segunda-feira, 23 de junho de 2025

Ainda vamos assistir ao regresso das rádios piratas e dos jornais ilegais

 

A imprensa regional (jornais e rádios – papel e online), setor da sociedade com centenas de anos no nosso país, representa a primeira linha de notícias ao dispor dos leitores da região em que se inserem. O jornalismo regional remonta ao tempo dos nossos avós, trisavós e por aí vai mais umas boas gerações atrás. A forma de expressão deste tipo de veículo noticioso sempre se resumiu, em grande parte aos seus conteúdos, a retratar, sem grandes floreados, o dia a dia do território em que se inserem, de uma forma mais terra a terra, com um português mais genuíno e simples. Os primeiros jornais regionais serviam também para aproximar, de alguma forma, os seus leitores aos assuntos da sua área de vivência, tratando temas muito importantes localmente, mas sem grande interesse para o território limítrofe. É a regionalidade em si, que se concentra num grupo de pessoas que comungam os mesmos valores territoriais, sejam culturais, económicos ou políticos, entre outros.
Sempre foi a missão deste veículo de informação (jornalismo regional em si), servir a sua população, relatando os acontecimentos e os factos, aplicando as normas do jornalismo em vigor, à altura da ação (antes ou após o estado novo). Se até à revolução as regras eram menos apertadas ou havia mesmo falta de algum regulamento que ditasse a forma como estes órgãos se deveriam gerir (em termos editoriais, claro), o 25 de abril de 1974 veio mudar consideravelmente a forma de estar da imprensa regional.
A missão do jornalismo regional nos últimos 50 anos não mudou, mudaram sim foram as regras de acesso e a condução dos veículos de informação regionais. Desde logo ficámos abrangidos pela lei que regulamenta o jornalismo e os jornalistas, no que diz respeito aos seus direitos e deveres. O jornalista regional (na lei não existe esta classificação, pois jornalista só há um perfil) deve observar todos os artigos da lei do jornalismo e atuar em conformidade com o que lhe é permitido. O jornalista e o veículo informativo devem cumprir todas as regras dos decretos que norteiam esta atividade secular, sem exceções nem existindo regulamentação própria adaptada à realidade do panorama regional. Ponto final!
O problema começa agora a ser vislumbrado. Se temos os mesmos deveres do jornalista e do jornalismo nacional, não deveríamos ter os mesmos direitos? É a velha situação, de que uns são filhos da mãe e outros são filhos da “Maria da Conceição”, para não dizer algo pior. Mas tem algum cabimento pagarmos os mesmos impostos, estarmos sujeitos às regras de conduta do jornalista, sermos auditados pelos mesmos institutos, sermos sancionados pelos mesmos artigos de lei e termos uma diferença tão grande nos apoios existentes, comparativamente ao jornalismo nacional? O fosso é enorme. Aliás, nem comparação tem. A imprensa regional, em termos de apoio, resume-se ao porte pago (apoio no envio dos jornais via correio) e mesmo esse apoio queriam cortar.
Nunca tivemos uma agenda política bem definida que se propusesse estudar as necessidades deste setor em particular e legislar no sentido de dar melhores condições à imprensa regional. É urgente uma agenda política para duas áreas importantíssimas. Construir um verdadeiro regulamento para o jornalista e para o jornalismo regional. São duas áreas diferentes, que se complementam.
O governo anterior começou este trabalho, apresentando algumas propostas, insuficientes, mas mesmo assim foi um começo. Este novo governo herdou o dossier iniciado e espera-se que o desenvolva, que vá mais longe, que quebre barreiras, preconceitos e lóbis há muito instalados. Será que vai existir coragem para isso? Tenho as minhas dúvidas, mas cá estarei para ver.
É necessário entender que o jornalismo regional é um serviço público. É o serviço público informativo que mais chega às pessoas. Todos os órgãos regionais juntos alcançam os 100% das pessoas que consomem informação. Aliás, se quisermos ser mais rigorosos, apenas 23% dos órgãos regionais alcançam os 100% da população portuguesa. A RTP, onde o estado mete centenas de milhões de euros anualmente, através de dotações diretas e das nossas taxas do audiovisual, tem um share de pouco mais de 10%. Para a RTP são milhões, para o regional são zero. E esta, hein? Já dizia o meu conterrâneo, Fernando Pessa.
Claro que este exemplo da RTP é um caso entre muitos. Temos quase todos os grupos de comunicação nacionais a receberem milhões do estado, seja em dotações diretas, apoios a produtos (como o caso do apoio direto às assinaturas mensais exclusivas aos nacionais), à contratação de publicidade a custar milhões ou à compra de “espaço de propaganda” com fins muito pouco éticos.
Não bastasse a ausência de apoios ao setor regional, a ausência de um regulamento que defina o papel do jornalismo e do jornalista de proximidade, é objetivo do regulador, nalgumas propostas em estudo, saídas do anterior governo, forçar o jornalismo regional a equiparem-se em tudo ao jornalismo nacional, sem a parte dos apoios, pois claro. Ou seja, e dando apenas um exemplo entre muitos que estão em estudo, querem redações com jornalistas credenciados, a ganharem ordenados incomportáveis para a nossa dimensão. Para alguns jornais, propõem também uma espécie de subsidiodependência dependente das câmaras municipais (que não veem com bons olhos esta medida). E reparem no uso da expressão “para alguns jornais”. E quem são esses jornais? São simplesmente órgãos de comunicação indicados pelas duas de três associações de imprensa existentes em Portugal. Com a aprovação das novas diretivas para a imprensa regional, os órgãos são forçados a adaptarem-se ou a encerrarem. Quem está na listagem de ouro, vai sobrevivendo com a subsidiodependência, quem não está, fecha portas. Não consegue cumprir os novos requisitos e torna-se financeiramente inviável.
E desta forma, limpam-se mais umas centenas de órgãos de comunicação regionais do mapa (em 2022 contavam-se 1723 e agora somos apenas 856) e quem fica vai ficar tão amarradinho ao dinheiro vindo do poder local (câmaras), que vai deixar de fazer jornalismo e vai passar a fazer é mais propaganda. E daqui a 5, 10 anos, ajustam-se de novo as regras, para excluir aqueles que de alguma forma conseguiram furar o esquema ardiloso do governo, para controlar e manietar o jornalismo regional. Não é preciso ir a Coimbra tirar um curso de economia para perceber para onde estamos a ir. Mais regras à atividade jornalística regional versus menos apoios ou apoios insuficientes, só pode ser igual ao fim de um setor independente.
Mesmo quem seja jornal de ouro (listagem dos escolhidos), vai rapidamente perceber que o dinheiro não é tudo e que não paga a perca da essência jornalística regional.
A ser realidade este exercício de futurologia que estou a fazer, vai ser o regresso das rádios piratas, dos jornais ilegais e da informação sancionada.
Deixo à vossa imaginação as consequências nefastas que podem advir desta estratégia governamental e se recordam algures no passado algumas semelhanças com outras realidades já ultrapassadas. É caso para dizer, já vi este filme algures.
Neste momento urge fazerem-se duas questões:
Porque é que em 50 anos nada mudou e o que mudou foi para pior, no jornalismo regional?
Como se combate esta estratégia que visa afundar este setor?
Nas próximas semanas irei responder a estas duas questões, e a mais algumas, com a devida isenção e profundidade, para que possam refletir e interiorizar que o jornalismo regional em Portugal está doente e entregue a médicos sem formação, que vão acabar por matar o doente, ou no mínimo deixá-lo num estado comatoso.
O nosso legado é o nosso maior presente para os vindouros. Um dia a história vai julgar-nos a todos. Ninguém escapa a esse julgamento!

*José Vieira – Jornalista e Presidente da Mesa da Assembleia Geral da APMEDIO (Associação Portuguesa dos Media Digitais Online)

REGIÃO CENTRO REGISTA O NÚMERO MAIS ELEVADO DE EMPRESAS GAZELA DOS ÚLTIMOS 13 ANOS

 
A região Centro volta a destacar-se no panorama nacional com um número recorde de 181 empresas Gazela identificadas em 2024 - o valor mais elevado desde o início desta distinção em 2012. Estas empresas empregam, no seu conjunto, 6.328 trabalhadores e geram um volume de negócios superior a 694 milhões de euros em 2023.
Este apuramento é realizado anualmente pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, I.P. (CCDR Centro) e visa reconhecer empresas jovens que, num curto espaço de tempo, apresentam ritmos de crescimento muito acima da média, nomeadamente no que diz respeito ao emprego e volume de negócios. A homenagem a estas empresas Gazela realiza-se no dia 25 de junho, pelas 17:30h, no Teatro Municipal de Ourém.
Isabel Damasceno, presidente da CCDR Centro, sublinha que «atingimos este ano um novo marco, com 181 empresas Gazela na região Centro, o que demonstra a vitalidade e o dinamismo do nosso tecido empresarial. Com estas 181 empresas, eleva-se para 869 o número de empresas que, ao longo dos últimos treze anos, alcançaram esta distinção, que reconhece as suas capacidades de inovação, de criação de emprego, de dinamização do mercado e de estímulo ao desenvolvimento económico nos territórios onde se inserem».
Acrescenta ainda que «outro marco importante desta edição é existirem empresas Gazela em 60 dos 100 municípios da região Centro, sendo também o valor mais elevado desde 2012 e que vem consolidar a tendência dos últimos anos de disseminação das empresas Gazela pelo território da região. As empresas Gazela representam uma pequena percentagem do universo empresarial, mas estão presentes em todos os setores de atividade e distinguem-se pelo dinamismo, pela capacidade de adaptação aos mercados e pela forte orientação para a inovação e internacionalização. Estas empresas são fundamentais para a criação de emprego qualificado, para a modernização dos setores produtivos e para o reforço da competitividade regional. É por isto que continuaremos a acompanhar e a valorizar este percurso».

De acordo com o estudo efetuado pela CCDR Centro, destacam-se os seguintes aspetos:
Em 2024, o número de empresas Gazela da região Centro atingiu o registo mais elevado dos últimos 13 anos: 181 empresas. Face a 2023, as empresas Gazela aumentaram 34%, passando de 135 para 181 empresas (mais 46 empresas). Este crescimento reflete um reforço do dinamismo económico das empresas da região Centro, representando o acréscimo anual mais significativo de empresas Gazela desde 2012.

  • Observa-se uma dispersão crescente das empresas Gazela pelo território da região Centro, tendo aumentado de 29 para 60 municípios na última década, o maior número de toda a série. Leiria volta a destacar-se como o município com mais empresas Gazela (23), seguido por Coimbra e Ourém (com 14 empresas cada), Aveiro e Torres Vedras (com 10 empresas cada) e Águeda (com sete empresas). Com seis empresas Gazela surgem os municípios da Figueira da Foz e Viseu, seguindo-se Caldas da Rainha e Ílhavo, com cinco empresas cada, Castelo Branco, Covilhã, Nazaré e Pombal, com quatro empresas cada, e Abrantes, Alenquer, Cantanhede e Guarda, com três empresas Gazela cada. Os municípios de Albergaria-a-Velha, Alcobaça, Anadia, Arruda dos Vinhos, Batalha, Fundão, Marinha Grande, Montemor- 

  • o-Velho, Oliveira de Frades, Ovar e Tomar apresentam duas empresas Gazela cada. Nos restantes 31 municípios, existia apenas uma empresa Gazela. Em termos sub-regionais, destacam-se as sub-regiões Região de Leiria (34), Região de Coimbra (32), Oeste e Região de Aveiro (31 empresas cada) e Médio Tejo (22). A maioria das empresas Gazela (71%) continua concentrada nas quatro sub-regiões do litoral da região Centro, o que decorre de uma maior densidade de empresas e, consequentemente, de uma maior dinamização empresarial nesses territórios.
As 181 empresas Gazela 2024 evidenciam um crescimento expressivo no emprego, passando de 2.108 postos de trabalho, em 2020, para 6.328, em 2023, o que representa um aumento de mais do triplo, no período analisado. Isto traduz que, em média, cada empresa Gazela passou de 12 pessoas ao serviço, em 2020, para 35, em 2023.
O volume de negócios total das empresas Gazela 2024 revela um crescimento muito expressivo, tendo aumentado mais de cinco vezes entre 2020 e 2023, passando de 124 milhões de euros, em 2020, para 694 milhões de euros, em 2023. Isto traduz que, em média, cada empresa Gazela passou de um volume de negócios de 0,7 milhões de euros, em 2020, para 3,8 milhões de euros, em 2023.
Das 181 empresas Gazela identificadas em 2024, 72 são exportadoras, correspondendo a cerca de 40% do total. As suas exportações totalizam 186 milhões de euros em 2023, o que equivale, em termos médios, a 27% do volume de negócios e a cerca de 1 milhão de euros por empresa.
Relativamente às atividades económicas que desenvolvem, 21% das empresas Gazela são da indústria transformadora e 19% do setor do alojamento e restauração, representando em conjunto 40% do total na região. A construção (17%), o comércio (11%) e as atividades de consultoria, científicas e técnicas (8%) continuam também a ser setores relevantes entre as empresas Gazela.
Tendo em conta o ano da sua constituição, as empresas Gazela apuradas distribuem-se de forma semelhante pelos anos de 2015 e 2020, com cerca de 15% a 19% das empresas a serem criadas em cada ano.
No que respeita à dimensão das empresas Gazela, estas são maioritariamente pequenas (82%) e microempresas (10%), representando, em conjunto, 92% do total. Existem 12 médias empresas e apenas duas empresas de grande dimensão.
Das 181 empresas Gazela de 2024, 135 recebem a distinção pela primeira vez, enquanto 46 empresas já tinham sido distinguidas em 2023. Entre estas, 11 mantêm-se empresas Gazela pelo terceiro ano consecutivo, três acumulam quatro anos seguidos de reconhecimento e uma será distinguida pelo quinto ano consecutivo.
No final de 2024, 60 das 181 empresas Gazela tinham 97 candidaturas financiadas pelo Portugal 2020 e pelo Portugal 2030, perfazendo um investimento elegível total aprovado de 87,5 milhões de euros e um fundoeuropeu atribuído de 45,8 milhões de euros. Destas, 49% eram candidaturas ao Programa Regional do Centro e 90% visavam investimento em inovação empresarial e empreendedorismo.

O estudo completo, com a listagem das empresas, pode ser consultado em https://www.ccdrc.pt/pt/produto/empresas-gazela-2024/

*Cláudia Araújo
Chefe de Divisão
Divisão de Comunicação

Cantanhede | No âmbito do encerramento das atividades letivas. Escola EB 2,3 de Marquês de Marialva recebeu ação do Município do projeto “+Climagir”

 
No dia 13 de junho, a Escola EB 2,3 Marquês de Marialva acolheu uma ação do projeto “+Climagir”, promovido pelo Município de Cantanhede. Esta iniciativa tem como objetivo sensibilizar a população para as consequências das alterações climáticas na Região de Coimbra e, simultaneamente, incentivar a valorização da floresta autóctone. O projeto surge no âmbito da implementação do Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas.
Tendo como mascote o “Bolotas”, o projeto desloca-se numa viatura elétrica pelos 19 municípios da Região de Coimbra com o objetivo de divulgar os impactos das alterações climáticas junto das populações, promovendo a plantação simbólica de espécies autóctones como o sobreiro nas escolas por onde tem passado, sendo que outro dos enfoques deste projeto são os alunos do 1º, 2º e 3º Ciclo, Secundário e Profissional.
Outro dos objetivos deste projeto é disseminar as boas práticas a adotar para a minimização dos riscos decorrentes das alterações climáticas para diferentes áreas temáticas que passam pela Agricultura, Alimentação, Florestas, Biodiversidade, Recursos Hídricos, Estuários e Zonas Costeiras, Infraestruturas e Energia, Turismo e Saúde Humana.
As atividades, pensadas para decorrer nos recintos escolares ou numa tenda itinerante, já passaram pela EB 2,3 João Garcia Bacelar e pela EB de Ançã. No dia 13 de junho a tenda Climagir esteve em Cantanhede, sendo acolhida pela EB 2,3 Marquês de Marialva, escola sede do Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva.
A dinâmica contou com uma exposição temática sobre as alterações climáticas, promovida pelos técnicos do projeto. Este momento contou ainda com a presença da Divisão de Gestão Florestal e Recursos Naturais, que divulgou as ações locais e municipais desenvolvidas ao longo do ano letivo 2024/2025 junto das escolas do Município de Cantanhede.
Estas atividades integraram conteúdos didáticos, como vídeos, jogos, livros e materiais promocionais, com o objetivo de instruir, sensibilizar e promover comportamentos mais ecológicos e ambientalmente sustentáveis. Para além disso, constituíram-se como referenciais de boas práticas, que os alunos puderam interiorizar e aplicar em situações de catástrofe, contribuindo para a mitigação de alguns dos impactos daí decorrentes.
Este projeto decorre no âmbito da candidatura “Reforço das Capacidades de Adaptação às Alterações Climáticas – Ações de Comunicação e Sensibilização na CIM-RC”, financiado pelo POSEUR, Portugal 2020 e Fundo de Coesão, no entanto também se encontra alinhado com as ações promovidas pelo Gabinete de Educação Ambiental e com as diversas ações realizadas pelas Eco-Escolas do Município de Cantanhede.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, com o pelouro da Educação, Pedro Cardoso sublinhou “o contributo destas iniciativas lúdico-pedagógicas na promoção de uma educação ambiental de qualidade, sensibilizando os alunos para a importância da preservação do meio ambiente comprometendo-os com este dever de cuidar na nossa Casa Comum. Uma oportunidade para fomentar uma cidadania ativa e ambientalmente responsável”



Torrestir apresenta nova farda corporativa com design moderno, funcional e alinhado com a sua identidade

 A Torrestir, um dos maiores operadores logísticos em Portugal, apresenta a nova farda oficial dos seus colaboradores, assinalando mais um passo na modernização da sua identidade corporativa. A mudança reforça a aposta contínua na valorização das equipas, na coerência visual da marca e na projeção da sua presença no setor.
Com um novo design, a nova farda combina funcionalidade, conforto e sofisticação. Os tons de verde-escuro reforçam a sobriedade e o profissionalismo, enquanto os detalhes em amarelo mantêm viva a ligação à herança visual da Torrestir — reconhecida nas estradas nacionais e internacionais há mais de seis décadas.
 
Apesar da renovação visual, a essência da Torrestir permanece: a mesma dedicação, o mesmo rigor e o compromisso inabalável com a qualidade de serviço que sempre caracterizou a empresa.
 

“Este é um novo capítulo visual, mas a mesma história de rigor e compromisso. Mantemos aquilo que nos distingue: a confiança dos nossos clientes e a excelência no serviço. Vestimos uma nova imagem com o mesmo orgulho, a mesma dedicação e os mesmos elevados padrões de qualidade que definem a Torrestir desde 1962”, sublinha o Comendador Fernando Torres, Fundador e Presidente do Grupo Torrestir.
A nova farda está adaptada às diferentes realidades operacionais e climáticas dos colaboradores, e integra:

  • Pólo técnico preto, em versão de manga curta e comprida
  • Calças e calções cargo 
  • Casaco técnico resistente e versátil (Inverno/Verão)
  • Fato de chuva impermeável
  • Calçado de segurança de elevado desempenho
A implementação da nova farda está a ser feita de forma progressiva em toda a estrutura operacional da empresa, e reforça o posicionamento da Torrestir como marca de referência no setor logístico, aliando inovação, conforto e identidade visual com o foco permanente na excelência do serviço.
Torrestir
A Torrestir (www.torrestir.com) foi fundada em 1962 e continua a ser propriedade da família Torres. A Torrestir tem plataformas em todo o país e empresas nas ilhas através da Torrestir Madeira e Torrestir Açores, a nível internacional, está também presente na Alemanha (Torrestir Alemanha) e em Espanha (Torrestir España).
 
Para além do transporte nacional e internacional de carga geral e grupagem, o grupo presta serviços, Transitários, de logística contratual, transporte de contentores, heavy lift e transportes especiais, serviços aduaneiros, serviços de courier e transporte farmacêutico (GDP).
 
A Torrestir está vocacionada também para os sectores farmacêutico e da saúde, retalho, alimentar, moda, automóvel, energias renováveis e TI.
 
A frota da Torrestir é amiga do ambiente porque os seus veículos seguem a norma europeia Euro 6 que contempla motores mais limpos.
 
Grupo Torrestir
Fundado: 1962
Colaboradores: + 3.000
Frota: + 2.000 viaturas
Área de armazenagem: + 250.000 m²
Plataformas: 18
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*Filipa Dionísio

Marinha Grande | APRESENTAÇÃO DO LIVRO "FRAGMENTOS...DE SENTIMENTOS" DE GABRIELA FERREIRA

 O Auditório da Biblioteca Municipal da Marinha Grande recebe, no próximo dia 28 de junho de 2025, às 15h00, a apresentação do livro de poesia "FRAGMENTOS...DE SENTIMENTOS – Memórias da Marinha Grande e de outras vivências", da autoria de Gabriela Ferreira, cuja entrada é livre.
A sessão contará ainda com uma exposição de quadros da autoria da escritora, um momento musical com o Grupo de Cavaquinhos MusicOrdem e uma pequena mostra gastronómica, promovendo assim um encontro entre literatura, arte, música e sabores.

A obra reúne 90 poemas, organizados em três secções. A primeira é dedicada à Marinha Grande, com 24 poemas inspirados na envolvente natural e nas suas gentes, evocando lugares e tradições locais em títulos como Capital do Vidro, O Vidreiro, O Farol, Praia da Vieira, Pinheiros da Mata, Dia da Espiga ou Comboio de Lata.

A segunda parte inclui 12 poemas centrados em vivências escolares na Escola Secundária Pinhal do Rei, homenageando alunos, professores e momentos marcantes.

Na última secção, os poemas assumem uma sequência narrativa que resulta numa história ficcionada, baseada em experiências de vida da autora.

Gabriela Ferreira nasceu em 1958, na Marinha Grande. É licenciada em Ensino da Educação Tecnológica pela Universidade Aberta e foi professora durante 45 anos, lecionando maioritariamente na Escola Secundária Pinhal do Rei, entre 1989 e 2023. Ensinou, também, no Colégio Dinis de Melo (Amor) e no Instituto Superior D. Dinis. Participou em várias publicações coletivas de poesia e prosa, com destaque para edições da Chiado Books e Edições Colibri.

*Gabinete de Comunicação e Imagem

Solinca lança Cursos Intensivos de Segurança Aquática para crianças entre os 3 e os 15 anos


Com a abertura da época balnear, a Solinca promove Cursos Intensivos de Natação, destinados a crianças entre os 3 e os 15 anos, e que podem ser desenvolvidos individualmente ou em aulas de grupo.

Até 31 de Agosto, os cursos estão acessíveis tanto para sócios Solinca como para não sócios e têm como objectivo promover técnicas de aprendizagem e de consolidação.
Os Cursos Intensivos de Natação (CIN) decorrem em turmas e são focados em técnicas de adaptação ao meio aquático ou consolidação de procedimentos já adoptados.

Já os CINI, Cursos Intensivos de Natação Individual, consistem em packs de 10 aulas individuais, focadas em técnicas de sobrevivência e de prevenção de afogamento, bem como em técnicas de adaptação ao meio aquático, essenciais para preparar as crianças para desfrutar do Verão na praia ou na piscina com toda a segurança.

*Sofia Figueiras

Cantanhede | Regulamento prevê apoio financeiro anual até 12 candidatos. Câmara incentiva à frequência do ensino artístico especializado de nível secundário

 
O Executivo Municipal aprovou a proposta de regulamento para atribuição de incentivo à frequência do ensino artístico especializado da música ou de canto, de nível do secundário.
O documento, que segue agora para consulta pública, prevê a aprovação de até 12 candidaturas por cada ano letivo, com o valor mensal do incentivo a cifrar-se em 50% da mensalidade do aluno, até ao máximo de 110 euros por mês - correspondente a 10 meses do ano letivo.
Com esta proposta, a autarquia pretende facilitar aos jovens do concelho a conciliação da vida escolar regular e o ensino especializado em instituições reconhecidas pelo Ministério de Educação, Ciência e Inovação.
O investimento na formação musical e vocal é crucial para o desenvolvimento integral dos jovens, contribuindo não só para a sua sensibilidade artística, mas também para a disciplina, a concentração e o pensamento criativo”, explica a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, sublinhando que esta medida se assume como “uma aposta particularmente relevante quando se consideram os estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, reconhecidos pelo seu valor artístico e pedagógico, que oferecem um ensino especializado de excelência na área da música e de canto no concelho de Cantanhede”.
Ainda de acordo com a autarca, “ao conceder estes incentivos, o Município de Cantanhede reforça o seu compromisso com a educação artística e com o futuro dos jovens talentos, garantindo que o acesso ao ensino especializado não seja limitado por barreiras financeiras e que o concelho continue a ser um polo de desenvolvimento cultural e artístico”.
Podem candidatar-se a este incentivo os jovens residentes no concelho de Cantanhede, no mínimo, há dois anos; estar matriculado, no regime supletivo, num estabelecimento de ensino particular e cooperativo, no curso de música ou de canto; ter idade inferior ou igual a 18 anos, para os alunos do ensino artístico especializado da música ou inferior ou igual a 23 anos, para os alunos do ensino artístico especializado de canto; e estar matriculado, no ano letivo em apreço, a pelo menos 3 das disciplinas constantes das respetivas matrizes curriculares definidas pelo conselho pedagógico do estabelecimento de ensino, ou em número inferior, caso estas disciplinas sejam conclusivas do nível secundário do ensino artístico especializado que frequenta.

JOVENS DA MARINHA GRANDE VÃO PODER EXPLORAR O MUNDO DO TRABALHO COM O PROJETO “INSIDE JOVEM – MY JOB”

 O Município da Marinha Grande volta a promover, este verão, o projeto “Inside Jovem – My Job”, uma iniciativa gratuita de ocupação de tempos livres que oferece aos jovens entre os 16 e os 19 anos a oportunidade de conhecerem de perto o funcionamento de diferentes profissões e contextos de trabalho no concelho.
A decorrer entre os dias 14 e 25 de julho e de 28 de julho a 8 de agosto de 2025, o projeto dirige-se a jovens residentes e estudantes do ensino secundário (do 10.º ao 12.º ano) da Marinha Grande e tem como objetivo proporcionar uma experiência enriquecedora de aproximação ao mercado de trabalho.
Durante duas semanas, cada participante será integrado numa unidade orgânica da Câmara Municipal da Marinha Grande, onde acompanhará o desempenho de um cargo ou profissão. A cada jovem será atribuído um orientador, encarregado de assegurar o acolhimento, o planeamento das tarefas e o acompanhamento permanente.
A iniciativa contempla uma sessão conjunta de receção no início de cada período e uma sessão de reflexão e balanço no final, promovendo a partilha de experiências entre os participantes. Os jovens terão ainda acesso a um kit de acolhimento e receberão um certificado de participação, sendo também abrangidos por seguro durante todo o período da atividade.

Com horário presencial das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, nas instalações da Câmara Municipal da Marinha Grande, o “Inside Jovem – My Job” permite aos participantes colocar questões, interagir com profissionais e, sobretudo, experimentar na prática a área profissional que mais os entusiasma.

As inscrições decorrem até ao dia 7 de julho de 2025, presencialmente na receção do Arquivo Municipal, por email para juventude@cm-mgrande.pt, ou através do formulário disponível em www.cm-mgrande.pt/p/insidejovem.

*Gabinete de Comunicação e Imagem

Coimbra: Mudar Mesmo - fórum autárquico a 13 de julho

A candidatura autárquica do Bloco de Esquerda ao concelho de Coimbra, promove um fórum de debate de ideias e propostas no dia 13 de julho, no Exploratório UC, sob o lema Mudar Mesmo.

Dos jacarandás da Rua Lourenço de Almeida Azevedo às águas do Mondego, das pessoas que vivem nas freguesias mais esquecidas ao centro da cidade, Coimbra merece muito mais. Serviços de proximidade, saúde pública, escolas que cuidam e incluem, habitação digna e a preços dignos, transportes gratuitos, sustentáveis e acessíveis que liguem todo o concelho - mesmo todo, e mais além. Esta é a Coimbra que queremos: verde, justa, digna, com o rio no centro da vida e os direitos humanos no centro das decisões.
No dia 13 de julho, no Auditório do Exploratório, o Fórum Autárquico Mudar Mesmo Coimbra, organizado pela candidatura autárquica do Bloco de Esquerda, será um ponto de encontro de ideias e propostas para transformar Coimbra num concelho para todas as pessoas. Das 10h às 18h, vamos construir alternativas ao rotativismo e afirmar um concelho com futuro: com políticas que ouvem e que cuidam.

Com a participação de José Manuel Pureza, candidato à Câmara Municipal de Coimbra, e de Mariana Mortágua, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda.

 José Manuel Pureza Bloco de Esquerda de Coimbra

MARINHA GRANDE HASTEIA BANDEIRAS DE EXCELÊNCIA NAS PRAIAS E FORMALIZA ESTAÇÃO NÁUTICA

 O Município da Marinha Grande promove, no dia 25 de junho de 2025, as cerimónias de hastear das Bandeiras Azul, Qualidade de Ouro e Praia Acessível e da assinatura do protocolo de formalização da Estação Náutica da Marinha Grande.

As atividades têm início às 10h30, na Casa-Museu Afonso Lopes Vieira, em São Pedro de Moel, para a assinatura do Protocolo de Parceria para a Formalização e Constituição da Estação Náutica da Marinha Grande, um passo importante para a integração do concelho na rede nacional de Estações Náuticas de Portugal. Segue-se o hastear das bandeiras Azul e Qualidade de Ouro, reconhecimentos que atestam a excelência ambiental, a qualidade das águas balneares e os serviços prestados aos veraneantes. 

Às 12h00, a Praia Velha recebe, também, as bandeiras Azul e Qualidade de Ouro. Pelas 12h30, na Praia da Vieira, será hasteada a Bandeira Praia Acessível, sinalizando o compromisso municipal com a inclusão e a acessibilidade para todos os cidadãos.

Estas distinções, atribuídas anualmente por entidades de referência como a Associação Bandeira Azul da Europa (ABAAE), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Turismo de Portugal, refletem o trabalho contínuo do Município e da comunidade local na defesa da qualidade ambiental, na segurança balnear e na promoção de boas práticas.

A criação da Estação Náutica da Marinha Grande visa promover uma oferta estruturada de turismo náutico, em articulação com os agentes locais, potenciando os recursos naturais e culturais do território. O objetivo é afirmar o concelho como destino sustentável, com uma oferta turística diversificada que integra desporto, lazer, cultura e educação.

*Gabinete de Comunicação e Imagem


Festim está quase a chegar a Estarreja

 Já tem o seu Passe Festim para os dias 27 e 28 de junho?
 
A 16.ª edição do Festim - festival intermunicipal de músicas do mundo percorre quatro municípios da região, e chega ao Cine-Teatro de Estarreja nos dias 27 e 28 de junho, com Ana Carla Maza (Cuba) e Barbatuques (Brasil), respetivamente. Os dois concertos têm início às 22h. A expectativa cresce para a chegada de sonoridades globais que prometem envolver os públicos locais sob a luz da Lua.
Ana Carla Maza, compositora, violoncelista e cantora cubana, apresenta o seu terceiro álbum “Caribé”, numa conexão vibrante com as suas raízes latinas e com a energia de Havana. Fundindo influências do clássico ao jazz, tango, samba e bossa-nova, a sua voz sedutora reinterpreta memórias de infância, numa celebração à liberdade e à riqueza cultural da América Latina. O trio de Maza aterra no Festim, na sexta-feira, dia 27, para uma noite única e irrepetível no Cine-Teatro de Estarreja.
 
Os Barbatuques chegam ao festival no sábado, dia 28, celebrando 25 anos de carreira com um espetáculo que mistura sons tribais e folclóricos, soberbas harmonias e polirritmias, numa viagem entre clássicos do grupo e os lançamentos mais recentes. Com a sua sonoridade absolutamente singular, convocando o baião, o samba, o rap e a música eletrónica, o grupo é referência mundial na música corporal e vocal, tendo já passado por mais de trinta países.
Estarreja associa-se ao Festim desde a primeira edição. Esta é uma iniciativa da d´Orfeu AC com os quatro Municípios parceiros: Águeda, Albergaria-a-Velha, Estarreja e Ílhavo. Integra ainda a rede europeia “Forum of Worldwide Music Festivals” e continua com o selo de qualidade "EFFE - Europe for Festivals, Festivals for Europe".
 
Os bilhetes ou o Passe Festim podem ser adquiridos em cte.bol.pt, na bilheteira do Cine-Teatro ou através dos contactos 234 811 300/ bilheteira@cineteatroestarreja.com.
 
*Gabinete de Comunicação, Relações Públicas e Protocolo

Proença-a-Nova celebrou as suas raízes no Dia do Concelho

 
Na sessão solene do Dia do Concelho de Proença-a-Nova, realizada no dia 13 de junho, o tema "Raízes" foi o fio condutor dos discursos proferidos, num momento marcado pela valorização da identidade, da memória coletiva e da visão para o futuro. A cerimónia, que teve lugar no Auditório Municipal, ano em que este equipamento, bem como a Biblioteca Municipal comemoram 30 anos na promoção da leitura, da cultura e do conhecimento no concelho ao longo das últimas três décadas, consolidando-se como um espaço de referência para a comunidade proencense.
A cerimónia teve início com a interpretação do Hino Nacional pelo Grupo Coral de Proença-a-Nova, num momento solene que deu o tom para os discursos que se seguiram. O encerramento fez-se com a mesma emoção, com o grupo a protagonizar o Hino de Proença-a-Nova, reforçando o sentimento de pertença e orgulho coletivo.
João Lobo, presidente da Câmara Municipal, começou com uma intervenção centrada no simbolismo da palavra “raízes” como âncora emocional e cultural da comunidade proencense. Recordou o esforço contínuo dos que, no passado, decidiram fazer desta terra o seu lar, reconhecendo nas suas ações as bases sobre as quais o presente se ergue. Sublinhou, contudo, que as raízes não podem ser apenas sinónimo de passado. “Raízes que não crescem, que não lançam novos rebentos, estão condenadas à secura”, afirmou, defendendo a importância de transformar essas raízes em frutos: na atração de novos habitantes, na criação de oportunidades e na capacidade de adaptação a um mundo em mudança. A mensagem foi clara: honrar a origem, sem nunca perder a ambição de crescer.
António Paulo dos Santos, deputado independente da Assembleia Municipal, reforçou a ideia de que a força de uma comunidade está na sua capacidade de renovação e de inclusão. Referindo-se ao conceito de “raízes” como algo vivo, dinâmico e plural, defendeu que “só com raízes bem cuidadas é possível construir um futuro comum que respeite a diversidade e o percurso de todos os que aqui vivem, trabalham e escolhem Proença-a-Nova para fazer crescer os seus sonhos.” A sua intervenção trouxe também um olhar crítico e construtivo sobre os desafios atuais e a necessidade de ação política responsável, comprometida com o bem-estar coletivo. Num momento em que as palavras “migração”, “diferença” e “desenvolvimento” fazem parte do debate nacional, Proença-a-Nova afirmou-se como um território onde as raízes se honram, mas também se reinventam.
Por sua vez, Daniela José, representante da bancada do PSD, trouxe uma visão poética, mas profundamente concreta da ligação entre o homem e a terra. “As raízes de Proença-a-Nova são duplas: fincam-se profundamente na terra, mas também se entrelaçam nas histórias de vida das suas famílias.” Ao longo da sua intervenção, a deputada da assembleia municipal recordou a sabedoria agrícola, os rituais comunitários como a apanha da azeitona, e a importância de transformar as memórias em motivação para inovar. Proença-a-Nova deve, segundo as suas palavras, afirmar-se como território de oportunidade para “corajosos crentes” — jovens que, inspirados pelo legado dos antepassados, queiram investir em agricultura biológica, turismo sustentável, produtos locais e novas formas de viver com equilíbrio entre modernidade e tradição. “Em Proença-a-Nova, cuidar das raízes é cuidar de tudo o que importa: da terra, da família, da própria vida. Por isso, somos diferentes. Por isso, somos Proença-a-Nova”, concluiu.
Gabriel Batista, representante da bancada do PS, natural da aldeia do Estevês, que partilhou a sua vivência pessoal com orgulho e autenticidade. Falou sobre o risco atual de esbatimento do sentimento de pertença e da vergonha que muitos sentem pelas suas origens humildes. “Eu sou do Estevês, uma aldeia do concelho de Proença-a-Nova”, afirmou com firmeza, lembrando que nunca deixou de assumir com orgulho a sua terra, mesmo quando outros preferem responder apenas com o nome do distrito. O deputado destacou a importância de receber de braços abertos todos os que escolhem hoje criar raízes em Proença, sejam de outras regiões do país ou de outras nacionalidades, desafiando a comunidade a transformar o acolhimento em oportunidade. “A novidade pode assustar, mas é ela que nos faz avançar”, sublinhou.
No seu discurso, houve também espaço para uma reflexão crítica, mas construtiva, sobre a tendência para desvalorizar o que é local. Deu como exemplo a oferta cultural e os serviços de saúde no concelho, valorizando o esforço do município para garantir qualidade de vida aos seus habitantes. Um episódio pessoal, vivido num hospital em Lisboa, serviu de comparação direta para elogiar o empenho local em assegurar cuidados médicos dignos — mesmo com recursos limitados. “No final do dia, eu não preciso saber para onde vou, só preciso saber de onde vim”, concluiu o deputado, ecoando o sentimento que atravessou toda a cerimónia.
Todos os discursos convergiram num apelo à responsabilidade coletiva. Cuidar das raízes implica não apenas recordar, mas também proteger, nutrir e transformar. Em Proença-a-Nova, celebrar as raízes não é ficar preso ao passado — é usá-lo como alicerce para construir o futuro.
A sessão solene ficou ainda marcada pela atribuição da medalha de mérito municipal a três coletividades - Grupo de Danças e Cantares de Montes da Senhora, ao Grupo de Danças e Cantares Populares de Sobreira Formosa e ao Grupo Coral de Proença-a-Nova, ao artista Carlos Farinha, ao músico Mário Cardoso e ao proencense Eurico Condeixa pela sua pela dedicação à comunidade, à cultura e a ligação às nossas raízes.

*Andreia Gonçalves
Unidade de Comunicação, Turismo e Eventos


Aveiro | Museu de Arte Cerâmica Contemporânea com novo concurso público de 4,8 milhões de euros; Novo concurso público de 2,3 milhões de euros para requalificação do Parque de Campismo de São Jacinto


I – Museu de Arte Cerâmica Contemporânea com novo concurso público de 4,8 milhões de euros
O Executivo Municipal vai deliberar esta terça-feira, 24 de junho, sobre a abertura de um novo concurso público para a empreitada de remodelação do antigo edifício da Biblioteca Municipal de Aveiro, com vista à instalação do futuro Museu de Arte Cerâmica Contemporânea. O valor base da intervenção será de 4.823.079,21€, com um prazo de execução previsto de 540 dias.
Este novo procedimento surge na sequência do concurso anterior, que não avançou por ausência de propostas válidas, o que levou à revisão do projeto e ao reforço do investimento agora proposto.
A operação a desenvolver tem como principal objetivo recuperar e adaptar o edifício original, respeitando a sua traça e identidade, através da remoção das estruturas introduzidas durante o período em que albergou a Biblioteca Municipal. Será garantida a conservação dos elementos arquitetónicos originais, assegurando simultaneamente as condições de segurança, conforto e acessibilidade exigidas a um equipamento cultural contemporâneo.
O projeto inclui ainda a construção de um novo volume, com linguagem arquitetónica moderna, a implantar na zona dos antigos canteiros que, no início do século XX, eram delimitados por um muro. Esta nova ala será revestida com azulejos, conferindo ao conjunto uma marca estética associada à cerâmica artística, temática central do futuro museu.
O Museu de Arte Cerâmica Contemporânea acolherá o acervo municipal resultante das sucessivas edições da Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro, cuja 17.ª edição se realiza este ano, consolidando a vocação do Município na valorização da criação artística e do património cerâmico.
Recorde-se que este edifício, situado junto à Avenida Dr. Lourenço Peixinho, acolheu a Biblioteca Municipal e o Arquivo Histórico até julho de 2020, data em que passaram a funcionar no edifício ATLAS Aveiro, na Praça da República. Com esta obra, a CMA reafirma o seu compromisso com a regeneração urbana e a dinamização cultural do centro da cidade.

II – Novo concurso público de 2,3 milhões de euros para requalificação do Parque de Campismo de São Jacinto
A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) vai deliberar esta terça-feira, 24 de junho, sobre a abertura de um novo concurso público para a empreitada de requalificação do Parque de Campismo de São Jacinto, fixando o valor base em 2.297.658,12€ e mantendo o prazo de execução contratual de 210 dias.
Este é o terceiro concurso lançado pela CMA para esta obra, depois de os dois anteriores não terem sido adjudicados por falta de propostas válidas apresentadas.
O projeto de requalificação mantém como objetivo central a melhoria e qualificação da infraestrutura, com intervenções de conservação e pequenas alterações funcionais nas instalações e espaços existentes, garantindo maior conforto, segurança e sustentabilidade ambiental, em respeito pelos valores naturais que caracterizam a área envolvente.
A intervenção vai permitir reorganizar o estacionamento e criar uma zona específica para autocaravanas, substituir as coberturas em fibrocimento por materiais adequados como telha ou chapa metálica, requalificar a vedação perimetral com remoção de arame farpado e melhoria da iluminação, reforçar a arborização e zonas verdes, substituir as infraestruturas elétricas e de águas residuais domésticas, e modernizar a rede de proteção contra incêndios, entre outros melhoramentos.
A obra abrange os 6,1 hectares do Parque de Campismo, dos quais 4,5 hectares estão diretamente afetos à zona de campistas, prevendo-se uma lotação máxima de cerca de 800 utilizadores. Com esta nova tentativa de adjudicação, a CMA reafirma o seu compromisso com a qualificação da oferta turística de São Jacinto e com a valorização do território no quadro da sua estratégia de desenvolvimento sustentável.

III – Novo concurso público para a requalificação da antiga Junta da Vera Cruz – Escola do Adro avança com valor base de 809 mil euros
O Executivo Municipal vai deliberar esta terça-feira, 24 de junho, sobre a abertura de um novo concurso público para a empreitada de requalificação do edifício da antiga Junta de Freguesia da Vera Cruz – Escola do Adro, fixando o valor base em 809.820,59€ e prevendo um prazo de execução de 180 dias.
A intervenção projetada visa responder à necessidade de resolver um conjunto significativo de patologias construtivas, assegurando também a reorganização dos espaços interiores, com o objetivo de tornar o edifício mais funcional, polivalente e adaptado às exigências atuais de utilização.
O imóvel apresenta sinais evidentes de degradação, resultantes de infiltrações associadas a deficiências ao nível da impermeabilização e da drenagem pluvial, bem como do desgaste natural dos materiais e sistemas construtivos, que atingiram o limite do seu tempo útil de vida. Estas condições comprometem a salubridade e o conforto dos utilizadores, tornando imperativa a realização da obra agora em processo de lançamento.
Com esta empreitada, a Câmara Municipal de Aveiro prossegue o seu plano de requalificação do património edificado, valorizando espaços com forte carga simbólica e funcional no tecido urbano da Cidade.

*Simão Santana
Adjunto do Presidente da Câmara Municipal de Aveiro


Alto Tâmega e Barroso com investimento de 90,1 Milhões de Euros em projetos estratégicos de desenvolvimento territorial


A Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT) tem vindo a afirmar-se como um exemplo de boa governação territorial, alavancando os Instrumentos Territoriais Integrados (ITI) com um envelope financeiro de 90,1 milhões de euros, destinados a promover o desenvolvimento sustentável e coeso da região.

Até ao momento, foram já submetidas 275 candidaturas ao Programa NORTE 2030, sendo que a grande maioria já se encontra aprovada e decidida, o que representa um desempenho excecional com uma taxa de aprovação de 35% do valor total previsto — um indicador muito positivo da capacidade de execução e da maturidade técnica dos projetos locais.

Isso mesmo destacou o Presidente da CCDR NORTE, António Cunha, durante uma visita de trabalho à Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso, que decorreu sexta-feira.
A jornada que contou com as presenças dos membros da presidência da CCDR NORTE, do programa NORTE 2030 e dos autarcas que integram a CIMAT, marcou o arranque de um ciclo de visitas de trabalho às Entidades Intermunicipais da Região Norte, com o objetivo de reforçar o diálogo institucional e a cooperação estratégica entre os diversos níveis de governação local e regional, através de uma abordagem concertada a temas estruturantes para o desenvolvimento do território.

“Este financiamento, enquadrado nos fundos estruturais da União Europeia, está a ser canalizado para projetos com forte impacto no território e na qualidade de vida das populações, refletindo uma estratégia concertada entre os seis municípios que integram a CIMAT”, realçou António Cunha.

Entre os projetos aprovados para o Alto Tâmega e Barroso, destacam-se intervenções emblemáticas como a proteção e valorização do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), promovendo a sustentabilidade ambiental e o turismo de natureza; intervenções estruturais na bacia hidrográfica do Tâmega, no âmbito do projeto ASPSI – Cheias, com o objetivo de mitigar riscos e proteger populações face a eventos extremos e resolução do passivo ambiental das minas de Jales, numa ação de reabilitação ambiental essencial para a segurança e recuperação ecológica do território.

Para o presidente da CCDR NORTE “apesar das boas notícias, “os desafios continuam a ser enormes e o caminho ainda é longo”. “A execução do NORTE 2030 enfrenta o duplo desafio de garantir uma aplicação eficaz dos fundos disponíveis e de assegurar que os investimentos gerem impacto real, coeso e duradouro em todo o território”, acrescenta.

De uma forma geral, o programa NORTE2030 lançou avisos que totalizam mais de 67% da sua dotação total (cerca de 2,4 mil milhões de euros), superando a média nacional do PT2030.

Perspetivas futuras: Património, Cultura e Identidade

A CIMAT e os seus municípios continuam empenhados em projetos de valorização patrimonial e cultural, estando já em curso trabalhos preparatórios em torno de iniciativas como o estabelecimento do polo arqueológico e do centro de criação do Alto Tâmega e Barroso, em Vila Pouca de Aguiar e Chaves, respetivamente, assim como de conservação e valorização do Complexo Mineiro de Tresminas e de promoção ibérica do Museu das Termas Romanas, num corredor cultural entre o Norte e Castela e Leão.

Neste âmbito, o Vice-Presidente da CCDR NORTE, Jorge Sobrado, destacou a execução muito positiva do Plano de Ação para a Cultura NORTE 2030. "Até ao momento, e só no último ano, foram lançados mais de 65 milhões de euros de financiamentos ao património cultural, arte e arquitetura contemporâneas, para museus de território, bibliotecas digitais e artesanato, que deverão representar mais de 80 milhões de euros em investimento cultural no Norte até 2027. Este investimento terá expressão em toda a Região, incluindo no Alto Tâmega e Barroso."

“Não nos limitámos a definir um plano estratégico – pusemo-lo em marcha, de forma participada por toda a região”, sublinhou.

No que respeita à distribuição territorial, o Alto Tâmega e Barroso destaca-se ainda com 11 bens culturais aderentes às Rotas do Norte.

Investimentos na Agricultura

No âmbito do PDR 2020 – Programa de Desenvolvimento Rural do Continente que é o principal instrumento de apoio ao desenvolvimento de projetos agrícolas em todo o território do continente, o Vice-Presidente Paulo Ramalho destacou o financiamento de 88 milhões de euros, em 1433 projetos aprovados, na região do Alto Tâmega e Barroso.

Refira-se que a Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso é constituída por seis municípios: Boticas; Chaves; Montalegre; Ribeira de Pena; Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.

Porto, 23 de junho de 2025
*Gabinete de Marketing e Comunicação
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, I.P.

Coimbra | Consórcio liderado pela UC recebe 1,5 milhões de euros para desenvolver ferramenta digital de suporte à gestão de risco de incêndio

 
Um consórcio liderado por uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) recebeu 1,5 milhões de euros para desenvolver um “Gémeo Digital” da floresta, isto é, uma ferramenta digital de suporte à gestão de risco de incêndio.

A Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) da FCTUC é a entidade coordenadora do projeto “ForestSphere”, que conta também com a participação do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), as empresas Onesource, Bold Robotics, Sim4Safety e REN, bem como a Comunidade Intermunicipal de Coimbra e a Câmara Municipal da Lousã.
«Um “gémeo digital” consiste numa reprodução, em suporte informático, dos elementos mais relevantes para representar uma dada realidade física, neste caso em concreto, uma floresta, com os componentes e parâmetros requeridos para descrever e modelar os processos físicos para a sua gestão com recursos tecnológicos e humanos», explica Domingos Xavier Viegas, professor emérito da FCTUC e coordenador do projeto.

O projeto ForestSphere, pretende, a partir de dados sensoriais obtidos por diversas fontes, desde satélites, a meios aéreos e terrestres, reconstituir a orografia, o coberto vegetal, as habitações e as estruturas, bem como o ambiente meteorológico, que pode influenciar os incêndios florestais.

De acordo com o especialista, «recorrendo a diferentes modelos, com estes dados numéricos serão simuladas as diversas intervenções relacionadas com a gestão do risco de incêndio, desde a prevenção, ao combate e à recuperação pós-incêndio, replicando virtualmente os processos que decorrem no mundo físico».

Os investigadores esperam, com este projeto, incorporar diversas ferramentas de apoio à decisão que têm sido desenvolvidas pela academia, a nível nacional e internacional, para melhorar a capacidade de interagir no processo de gestão do risco, incluindo no treino dos agentes.

*Sara Machado
Assessora de Imprensa
Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia

Opinião: O português que descobriu a Gronelândia...


Em 1500, o navegador português Gaspar Corte Real, ao serviço da Coroa de D. Manuel I, atingiu a costa da Gronelândia, após explorar a região da Terra Nova. Este feito, praticamente ausente dos manuais escolares e do discurso político nacional, inscreve-se no contexto das navegações portuguesas do século XVI, que não se limitaram às rotas africanas, indianas e brasileiras, mas também alcançaram o Atlântico Norte e as zonas hoje pertencentes ao Canadá e ao território autónomo da Gronelândia, sob soberania dinamarquesa.
A expedição de Gaspar Corte Real representa um dos episódios mais ignorados da História de Portugal. Filho de João Vaz Corte Real, também ele navegador que terá visitado terras do Novo Mundo antes de Colombo, Gaspar terá sido um dos primeiros europeus a alcançar aquelas latitudes geladas. A historiografia internacional atribui a Portugal a exploração inicial de parte significativa da costa nordeste da América do Norte. Cartas náuticas portuguesas da época assinalam terras como “Terra do Labrador” e “Terra dos Corte Reais”, sugerindo um reconhecimento geográfico sistemático. Alguns estudiosos acreditam que a expedição de 1500, e a posterior de 1501, terão incluído incursões pela costa sudoeste da Gronelândia.

Este facto tem implicações que ultrapassam o plano simbólico. Se os países europeus reivindicam legitimidade cultural e histórica sobre territórios longínquos com base em episódios de presença passada — como a França em África, a Espanha nas Caraíbas ou o Reino Unido em partes da Ásia —, Portugal não pode abdicar de reconhecer e afirmar a sua própria presença no Atlântico Norte, realizada com séculos de antecedência sobre outras potências coloniais.

A Gronelândia, que nos últimos anos foi objeto de atenção internacional devido à proposta de aquisição por parte dos Estados Unidos durante a administração Trump, encontra-se hoje no centro de disputas estratégicas e económicas, nomeadamente pela sua posição geográfica e pelos recursos naturais por explorar. Neste contexto, importa lembrar que a presença portuguesa naquelas paragens é anterior à de qualquer outro Estado europeu moderno. Esta realidade não pode ser esquecida no plano da memória histórica, nem ignorada quando se discute o papel de Portugal no mundo.

A tradição diplomática portuguesa, construída sobre séculos de presença atlântica e diálogo intercivilizacional, deve ser acompanhada de uma política de afirmação histórica. Não se trata de alimentar revisionismos anacrónicos, mas de recordar que Portugal esteve presente, foi pioneiro e moldou a geografia do mundo com conhecimento, sacrifício e visão. A Gronelândia faz parte desse mapa alargado da nossa memória, e Gaspar Corte Real merece o reconhecimento devido por ter levado a bandeira portuguesa às extremas latitudes do planeta.

Em vez de esquecermos a nossa História, devemos estudá-la, documentá-la e valorizá-la, não como um instrumento de orgulho vazio, mas como expressão da nossa identidade e responsabilidade histórica. A Gronelândia, redescoberta hoje pelas grandes potências por razões estratégicas, foi descoberta por um português — e isso deve ser conhecido e afirmado com a dignidade que o facto merece.

*Paulo Freitas do Amaral
Professor, historiador e autor