domingo, 19 de novembro de 2017

Casas de banho do cemitério de Ílhavo correm Mundo

Projeto de dois irmãos arquitetos já mereceu destaque na Tailândia, nos Estados Unidos e no Brasil, entre outros países.
São casas de banho, foram construídas no cemitério de Ílhavo, mas não é por isso que não podem correr Mundo. Aliás, estão a fazê-lo. As fotografias do edifício, concluído há um ano e da autoria dos irmãos Sofia Senos e Ricardo Senos, arquitetos, têm tido destaque em vários países, tendo sido publicadas em revistas de arquitetura e de "lifestyle" da Tailândia, da China, da Noruega, da Suécia, do Canadá, de Inglaterra e dos Estados Unidos, por exemplo.
Foi há cerca de três anos que a Junta de Freguesia de São Salvador, responsável pelo cemitério, encomendou ao escritório M2.Senos, propriedade dos dois irmãos ilhavenses, o projeto da obra. "Pediram-nos a reconversão de um edifício que já existia e no qual estavam as casas de banho, mas que era gigante e que ficava quase colado à capela. O objetivo era torná-lo mais pequeno e libertar a capela", explica Sofia Senos, uma das autoras do projeto.
Mas aquilo que poderia ter sido um trabalho banal num cemitério - espaço muitas vezes pouco apreciado a nível estético -, tornou-se numa obra "com a importância de qualquer outra". "Seja um projeto de 50 ou de 500 mil euros, o gozo é o mesmo, desde que as partes se entendam e que seja bom de trabalhar. É essa a postura que temos sempre nos nossos trabalhos", sublinha a arquiteta, de 34 anos, que trabalhou a par do irmão, Ricardo, de 42.
Assim, o que era para ser apenas um edifício que albergaria três casas de banho - homens, mulheres e de acessibilidades -, passou a incluir também um pequeno espaço, destinado ao coveiro e seus ajudantes, onde podem descansar, tomar banho ou trocar de roupa, tendo, também, um compartimento para guardar a carreta (utilizada no transporte das urnas).
Edifício "anónimo e abstrato"
O edifício é verde por fora e branco por dentro. Não tem janelas, beneficiando da luz natural de claraboias no teto, e não utiliza ventilação artificial. É simples. "Quisemos que fosse anónimo e tão abstrato quanto possível. E achámos que só podia ser verde, para ficar associado aos aspetos naturais do cemitério, como as árvores e os canteiros. O feedback de quem o utiliza tem sido muito positivo", garante Sofia Senos.

Fonte: JN

Mulher afoga-se na piscina de casa enquanto recolhia brinquedos

Aconteceu em Urgueiras, no concelho de Albergaria-a-Velha
Uma mulher de 69 anos morreu este domingo em Urgueiras, Albergaria-a-Velha, Aveiro, afogada na piscina de casa.
De acordo com o Jornal de Notícias, um familiar encontrou a vítima mortal a boiar na piscina.
Ao local deslocou-se a GNR e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do INEM.
Tudo terá sido um "acidente", e a "parece que a mulher se desequilibrou e caiu na piscina de casa, quando tentava recolher brinquedos que ficaram esquecidos na água", disse fonte dos bombeiros ao JN.
A equipa do INEM e os bombeiros ainda tentaram reanimar a mulher, mas o óbito acabou por ser declarado no local, com o corpo a ser transportado para o Instituto de Medicina Legal de Aveiro.
Fonte: DN

Ana Maria Reigota: “Na Cruz Vermelha de Mira só pedimos respeito e consideração pelo nosso trabalho”

VISITA GUIADA ÀS DIFICULDADES DE UMA INSTITUIÇÃO SOLIDÁRIA



Ana Maria Reigota diz-se “crescida e muito de bem com a vida”. A Presidente da seção da Cruz Vermelha em Mira abriu as portas e o coração numa entrevista em exclusivo ao Jornal Mira Online.
Expansiva e sorridente, Ana Reigota mostrou o ambiente onde está localizada a Cruz Vermelha. Não são nada fáceis as condições naquele local, mas como ela diz “vamos dando um jeito nas coisas, com todas as dificuldades que podemos encontrar… mas, nada nos faz virar a cara ao voluntariado que fazemos”.
E por falar em voluntariado, ela revela logo no início da entrevista ao que veio: “quero deixar claro que não somente eu, mas todas as pessoas que fazem parte do nosso staff, é totalmente voluntária. Estamos cá por amor a causa, para contribuirmos um pouco mais com aqueles que mais necessitam no Concelho… e, não são tão poucos quanto isto!”.
Entramos no espaço maior daquela unidade. Ali, ao lado, há um espaço mais pequeno que pretendia-se que fosse usado para o encontro das voluntárias com as famílias carenciadas, para que houvesse uma maior privacidade, “mas nem sequer um trinco aqui foi colocado, de formas que utilizamos este espaço apenas para colocar coisas que não cabem no armazém principal… coisas, aliás, que não deveriam estar aqui, já que são roupas que trouxeram de Aveiro para a CLDS doar a quem necessite, mas que não foi aceite, por não estarem a receber mais nada”.
Como se percebe, esta entrevista aconteceu pouco mais de 15 dias depois do grande incêndio de Mira. Desta situação resultou a necessidade premente de se arranjar um espaço para os produtos oferecidos. Assim, roupas e alimentos embalados dividiam o mesmo espaço com os produtos alimentares que a própria Cruz Vermelha tinha armazenado.
Descemos a escada, rumo ao rés-do-chão do armazém. O que ali se encontrava era uma ainda maior disparidade de produtos. Nada amontoado, o que significa que há muito zelo naquele espaço. Mas, para além de muitos produtos alimentares e mais roupas, podia-se encontrar pequenos kits que eram levados a cada instante que alguém chegava para recolher uma espécie de cabaz básico. Tudo muito bem contado, para que nada falte a alguém, para além de um conselho ou outro, dado por Ana Reigota que, como uma espécie de faz tudo, vai ouvindo desabafos e amarguras e dando algum tipo de apoio psicológico, também: “há muita gente, no país e, mais concretamente em Mira, onde estamos, que tem vergonha de mostrar as suas dificuldades. Nós abrimos as portas a eles e damos algum tipo de conforto… também faz parte da nossa missão…”.
COMO SE TRABALHA ALI?
A Cruz Vermelha de Mira celebrou uma parceria com o Supermercado Pingo Doce da terra: três vezes por semana, a Cruz Vermelha vai buscar os excedentes daquela superfície comercial, o que ajuda a suprir o stock da instituição, já que existem apenas duas recolhas nacionais por ano, que acontecem no Modelo de Cantanhede ou no Meu Super da Praia de Mira, o que é manifestamente pouco para a confecção de cabazes para sessenta e duas famílias com a regularidade necessária.
“Sabe – diz ela – a Cruz Vermelha é a única entidade do Concelho que oferece alimentos à população mais carenciada… pessoas que pagam a renda e não sobra-lhe dinheiro para a alimentação ou mesmo alguns imprevistos, como é o caso da saúde. Tenho muita pena de não termos um maior apoio de quem de direito, já que temos de ajudar aquelas pessoas, não podemos deixa-las sem respostas em casos que, muitas vezes são críticos!”.
“E depois, há coisas que custa a acreditar, mas são a mais pura verdade – continua – Quando fazemos recolhas no Modelo, por exemplo, se não fosse a enorme capacidade de cidadania que os voluntários têm, seria impossível continuar. Até o saco plástico que estendemos às pessoas para doarem algo, é-nos cobrado! Sim, é verdade, o saco plástico é cobrado, a recolha dos alimentos, o transporte, o gasóleo, tudo sai do bolso de cada um!”.
Ana Reigota lembra, também, que houve uma vertente de apoio médico e enfermagem na Praia de Mira, “mas a crise mudou tudo, muitos bons médicos e enfermeiros acabaram por sair, aceitando o convite do Passos Coelho… imigraram! Tivemos de fechar aquela unidade que tanto jeito dava à população, o que é uma pena muito grande”.
Mas, o que realmente “magoa muito a todos nós, é não sermos respeitados como devíamos ser. Não estamos cá por caridade, mas para contribuir com a sociedade. Quando necessitamos de algo, solicitamos a quem, como nós, faz este tipo de trabalho. Daí, deparamo-nos com situações como quando o Banco Alimentar Contra a Fome diz que não pode ajudar-nos porque contribui com uma instituição dos Carapelhos! E então, e as outras pessoas? As outras localidades? Não têm direito a serem ajudadas? Isso dói, muito!” Garante a Presidente.
O FUTURO
É sempre uma incógnita! O futuro numa casa que anda sempre no fio da navalha é uma dor de cabeça a cada dia. Mas, vai-se gerindo o tempo e as situações, enquanto vai-se procurando alternativas a todo instante.
A Cruz Vermelha de Mira candidatou-se ao Programa Nívea recentemente e aguarda,“com uma certa ansiedade” por uma eventual resposta positiva à esta candidatura. Nela está integrada a Obra do Frei Gil, outra entidade que muito faz em prol de rapazes que ali residem, numa integração com a sociedade local e necessita de ajuda constantemente.
“É sempre uma enorme batalha que vamos travando dia sim, dia sim. Queremos sempre ajudar aos que muito necessitam… procuramos contribuir com a causa da Larinha, por exemplo, sempre que podemos… mas, nunca chega para tudo. Bem sabemos que este é um problema a nível nacional, mas em cada localidade onde é necessário, deve sempre haver entidades como a Cruz Vermelha e tantas outras, que tenham respaldo nas suas Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, para que todos unidos consigamos chegar o mais longe possível”.
UNIÃO DE ESFORÇOS
É isso o que se pede: uma comunhão de interesses em benefício de uma sociedade mais igualitária e menos dividida em estratos sociais.
O que se pede a todos os que possuem as ferramentas para a construção de um tempo melhor para os seus, é que se unam, esqueçam as divergências e olhem para o bem comum e de cada indivíduo, como um objetivo maior.
O que todos esperam é que esta união de vontades e de esforços levem aos cidadãos um novo acreditar, uma nova luz e um futuro melhor…
Todos saem a ganhar, certamente, quando as mãos são dadas entre si.
Mira Online

Meio milhão de euros para obras em quartel dos bombeiros

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portimão aproveitou a celebração do seu 91º aniversário, que ocorreu este Sábado, 18 de Novembro, para apresentar o projecto de ampliação do seu quartel.
As obras vão servir para criar mais espaço fechado para as viaturas, para a criação de balneários e camaratas e melhoria de condições para os diversos serviços dos Bombeiros.
O investimento previsto é de 500 mil euros, sendo que uma parte substancial da verba (cerca de 400 mil euros) é financiada pelo Fundo de Coesão. Uma vez adjudicada a empreitada, a obra vai demorar cerca de 9 meses até ficar concluída.
No decorrer das cerimónias foi inaugurado um monumento de homenagem aos Bombeiros, foram entregues 10 equipamentos individuais ao Grupo de Salvamentos Especiais e procedeu-se ao juramento por parte de oito estagiários, para além de serem agraciados com distinções alguns soldados da paz.
A corporação portimonense vai passar a ter mais destaque a nível nacional, uma vez que o seu presidente de direcção, Álvaro Bila, faz parte da equipa liderada por Jaime Marta Soares que, recentemente, venceu as eleições para a Liga dos Bombeiros Portugueses, passando a exercer as funções de Secretário do Conselho Executivo daquele organismo.
Fonte: BPS

Angariação de donativos


Apelos de ajuda chega-nos de diversos pontos do País... os apoios financeiros escasseiam. O material para a divulgação custa dinheiro, as chamadas idem. Não conseguimos fazer face aos compromissos com elogios, louvores de circunstância. Quem nos puder ajudar que o faça de coração aberto, solidário na certeza que será bem investido.

Por muito providos que estejamos de belas máximas e bons sentimentos, se não aproveitarmos todas as ocasiões concretas de agir, nenhum progresso moral realizaremos. De boas intenções está o inferno cheio, diz o provérbio: nada mais conforme ao que pensamos…

O Mapa de Brigadas para 2018 pode ser arquivado a partir do site www.adasca.pt

Polícia | "Zero tiros disparados". PSP com publicação polémica nas redes sociais


GLOBAL IMAGENS
Reutilização de um post de outra pessoa foi apagada pouco depois, mas não sem gerar controvérsia

"0 tiros disparados". Assim termina uma publicação de Facebook em que a Polícia de Segurança Pública (PSP) reproduz uma outra publicação, de um cidadão que terá sido mandado parar numa operação STOP.

"Ontem à noite a polícia mandou-me parar numa operação STOP. Parei, foi-me dada a saudação e pedidos os documentos. Retribuí o cumprimento, apresentei os documentos, todos em ordem, e soprei no balão. 0,00 de álcool, foram-me devolvidos os documentos, e após agradecimentos mandado seguir viagem. Retrubí o agradecimento e menos de cinco minutos depois de ter parado estava a seguir viagem. 0 tipos disparados".

A Renascença guardou a imagem antes que esta tivesse sido apagada, o que terá acontecido cerca de 20 minutos depois, tempo suficiente para gerar bastantes reações, partilhas e comentários. De acordo com a mesma rádio, as opiniões dividam-se: uns terão considerado um bom exemplo, mas outros uma ação muito grave.

Isto porque, na madrugada de 15 de novembro, quarta-feira, uma mulher de 35 anos, de nacionalidade brasileira, foi morta por engano pelas autoridades, em Lisboa, na sequência de uma perseguição policial que começou em Almada.

Como mostra a imagem que se segue, as autoridades deram ordem de paragem a um Renault Mégane, onde seguia a vítima mortal, cujo condutor que se recusou a parar e tentou atropelar os agentes, que responderam abrindo fogo contra o automóvel. A perseguição que ocorreu depois de um assalto a um multibanco, em Almada, envolvia no entanto um Seat Leon.

Fonte: DN

Acidente Passou dois carros parados num vermelho e colidiu com outro antes de bater num muro


Um condutor ultrapassou dois carros que estavam parados num semáforo vermelho, colidiu com um terceiro carro que cruzava a via, subiu um passeio e enfaixou-se no muro de um estabelecimento comercial, em Beja.

O alegado infrator, de 54 anos, seguia ao volante de um BMW, quando se deu o acidente, num cruzamento perto do edifício da Segurança Social, em Beja.

O condutor sofreu ferimentos graves e foi conduzido ao hospital. Face ao estado em que se encontrava, a PSP não conseguiu fazer o teste de alcoolemia, tendo sido retirado sangue, para serem efetuados despistes de álcool e drogas.

Os ocupantes do outro veículo, um homem de 40 anos e uma rapariga de 11 anos, pai e filha, sofreram ferimentos ligeiros. Os três feridos foram transportados para o Hospital de Beja, cidade de onde todos são naturais.

O acidente aconteceu pouco depois das 16 horas. O condutor do BMW subia a Rua Bento Jesus Caraça e ultrapassou dois automóveis que estavam parados no semáforo, com sinal vermelho, e foi embater, na frente esquerda de outra viatura, que se apresentava pela direita e semáforo verde.
Descontrolado o BMW galgou o passeio e enfaixou-se no muro de um salão de cabeleireira. Se o embate se tem dado um metro à esquerda, tinha arrancado o portão e enfiado dentro da garagem do prédio.
Testemunhas disseram às autoridades que minutos antes, o indivíduo que causou o acidente, já tinha passado no local, em sentido contrário a grande velocidade.
No local do acidente estiveram 15 operacionais dos Bombeiros de Beja, VMER e PSP, apoiados por sete viaturas.
Fonte: JN

Batata-doce dá origem a cerveja

Entre os próximos dias 24 e 26 de Novembro (Sexta-feira a Domingo) tem lugar mais uma edição do Festival da Batata-doce de Aljezur.
O evento, que tem por palco o Espaço Multiusos de Aljezur, poderá ser visitado entre as 12 e as 24 horas. Aí podem ser adquiridas e provadas batatas-doces confeccionadas, praticamente, todas as formas e feitios, bem como produtos associados.
Quem se deslocar ao evento vai poder, inclusivamente, provar cervejas que têm como ingrediente principal exactamente a batata-doce. Trata-se de um produto que resultou da associação de esforços e ideias das empresas de cerveja artesanal “Ale n’ Tejo” e “Marafada”, que contaram com  com a colaboração institucional da Associação de Produtores de Batata Doce de Aljezur.
À disposição dos visitantes vai estar a Tuber Bock, uma cerveja de especialidade baseada no estilo Dunkles Bock, que usa maltes de primeira qualidade, lúpulos clássicos e levedura típica deste estilo, com adição de batata-doce Lira, um tubérculo de renome desta região.
A cerveja estará disponível à pressão e em garrafa. Com 6.5% de álcool e 21 IBUs, caracteriza-se por ser menos amarga que outros estilos de Bocks, como a Helles Bock e a batata-doce contribui para o sabor mais maltado, pelos açúcares não fermentáveis.  É uma cerveja que se deve beber fresca e é indicada para acompanhar grelhados, estufados, enchidos e queijos.
Fonte: O Algarve Económico

NANOTECNOLOGIA A bandeira portuguesa tem química? Tem e muita


Cientistas da Universidade Nova de Lisboa fizeram uma bandeira portuguesa com moléculas e nanopartículas, que vai ser capa de uma revista internacional. Esta sexta-feira Presidente da República vai ao campus da universidade na Costa da Caparica e os cientistas querem oferecer-lha.
Ilustração da bandeira portuguesa criada com moléculas e nanopartículas
Ilustração da bandeira portuguesa criada com moléculas e nanopartículas BIOSCOPE

Há razões para dizer que a bandeira portuguesa tem química, e bastante. A história desta bandeira começou há cerca de dois anos no laboratório do Bioscope, um grupo de investigação da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa, na Costa da Caparica. Enquanto os cientistas preparavam umas reacções químicas, depararam-se com a emissão de luzes vermelhas e verdes em compostos que estavam a analisar, que viram a olho nu com uma lâmpada ultravioleta (e ainda com um espectrofotómetro de fluorescência). Entre as luzes, alguém terá dito: “Se tivéssemos amarelo no meio, tínhamos a nossa bandeira.” E o grupo, em que tem portugueses, espanhóis, franceses, italianos, ingleses e brasileiros, decidiu fazer uma imagem com moléculas e nanopartículas da bandeira portuguesa. Não demorou muito até que estivesse pronta e agora vai ser a capa de uma revista internacional de química. O próximo objectivo é que chegue ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que visita a FCT esta sexta-feira.

O vermelho e o verde estão bastante presentes na natureza. Por exemplo, a clorofila dá a cor verde às plantas e o vermelho pode ser encontrado em muitas flores e frutas. É a pensar nestas cores da natureza que os cientistas criaram estruturas de moléculas no laboratório. E porquê? Se quisermos ver uma reacção química numa célula ou num tecido, o vermelho ou o verde são mais nítidos do que o amarelo ou o laranja. “O vermelho e o verde são duas cores que permitem, tanto por absorção como por emissão de luz, não ter problemas com o fundo”, explica Carlos Lodeiro, um dos coordenadores do grupo Bioscope e professor na FCT.

Por isso, os cientistas usam o vermelho e o verde como “sondas” fluorescentes, que são moléculas que absorvem a luz num comprimento de onda específico e a emitem noutro, que é mais longo e conhecido como “fluorescência”. Estas moléculas fluorescentes podem ser anexadas a uma molécula-alvo (como um fármaco) e actuar como um marcador para detectar a libertação desse fármaco. As sondas fluorescentes são muito usadas em estudos biológicos, biomédicos ou de controlo da qualidade ambiental. E, agora, também serviram para “pintar” a bandeira portuguesa.


Lanternas nas células

A bandeira portuguesa actual surgiu no período da implantação da república. “O cromatismo verde-rubro, tal como veio a ser adoptado pelo governo republicano em 1910, remonta ao movimento do 31 de Janeiro de 1891. Em 5 de Outubro, foi utilizado por Machado Santos na Rotunda [onde hoje é o Marquês de Pombal, em Lisboa] e, depois, em todos os quartéis e no alto do Castelo de São Jorge (ainda que a disposição das cores fosse diversa da actual, como o vermelho junto à tralha [a corda que faz movimentar a bandeira] e a parte maior a verde)”, lê-se no site da Presidência da República Portuguesa. Depois, uma comissão – integrada por personalidades como Columbano Bordalo Pinheiro, Abel Botelho e João Chagas – apresentou projectos que deram origem à bandeira actual, com o verde do lado da corda, a esfera armilar e o escudo branco com quinas azuis. Esta versão acabou por ser aprovada, juntamente com o hino português, em 1911.

Desmontemos então a química da imagem da bandeira criada em laboratório, que passou depois a ilustração. No centro, está uma bola que é uma nanopartícula e que está dividida ao meio – a metade esquerda é de prata e a direita de ouro. Depois, a nanopartícula tem associados dois compostos químicos: um na zona da prata, que emite luz verde (a fluoresceína); e outro na zona do ouro, que emite luz vermelha (a rodamina).

Além disso, estes dois compostos (a fluoresceína e a rodamina) podem ter associados fármacos que, por exemplo, são usados hoje na quimioterapia do cancro. Dentro das células cancerosas, é induzida a libertação dos fármacos, através do aumento de temperatura ou a irradiação de luz. Quando o fármaco é libertado, as luzes verdes e vermelhas (as tais sondas fluorescentes) acendem para indicar que isso aconteceu. Estas sondas são assim “lanternas” que libertam fármacos, ou que podem ainda identificar as zonas das células onde há problemas. Contudo, cada uma delas apenas pode ter uma destas duas funções.

“Temos a indicação em que lugar da célula e em que o lugar do nosso sistema biológico foi libertado o fármaco”, explica Carlos Lodeiro. “São como ‘nanoinspectores’”, refere ainda o investigador, que diz que estas sondas ainda estão a ser desenvolvidas em laboratório mas há outras semelhantes no mercado.

A equipa está também a trabalhar com inúmeros fármacos para diferentes tipos de cancro. “O principal objectivo é desenvolver novas vias de transporte de fármacos em nanomateriais que sejam mais económicos, rápidos e evitem efeitos secundários [como vómitos]”, indica Carlos Lodeiro, acrescentando que este mecanismo tem sido estudado in vitro. O investigador adianta ainda que o seu laboratório tem uma colaboração com a Universidade Autónoma de Barcelona (Espanha), onde já se começaram a investigar em ratinhos estes sistemas de libertação de fármacos. São administrados nos animais e depois observa-se onde vai parar e quais os seus efeitos. Para tal, usam-se várias técnicas de observação (como a microscopia de fluorescência confocal, que é um microscópio óptico).

São então estas sondas e as suas nanopartículas que vão estar na capa da revista de acesso aberto ChemistryOpen, em Janeiro de 2018, por proposta da equipa Bioscope, que foi logo aceite. Se os cientistas viram primeiro a emissão das cores a olho nu e depois a confirmaram com um aparelho, a imagem final da bandeira é uma ilustração. O que vemos na ilustração é assim o resultado de várias técnicas usadas em laboratório para caracterizar a estrutura das moléculas e nanopartículas, como a espectroscopia de infravermelho (para estudar a ligação das moléculas à superfície das nanopartículas), a espectrometria de massa (para determinar a massa molecular do composto químico), a difracção de raios X em pó (para ver a percentagem dos elementos químicos da amostra) e a microscopia electrónica de transmissão (para estudar o centro metálico das nanopartículas). Ou seja, não há um microscópio que nos permita ver de uma só vez esta bandeira portuguesa fabricada no laboratório.

A equipa coordenada por Carlos Lodeiro e José Luis Capelo (também coordenador do Bioscope) assina ainda um artigo científico na mesma revista sobre os avanços, nos últimos cinco anos, das sondas fluorescentes vermelhas e verdes na biomedicina ou no controlo da qualidade ambiental. “É uma revisão para as pessoas que queiram começar a trabalhar nisto, para que saibam o que está feito, quais os melhores caminhos ou que materiais existem”, explica Carlos Lodeiro, destacando que o artigo já está online.
Uma caneca para o Presidente

Falando de química, em toda esta história há ainda a questão do amor dos investigadores à bandeira portuguesa. Tal como José Luis Capelo, Carlos Lodeiro veio da Galiza para Portugal há mais de 15 anos como investigador doutorado. Ambos começaram a desenvolver a carreira científica no país e tornaram-se professores no Departamento de Química da FCT, criaram a Sociedade Científica Proteomass (dedicada à divulgação dos avanços em química e biomedicina e à formação de investigadores) e o Bioscope. 

Agora quiseram homenagear este símbolo português. “Portugal é o nosso país e a nossa terra. Esta é a nossa bandeira”, expressa Carlos Lodeiro. “Queríamos honrar Portugal e todos os seus descobridores, que abriram novos caminhos de prosperidade em África, na Ásia, Europa e na América. Queremos mostrar, com a nossa bandeira, que estamos na vanguarda da ciência e da tecnologia e que competimos como qualquer outro país.”

Como tal, gostariam de entregar esta “bandeira” ao Presidente da República, que visita a FCT a propósito dos 40 anos da instituição, onde vai participar nas comemorações e tirar uma selfie com os estudantes. “Vão tentar que seja a maior selfie do mundo e que entre para o Livro do Guinness”, conta Carlos Lodeiro. Quanto ao seu grupo, prepararam-lhe uma prenda especial: uma moldura com a capa da revista, uma cópia do artigo científico, uma bandeira em tecido que reproduz a imagem da capa e uma caneca onde está impressa esta bandeira “para o Presidente tomar café”.

Mas também sabem que a agenda de Marcelo Rebelo de Sousa durante a visita estará muito preenchida. “Se tivermos oportunidade, faremos a entrega”, diz Carlos Lodeiro. Precavendo-se, já lhe enviaram um e-mail com uma carta em que os dois investigadores contam a sua história e trabalho na sua “amada Costa da Caparica”. Ainda não receberam resposta, nem sabem se conseguem entregar-lhe a “bandeira” em mãos. Caso não consigam, na segunda-feira seguirá uma encomenda para o Palácio de Belém. Mas o ideal seria mesmo oferecê-la ao Presidente no dia da visita e, quem sabe, talvez Marcelo Rebelo de Sousa até tirasse uma fotografia com esta bandeira com muita química.

Fonte: Público

Rede na Galiza traficava sardinha com destino a Matosinhos

A Guardia Civil espanhola aprendeu 6300 quilos de sardinha no porto de Sada, em La Corunha, que, ao que tudo indica, teriam Matosinhos como destino. A operação decorreu quando a captura desta espécie está proibida nesta altura do ano.
Resultado de imagem para Rede na Galiza traficava sardinha com destino a Matosinhos
Numa nota da Guardia Civil, conta-se que dois navios galegos tentaram descarregar 388 caixas de sardinha quando foram intercetados pelo Serviço Marítimo da Guarda Civil. Os suspeitos, depois de descarregarem a mercadoria para um camião de matrícula portuguesa, mesmo sem a necessária pesagem, tentaram retornar ao mar a toda velocidade, mas já não conseguiram.
A par de outros processos, a Guardia Civil notificou a empresa encarregada de receber as capturas para a expedição por apresentação de documentação falsificada para proteger o transporte do peixe, que teria como destino o porto de Matosinhos.
Os agentes verificaram ainda que o segundo navio envolvido na operação comprometeu seriamente a estabilidade devido à carga transportada, uma vez que a carga superava os 3700 quilos permitidos.
Por outro lado, a nota da Guardia Civil destaca que, graças às investigações, foi possível detetar uma rede de pessoas "perfeitamente organizadas". Estas usavam intercomunicadores e telemóveis com "o objetivo de controlar a área e detetar inspetores de pesca", lê-se no documento.
Segundo as autoridades, a mercadoria inicialmente apreendida teria um peso inicial de 7000 quilos, mas após descontadas as paletes, as caixas e outros materiais, reduziu 6367 quilos.
O peixe apreendido foi, entretanto, entregue a instituições de solidariedade, nomeadamente aos Bancos Alimentares de La Corunha.
Recorde-se que em outubro foi divulgado um parecer do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES) que apontava para que a pesca da sardinha venha a ser proibida em 2018 em Portugal e Espanha, face à redução acentuada do stock na última década.

Fonte: JN
Foto: DR

Premiados os melhores alunos de Cantanhede e Mira

Caixa de Crédito Agrícola de Cantanhede e Mira promoveu na passada sexta-feira, mais uma entrega de prémios aos melhores alunos destes Concelhos.
Uma cerimónia simples, porém marcante e simbólica, onde estiveram presentes Nelson Reverendo e Pedro Cardoso, vice-presidentes das duas autarquias, dentre outras personalidades da área educativa.
Após os discursos, onde foi várias vezes salientado o esforço e a dedicação de cada um, para além do exemplo a todos os colegas do que isso representa nos seus percursos escolares e futuros, foram entregues os onze prémios deste ano e, por fim, um cocktail a todos os presentes.
A cada ano que passa, este incentivo dado pela Caixa de Crédito Agrícola de Cantanhede e Mira assinala o que de melhor se pode alcançar na vida escolar de cada aluno. É no futuro deles, em suma, que se pensa e no futuro do país, por consequência, já que estes bons alunos de hoje serão, também eles, os profissionais dedicados e empreendedores do amanhã.
Eis a lista dos premiados:
Ana Filipa Matos Guímaro (12º ano - Tocha), Ana Margarida Tavares Penacho (12º ano - Mira), Anita Barreto Duque (6º ano - Mira), Beatriz Cardoso Bexiga (9º ano - Tocha), Daniela Gonçalves Heleno (9º ano - Febres), Inês Filipa Silva Costa (9º ano - Febres), Matilde Teixeira Oliveira (9º ano - Cantanhede), Pedro Miguel Ramalho Rodrigues (9º ano - Cantanhede), Ricardo Filipe Teodósio Cardoso (9º ano - Cantanhede), Ricardo Heleno Agostinho (12º ano - Ançã) e Tânia Sofia Paiva Silva (T. Apoio Psicossocial - Cantanhede)

Ficam, aqui, algumas imagens daquele início de noite do dia 17 de Novembro:
Mira Online

Hora de Fecho: "Acomodamo-nos com medo que não haja mais ninguém"

Logo Observador

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
Divórcios a suaves prestações e solidões assistidas. Ao Observador, e por causa do novo livro, Eduardo Sá diz que somos preguiçosos nas relações e não sabemos amar. Morremos para a vida e não de amor.
Da infância em Évora aos corredores da diplomacia, José Cutileiro teve uma vida recheada. Aos 83 anos, numa entrevista de vida, o embaixador fala sobre política, fé e os amigos como Mário Soares.
Numa entrevista dada ao Financial Times, o atual Secretário Geral das Nações Unidas falou sobre a sua saída de Portugal, Donald Trump, Coreia do Norte e Irão.
O líder do PSD acusou o Governo do PS de "pouco mais fazer do que responder ao imediatismo, à facilidade e ao populismo" e só decidir "arrastado e sob pressão".
O Governo vai enviar mais 45 camiões-cisterna diariamente para descarregar água na Albufeira de Fagilde, somando-se aos 51 já existentes, para enfrentar a seca que atinge o distrito de Viseu.
Militantes do Zanu-PF decidiram demitir o presidente do Zimbabué da liderança do partido, substituido por Emmerson Mnangagwa. Mugabe tem até ao meio dia de segunda-feira para deixar a presidência.
"De Portugal para a Europa" é o novo livro de António Barreto. No dia em que é publicado, o Observador disponibiliza um excerto do prefácio, no qual o autor faz críticas à esquerda e à direita.
No D. Maria II resistem ainda dois pontos, os dois últimos que há em Portugal. Cristina Vidal, 61 anos, é hoje mais do que isso e entra em cena para partilhar o palco com os atores em "Sopro".
Fundador, compositor, guitarrista, Malcolm Young era o motor da banda. O músico morreu aos 64 anos, o grupo já não é o mesmo, mas a história de ambos confunde-se.
No primeiro editorial após assumir a direção do jornal, Victor Silva recusa que haja um "braço de ferro" entre João Lourenço e Eduardo dos Santos. A filha do ex-presidente prejudicava a empresa, diz.
A partir de hoje, os trabalhadores do metropolitano nova iorquino só vão poder referir-se aos seus utentes utilizando expressões sem género. A medida procura promover a inclusão. 
Opinião

Rui Ramos
António Costa definiu esta semana a sua política como sendo de “chapa ganha, chapa distribuída”. O que não disse foi que muitas chapas distribuídas não são de facto chapas ganhas, mas chapas falsas. 

José Manuel Fernandes
Os professores pedem progressões automáticas como as de outros funcionários públicos, mas nem sabem como tal é injusto quando pensamos no mundo real e não protegido dos trabalhadores do sector privado

Helena Garrido
São 115 pessoas, com nome e família, que perderam a vida porque o Estado falhou. Em menos de cinco meses. Estas estão a ser as nossas escolhas, quer queiramos ou não ver.

Jean-Claude Juncker e Tibor Navracsics
Na cimeira de Gotemburgo, à medida que a Europa constrói o seu futuro, a educação e a cultura devem constituir o ponto de partida. Estas são um motor para a criação de emprego e para o crescimento.

José Filipe Correia Guedes
Figuras de proa da revolução digital e tecnológica começam a ficar preocupados com as novas capacidades da inteligência artificial. Elon Musk afirmou que coloca maiores riscos do que o arsenal atómico
b90d7ed2-70a7-41c4-947b-cb56e7c94d84.png
Mais pessoas vão gostar da Hora de fecho. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
©2017 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa

Corta-Mato em Mira no próximo feriado!

Não marque nada para a manhã do dia 1 de Dezembro!
III Corta-Mato Mira Villas será o grande evento desse dia, onde participarão muitíssimos atletas em competição. O nível desta prova vem em crescendo e esta será, certamente, da mesma forma.
Para além disto, quem quiser participar da Caminhada Solidária em Prol dos Bombeiros Voluntários de Mira, pode fazer a sua inscrição no local.
Isso é o sinal de que o desporto faz bem mais do que a sua vertente atlética. Ele também é, inúmeras vezes, porta-voz de uma população e uma sociedade unidas pelo bem comum e pelos que dela necessitam... pois, também dão muito em troca!
Mira Online

Associação Empresarial de Mira e entidades ajudaram a esclarecer empresários

Na passada sexta-feira a AEM - Associação Empresarial de Mira promoveu em conjunto com o IEFP e a CCDR Centro uma sessão de esclarecimentos aos muitos empresários de Mira presentes, com vista a informa-los de como devem proceder, no sentido de candidatarem-se aos apoios referentes aos prejuízos causados pelos incêndios de Outubro.
Primeiramente o IEFP deu a conhecer a todos, como as empresas devem agir no que se refere, em última análise, à gestão dos empregos, no sentido destes não estarem em causa.

Já a CCDR Centro, que trouxe à Mira a sua coordenadora Ana Abrunhosa, centrou-se nas explicações necessárias para que os empresários soubessem que documentos são necessários, como proceder ao preenchimento de formulário na plataforma Portugal 2020.
Ana Abrunhosa, aliás, também conversou individualmente com os Empresários, com a intenção de conhecer e esclarecer as suas dúvidas.
Para maiores informações acerca destas medidas, basta contatar a AEM através de qualquer um destes dois canais:
http://geral@aemira.pt ou pelo telemóvel 917 612 214

Mira Online

SILICON VALLEY O carro passou a ser a casa de muitos trabalhadores

Ellen Tara James-Penney, professora assistente na Universidade de San Jose, corrige os trabalhos dos seus alunos no carro, que também serve de "quarto" para dormir.
Foto: D.R.
Ellen Tara James-Penney, professora assistente na Universidade de San Jose, corrige os trabalhos dos seus alunos no carro, que também serve de "quarto" para dormir. Foto: D.R.

O boom económico das tecnológicas e décadas de construção insuficiente causaram uma escassez histórica de habitações de preços acessíveis.

Os automóveis passaram a ser a casa de muitos trabalhadores da região de Silicon Valley na Califórnia.

Ainda não há nenhuma estimativa oficial sobre o número de pessoas que vivem nesta situação na região, conhecida por ser a sede de muitas empresas tecnológicas como a Google, mas os veículos estacionados nas ruas da cidade são bem visíveis para todos os que por lá passam.

O boom económico das tecnológicas e décadas de construção insuficiente causaram uma escassez histórica de habitações de preços acessíveis. A crise crescente na Costa Oeste dos Estados Unidos levou ao aumento do número de pessoas a viver nas ruas nos últimos dois anos em muitas cidades.

Uma pesquisa realizada este ano concluiu que existem pelo menos 168 mil moradores de rua nos Estados da Califórnia, Oregon e Washington, o que representa mais 20 mil do que na pesquisa anterior, efetuada em 2015.

Os defensores dos moradores de rua e as autoridades municipais consideram absurdo que milhares de famílias não consigam pagar uma casa, numa região com jovens milionários.

Muitos moradores de rua têm empregos regulares. Em muitos casos trabalham para as pessoas cujos patrimónios são o motivo para que o preço da habitação se tenha tornado inacessível para tantas pessoas, acusam os sindicatos e as organizações de defesa dos direitos civis, que há três anos criaram a Silicon Valley Rising, que defende a melhoria dos salários para as pessoas com rendimentos mais baixos.

Ellen Tara James-Penney, de 54 anos, é uma delas. Esta professora assistente na Universidade de San José estaciona o seu velho Volvo ao pé de uma igreja, onde se alimenta, e serve de refúgio aos moradores de rua.

É no carro que corrige os trabalhos escolares dos seus alunos e dorme à noite com um dos seus cães. Jim, o marido, é alto demais para dormir na viatura e por isso dorme numa barraca perto com o outro cão do casal.

Tes Saldana e os seus três filhos adultos vivem numa caravana estacionada na rua. “Não é uma situação muito agradável”, admite.

Saldana ainda tentou arranjar uma habitação mas o valor das rendas é de três mil dólares ou mais por mês e a maioria das casas disponíveis fica longe. E por isso decidiu continuar a morar na caravana estacionada perto de onde trabalha, apesar das recentes medidas repressivas da cidade que a fizeram perder a sua vaga de estacionamento.

Fonte: Dinheiro Vivo