Duas crianças morreram e outros 26 adultos sobreviveram depois de consumirem couve alegadamente contaminada com pesticida, na província de Maputo. Todas as vítimas sofreram os mesmos sintomas: vómitos e diarreias, de acordo com as autoridades da Saúde e da Agricultura e Segurança Alimentar aguardam pelos resultados de autópsia aos óbitos para apurarem as reais causas da desgraça.
Uma das crianças, de dois anos de idade, perdeu a vida no Hospital Provincial da Matola (HPM), para onde ela, a mãe e o irmão foram socorridos em consequência de terem passado mal após o jantar com couve.
O @Verdade apurou que a família começou a contorcer-se de dores, seguidas de vómitos e diarreia, por volta das 23h00 de terça-feira (24).
Na manhã do dia seguinte dirigiu-se àquela unidade sanitária de referência na província de Maputo. O chefe da família escapou porque os seus dependentes adoeceram antes de ele tomar a refeição.
A progenitora da vítima e o irmão de cinco anos de idade sobreviveram, sorte que não teve um outro miúdo de 13 anos, que residia no bairro de Jonasse, no posto administrativo da Matola-Rio.
O Ministério da Saúde (MISAU) confirmou à imprensa que o adolescente, que apresentava sintomas de intoxicação alimentar devido à couve em alusão, pereceu em casa.
Xadreque Muloana, médico-chefe do HPM, disse a jornalistas, na quinta-feira (26), que é prematuro avançar se as mortes tiveram ou não como causa a intoxicação alimentar originada pela couve contaminada com pesticida.
A referida couve foi comprada numa vendedora ambulante, a qual foi identificada, bem como o proprietário da machamba onde foi extraída, o que levou à destruição do produto e colheita de amostras para análises laboratoriais.
“Não podemos, neste momento, afirmar, categoricamente, que os óbitos tenham resultado do consumo da couve, porque aguardamos ainda pela autópsia” às vítimas.
Xadreque Muloana fez saber, também, que os hospitais Provincial da Matola e Geral José Macamo (HGJM) receberam 28 doentes, dos quais 21 adultos e sete crianças, com sinais de intoxicação alimentar. Pelo menos “12 pacientes continuam internados”.
No dia 19 de Julho, deram entrada no HPM 11 enfermos, sendo três crianças e oito adultos, todos do bairro Patrice Lumumba. Entre 19 e 20 de Julho, 14 pacientes, dos quais 11 adultos e três petizes procuraram socorro no Hospital Geral José Macamo (HGJM) por causa da referida couve.
Os doentes são do bairro Patrice Lumumba, no posto administrativo de Infulene, e Juba, no distrito de Boane. Por sua vez, Elídio Bande, porta-voz do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA), disse que os agricultores devem observar, rigorosamente, as normas e recomendações sobre o uso seguro de pesticidas. Estes devem ser adquiridos nos vendedores autorizados.
Alimentos pulverizados devem ser consumidos depois de vencida a toxidade e é imperioso que sejam devidamente lavados, bem como cozê-los bem para evitar males maiores.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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