segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Estudantes criam robô para ajudar em caso de tiroteio até à chegada da polícia

O projeto está a ser desenvolvido por uma equipa internacional que inclui alunos do Instituto Politécnico do Cávado e Ave.

Um estudante do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) integra uma equipa internacional que está a trabalhar na criação de um robô não letal para travar a atuação do atirador em situações de tiroteios, foi anunciado esta segunda-feira.
Em comunicado, a organização da European Innovation Academy (EIA), academia de empreendedorismo digital que decorre no Porto até sexta-feira, explica que a grande vantagem daquele robô será “ganhar tempo” até à chegada da polícia.
O estudante do IPCA Endryl Nery dos Santos desenvolve o projeto, em parceria com alunos da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos da América (EUA), entre outros, graças a uma bolsa da Fundação Santander que ganhou para participar na EIA Porto 2022.
“O nosso projeto pretende ajudar a resolver o problema dos tiroteios, um problema muito grave nos EUA, com tendência para aumentar. A resposta da polícia quando acontece este tipo de situação é, em média, de 18 minutos. Isso significa que quando as autoridades chegam ao local o tiroteio já terminou”, explica Endryl Santos.
Por isso, e para ganhar tempo enquanto a polícia não chega ao local, a sua equipa está a trabalhar num robô não letal, com munições como gás pimenta, granadas de fumo e de luz, para travar o atirador.
“Esta ideia partiu de um engenheiro da UC Berkeley que faz parte da nossa equipa”, refere.
Nesta fase, existe já um protótipo do robô desenhado, estando também definidas as estratégias de mercado.
“Inicialmente, achei que era uma ideia que não existia no mercado e que seria difícil de implementar, porque, para começar, é necessário muito investimento. Só para fazer um robô calculamos que custará, em média, 65 mil dólares. Mas depois de fazermos umas pesquisas de mercado penso que temos a oportunidade de nos tornarmos uma empresa a sério. Em termos de modelo de negócio, pensamos oferecer anualmente um serviço pago à nossa empresa, que irá fazer a gestão do robô e da manutenção. Vamos funcionar como uma empresa de segurança privada”, diz ainda Endryl Santos.
A EIA Porto 2022 reúne cerca de 550 estudantes de todo o mundo, que estão a desenvolver os seus projetos de 'startup', criando protótipos e desenvolvendo todas as fases essenciais de criação de uma empresa.
Criada na Estónia, em 2011, a EIA está há cinco anos presente em Portugal.
SIC Notícias

Portugal é candidato à presidência da Confederação Europeia de Ex-alunos Jesuítas

 O engenheiro Filipe Farelo, atual presidente da direção da associação dos antigos alunos do colégio S. João de Brito, é candidato à presidência da Confederação Europeia dos Antigos Alunos dos Jesuítas nas eleições que se realizam em setembro, em Viena.  O engenheiro e gestor exerce atualmente funções de consultor na área da gestão Industrial da ADP Fertilizantes, Grupo Fertiberia, tendo sido anteriormente diretor das unidades de negócio de Indústria e Segurança Industrial na multinacional SGS Portugal. 
O gestor, que escolheu como slogan de campanha “More People for Others!”, avança que a candidatura tem como objetivos “fazer crescer a Confederação Europeia em número de entidades participativas”, assim como “reforçar a intervenção ativa na sociedade contribuindo para a construção de uma Europa mais humanista, social, justa e universal”.
“Vivemos em Portugal e na Europa tempos desafiantes: pandemia, guerra, alterações climáticas e uma crise social. Mais do que nunca é preciso agir e fazer a diferença de forma coordenada. Esta minha candidatura representa essa ação, essa disponibilidade para estimular a mobilização dos milhares de ex-alunos dos jesuítas espalhados pela Europa, na missão de estarmos ao serviço dos outros de forma mais organizada”, explica Filipe Farelo.
A Companhia de Jesus, ou os “Jesuítas” como normalmente é designada, é uma Ordem Religiosa da Igreja Católica com representação em mais de 120 países. A Confederação Europeia de Ex-alunos Jesuítas reúne ex-alunos de colégios e universidades jesuítas que vivem e trabalham na Europa com a missão de promover a dinâmica universal da educação jesuíta.
No início de janeiro de 2017 havia no mundo 16.090 Jesuítas (11.574 sacerdotes, 1.133 irmãos, 2469 escolásticos e 734 noviços), distribuídos e organizados em 85 Províncias e Regiões jesuíticas com uma missão que não se circunscreve ao trabalho dos jesuítas, mas que é feita em estreita colaboração com leigos e comunidades.
À presidência da Confederação, para o mandato 2022-2024, mais curto do que é habitual devido à pandemia, concorre também o maltês Stephen Gatt, atualmente vice-presidente da Confederação Europeia dos Antigos Alunos dos Jesuítas.
Quem é Filipe Farelo?
Filipe Farelo, 49 anos, é licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico, onde frequentou também a primeira Pós-Graduação em Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho realizada em Portugal em 1996. Concluiu em 2003 a parte escolar do Mestrado em Gestão e Estratégia Industrial pelo Instituto Superior de Economia e Gestão.
Engenheiro e gestor exerce atualmente funções de consultor na área da gestão Industrial da ADP Fertilizantes, Unidade Fabril do Lavradio (empresa do Grupo Fertiberia) desde 2021. Entre 2017 e 2019 desempenhou funções de diretor das unidades de negócio de Indústria e Segurança Industrial na multinacional SGS Portugal, após 9 anos como diretor corporativo e de diferentes unidades de negócio em diversas empresas do Grupo Consulgal.
Fundou e geriu também empresas próprias na área de formação, consultoria de gestão, contabilidade e engenharia onde foi consultor de empresas como: Galp, Gás de Portugal, Lusitaniagás, Lisboagás, Setgás, Corticeira Amorim, CIE Plasfil, Grupo Portucel/Soporcel, Vulcano/Bosch, Tamfelt, Continental/Mabor, Salvador Caetano, entre outras.
Foi presidente da direção da associação dos antigos alunos do colégio S. João de Brito entre 1997 e 1999 função que voltou a assumir em 2021 e na qual se mantém. Entre 2015 e 2020 foi vogal da direção da associação dos antigos alunos do colégio S. João de Brito com os pelouros do desporto e relações externas.

Presidente da República promulga estatuto do SNS com “três dúvidas fundamentais”

"É pelo Estatuto do Serviço Nacional de Saúde que se deve começar qualquer reforma séria, efetiva e global da Saúde em Portugal", diz Marcelo.

O Presidente da República promulgou o decreto-lei que aprova o novo Estatuto do Serviço Nacional de Saúde, avança o site da Presidência.
É pelo Estatuto do Serviço Nacional de Saúde que se deve começar qualquer reforma séria, efetiva e global da Saúde em Portugal."
No entanto Marcelo Rebelo de Sousa salienta que "o diploma levanta dúvidas em três domínios fundamentais que importa ter em atenção. O tempo, a ideia da Direção Executiva e a conjugação entre a centralização nessa Direção e as promessas de descentralização da Saúde".
O diploma chegou à Presidência da República na sexta-feira, 29 de julho, três semanas depois de o Conselho de Ministros ter aprovado, em 7 de julho, o decreto-lei que aprova o Estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no desenvolvimento do regime jurídico estabelecido pela Lei de Bases da Saúde.

SIC Notícias

PARTICIPAÇÃO PÚBLICA PRÉVIA DA ELABORAÇÃO DO PP DE VALES DE ALGOZ DECORRE ATÉ 22 DE AGOSTO

 
Decorre de 01 a 22 de agosto, o período de participação pública prévia da elaboração do Plano de Pormenor de Vales de Algoz (PPVA), em Algoz. O processo resulta da aprovação em reunião da Câmara Municipal de Silves, realizada no passado 11 de julho de 2022, do reinicio do procedimento de elaboração deste plano, em face da recente caducidade do antigo procedimento e da manutenção, se não mesmo reforço, do interesse e oportunidade na elaboração do plano.
 
Durante este período, os interessados poderão formular sugestões e/ou apresentar informações sobre quaisquer questões que possam ser consideradas no âmbito do respetivo procedimento de elaboração do plano, devendo utilizar, para o efeito, a ficha de participação disponível no portal do Município de Silves (em https://www.cm-silves.pt/pt/menu/1107/pp-de-vales-de-algoz.aspx) e remetê-la para a Câmara Municipal de Silves, Praça do Município, em Silves, ou pelo email dogu.ordenamento@cm-silves.pt.
 
Os documentos inerentes a este procedimento (termos de referência, contrato para planeamento, qualificação da elaboração do PPVA para efeitos de sujeição a Avaliação Ambiental Estratégica e a respetiva deliberação), poderão ser consultados e descarregados através do link anteriormente mencionado ou consultados presencialmente na Divisão de Ordenamento e Gestão Urbanística - Ordenamento Territorial da Câmara Municipal de Silves ou na União de Freguesias de Algoz e Tunes.
 
Para informações adicionais, os interessados poderão contactar a Câmara Municipal de Silves, Divisão de Ordenamento e Gestão Urbanística - Ordenamento Territorial pelo telefone número 282 440 825 ou pelo email dogu.ordenamento@cm-silves.pt.

Fotorreportagem: BTTÁBUA - Encontro Nacional de Escolas

A BTTÁBUA Escola de Ciclismo/Cardozugest, esteve presente neste fim de semana, no Encontro Nacional de Escolas - Festival Ciclismo Jovem, em Almeirim, Santarém. Os nossos atletas participaram nas provas de destreza, contrarrelógio e em linha, vertente BTT. A nossa equipa obteve um ótimo desempenho, tendo conseguido o 20° lugar num total de 48 equipas.





















Estudo revela que é urgente adotar novas soluções construtivas para diminuir os impactos dos incêndios na interface urbano-florestal

 

É urgente alterar a forma de construção e reabilitação de edifícios e infraestruturas nas zonas críticas de interface urbano-florestal (IUF), revelam os primeiros resultados de um estudo da Universidade de Coimbra (UC) focado na promoção de um ambiente construído sustentável, resistente e resiliente para mitigar os impactos diretos e indiretos, a nível económico, social e humano, dos incêndios florestais.

Designado INTERFACESEGURA, o projeto tem um financiamento de 299 mil euros, atribuído pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), e adota uma abordagem holística ao problema dos incêndios na interface urbano-florestal, reunindo vários grupos de investigação da UC (Engenharia, Geografia, Economia e Direito).

O grande objetivo é «responder de forma direta aos graves problemas que surgiram nas últimas décadas por falta de planeamento e ordenamento do território, com excessiva pressão urbana sobre zonas florestais, com perímetros urbanos sobredimensionados destituídos de programação pública, o abandono dos espaços rurais e das atividades primárias que promoveram a continuidade do combustível (ausência de compartimentação) e o rápido agravamento das alterações climáticas», afirma Hélder Craveiro, coordenador do projeto e investigador no Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Para tal, esta investigação possui uma componente experimental muito forte. Têm sido realizados múltiplos ensaios de campo de incêndio real, em colaboração com a Escola Nacional de Bombeiros, beneficiando das práticas de treino de fogo controlado para instrumentar e monitorizar o comportamento do fogo e avaliar o seu impacto em edifícios.

Com base na informação recolhida nos ensaios de campo e em ferramentas computacionais de simulação para avaliar o comportamento do fogo na macroescala (ao nível do concelho) e microescala (ao nível do edifício), já foi possível identificar, através de um caso de estudo, no concelho de Coimbra, «as zonas mais vulneráveis a incêndios na interface urbano-florestal. Esta abordagem permite simular o desenvolvimento e propagação de incêndios e avaliar com elevado nível de detalhe o impacto de cenários extremos, como os que estamos a viver, no ambiente construído, avaliando as vulnerabilidades de edifícios e infraestruturas», relata o investigador da FCTUC.

Os primeiros resultados do projeto revelam que a ocorrência de incêndios florestais junto de zonas urbanas «obriga ao desenvolvimento de novas soluções construtivas resistentes ao fogo em zonas urbanas de risco de exposição agravado, com a implementação de normas de construção para a interface urbano-florestal recorrendo a análises baseadas no desempenho, mitigando as vulnerabilidades dos edifícios a eventos extremos. Além disso, é fundamental caraterizar a envolvente dos perímetros urbanos, identificando a sua suscetibilidade a incêndios florestais, para implementação de medidas mitigadoras».

A equipa identificou também quais os materiais usados na construção mais vulneráveis ao fogo, que, de acordo com Hélder Craveiro, «infelizmente, proliferam no nosso país, por exemplo, materiais com um comportamento ao fogo desadequado à sua utilização em zonas de interface com risco agravado (ex.: painel sandwich com núcleo de poliuretano)».

Face às alterações climáticas, o coordenador do estudo frisa que a «frequência e severidade dos incêndios tenderá a aumentar, conduzindo à extrema necessidade de implementação de medidas e reformas estruturais ao nível do ambiente construído e da floresta nas zonas de interface urbano-florestal, mitigando impactos diretos e indiretos nas comunidades. Esta abordagem permite no curto/médio prazo reduzir riscos para as comunidades e possibilita uma reforma florestal sólida e eficaz (reformulação da paisagem, compartimentação e valorização florestal), que naturalmente levará anos a ser concretizada».

O estudo evidencia também a necessidade do «uso mais efetivo e intensivo de fogo controlado para controlo da carga combustível, bem como o desenvolvimento de metodologias para estimar impactos socioeconómicos, a curto prazo, para um cenário de redução de procura final, dirigida à economia portuguesa. A indústria da pasta de papel e derivados foi analisada, tendo os resultados demonstrado a relevância do eucalipto nesta indústria, apesar da apreensão geral existente em torno da sua exploração intensiva em zonas suscetíveis a incêndios florestais», acrescenta Hélder Craveiro.

Após a conclusão do projeto, prevista para o final deste ano, os investigadores envolvidos pretendem elaborar e enviar ao Governo e aos municípios um documento com recomendações para a implementação de políticas, quer do ponto de vista do ambiente construído e gestão florestal nas imediações de zonas urbanas, quer ao nível de resiliência para as comunidades.

Vídeos sobre alguns dos ensaios realizados estão disponíveis: aqui.


Cristina Pinto

Aldeias Históricas de Portugal vão otimizar o uso da água e da energia em parceria com a Agência Nacional de Energia

 Em linha com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e com o Pacto Ecológico Europeu (Green Deal), a Rede Aldeias Históricas de Portugal pretende, assim, tornar-se a primeira Rede, a nível europeu, a beneficiar de um estatuto de eficiente nos domínios hídrico e energético, assente na visão estratégica: “Aldeias Históricas de Portugal: uma rede urbana sustentável e pioneira no seu contributo para o crescimento verde dos territórios de baixa densidade”.
De facto, as eficiências energéticas e hídricas integram o Plano de Ação para a Agenda Climática e Energia Local, tratado no âmbito do Programa Pacto de Autarcas, no qual a AHP-ADT e os municípios, enquanto signatários, assumiram a redução de 45% de CO2 até 2030. Um plano que contempla um total de 23 medidas associadas aos diferentes eixos de atuação. A parceria com a Agência Nacional de Energia (ADENE) é decisiva para a corporização de algumas destas medidas, assumindo-se, assim, como a base de um trabalho contínuo e coletivo.
A “primeira pedra” deste ambicioso, mas necessário caminho conducente à competitividade territorial e ao fortalecimento do seu posicionamento como território sustentável no contexto nacional e europeu, foi dado com uma visita de técnicos da ADENE. No terreno, foram avaliados os passos necessários para a eficiência hídrica e energética da Rede Aldeias Históricas de Portugal. Joaquim Felício, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e Jorge Brandão, do Plano Operacional Centro 2020 (POCENTRO2020), também marcaram presença.
No âmbito da visita, foi promovida uma reunião com os 10 autarcas das 12 aldeias que integram a rede, onde a ADENE avançou com o eventual quadro operacional de transformação das Aldeias nestes domínios e sublinhou o interesse na formalização da parceria, não apenas pela sua natureza excecional, mas por se tratar de uma intervenção inovadora e em estrito alinhamento com as premissas de salvaguarda e de preservação da identidade patrimonial.
Igual posição foi evidenciada pelos representantes das 10 autarquias, que, de forma inequívoca, assumiram o compromisso de contribuírem para que as Aldeias Históricas de Portugal se tornem uma rede urbana ainda mais sustentável.
Sobre a parceria, Carlos Ascensão, presidente da Aldeias Históricas de Portugal, comentou: "Este é mais um projeto que evidencia a estratégia e o dinamismo da Aldeias Históricas de Portugal - Associação de Desenvolvimento Turístico, sempre na vanguarda da inovação. É também uma nova prova do nosso compromisso com a sustentabilidade, numa época em que se impõe cada vez mais dar prioridade a uma gestão inteligente e responsável dos nossos recursos hídricos e energéticos, e à conservação da natureza. E num território tão rico em paisagens de serra e agrícolas, planícies, zonas ribeirinhas, parques naturais, reservas protegidas e zonas de lazer, isso ganha uma importância ainda maior".
Para o presidente da ADENE, Nelson Lage, "a ADENE pode ter um contributo importante neste objetivo de tornar as Aldeias Históricas de Portugal uma rede urbana sustentável e pioneira, no seu contributo para o crescimento verde dos territórios de baixa densidade". Já Jorge Brandão, do programa de investimento Centro 2020, disse: "O trabalho que é aqui feito marca um patamar muito elevado de dinamização do território, de valorização dos recursos e do património, e é nessa perspetiva que sentimos que vale a pena apoiar este projeto".
Joaquim Felício, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) acrescentou ainda: "Tratar de questões de eficiência hídrica e energética é falar de futuro. Por isso, num território repleto de património, esta é uma aposta certa".
Esta parceria afirma-se como instrumental e estratégica para a concretização do desígnio de desenvolvimento sustentável e crescimento verde definido como basilar na estratégia da rede. Acelerar a descarbonização das 12 Aldeias Históricas de Portugal, fortalecer a sua capacidade para se adaptarem aos impactos inevitáveis das alterações climáticas e permitir que os cidadãos tenham acesso a uma energia segura, sustentável e acessível são objetivos que se esperam alcançar.

Quatro distritos em estado de alerta especial vermelho na terça-feira

O estado de alerta especial vermelho entrará em vigor na terça-feira nos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu, disse o ministro da Administração Interna, anunciando o reforço da fiscalização pela GNR e pelas Forças Armadas.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião, por videoconferência, com membros de outras áreas governativas para avaliar as condições meteorológicas e do risco de incêndio, José Luís Carneiro referiu que foi decidido “manter o nível de risco e de perigosidade nos termos em que vinha sendo feito até ao dia de hoje”, tendo já ficado agendada uma reavaliação para quarta-feira.
“Está previsto para terça-feira, devido ao aumento do risco de incêndio, que a Autoridade Nacional Emergência e de Proteção Civil venha a determinar a implementação do estado de alerta especial vermelho para os distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu e para aqueles em que se vier a julgar necessário em função das alterações meteorológicas”, anunciou.
Sobre este nível de alerta para estes quatro distritos, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, explicou que vai aumentar aquilo que é a capacidade de ação e reação às ocorrências do dispositivo, “quer seja no ataque inicial, quer seja também naquilo que é o ataque ampliado”, sendo ainda reforçadas as ações de vigilância nestes territórios.
Outra das decisões que foi tomada na reunião de hoje foi o reforço da “fiscalização e do patrulhamento dissuasores por parte da GNR, mas também das Forças Armadas”, acrescentou o ministro, referindo que "hoje mesmo seguirá esse pedido por parte da GNR".
"A Guarda Nacional Republicana e a Polícia Judiciária detiveram até agora 98 responsáveis por aquilo que são causas que atentam contra a legalidade democrática. Alguns deles encontram-se em investigação mais aprofundada, mas foi possível promover a sua detenção na medida em que há factos que apontam para a origem criminal de uma parte desses incêndios", disse ainda.
Avisando que a seca extrema se deverá manter até setembro, José Luís Carneiro deixou claro que permanece a proibição do uso de fogo e máquinas nos locais de risco muito elevado e máximo "porque aí reside uma parte do perigo de incêndio que tem vindo a ser detetado" no estudo das causas dos fogos.
"Hoje foram 80 incêndios aos quais foi necessário dar uma resposta. Mantêm-se os níveis de eficácia que conhecíamos na semana anterior, na ordem dos 90% os incêndios que são controlados e debelados até aos 90 minutos", adiantou ainda.
O ministro da Administração Interna afirmou também que os meios da Proteção Civil estão "em estado de prontidão e preposicionados para fazer face aos territórios onde a perigosidade é maior".
José Luís Carneiro aproveitou estas declarações para “agradecer às populações pela forma tão cívica e tão solidária como têm reagido a estes momentos mais difíceis”, uma palavra de gratidão que endereçou também aos autarcas, bombeiros e a todas as forças da Proteção Civil.
Madremedia

30 ideias de negócio selecionadas para o Região de Coimbra Empreende +

Já são conhecidas as 30 ideias de negócio selecionadas, entre 92 candidaturas apresentadas, no âmbito da 1.ª edição do Programa de Aceleração de Ideias de Negócio “Região de Coimbra Empreende+” (RCE+), uma organização conjunta do Instituto Pedro Nunes (IPN) e da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM Região de Coimbra), que visa promover o estímulo ao Empreendedorismo qualificado e criativo de âmbito regional.
O programa RCE+ está focado em apoiar o desenvolvimento de ideias de negócio, particularmente as que resultem das áreas do conhecimento, da tecnologia e/ou das indústrias criativas. Para isso, a iniciativa conta com uma rede de Agentes Locais de Empreendedorismo (ALE), que assumem um papel central no interface entre o projeto e os empreendedores do seu território.
Após ser apresentado em abril, o programa RCE+ fez um périplo por todos os 19 municípios da CIM Região de Coimbra, onde apresentou o programa a potenciais empreendedores. Desse roteiro pelo território, foram 92 as candidaturas submetidas, tendo sido selecionadas 30 ideias de áreas tão diversas como o turismo, design, saúde e bem-estar, comunicação, marketing ou tecnologias de informação.
Estes projetos de empreendedorismo vão beneficiar da participação em webinars, sessões presenciais, mentoria individual e consultoria à medida, através do programa de aceleração que começa já em setembro e se prolonga até ao final de outubro.
O projeto prevê a atribuição de 19 bolsas, entre 700,00 e 1 200,00 euros, em função do grau académico, por um período de 6 meses. Em 2023, decorrerá ainda um concurso de ideias de negócio, com um prémio final de 5 000,00 euros para o melhor projeto.
Recorde-se que entre objetivos específicos do “Região de Coimbra Empreende+”, estão o desenvolvimento de duas edições de um programa de estímulo e capacitação (Aceleração) para avaliação da viabilidade de implementação de 50 novas iniciativas empresariais nos 19 concelhos da CIM Região de Coimbra, com o mínimo de 15% de participação feminina.

Fatura da luz vai subir 40%? Ministro rejeita declarações alarmistas do presidente da Endesa

Em causa está a aplicação do mecanismo Ibérico, que permite um desconto nos preços do gás natural.

O presidente da Endesa avançou que a eletricidade vai sofrer um aumento de, pelo menos, 40% até ao final deste verão. O Ministério do Ambiente e Ação Climática assegura que “o mecanismo ibérico não gera défice tarifário”.
Segundo Nuno Ribeiro da Silva, em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, em causa está o mecanismo aplicado a Portugal e Espanha e que permite um desconto nos preços do gás natural, que é utilizado para produção de eletricidade. O problema é que essa diferença será paga pelos consumidores.
O presidente da Endesa diz que a “desagradável surpresa” deve aplicar-se a todos os novos contratos e àqueles que cumpram um ano. Garante ainda que esta subida não é responsabilidade das elétricas, mas uma consequência do "travão ibérico" acordado com Bruxelas na sequência da escalada dos preços por causa da guerra na Ucrânia.
Em comunicado enviada à redação, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática fala em alarmismo.
O Governo rejeita estas declarações e diz que não há qualquer justificação para um aumento de preços tão significativo e que este mecanismo ibérico não gera défice tarifário.
O gabinete do ministro António Costa Silva lembra que "o mercado livre tem outros comercializadores e os consumidores poderão sempre procurar melhores preços; os consumidores poderão também aderir à tarifa regulada que foi reduzida em 2,6 no segundo semestre deste ano".
O comunicado sublinha que este mecanismo reforçou a proteção ao país, mas que o Governo “continuar a apostar estruturalmente na aceleração das energias renováveis”.
O mecanismo ibérico para a limitação os preços no mercado ibérico de eletricidade (Mibel) entrou em vigor em 15 de junho e pretende fixar um preço médio de 50 euros por megawatt-hora (MWh) para o gás natural no mercado grossista, por um período de 12 meses, iniciando com um limite de 40 euros por MWh.

RR