paisagem árida, cheia de pedregulhos, calma, ela vai acabar. A estrada continua. Não necessariamente todo começo de estrada tem paisagens amenas, há infâncias muito dolorosas. E não necessariamente o final, a velhice, é pobre. Muitas vezes é a melhor fase que a pessoa vive. A gente enaltece a infância e diz que a velhice é péssima. Isso não é verdade.
A velhice pode mesmo ser a melhor fase da vida de uma pessoa?
Todas as idades têm seu valor.
Por que a velhice assusta tanto? Ou é a morte?
Morrer pode acontecer em qualquer idade, mas se sabe que, uma vez velho, se está próximo do fim. Há quem enfrente isso muito bem. E tem quem relute diante da própria velhice. Quanto mais se falar sobre morte, isso deixa de ser tabu. E isso também é algo recente. A morte, os cuidados paliativos, o testamento vital, os cuidados que você pode ter para preparar a sua própria morte. Isso exige reflexão, coragem.
Há, de certo modo, uma profusão de estudos sobre o envelhecimento. Como, de fato, passamos a encarar a velhice de modo diferente? Na prática, a teoria é outra, não?
Já há inúmeras profissões lidando com o envelhecimento, isso é um bom sinal. O que sabemos é que tem de dar liberdade, respeitar e garantir autonomia aos velhos. A própria família carrega o preconceito, muitas vezes. 
De quem ou de que instituições é a responsabilidade por falarmos e cuidarmos tão precariamente dos velhos?
Estamos num processo de transformação. O tema está se abrindo. Os políticos estão percebendo a força política dos velhos. E a indústria também está começando a perceber que o velho tem de ter uma atenção diferente do jovem.
Como lidar com a fragilidade do outro diante da própria fragilidade, no caso de pessoas de 60, por exemplo, que cuidam de pais acima de 80?
Essa turma, em geral, tem filhos demandando atenção além dos pais, o que faz com que haja uma geração espremida entre dois lados. Temos de lidar com as coisas com naturalidade. O velho é uma pessoa importante e de alguma forma você vai ter de se adaptar a ele, assim como se adapta aos filhos. É importante não interferir na vida dos pais mais do que eles precisam. O velho tem de lutar por sua autonomia. E o jovem tem de confiar que o velho é capaz. Com bom senso. Tem de saber e conversar sobre as limitações.
Os 50 anos são tidos como um marco, atualmente, as queixas começam aí. Para quem ainda não chegou, mas está perto, o que você diria?
Todas as fases da vida são apenas novas paisagens. O que conta é a prevenção. Para ser um velho legal, saudável e de cabeça aberta você tem de começar já a cuidar do corpo, da forma física, da saúde, tem de estudar, ler, aprender, manter o cérebro funcionando, participar da comunidade e cultivar relações afetivas. Jovem, é muito provável que você fique velho; é muito provável também que você trabalhe com velhos e para velhos. Convém repensar seus sentimentos em relação ao velho e à velhice, bem como os valores atribuídos a eles. É preciso se informar sobre esse segmento da população, ainda tão desconhecido. Você vai fazer parte dele.

Eu, Psicóloga: Síndrome do pânico : quando me torno refém do medo.



O QUE É

A Síndrome do Pânico é um tipo de  transtorno de ansiedade no qual o ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo aconteça, mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais de perigo iminente . Com o tempo causa profundas mudanças no indivíduo, a pessoa passa a ter medo das coisas mais simples, como sair de casa ou andar de elevador, por exemplo.

Quem sofre de transtorno de pânico sofre crise de medo  agudo de modo recorrente e inesperado. Além disso, as crises são seguidas de preocupação persistente com a possibilidade de ter novos ataques e com as consequências desses ataques, seja dificultando a rotina do dia a dia , seja por medo de perder o controle, enlouquecer ou ter um ataque do coração.

CAUSAS

As causas exalas da síndrome do pânico são desconhecidas, embora a Ciência acredite
que um conjunto de fatores possa desencadear o desenvolvimento deste transtorno, como:

• Genética
  Estresse
• Temperamento forte e suscetível ao estress.
• Mudanças na forma como o cérebro funcionas reage a determinadas situações.

Alguns estudos indicam que a resposta natural do corpo a situações de perigo esteja diretamente envolvida nas crises de pânico. Apesar disso, ainda não está claro por que esses ataques acontecem em situações nas quais não há qualquer evidência de perigo iminente. A Síndrome do Pânico pode surgir após alguma situação traumática vivida, por exemplo, um assalto, sequestro, acidente, entre outros.


PRINCIPAIS SINTOMAS DA CRISE DE PÂNICO


Ataques de pânico característicos da síndrome geralmente acontecem de repente e sem aviso prévio, em qualquer período do dia e também em qualquer situação, como enquanto a pessoa está dirigindo, fazendo compras no shopping, em meio a uma reunião de trabalho ou até mesmo dormindo.

O pico das crises de pânico geralmente dura cerca de 10 a 20 minutos, mas pode variar dependendo da pessoa e da intensidade do ataque. Além disso, alguns sintomas podem continuar por uma hora ou mais. É bom ficar atento, pois muitas vezes um ataque de pânico pode ser confundido com um ataque cardíaco.

Apesar de ser uma doença psicológica, o pânico provoca sintomas Físicos. São crises muito intensas, caracterizadas por:

Ansiedade
Palidez
Fraqueza
Suor intenso
Falta de ar
Palpitações
Tonturas
Tremores
Desmaio
Sensação de morte


TRATAMENTO

É necessária uma associação de medicamentos com psicoterapia.

Os remédios diminuem a ocorrência das crises e o tratamento psicológico ajuda a entender a causa das crises. Técnicas de controle de respiração e da ansiedade ajudam a amenizar as crises de pânico.

O QUE FAZER QUANDO ESTIVER TENDO UMA CRISE 

É muito importante não tentar lutar contra o pânico, pois este não é um mecanismo consciente, ele é decorrente de mecanismos automáticos cerebrais localizados em regiões automáticas ou não conscientes. Faz parte de um complexo sistema de defesa do organismo.

Mas a pessoa pode tomar algumas ações:

Recorrer a técnicas de relaxamento, como meditação ou preces, por exemplo
Usar qualquer técnica de distração como uma conversa suave, música suave, palavras que acalmem, massagem em regiões do corpo que produzem relaxamento
Controlar da respiração.

O controle da respiração, principalmente, é muito importante: inspirar lentamente e expirar lentamente, sem pressa. Em seguida, é recomendado o relaxamento de grupos musculares mais tensos (ir relaxando a face, a nuca e pescoço, os ombros, os braços, o tórax e assim sucessivamente). Um terceiro passo seria acomodar-se em local agradável, bem ventilado com vista o mais aberta possível e evitar locais fechados e abafados, afrouxar as roupas, sentir-se o mais confortável possível.

Além disso, os pensamentos no momento do ataque são muito importantes. A matriz do pânico é o medo. , e um medo incontrolável. Só quem já passou por um ataque de pânico entende o que estou escrevendo. É difícil conter esses pensamentos, por isso escrevemos todas as medidas anteriores para evitar os piores pensamentos. Dentre os piores temos o medo de morrer, o medo de perder o controle, a certeza de que algo muito ruim realmente irá acontecer, a certeza de que realmente estou muito doente e ninguém descobre ou me leva a sério, pois as sensações são reais.

Os pensamentos que devem ser priorizados nesses momento são aqueles que nos afastam do medo: a certeza lógica que é só uma ataque de pânico do qual não tenho controle, mas que irá passar; a fé de que nada me acontecerá de mal, a coragem para enfrentar situações adversas ("já passei por coisas piores e sobrevivi, vou sobreviver a esta também" - novamente a lógica tentando se impor sobre o "tsunami" ilógico do medo); tentar não ter medo do medo, e sim aprender com o medo. O medo existe para nos defender de algo e não para nos escravizar. O medo é nosso aliado e não nosso inimigo.

 Além disso, veja mais dicas : 

Siga à risca o tratamento e as orientações médicas e psicológicas. 
Faça parte de um grupo de apoio e compartilhe suas experiências sobre a síndrome do pânico
Evite o consumo exacerbado de cafeína e bebidas alcoólicas
Corte as drogas recreativas
Pratique exercícios de relaxamento, como alongamentos, yoga, respiração profunda e relaxamento muscular
Pratique exercícios físicos regularmente, principalmente atividades aeróbicas
Vá dormir cedo e descanse. Horas regulares de sono podem ajudar a controlar o medo e ansiedade.


Quero acrescentar que essas são medidas imediatas e paliativas, até que a pessoa possa procurar um especialista competente, pois somente com o uso de medicamentos especializados pode-se tratar adequadamente uma síndrome de pânico.


CURIOSIDADES
  • A  Síndrome do Pânico atinge duas vezes mais as mulheres que homens, especialmente entre os 18-35 anos.
  •  Quando não tratada, a síndrome leva o indivíduo a desenvolver diversas fobias que vão limitando sua vida, afastando-os dos amigos e familiares e tornando a pessoa cada vez mais reclusa dentro de casa.
Debora Oliveira
Psicóloga Clínica 

Dez novos livros Guerra e Paz no Plano Nacional de Leitura

A estreia dos Livros Amarelos no Plano faz-se com A Célebre Rã Saltadora do Condado de Calaveras / Rikki-Tikki-Tavi, da genial dupla Mark Twain e Rudyard Kipling. Esses dois contos estão recomendados para leitura orientada na sala de aula do 9.º ano. Num total de 21 títulos Guerra e Paz, 14 são da nossa colecção de Clássicos


Aos seis clássicos Guerra e Paz que já constavam no Plano Nacional de Leitura, juntam-se agora oito novos títulos, num total de 14 livros da colecção que chegou às livrarias no final de 2015, segundo a lista agora divulgada para 2017-2018. A grande novidade este ano é a inclusão de um Livro Amarelo na lista de sugestões, constituindo um sinal de aprovação da irreverência com que a editora gosta de se apresentar junto dos seus leitores: A Célebre Rã Saltadora do Condado de Calaveras / Rikki-Tikki-Tavi, de Mark Twain e Rudyard Kipling. Outra entrada de relevância, é o romance Quem Me Dera Ser Onda, do escritor angolano Manuel Rui. Como resistir à divertida façanha de duas crianças que se apaixonam pelo porquinho que o pai e a mãe criam, às escondidas, no sétimo andar de um prédio, em Luanda, numa altura de guerra e sem comida? Também na lista de sugestões para leitura orientada na sala de aula do 9.º ano.


Ao todo, são dez novos títulos Guerra e Paz, que se juntam aos onze que já faziam parte do Plano Nacional de Leitura, destacando-se o facto de A Malta das Trincheiras, de André Brun, ser recomendado em duas listas distintas: Apoio a projectos de História de Portugal e Apoio a Projectos de História Universal.
Para que não se perca com tanta novidade, deixamos a lista de livros Guerra e Paz incluídos no Plano Nacional de Leitura para o novo ano:

  • O Principezinho
  • A Volta ao Mundo em 80 Dias (2017)
  • Mulherzinhas (2017)
  • O Retrato de Dorian Gray (2017)
  • Quem Me Dera Ser Onda (2017)
  • A Ilha do Tesouro
  • A Célebre Rã Saltadora do Condado de Calaveras / Rikki-Tikki-Tavi (2017)
  • Memórias Póstumas de Brás Cubas (2017)
  • Quincas Borba (2017)
  • Amor de Perdição (2017)
  • O Que Fazem Mulheres
  • As Pupilas do Senhor Reitor (2017)
  • Madame Bovary (2017)
  • A Cidade e as Serras
  • Os Maias
  • Os Lusíadas
  • O Amante de Lady Chatterley
  • A Menina dos Ossos de Cristal
  • A Malta das Trincheiras
  • O Triunfo do Ocidente
  • Uma Visita Politicamente Incorrecta ao Cérebro Humano

A nossa sugestão? Disfrute e leia. Leia muito.


R. Conde Redondo, 8, 5.º Esq.

1150-105 Lisboa | Portugal




OPM 2016-17: Assinatura de protocolos dos projetos vencedores

Realiza-se amanhã, quarta-feira, pelas 18h30, no Edifício dos Paços do Concelho, a assinatura de protocolos dos seis projetos vencedores na edição de 2016-2017 do OPM – Orçamento Participativo Municipal, promovido pela Câmara Municipal de Estarreja.

Categoria Municipal
Criação de uma unidade de produção energética no Clube Desportivo de Estarreja

Categoria Freguesias
Avanca - Viatura para a Conferência Vicentina de Avanca
Beduído e Veiros - Apoio à construção do Centro Paroquial de Beduído
Canelas e Fermelã - Requalificação da fachada do Pavilhão da Associação Desportiva Arsenal de Canelas
Pardilhó - Requalificação exterior do Lar da Quinta do Rezende
Salreu - Impermeabilização da fachada e pintura exterior da sede da Banda Visconde de Salreu

Neste processo participativo, a Câmara Municipal de Estarreja assume o compromisso de integrar no orçamento municipal os projetos apresentados e escolhidos pelos cidadãos.

A autarquia reserva um valor global de 100 mil € para o OPM, a dividir entre os projetos de âmbito Municipal (50 mil€) e de Freguesia (10 mil€ para cada freguesia).

Recorde-se que o Apoio à Unidade de Cuidados Integrados e Continuados de Avanca e a Sede do Cine-Clube de Avanca foram as candidaturas vencedoras na categoria municipal nas duas primeiras edições do OPM. 


CÂMARA MUNICIPAL DE ESTARREJA

Praça Francisco Barbosa - 3864-001 Estarreja
Tel. (+351) 234 840 612 (Ext. 404) 

Albergaria-a-Velha vai ter Conselho Municipal da Juventude

A Câmara Municipal vai proceder à constituição do Conselho Municipal da Juventude de Albergaria-aVelha, numa sessão a ter lugar no dia 27 de julho, pelas 18h00, na Biblioteca Municipal.

 O Conselho Municipal da Juventude é um órgão de caráter consultivo sobre matérias relacionadas com a política da juventude que desenvolve a sua ação no Município de Albergaria-a-Velha. É presidido pelo Presidente da Autarquia e prossegue os seguintes fins: colaborar na definição e execução das políticas municipais da juventude, assegurando a sua articulação e coordenação com outras políticas setoriais; assegurar a audição e representação das entidades públicas e privadas que, no âmbito municipal, prosseguem atribuições relativas à juventude; contribuir para o aprofundamento do conhecimento dos indicadores económicos sociais e culturais relativos à juventude; promover a discussão das matérias relativas às aspirações dos jovens no Concelho; promover a divulgação de trabalhos de investigação sobre a temática; promover iniciativas sobre a juventude a nível local; colaborar com os órgãos do Município no exercício das competências destes relacionados com a juventude; incentivar e apoiar a atividade associativa juvenil e promover a colaboração entre as associações juvenis.

Para além do Presidente da Câmara Municipal, o Conselho Municipal da Juventude vai ser constituído por um membro da Assembleia Municipal de cada partido ou grupo de cidadãos representados; o representante do Município no Conselho Regional da Juventude; um representante de cada associação juvenil com sede no Município e inscrita no Registo Nacional de Associações Jovens (RNAJ); um representante de cada associação de estudantes; um representante de cada federação de estudantes inscrita no RNAJ, cujo âmbito geográfico de atuação se circunscreva na área do Município; um representante de cada organização de juventude partidária com representação nos órgãos do Município ou na Assembleia da República e um representante de cada associação jovem e equiparadas a associações juvenis.

 O Conselho Municipal da Juventude irá reunir-se ordinariamente em plenário quatro vezes por ano, sendo duas das reuniões destinadas à apreciação e emissão de parecer em relação ao Plano Anual de Atividades e Orçamento do Município e outra destinada à apreciação do Relatório de Atividades e Contas. O funcionamento e a representação do Conselho entre as reuniões de plenário serão assegurados pela Comissão Permanente, eleita para o efeito. O Conselho também elege um representante para o Conselho Municipal da Educação.

Macroscópio – Entre “deixem um lobo vivo e as ovelhas nunca estarão a salvo” e “podemos começar?”

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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!
 
Antes de começarem a ler a este Macroscópio deixo um aviso: contém spoilers. É sobre o primeiro episódio da sétima temporada de Game of Thrones – como eu já tinha avisado – e, por isso, quem não quiser saber como recomeçou a série mais popular do momento (por não o ter visto ainda) pode passar adiante e guardar esta newsletter para mais tarde. A todos os demais digo apenas que os fãs – e eles são cada vez mais, pois foram de novo batidos todos os recordes de audiência e a transmissão sem streaming deitou mesmo a internet abaixo – não experimentaram a desilusão.
 
Mas passemos directamente à acção, até porque este episódio de arranque da penúltima temporada da saga criada por George RR Martin teve a virtude colocar as diferentes as diferentes peças num xadrez complexo mas onde o jogo se começa a fechar. Miguel Santos Carrapatoso fez disso uma boa síntese no Observador, em As cinco perguntas que marcam o regresso de Game of Thrones. E que são as seguintes:
  • Arya Stark: A grande vendetta consuma-se. E agora?
  • Cersei e Jaime: O que farão os Lannister?
  • Euron Greyjoy: Que presente trará a Cersei?
  • Jon Snow: Até quando te aguentas, rapaz?
  • Daenerys Targaryen: Quando começa a derradeira luta pelo trono?
Para cada uma destas questões fica uma hipótese de resposta, sendo que depois de explicar o simbolismo da chegada de Daenerys à Pedra do Dragão, a casa que no passado foi dos Targaryen, e de sublinhar o simbolismo da derradeira cena, quando a Mãe dos Dragões percorre com os dedos uma mesa com o mapa de Westeros e pergunta apenas “Podemos começar?”, se faça a seguinte previsão: “O presumível e aguardado embate entre as duas rainhas, Daenerys e Cersei, será um dos momentos altos da temporada, pelo que é pouco provável que aconteça nos próximos episódios. Até lá, veremos alianças a serem forjadas e estratégias a serem delineadas.
 

Daenerys Targaryen, Arya Stark, Cersei Lannister, Sansa Stark, ainda a ausente (neste episódio) Yara Greyjoy. Game of Thrones é cada vez mais uma história onde as mulheres ocupam um lugar central, como justamente se nota no Guardian, em Game of Thrones season seven premiere review – winter is here, and it's a wonder, “As the landmark series nears the end, it is increasingly dominated by strong female characters (...).  It makes sense. As Jon Snow argued, announcing that women will now become warriors: “We cannot defend the North if only half the population is fighting.”
 
Mais: “This 61st episode held all the virtues that have made the series so feted. George RR Martin’s novels offer a one-stop shop for myth and legend – Greek drama, Shakespeare, CS Lewis and JRR Tolkien are all there somewhere – but the TV version merges ancient narratives with the newest digital imagery, imposing plausible cities, castles and towers on the stunning natural settings (...). And, while it contains traditional elements of escapist entertainment – dragons, dungeons, dwarves and monsters – the story reflects the darkness and divisions of the real world.” Ou seja continuamos na linha o que eu próprio defendi quando expliquei, em “Guerra dos Tronos” é muito mais do que uma série. É já um clássico moderno, porque sou um fã desta série.
 
O New York Times, em Welcome to Dragonstone, também fez uma crítica entusiástica, colocando uma questão perturbante sobre o rumo de personagens que antes víamos como heroínas e que, como mais do que uma vez sucedeu ao longo da saga, podem transformar-se em vilãs: “Tell them winter came for House Frey,” Arya instructed one of the women she spared. It’s a first-rate catchphrase for a ruthless assassin, but it doesn’t make me feel any better about her soul. We’re reminded that the Stark girls have suffered plenty of trauma, from witnessing their father’s execution through multiple rounds of physical and emotional abuse. As they grow into ever more powerful women, will they resist or lean into the dark forces and experiences that have shaped them?” De novo as imensas contradições próprias da natureza humana, os volte-face que tantas vezes nos marcam para o melhor ou para o pior e que George RR Martin gosta de explorar.
 
O que me leva um pouco atrás, ao único texto desta selecção que não é sobre este episódio, antes sobre até que ponto GoT nos ensina História. Trata-se de uma crónica de Kate Maltby no Financial Times, The ‘Game of Thrones’ version of history, que no fundo se interroga sobre a verdade por trás do medievalismo desta saga, interrogando-se sobre “how authentic are its Middle Ages?” Esta passagem é bem interessante: “One thing is clear from the popularity of the GRR Martin school of history. However dark our climate, we are still comforted by the thought that the past was worse. Game of Thrones feeds us an old tale of progress; mass rape and feudal murder may be titillating, but lie safely in a mythic past. Or as Monty Python might put it: we don’t have dragons, but at least we’re not all covered in s**t.”
 

Regressando às reacções em Portugal, uma nota para o trabalho de Joana Amaral Cardoso no Público, A Guerra dos Tronos bate todos os recordes e faz planos para o futuroque notou que “além da exposição e disposição de peças no tabuleiro de xadrez, Dragonstone veio com novas variações de temas de A Guerra dos Tronos, defendem os críticos que, nas últimas 24 horas, têm feito uma avaliação sobretudo positiva deste episódio da maior série da actualidade”, e para a crónica de João Miguel Salvador no Expresso, Vimos “A Guerra dos Tronos” como se fosse cinema, onde se considera que o pior momento deste episódio é aquele que conta com a participação do músico Ed Sheeran: “A entrada do cantor pop em cena apenas valeu pelo crescimento da série nas redes sociais. A estreia da sétima temporada foi o episódio com maior atividade no Twitter de sempre – foram publicados 2,4 milhões de tweets durante a exibição do capítulo inaugural – e houve um momento que captou a atenção dos internautas. Sozinha, a aparição de Ed Sheeran representou 7% de todos os tweets escritos a propósito de “A Guerra dos Tronos” durante a estreia mundial.”
 
Antes de terminar, mais três referências:
  • Game of Thrones Gears Up for the Wars Still to Come, onde se relatam as reacções dos redactores da revista americana The Atlantic, das quais destaco esta passagem:  “Much of the hour similarly revolved around young people taking on responsibilities that would be left to their elders were their elders not already decomposing. Winterfell in particular felt like the meet-up place for a very un-fun youth group. After he proclaimed that both boys and girls as young as 10 would have to battle, Jon enlisted the loyalties of two moppets who find themselves head of household alongside child-ruler Lyanna Mormont. In this, we see the starkest manifestation of George R.R. Martin’s interest in how innocence isn’t the sacred status we might want it to be. In Thrones but also often in our own world, the wars to come must be fought by a generation orphaned by the wars that came before.”
  • Winter is here... and so is Ed Sheeran, umas das várias peças de revisão deste capítulo do The Telegraph, onde se considera, num texto por pontos, que “Sam’s stint at the Citadel might be our new favourite storyline”  ou que “life as King in the North isn’t as straightforward as Jon expected”.
  • Game of Thrones returns with more of a whimper than a bang, de Nick Hilton na Spectator, onde se nota que “Putting aside Arya’s Lucrezia Borgia act (which is really just a continuation of her Titus Andronicus moment from the end of the previous season) ‘Dragonstone’ is lacking in the series’s signature sex and violence. It will come, no doubt, but with so much still to resolve in just two abbreviated seasons, I wish they’d get on with it. We’ve waited a long time to see Lannisters immolated by dragons; only a show as sure-footed as Game of Thrones would dare make us wait longer.
 

Para a semana há mais, mas não espero que Game of Thronesregresse ao Macroscópio antes do final desta temporada. Mas nunca se sabe – em Westeros, onde toda a acção se passa agora, nunca se sabe mesmo como será o dia seguinte. Até lá, tenham bom descanso, boas leituras e, se estiverem de férias, gozem-nas o melhor possível. 

 
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