sexta-feira, 6 de maio de 2016

Portugal. Costa diz que recursos têm de ser concentrados na escola pública, a "escola de todos"

O governante, que falava durante a inauguração da Escola do Cidadão de Ermesinde, referiu-se ao investimento em modernização administrativa para dizer que assim pode "poupar recursos para aquilo que é "efetivamente necessário" respondendo, ainda que sem se referir diretamente, à contestação que o Governo tem sido alvo por parte de escolas privadas e corporativas devido ao possível fim dos contratos de associação.

"E se há área em que é fundamental concentrar os recursos é na defesa e no financiamento da escola pública porque é a escola de todos, a que garante a igualdade de oportunidades a todos e aquela que permite a todos uma efetiva liberdade de poder aprender com a qualidade que todos temos de exigir", disse António Costa.

O primeiro-ministro tinha, à entrada para a cerimónia em Ermesinde, sido recebido por cerca de duas dezenas alunos, bem como pela direção da Secundária de local que reivindicavam obras nesta escola.

"Quando nós vemos crianças, pais e professores a manifestarem-se porque a escola pública, que devia ser o padrão máximo da qualidade, não tem essa qualidade, porque o programa da Parque Escolar foi interrompido há quatro anos atrás e ainda não foi retomado, nós percebemos que efetivamente temos de concentrar os poucos recursos que temos para fazer aquilo que é fundamental fazer", afirmou.

Já esta manhã em Braga o governante tinha sido recebido por alunos e encarregados de educação do Externato D. Henrique.

Na origem da concentração está o despacho normativo do Ministério da Educação que, segundo os encarregados de educação, significará a "Morte lenta da escola".

Os contratos de associação foram criados para garantir que nenhum aluno ficaria impedido de frequentar a escola por não haver oferta na rede pública de estabelecimentos de ensino, prevendo-se para esses casos o financiamento da frequência em colégios privados.

Perto do fim do seu mandato, o ex-ministro Nuno Crato alterou o modelo de financiamento para os colégios com contratos de associação com o Estado - os contratos passaram a ser plurianuais, com uma vigência de três anos.

Os colégios defendem agora que, ao admitir rever o número de turmas que o Estado vai financiar no âmbito destes contratos, já a partir do próximo ano letivo, o Ministério da Educação vai alterar o que está estipulado nesses documentos e contrariar as expectativas criadas junto dos colégios.

Por seu lado, a tutela tem afirmado que não está em causa o financiamento de turmas de continuidade, ou seja, de turmas que estejam a meio de um ciclo escolar.

Segundo a tutela, o que será avaliado será a abertura de novas turmas em início de ciclo, que apenas acontecerá se não houver oferta pública na região de implantação dos colégios, e que esta atuação é a que cumpre o espírito da lei.

PYT // SMA - Lusa

Portugal. ESCOLAS PRIVADAS. QUEREM SER CHIQUES À CUSTA DOS OUTROS?

Em Dezembro de 2015 a TSF apresentou um trabalho de Nuno Guedes que mostrou que as “Escolas privadas não são tão melhores como se pensa”, e esse foi o título que encontrou para nos situar no seu artigo. Em Dezembro desse ano a verdade era tão verdade como o é no presente, volvidos alguns meses. Isto para não referir as escolas privadas que inflacionam as classificações e aproveitamento dos alunos para parecerem melhores que o ensino público. Muitas escolas privadas existem que são piores que o ensino público.

O sururu criado com esta temática tem que ver com uma realidade que mudou de paradigma. No governo de Passos o previlégio para a escolas privadas foi enorme. Mais de 400 milhões de euros “voaram” para os que olham de soslaio e com superioridade para as escolas públicas. Eram chiques mas usufruíam do dinheiro de todos os contribuintes para serem chiques. De todos os contribuintes. Até do Manel do camião da recolha do lixo, do calceteiro, do pedreiro, do empregado de mesa, do desempregado – que é contribuinte no IVA para comprar as batatas. Presentemente acabou-se a mama. Se fundam escolas privadas para negócio, orientem-se! Façam como a Eugénia da papelaria, o Alfredo do café, a Aurora da peixaria, que não pedem o dinheiro dos contribuintes para manter os seus negócios. Vendo assim, como devem, nem há motivo para protestar. Então, por que é que protestam? Querem ser chiques à custa dos outros? Retirar os recursos da escola pública para os privados? Chicos-espertos. A isso chama-se parasitarismo. (MM / PG)

Escolas privadas não são tão melhores como se pensa

Pela primeira vez o Ministério da Educação tem um indicador que procura controlar a origem social e económica dos alunos recebidos por cada escola. Os resultados também são favoráveis às privadas, mas as diferenças não são tão grandes como nos tradicionais rankings feitos com base, apenas, nos resultados dos exames.

Todos os anos, por esta altura, jornais, televisões e rádios apresentam os rankings das escolas com melhores e piores resultados nos exames e provas nacionais. Valores calculados com base nas notas disponibilizadas pelo governo.

Contudo, os resultados dos estudantes dependem não apenas da qualidade de ensino das escolas, mas também do contexto familiar, social e económico que rodeia a criança ou o adolescente.

Este ano o Ministério da Educação disponibilizou um novo indicador para as escolas básicas do 3º ciclo (7º ao 9º ano). A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) chama-lhe "Promoção do sucesso escolar" e explica que, não sendo perfeito, é o melhor indicador para avaliar o desempenho das escolas.

As contas não são fáceis, mas, resumidamente, têm em conta a percentagem de sucesso entre os alunos da escola, comparado-a com a percentagem média nacional para alunos que no início do ciclo de ensino tinham um nível escolar semelhante.

Tendo em conta o nível de partida de cada aluno, procura-se perceber, segundo a DGEEC, "se o trabalho desenvolvido ao longo do 3º ciclo conduziu a resultados inferiores, iguais ou superiores aos dos seus colegas nacionais".

Além de ser menos influenciável pelo contexto socioeconómico da escola, o indicador não premeia a retenção excessiva nem a seleção de bons alunos.

Os resultados do novo ranking

Apresentada a longa explicação anterior, o ranking feito pela TSF volta a apresentar as privadas no topo.

Em média, 53% das escolas privadas ou cooperativas conseguem um desempenho que os técnicos do Ministério classificam como acima da média esperada para alunos com nível prévio semelhante (apenas 8% ficam abaixo).

Do outro lado, nas públicas só perto de 20% têm resultados melhores do que o esperado e quase 30% abaixo.

O ranking feito tem, contudo, boas notícias para a escola pública que consegue colocar 3 estabelecimentos de ensino no top 10, algo que nunca acontece nos rankings tradicionais feitos com base nas notas finais.

As melhores públicas, no top 10, são uma escola básica da Mealhada, a secundária de Montemor-o-Novo e a básica de Minde, em Alcanena.

No ano passado, por exemplo, o ranking da TSF para o 2º e 3º ciclos só tinha uma escola do Estado entre as melhores 40 e aparecia no 18º lugar. E várias das escolas privadas habitualmente no topo continuam bem colocadas, mas descem muitos lugares neste novo ranking.

Na prática, ter em conta o ponto de partida dos alunos diminui as diferenças entre escolas públicas e privadas, mas não as elimina.

Diferenças diminuem mais no secundário

No caso das notas do secundário, a análise feita pela TSF também é diferente dos rankings habitualmente divulgados.

A lógica é semelhante à anterior e baseia-se num indicador que pretende medir a progressão dos resultados a Português e Matemática dos alunos entre os exames do 9º e do 12º ano, comparando com outros alunos do país. Volta-se a ter em conta o ponto de partida.

No entanto, os dados disponibilizados pelo Ministério da Educação não permitem fazer um ranking, mas apenas identificar as escolas que tiveram desempenhos melhores ou piores.
Olhando para os resultados, as diferenças entre privado e público diminuem de forma ainda mais significativa do que no 3º ciclo.

Há algumas diferenças, sobretudo a Matemática, mas a proporção de escolas públicas ou privadas que têm bons (e maus) desempenhos é muito mais semelhante.

Nuno Guedes - TSF

ALERTA DE INUNDAÇÕES NO FIM-DE-SEMANA


 
Iridescent / Wikimedia
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A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) alertou esta sexta-feira para a possibilidade de inundações em meios urbanos historicamente mais vulneráveis devido à chuva, por vezes forte, que deverá cair em todo o país durante o fim de semana.
O alerta da Proteção Civil surge após o contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que prevê períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes forte e acompanhados de trovada entre o início da tarde de sábado e o fim da madrugada de domingo em todo o país.
A ANPC adianta que a chuva pode acumular mais de 40 milímetros (mm) em seis horas e cerca de 50 mm em 12 horas, em especial a partir da tarde de sábado e início da madrugada nas regiões do centro e litoral norte e sul.
A ANPC chama ainda a atenção para o vento que vai soprar forte, podendo ocorrer fenómenos extremos em especial no litoral e nas regiões do interior centro e sul, e para a agitação marítima.
Em comunicado, a Proteção Civil alerta para a possibilidade de ocorrência de inundações em meios urbanos historicamente mais vulneráveis.
Face às previsões meteorológicas, alerta-se para o piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água, possibilidade de cheias rápidas em meio urbano e de inundações, além da possível queda de ramos de árvores devido ao vento.
A proteção civil avisa a população sobre as medidas preventivas, considerando que devem ser adotados os comportamentos adequados, sobretudo nas zonas historicamente mais vulneráveis.
Nesse sentido, recomenda a adoção de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias rodoviárias, e não atravessar as zonas inundadas.
A ANPC aconselha ainda a garantir uma adequada fixação de estruturas que possam estar soltas e ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, prestando atenção para a possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte, além de cuidados especiais ao circular junto à orla costeira, evitando a prática de atividades relacionadas com o mar.
ZAP / Lusa

FUTEBOLISTA ADAM JOHNSON CONFESSA ABUSO SEXUAL DE MENOR


 
Adam Johnson com a camisola do Sunderland
O futebolista Adam Johnson, internacional inglês do Sunderland, declarou-se culpado de uma acusação de actividade sexual com menor na audiência realizada em tribunal esta quarta-feira.
BBC reporta que o médio de 28 anos, que foi detido em Março de 2015, assumiu ter beijado uma menor e de a ter assediado através da internet.
No tribunal de Bradford, norte de Inglaterra, Johnson admitiu saber que a jovem era menor de idade, mas negou as outras duas acusações de atividade sexual com a rapariga, que à data dos factos tinha 15 anos.
A decisão do júri está marcada para sexta-feira.
O jogador soma 12 internacionalizações pela Selecção inglesa e é um atleta bastante conhecido no Reino Unido.
Começou a carreira no Middlesbrough, passou pelo Manchester City e, em 2012, transferiu-se para o Sunderland por quase 13 milhões de euros.
ZAP

FARMACÊUTICA JOHNSON & JOHNSON VAI PAGAR MULTA DE 1,6 MIL MILHÕES POR FRAUDE E SUBORNO


 
foto: Luis García / wikimedia
foto: Luis García / wikimedia
A empresa norte-americana de cuidados de saúde Johnson & Johnson aceitou pagar uma multa de mais de 1,6 mil milhões de euros para encerrar as investigações civis e criminais por fraude e suborno, foi hoje anunciado.
De acordo com o Procurador-Geral dos Estados Unidos, a empresa comercializou medicamentos, incluindo um para tratamentos de esquizofrenia, cujo uso não tinha sido aprovado pela Administração do Medicamento e Alimentação.
Há ainda acusações de subornos a médicos e farmacêuticos para que prescrevessem medicamentos produzidos pela Johnson & Johnson.
Este é considerado um dos maiores escândalos de fraude no sistema de cuidados de saúde nos Estados Unidos, com a empresa a receber milhões de dólares em benefícios pagos pelo Medicaid, o programa de seguro de saúde da administração norte-americano, que se destinada aos mais favorecidos.
/Lusa

TABAQUEIRA CONDENADA A PAGAR 23 MIL MILHÕES A VIÚVA DE FUMADOR


 
Aldo Tapia A. / Flickr
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Um tribunal da Florida condenou a RJ Reynolds Tobacco Company a pagar 23,6 mil milhões de dólares à viúva de um fumador, que morreu de cancro do pulmão. Não é gralha: 23,6 MIL milhões de dólares.
“Esperamos que este veredito constitua uma mensagem para a RJ Reynolds e todas as outras grandes tabaqueiras, para que parem de pôr em causa a vida de pessoas inocentes”, disse em comunicadoWille Gary, advogado de defesa da viúva, Cynthia Robinson.
O veredito é uma das indemnizações mais elevadas na história da Florida,  equivalendo a 17,5 mil milhões de euros. É um quarto do valor do resgate que Portugal pediu em 2011 à troika, de 72 mil milhões.
Do total que a empresa norte-americana terá de pagar, 16 mil milhões de dólares dizem apenas respeito aos malefícios causados à saúde de Michael Johnson.
Durante o julgamento, que durou quatro semanas, o advogado da viúva argumentou que a RJ Reynolds “não tinha tomado as medidas necessárias para informar os consumidores sobre os perigos do tabaco”.
“Esta negligência terá levado Johnson a contrair o cancro no pulmão”, justificou o advogado.
A tabaqueira norte-americana argumentou que Johnson se tinha tornado num “viciado” e que falhou as diferentes tentativas para deixar de fumar.
O tribunal emitiu o seu veredito após cerca de 15 horas de deliberação.
A RJ Reynolds anunciou, entretanto, que vai recorrer da decisão do tribunal.
ZAP / Lusa

CALIFÓRNIA ELEVA IDADE LEGAL PARA FUMAR PARA OS 21 ANOS


 
O governo do estado norte-americano da Califórnia elevou a idade legal para fumar dos 18 para os 21 anos, dentro de um conjunto de medidas legislativas que regulam também os cigarros eletrónicos, segundo o Los Angeles Times.
Após a aprovação no Senado estatal no passado dia 10 de março, o projeto de lei aguardava apenas a assinatura final do governador, o democrata Jerry Brown, que rubricou a nova norma na quarta-feira.
Deste modo, a Califórnia, o estado mais povoado dos Estados Unidos, com 39 milhões de habitantes, juntou-se ao Havai.
Os dois estados têm agora a idade requerida para fumar mais elevada dos Estados Unidos.
Este novo pacote de medidas sobre o tabaco foi aprovado apesar da rejeição da maioria dos deputados republicanos.
O senador democrata Ed Hernández, impulsionador da iniciativa, assinalou em março que a medida vai salvar vidas porque fará com que menos adolescentes comecem a consumir tabaco.
Hernández disse ainda que a “feroz” oposição da indústria tabaqueira a este projeto de lei demonstra que o seu modelo de negócio se baseia em “promover e vender este veneno” às “crianças”.
A regulação californiana proíbe também que os cigarros eletrónicos sejam usados em restaurantes, teatros, cinemas e outros espaços públicos onde o tabaco tradicional já era proibido.
/Lusa

CONVITE | Apresentação do Livro "Voo em Tons de Azul" de Eduardo Dinis | 14 de maio (sábado) | 16.00 horas

 Eduardo Dinis
Eduardo Pereira Dinis nasceu a 28 de abril de 1970, em Luanda.
Com 4 anos, veio com os pais para Portugal, adotando Santarém como sua cidade, porque lá cresceu, lá estudou.
Licenciou-se em Línguas e Literaturas Clássicas na Faculdade de Letras de Lisboa. É professor de Português há 22 anos, estando, atualmente, efetivo na Escola Secundária Mouzinho da Silveira, em Portalegre.
Reside em Portalegre há 13 anos.
É casado e tem um filho.

CONVITE | Lançamento de Livros da AJUDARIS | 16 de maio (segunda-feira) | 14.00 horas

Compareçam, e sirvam-se deste CONVITE | Lançamento de Livros da AJUDARIS | 16 de maio (segunda-feira) | 14.00 horas



Macroscópio – Onde se fala de quase tudo, até de dietas e de genes

Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!


Sento-me para escrever mais este Macroscópio e alguém junto de mim comenta que amanhã será dia de tempestade. Anunciam muita chuva, o que indica para que muitos optem por ficar em casa, ao contrário do que sucedeu o fim de semana passado, quando puderam sair para uma primeira experiência de praia (quem gosta e quem pode) sob um sol radioso – mas que foi de pouca dura. Senti-me pois ainda mais encorajado para hoje vos propor sobretudo leituras de fim-de-semana, umas mais sérias, outras mais leves, algumas um pouco longas, pois é possível que tenham mais tempo para ler.

Antes porém de ir a essas leituras, vou deixar-vos com um apanhado de opiniões, diversas e plurais, todas editadas no Observador, sobre um tema que a Marlene Carriço introduzia com detalhe num Explicador, o dos Contratos de associação. O que são, o que pedem e o que vai mudar. São sete os textos que editámos e agrupámos aqui. Eis a lista:
Esperando que entre o nosso Explicador e este conjunto de textos seja possível aos leitores ver um pouco melhor no nevoeiro que parece querer instalar-se sobre toda e qualquer discussão de políticas públicas em Portugal, passo a outras leituras, as tais mais indicadas para um fim-de-semana com os agasalhos de novo vestidos.

O primeiro texto que selecciono surge a propósito da passagem de mais um Dia da Memória do Holocausto, este último 5 de Maio. Foi publicado no site judaico Tablet e chama-se Ghetto: The Shared History of a Word. É um texto que parte de um livro de Mitchell Duneier, Ghetto: The Invention of a Place, the History of an Idea, e da constatação que, nos Estados Unidos, o termo está mais associado a bairros negros degradados, poucos sabendo que teve origem na Europa, onde eram habitados pelos judeus que as cidades segregavam. Daí parte para um projecto ambicioso: “When it comes to understanding the black American ghetto, can we learn anything from the history of the European Jewish ghetto? It is a tricky question, which Duneier addresses carefully, since it seems to invite comparisons about who was more victimized and more resilient. Yet as he tells the story of the evolution of American thinking about the black ghetto—primarily through the lens of successive generations of academic sociologists, from Gunnar Myrdal to William Julius Wilson—the Jewish ghetto refuses to disappear. It haunts the subject like a ghost, raising questions that continue to define the way sociologists think about ghettos today.”

Passo agora a uma discussão que temos seguido à distância, a relativa ao Brexit. Ainda hoje o Observador analisou o tema, num especial de Catarina Falcão, a partir da perspectiva portuguesa –Se o Brexit vencer Portugal sofre as consequências –, mas é interessante verificar que os termos do debate no Reino Unido é bastante distinto da caricatura que muitas vezes se faz dele no Continente. É, por exemplo, muito interessante constatar que, se excluirmos algumas franjas mais radicais, o debate se trava sobretudo entre dois campos que querem “menos” Europa, um acreditando que o pode fazer permanecendo na União Europeia, outro defendendo que só rompendo com ela é possível recuperar a soberania do Parlamento. Uma perspectiva interessante da forma como pensam os ingleses é a dada por John Curtice, um professor de ciência política de Glasgow, numa entrevista ao Le Point: "Les gens ne veulent pas que Bruxelles leur dicte leur conduite". Que sintetisa bem o problema da forma como os britânicos vivem a sua identidade: “Deux pour cent des Britanniques affirment se sentir européens avant toute autre appartenance. Quinze pour cent mettent l'Europe en deuxième ou troisième choix ; c'est tout. L'écrasante majorité des personnes interrogées se dit soit anglaise, soit britannique. À noter qu'il n'y a pas de nationalisme britannique, mais un vrai nationalisme anglais, comme il y a des nationalismes écossais, gallois, nord-irlandais.”

Continuo no Le Point (até porque tenho frequentado pouco a imprensa francesa) para vos sugerir o primeiro de dois textos sobre o que se está a passar nas presidenciais austríacas, nas quais o candidato da extrema-direita chegou largamente à frente na primeira volta. Em L'Autriche et les autruches Laurent Neumann procura explicar o que aconteceu, e não tem dúvidas sobr que tema mobilizou os austríacos: “Ce n'est pas la crise économique qui a pesé dans ce vote protestataire, ni même l'augmentation récente du chômage, mais bien la crise migratoire. Toute la campagne électorale a tourné autour de ce seul et unique sujet. Immigration, frontières, islam, question identitaire… La majorité au pouvoir a eu beau promettre le renforcement des contrôles aux frontières et même la construction d'un mur de quelque 250 km, rien n'y a fait.”

O segundo texto sobre a Áustria é um ensaio, mais longo, de Armin Thurnher, publisher director do semanário de Viena Falter, intitulado The Austrian Malady: Turning Right in the Refugee Crisis. Onde aponta o dedo à coligação no poder: “One can understand the concerns of a small country that takes more than its share of refugees and feels abandoned by the other EU member states. But instead of using the crisis to build up an effective EU border protection regime, those in government have preferred to play the national card prior to the European card.
The lengthy grand-coalition has led to political paralysis. Platitudes about carrying on, cooperation and consensus have corroded all political distinctions."

Continuando a falar de problemas europeus, e do que rodeia a crise dos refugiados, que não desapareceu e muito menos está resolvida, há nela um elemento perturbante que muitas vezes é esquecido: a forma como neste êxodo em direcção à Europa tem arrastado as crianças. Uma reportagem do Politico, Europe’s quiet crisis: ‘missing’ migrant children chama-nos a atenção para o facto de “Tens of thousands of migrant children are “missing” in Europe, victims of both criminal gangs and the EU’s failing refugee policy.” Como? Isso mesmo, como se mostra neste exemplo:
Padre Mengoli, a priest from Bologna, runs a center for migrant children. He explained how the system works: “Let’s say an unaccompanied minor enters Italy. He or she is placed in what is called ‘first reception.’ Let’s also say he escapes and makes it all the way to Germany. If, and I say if, the center reports the missing child to the Italian police, the police should then update the international database so all authorities know about this child. If they don’t do that, and if the minor is eventually found and reported as found in Germany, he is still officially missing according to Italian authority databases. It’s a mess.”

Por falar em crianças e em refugiados, recuemos até ao ponto de origem, a Síria, e aí até uma das cidades mais sacrificadas, Allepo. Até porque foi aí que Uri Friedman, da The Atlantic, encontrouThe Last Pediatrician in Aleppo, alguém que lhe disse simplesmente “We represent a last hope, the final defenders of life in this city.”

Mudemos agora completamente de assunto e vamos até à China para conhecer melhor o seu actual líder com a ajuda da New York Review of Books. Em Who Is Xi? ficamos a conhecer melhor uma figura cujo papel nos equilíbrios globais é cada vez mais importante. Um texto que nos deixa um pouco mais inquietos: “More than halfway through his five-year term as president of China and general secretary of the Chinese Communist Party—expected to be the first of at least two—Xi Jinping’s widening crackdown on civil society and promotion of a cult of personality have disappointed many observers, both Chinese and foreign, who saw him as destined by family heritage and life experience to be a liberal reformer. Many thought Xi must have come to understand the dangers of Party dictatorship from the experiences of his family under Mao’s rule.” O texto explica a seguir porque é que isso, afinal, não parece estar a acontecer, bem pelo contrário.

Quase a terminar, uma chamada de atenção para o tema de capa da The Economist da semana passada (a desta semana é dedicada a Trump) onde se abordava a forma como medimos a riqueza através do famoso “produto interno bruto”. Em The trouble with GDP a revista defende que “Gross domestic product (GDP) is increasingly a poor measure of prosperity. It is not even a reliable gauge of production”. Eis um exemplo apenas, entre muitos, um exemplo que mostra como esta medida não captura evoluções que nos proporcionam mais bem estar sem que possam traduzir-se num “estamos mais ricos”: “The number of TV channels or over-the-counter painkillers available in America, for instance, is overwhelming. Yet in 1970 there were just five of each. Though people may complain about too much choice, this greater variety is to a great extent a boon. But it is invisible to GDP measures. For GDP, the output of a million of shoes in one size and colour is the same as a million shoes in every size and colour.” Garanto-vos que é um tema fascinante, pois introduz uma outra discussão bem interessante: que sentido faz medir a riqueza com os actuais critérios se, com a mesma "riqueza" um cidadão tem hoje acesso a muito mais bens do que há alguns anos? E como se pode avaliar realmente essa evolução?

Chego aqui com a sensação de que me ocupei de temas porventura demasiado sérios para um fim-de-semana, pelo que escolhi um texto mais descomprometido para fechar este Macroscópio. Um texto sobre dietas e como elas estão sempre a mudar para, depois, produzirem menos efeito do que muitos esperam. O Verão acabará por chegar, pelo que o tema não podia ser mais oportuno. Leiam por isso Si quieres saltarte la dieta, hazlo con la ciencia en la mano. Eu, que sou um especialista em dietas, li com prazer este texto, mesmo sendo verdade que ele me deixou nalguns pontos algo acabrunhado. A pior parte foi a sobre o genes, já que defende que “La mejor excusa para quienes quieren saltarse la dieta es que no resulta sencillo cambiar nuestro peso natural. Jeffrey Friedman, el biólogo que descubrió la leptina, la molécula que regula la saciedad, lo explicaba en Materia: “Nuestro peso está regulado por genes, de la misma manera que la estatura. Tú no le pedirías a alguien que mide 1,90 que midiese 1,80, porque así es como son. Hay genes que hacen a unas personas más pesadas y otras más ligeras.”

Não sei que pensar, mas deixo-vos a todos a pensar e, espero, a descansar. Até segunda-feira.

 
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Vagos – Prisão domiciliária para suspeito de roubo em estabelecimento

Militares do Núcleo de Investigação Criminal de Águeda detiveram no dia 4 de maio, na localidade da Vagueira/Vagos, um individuo de 41 anos, suspeito de roubo.
A detenção decorreu de uma investigação em curso relativa a dois crimes de roubo ocorridos entre o fim de abril e início de maio deste ano, numa loja de compra e venda de ouro, situada no centro da cidade de Águeda.
Foram levadas a cabo várias diligências de investigação que culminaram com a realização de quatro buscas domiciliárias e não domiciliárias, bem como na detenção do suspeito.
No decurso das buscas foram apreendidos diversos artigos suscetíveis de estarem relacionados com os crimes, destacando-se:
  • Duas armas de fogo;
  • Três facas de cozinha;
  • Roupa e calçado que se suspeita ter sido utilizado nos crimes;
  • 340 euros em numerário.
O detido foi presente a tribunal ontem, dia 5 de maio, tendo-lhe sido  aplicada a medida de coação de prisão domiciliária com pulseira eletrónica.

Comissão do Senado aprova relatório a favor do impeachment de Dilma

Relatório aponta que há elementos suficientes para que o processo seja aberto e a presidente julgada pelo crime de responsabilidade.
Imagem:parana-online.com.br
A comissão especial do Senado brasileiro votou hoje a favor do pedido de destituição da Presidente Dilma Rousseff, que segue agora para plenário, onde será decidida a continuidade da Presidente no cargo.
Dos 21 senadores que compõem a comissão, 15 votaram a favor e cinco contra o relatório do senador Antônio Anastasia, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), favorável à admissibilidade do processo contra Dilma Rousseff.
O relatório, que precisava apenas de uma maioria simples de 11 votos para ser aprovado, aponta que há elementos suficientes para que o processo seja aberto e que Dilma Rousseff seja julgada pelo crime de responsabilidade.
A Presidente brasileira é acusada de usar, em 2015, dinheiro de bancos federais em programas do Tesouro, as chamadas "pedaladas fiscais" (atraso na transferência de dinheiro devido pelo Governo aos bancos para melhorar as contas públicas).
Antes da votação, a senadora Gleisi Hoffmann, do Partido dos Trabalhadores (PT, no poder), apresentou uma questão prévia, pedindo a suspensão dos trabalhos devido ao afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente da comissão especial do Senado, Raimundo Lira (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), indeferiu o pedido de Gleisi Hoffmann, com a justificação de que "não cabe (à comissão) anular ou invalidar decisão tomada pelo plenário da Câmara dos Deputados".
Antes do pedido de afastamento de Dilma Rousseff ter chegado ao Senado foi aprovado na Câmara dos Deputados, por 367 contra 137 votos.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, já anunciou que fará a leitura da decisão da comissão no plenário na próxima segunda-feira.
Renan Calheiros dispõe de 48 horas após a leitura para marcar a votação no plenário do Senado, que, assim, deverá ocorrer a 11 de maio.
Na votação do Senado será necessária apenas a maioria simples (41 dos 81 senadores).
Se for aprovado, Dilma Rousseff será temporariamente afastada por até 180 dias para a conclusão do julgamento, período durante o qual o vice-presidente assumirá a Presidência.
Fonte: DN

Recursos têm de ser concentrados na escola pública, a “escola de todos”

Foto:tvi24.iol.pt
O primeiro-ministro António Costa disse hoje que é na escola pública que é fundamental concentrar os recursos porque "é a escola de todos, a que garante a igualdade de oportunidades a todos".

O governante, que falava durante a inauguração da Escola do Cidadão de Ermesinde, referiu-se ao investimento em modernização administrativa para dizer que assim pode "poupar recursos para aquilo que é "efetivamente necessário" respondendo, ainda que sem se referir diretamente, à contestação que o Governo tem sido alvo por parte de escolas privadas e corporativas devido ao possível fim dos contratos de associação.

"E se há área em que é fundamental concentrar os recursos é na defesa e no financiamento da escola pública porque é a escola de todos, a que garante a igualdade de oportunidades a todos e aquela que permite a todos uma efetiva liberdade de poder aprender com a qualidade que todos temos de exigir", disse António Costa.

O primeiro-ministro tinha, à entrada para a cerimónia em Ermesinde, sido recebido por cerca de duas dezenas alunos, bem como pela direção da Secundária de local que reivindicavam obras nesta escola.

"Quando nós vemos crianças, pais e professores a manifestarem-se porque a escola pública, que devia ser o padrão máximo da qualidade, não tem essa qualidade, porque o programa da Parque Escolar foi interrompido há quatro anos atrás e ainda não foi retomado, nós percebemos que efetivamente temos de concentrar os poucos recursos que temos para fazer aquilo que é fundamental fazer", afirmou.

Já esta manhã em Braga o governante tinha sido recebido por alunos e encarregados de educação do Externato D. Henrique.

Na origem da concentração está o despacho normativo do Ministério da Educação que, segundo os encarregados de educação, significará a "Morte lenta da escola".

Os contratos de associação foram criados para garantir que nenhum aluno ficaria impedido de frequentar a escola por não haver oferta na rede pública de estabelecimentos de ensino, prevendo-se para esses casos o financiamento da frequência em colégios privados.

Perto do fim do seu mandato, o ex-ministro Nuno Crato alterou o modelo de financiamento para os colégios com contratos de associação com o Estado - os contratos passaram a ser plurianuais, com uma vigência de três anos.

Os colégios defendem agora que, ao admitir rever o número de turmas que o Estado vai financiar no âmbito destes contratos, já a partir do próximo ano letivo, o Ministério da Educação vai alterar o que está estipulado nesses documentos e contrariar as expectativas criadas junto dos colégios.

Por seu lado, a tutela tem afirmado que não está em causa o financiamento de turmas de continuidade, ou seja, de turmas que estejam a meio de um ciclo escolar.

Segundo a tutela, o que será avaliado será a abertura de novas turmas em início de ciclo, que apenas acontecerá se não houver oferta pública na região de implantação dos colégios, e que esta atuação é a que cumpre o espírito da lei.

Fonte: Lusa


Líder da oposição venezuelano morto com tiro na cabeça

Foto:jn.pt
O político venezuelano Germán Mavare, dirigente do partido da oposição Un Nuevo Tiempo (UNT), foi hoje morto a tiro no estado ocidental de Lara, informaram fontes da sua organização e da Aliança Mesa de Unidade Democrática (MUD).

"A direção da UNT manifesta o seu mais profundo pesar pelo assassinato do companheiro Germán Mavare. Exigimos justiça e o fim da violência", refere o partido na sua conta da rede social Twitter, atualmente liderado pelo ex-candidato presidencial e antigo governador, atualmente detido, Manuel Rosales.

Em comunicado, o MUD indica, que, após ficar ferido ao ser atingido com um tiro na cabeça, Mavare foi transferido para o Hospital central Antonio Maria Pineda, na cidade de Barquisimeto, e depois para uma clínica privada "onde por fim faleceu".

Outros opositores também se referiram à morte violenta de Mavare nas suas contas na rede social Twitter.


Fonte: Lusa

Drama continua: incêndio no Canadá leva a evacuação de 100.000 pessoas

Uma imensa caravana de carros formou-se nesta sexta-feira a 20 km a norte de Fort McMurray, na província canadiana de Alberta, que neste momento se encontra cercada de incêndios florestais, depois de o governo ter anunciado a evacuação total da cidade com 100.000 habitantes.
Numa operação de grandes proporções, 17.000 pessoas abandonaram a zona norte da cidade, onde ficaram confinadas devido ao avanço das chamas desde o início da semana.
Para permitir o abastecimento dos veículos que partem, o governo de Alberta enviou vários camiões cisterna, depois de tomar medidas de precaução na estrada para evitar que o fogo atingisse os mesmos. "Um novo posto de combustível foi instalado 30 km a norte de Fort McMurray na estrada 63 para a evacuação da caravana de veículos", anunciou nesta manhã o governo de Alberta.
Os veículos foram escoltados durante vários quilómetros em direção a sul, para deixarem a zona dado o avanço do foco de incêndio, e encaminhados para centros de refúgio que foram montados especialmente em Edmonton, capital de Alberta, a 400 km de Fort McMurray.
Ponte aérea para evacuados
Na quinta-feira, uma ponte aérea conseguiu evacuar 8.000 pessoas da cidade, através de aviões e helicópteros fornecidos pelas companhias petrolíferas que operam na zona e pelas Forças Armadas. Até ao momento, as autoridades não reportaram nenhuma morte ou ferido grave, devido ao incêndio ou à evacuação.
Na segunda-feira, 25.000 pessoas, que fugiram para norte dado o avanço das chamas, foram colocadas em albergues fornecidos pelas companhias petrolíferas. Mas com a evolução dos ventos e o avanço do fogo, com vários focos, as pessoas corriam o risco de ficar cercadas pelas chamas.
As autoridades anunciaram na quinta-feira um plano para evacuar completamente a cidade de 100.000 habitantes, advertindo que não poderão regressar a Fort McMurray durante algum tempo, já que está previsto que os danos deixados pelo fogo sejam consideráveis.
Enquanto era finalizada a evacuação total da cidade, grupos de bombeiros apoiados por aviões e helicópteros prosseguiam a tarefa de tentar controlar cerca de 50 focos que permaneciam ativos na província de Alberta.
Até quinta-feira estimava-se que 85.000 hectares arderam em toda a província, dos quais 12.000 hectares nos arredores de Fort McMurray. Os danos provocados pelos incêndios nesta cidade são graves, admitiu a chefe do governo regional, Rachel Notley.
As chamas arrasaram na quinta-feira setores inteiros de Fort McMuray e em alguns bairros só restam cinzas e casas destruídas, segundo imagens divulgadas pelos bombeiros.
Fonte: sapo / AFP

Três peregrinos atropelados em Albergaria-a-Velha

Em declarações à agência Lusa, o comandante dos Bombeiros de Albergaria-a-Velha, José Valente, disse que o acidente ocorreu pelas 15.15 horas, na rotunda a seguir à variante da Volvo.
Segundo o mesmo responsável, as vítimas são três mulheres que se encontravam a atravessar ao lado de uma passadeira para peões.
As mulheres ficaram feridas, mas só uma delas inspirava maiores cuidados, porque "tinha alguma escoriações e estava muito queixosa das costas", disse o comandante.
As vítimas foram transportadas para o Hospital de Aveiro para receberem tratamento médico.
Ao local, acorreram os Bombeiros de Albergaria-a-Velha, com duas ambulâncias e quatro homens, e a ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV), do Hospital de Águeda, além da GNR.
Fonte: Lusa

Hora de Fecho: Se o Brexit vencer Portugal sofre as consequências

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
BREXIT 
O Reino Unido é que vai decidir sobre a sua permanência na UE, mas as consequências vão fazer-se sentir em Portugal e na comunidade portuguesa. Somos o 4.º país mais exposto ao Brexit, diz um estudo.
CONGRESSO DO PS 
A moção do secretário-geral ao congresso do PS elogia a esquerda, critica a Europa, abre portas ao PCP e ao BE nas autárquicas e faz uma auto-crítica sobre a crença que chegou a ter nos mercados.
EDUCAÇÃO 
Afinal de que reclamam os colégios com contrato de associação? Que mudanças aí vêm? O Observador responde-lhe a 11 perguntas sobre o tema, no dia em que o ministro foi ao Parlamento.
EDUCAÇÃO 
José Manuel Fernandes, Susana Amador, Mário Pinto, Luís Aguiar-Conraria, Fernando Adão da Fonseca, Alexandre Homem Cristo e André Azevedo Alves dão a sua opinião sobre a polémica.
EDUCAÇÃO 
A ideia era o ministro explicar as mudanças aos contratos de associação, mas não houve novidades. Num debate morno, partidos de esquerda estiveram em coro no ataque à direita.
MARCELO REBELO DE SOUSA 
O Presidente da República incomodou-se com a moção do Bloco de Esquerda e respondeu-lhe, a partir de Maputo, recusando "tentações presidencialistas". E até o demonstrou: batendo com uma pá.
CASO BES 
"A partir de meados da década de 2000 deixei de ver mencionada a ES Enterprises nos organogramas do GES", diz Manuel Fernando Espírito Santo ao Observador. Por isso, "pensava que teria sido extinta".
REINO UNIDO 
Trabalhista leva uma vantagem confortável sobre o conservador Zac Goldsmith com 80% dos votos contados. SNP ganha sem maioria na Escócia, UKIP com resultado histórico no País de Gales
ELEIÇÕES 
Terceira vitória consecutiva dos nacionalistas escoceses chega acompanhada de uma derrota pesada dos trabalhistas, que passam a terceira força mais votada. UKIP consegue presença inédita em Gales
CULTURA 
Os miúdos estão a aprender tudo isto na escola, mas talvez já não os saiba ajudar a responder. Teste o conhecimento (e a memória) em quinze perguntas escolares com respostas (que deviam ser) fáceis.
HISTÓRIA 
A stripper que mostrou a roupa interior ao juiz, as fotos intimistas dos Rolling Stones, a visita de João Paulo II ao homem que o tentou matar. 45 momentos do passado em imagens surpreendentes.
Opinião

Rui Ramos
A vitória de Trump é como se Le Pen, em França, tivesse ultrapassado os gaullistas. Estas primárias americanas podem ser um marco histórico na rearrumação política das democracias ocidentais.

Paulo Ferreira
A meritória operação “Vamos colocar este Sequeira no lugar certo” mostra que a sociedade civil, quando organizada e incentivada, não se alheia de causas válidas e nobres, para além das humanitárias

Miguel Tamen
Não é difícil a quem saia de casa concluir que ficou imediatamente rodeado de figurantes. Depois de encontrar alguém três vezes na rua começamos a imaginar uma coreografia.

José Manuel Fernandes
Em Portugal a direita não é liberal? De acordo. Mas a esquerda também não. Um bom exemplo disso é a forma como o nosso sistema de Educação despreza as preferências das famílias e protege os sindicatos

Paulo Tunhas
Que dizem os filósofos sobre a natureza da nossa reacção emocional à música? Será que a música, por si própria, pode exprimir emoções? Bem vistas as coisas, a música não é muito diferente do dia-a-dia
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