terça-feira, 15 de julho de 2025

Mais um i! para as famílias! A 26 e 27 julho, em Águeda.

Parque da Alta Vila recebe 16ª edição do Festival i!
O evento, de entrada livre, é dirigido a crianças e famílias.
A 16ª edição do Festival i! volta a reunir as famílias no Parque Municipal da Alta Vila, em Águeda. O evento decorre nos dias 26 e 27 de julho, com várias propostas de espetáculos (para bebés e crianças), jogos, oficinas, instalações, sessões de histórias e street food. A entrada é livre.

São dois dias de festa para todas as idades, em pleno pulmão da cidade de Águeda, com artistas de várias nacionalidades: Portugal, Espanha, França, Itália e Argentina. A Nariguda, Ana Madureira & Vahan Kerovpyan, Cía. Don Davel (França), Cía Panta Rhei (País Basco / Espanha), Cie Bruboc (Itália), Companhia de Música Teatral, Coração nas Mãos, Mundo Costrini (Argentina / Espanha), Porbatuka, Projeto EZ e Teatro e Marionetas de Mandrágora são alguns dos nomes que vão passar pelo Festival.

Organizado pela d'Orfeu AC, em coprodução com o Município de Águeda e com o apoio da Direção-Geral das Artes, o i! convida as famílias a passar o fim-de-semana na companhia da natureza, havendo muitas sombras para piqueniques e zona de street food.

Os espetáculos para bebés (Salão de Chá) e os do café-concerto do Parque são de lotação limitada, sujeitos a levantamento de senhas disponíveis no posto de informação, nos dias do Festival, a partir das 9h00. O programa detalhado está disponível em dorfeu.pt/i.

Vem passar o fim-de-semana com o i!

Esclarecimento – Nave Multiusos ‘Caixa UA’


Tendo tomado conhecimento da nota de imprensa da Câmara Municipal de Aveiro nº. 105, de 14 de julho, vem a Universidade de Aveiro esclarecer o seguinte:

1. A Universidade de Aveiro foi confrontada em junho do corrente ano com um comentário público do Sr. Presidente da Câmara feito no âmbito da atividade de um órgão municipal que aludia a factos relacionados com a Nave Multiusos desta Universidade. Na altura foram prestados os devidos esclarecimentos através de comunicado público, disponível em https://www.ua.pt/pt/noticias/11/91463 .

2. O comentário do Sr. Presidente da Câmara teve por base a interpelação de um deputado municipal da oposição que aludia ao que o mesmo entendia ser a racionalidade dos encargos assumidos pela UA na construção da sua Nave - atenta a qualidade do equipamento universitário - quando comparada com o orçamento proposto pela Câmara para o novo pavilhão-oficina;

3. A Universidade de Aveiro não é ator da luta-político partidária, e da mesma forma que não intervém senão no estrito quadro das suas atribuições estatutárias, também não formula juízos de valor sobretudo quando os mesmos assentam em premissas que não são exatas;

4. Considera a Universidade de Aveiro, por isso, profundamente inadequado o tom inurbano utilizado pela Câmara Municipal de Aveiro, mormente ao tornar públicas comunicações privadas, reproduzindo emails trocados entre entidades, sem a autorização expressa dos respetivos autores e/ou destinatários. Tal prática não contribui para a prossecução do interesse público, para o fortalecimento das relações institucionais, nem tão pouco para a elevação do debate público. Pelo contrário, contribui para a degradação do Estado de Direito Democrático e, bem assim, despromove a formação para a cidadania e desrespeita os valores da confiança interinstitucional;

5. No caso em apreço e à data da sua pública intervenção assembleia municipal ordinária de junho, o Sr. Presidente da Câmara tinha conhecimento que a Universidade de Aveiro tinha já recebido os pareceres positivos relevantes de todas as entidades competentes

6. Paralelamente e como esta Universidade teve já oportunidade de esclarecer, o equipamento em causa não se encontra sujeito a parecer obrigatório do IPDJ, como resulta com meridiana clareza do disposto na alínea a) do nº. 3 do art.4º. do DL n.º 141/2009, de 16 de junho (cfr.: “Exclusões (….) 3 - O regime estabelecido no presente decreto-lei não se aplica, igualmente, às instalações desportivas que sejam acessórias ou complementares de estabelecimentos em que a atividade desportiva não constitui a função ou serviço principal, sem prejuízo da necessidade de reunirem as condições técnicas gerais e de segurança exigíveis para a respetiva tipologia, nos seguintes casos: a) Instalações desportivas integradas em estabelecimentos de ensino, público ou privado, de qualquer grau;”), pelo que, ao tempo das mencionadas declarações públicas do Sr. Presidente da Câmara, o processo urbanístico se encontrava cabalmente instruído;

7. A Universidade de Aveiro vê na Câmara Municipal de Aveiro um parceiro institucional da maior relevância, como a história bem o demonstra e o futuro se encarregará de confirmar, razão pela qual se absterá de tecer quaisquer considerações que possam afetar as relações interinstitucionais, o bom nome das partes envolvidas e o interesse público que às mesmas cumpre promover;

8. A Universidade de Aveiro reafirma o seu firme compromisso com a legalidade, a transparência e a prossecução do interesse público, lamentando que declarações públicas enviesadas possam colocar em causa o rigor técnico e a elevada responsabilidade institucional que tem orientado o projeto da Nave e todos os seus outros projetos.

Universidade de Aveiro, 15 de julho de 2025

NB: Publicamos na íntegra o texto do comunicado que nos foi enviado, sem qualquer tratamento jornalístico.

Opinião - A particularidade do ADN português desde a Pré-História


Nas paisagens de xisto de Trás-os-Montes, nos vales férteis do Tejo ou nas escarpas da costa atlântica, escondem-se mais do que memórias arqueológicas: reside uma herança genética antiga, silenciosa e única. Muito antes de sermos Portugal, éramos já outra coisa — e não éramos Castela. A ciência contemporânea tem vindo a confirmar aquilo que o instinto histórico português sempre pressentiu: Portugal tem uma assinatura genómica própria, distinta não só da Europa, mas também da própria Espanha. Essa diferença vem de longe, muito antes da fundação da nacionalidade.
Um estudo publicado na revista Science em 2019, coordenado por Iñigo Olalde — The genomic history of the Iberian Peninsula over the past 8000 years —, analisou o ADN de 403 indivíduos ibéricos do Mesolítico até à Idade do Ferro. Concluiu que o território de Portugal preserva linhagens genéticas anteriores à expansão indo-europeia, como os haplogrupos I2a e G2a, associados a caçadores-recoletores e primeiros agricultores do Neolítico. Esta ancestralidade é menos diluída do que noutras zonas da Europa, onde a migração das estepes euro-asiáticas (Yamnaya) substituiu de forma mais brusca a população local.

Mas a verdadeira surpresa emerge da comparação entre Portugal e Espanha. De acordo com o estudo de Daniel Shriner, publicado em 2019 na Nature Communications (Patterns of genetic differentiation in the Iberian Peninsula), Portugal constitui um núcleo genético coeso, com fortes traços atlânticos, aparentado com populações como os irlandeses, galeses e bretões. Em contrapartida, a Espanha apresenta uma diversidade interna acentuada: bascos, catalães, andaluzes e castelhanos mostram perfis genéticos diferenciados e maior influência de migrações mediterrânicas e centro-europeias.

Esta homogeneidade portuguesa tem resistido ao tempo. Segundo Rui Martiniano, geneticista português da Universidade de Cambridge, autor de diversos estudos sobre ADN antigo ibérico, o Norte de Portugal revela uma das continuidades genéticas mais marcadas da Europa Ocidental desde o Neolítico até à Idade Média. Mesmo durante a Idade do Bronze, o impacto genético dos povos das estepes foi mais limitado em Portugal do que no centro da Península.

Mais a sul, onde as interações com o Mediterrâneo foram intensas, a investigação do Instituto Max Planck revelou algo inesperado: vestígios genéticos do Norte de África, anteriores à chegada dos muçulmanos em 711, foram identificados em restos humanos do Alentejo, datados de há mais de 4 mil anos — sugerindo contactos comerciais e culturais com o Magrebe desde o final do Neolítico.

Por fim, o trabalho pioneiro de Luísa Pereira, da Universidade do Porto, analisando as comunidades sefarditas portuguesas, demonstrou que os judeus de Trás-os-Montes e da Beira Interior preservam linhagens mitocondriais únicas, que sobreviveram aos séculos de perseguição e assimilação, especialmente após a expulsão decretada por D. Manuel I.

A genética, longe de ser uma ciência fria, é aqui uma arqueologia do invisível: uma linguagem do passado inscrita no sangue e nos ossos. E diz-nos o que a História hesita por vezes em declarar com veemência: Portugal tem uma identidade genética própria, que remonta aos primeiros habitantes da Europa Ocidental, distinta daquela que se formou nos outros povos da Península. Não se trata de superioridade — trata-se de diferença. Uma diferença profunda, contínua e irredutível ao mito da unidade peninsular.

Num tempo em que se esbate a memória e se homogeneíza a cultura, a ciência vem lembrar-nos que Portugal é exceção também no plano biológico. Está no genoma a confirmação do que a cultura sempre intuiu: somos uma civilização atlântica, antiga e singular — não apenas no mapa, mas também no corpo.

Referências científicas utilizadas:

1.Olalde, I. et al. (2019). The genomic history of the Iberian Peninsula over the past 8000 years. Science, 363(6432), 1230–1234. DOI: 10.1126/science.aav4040
2.Bycroft, C. et al. (2019). Patterns of genetic differentiation and the footprints of historical migrations in the Iberian Peninsula. Nature Communications, 10(1), 551. DOI: 10.1038/s41467-019-08322-0
3.Pereira, L. et al. (2005). Evidence for a founder effect in mtDNA lineages of Portuguese Jews. Annals of Human Genetics, 69(6), 611–620.
4.Valdiosera, C. et al. (2018). Four millennia of Iberian biomolecular prehistory. PNAS, 115(13), 3428–3433. DOI: 10.1073/pnas.1800851115
5.Instituto Max Planck – Departamento de Genética Evolutiva (2021–2024), estudos arqueogenéticos em cooperação com universidades ibéricas.

*Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor

Aveiro |12 Chefs e 6 concertos numa experiência única de fogo e sabor entre a Ria e os Canais; “Cultura Perto de Si” leva recriação histórica e folclore a São Jacinto


Chefs on Fire: de 18 a 20 de julhoI – 12 Chefs e 6 concertos numa experiência única de fogo e sabor entre a Ria e os Canais
De 18 a 20 de julho, o Chefs on Fire regressa a Aveiro para a sua terceira edição, integrado na programação oficial do Festival dos Canais.
Organizado pela LOHAD, em co-produção com a Câmara Municipal de Aveiro, o maior festival gastronómico de cozinha no fogo da Europa volta a transformar o jardim do Parque Infante D. Pedro num espaço intimista que celebra a criatividade gastronómica, ao som da melhor música portuguesa.

Como é habitual em cada edição pop-up do festival Chefs on Fire, fogo, lenha e fumo estão ao serviço de 12 chefs nacionais — quatro em cada dia — para criar pratos únicos que promovem, junto das comunidades locais, o acesso a propostas gastronómicas que valorizam os produtos e a identidade gastronómica dessa região, celebrando-a à mesa e entre amigos.
Cada turno (almoço ou jantar) inclui quatro pratos distintos: um de peixe, um de carne, um vegetariano e uma sobremesa. As receitas serão executadas ao vivo por nomes emergentes e consagrados, em total sintonia com a identidade local e o espírito descontraído que define o Chefs on Fire e a tradição gastronómica da Região de Aveiro.
Nos pratos de carne, participam João Magalhães, do Pata Gorda, que cruza o espírito de tasco com a técnica moderna; Miguel Peres, fundador do Pigmeu, distinguido com um Sol Repsol e defensor da sustentabilidade alimentar; e Ricardo Costa, chef executivo do The Yeatman, premiado com duas estrelas Michelin e três Sóis Repsol.
Na categoria de peixe, estarão presentes Cristiano Barata, do Mercantel, com sabores locais cozinhados a fogo; Tiago Bonito, do Palacete Severo, vencedor do prémio Chefe Cozinheiro do Ano; e Francisco Nogueira, do Tricky’s, conhecido pela sua abordagem irreverente à tradição portuguesa.
Na vertente vegetariana, Rafaela Ferreira, do Exuberante, traz uma cozinha vibrante com raízes em Viseu; João Saloio, do restaurante Mãe, apresenta uma reinvenção criativa da gastronomia portuguesa; e João Guedes, do Flora, guia o seu projeto de Viseu com base na natureza e já soma um Sol Repsol.
Nas sobremesas, marcam presença Verónica Dias, do Brites, com pastelaria honesta e de fermentação natural; Ana Patrícia Correia, fundadora da Marupiu e distinguida com o Prix au Chef Pâtissier pela Academia Internacional de Gastronomia; e Claiton Ferreira, chef executivo de pastelaria do Sala de Corte, premiado como “Passionate Pastry Chef” em 2024.
No coreto, a programação musical aposta no melhor da criatividade nacional, com concertos intimistas ao longo de todo o fim de semana. João Borsch estreia-se no festival com o seu pop teatral irreverente, e Iolanda apresenta o novo single após a sua presença na Eurovisão. Raquel Martins, vinda de Londres, funde Alt-soul com ritmos latinos e eletrónicos, enquanto os Bateu Matou prometem incendiar o coreto com a sua percussão explosiva.
No domingo, Benjamim celebra os 10 anos de Auto-Rádio numa viagem musical intimista, seguido dos Napa, que trazem o seu indie pop madeirense ao palco.
O evento mantém o modelo de dois turnos diários (almoço e jantar), com bilhetes a 40€ por turno. Cada bilhete inclui uma refeição completa de quatro pratos e o acesso ao concerto do turno correspondente.

CHEFS ON FIRE AVEIRO 2025
18 DE JULHO
Cristiano Barata — Mercantel | PEIXE
João Magalhães — Pata Gorda | CARNE
Rafaela Ferreira — Exuberante | VEGETARIANO
Verónica Dias — Brites | SOBREMESA
__________
João Borsch | 15H00
Iolanda | 21H30

19 DE JULHO
Tiago Bonito — Palacete Severo | PEIXE
Miguel Peres — Pigmeu | CARNE (1 Sol Repsol)
João Saloio — Mãe |VEGETARIANO
Ana Patrícia Correia — Marupiu | SOBREMESA
__________
Raquel Martins | 15H00
Bateu Matou | 21H30

20 DE JULHO
Francisco Nogueira — Tricky’s | PEIXE
Ricardo Costa — The Yeatman | CARNE (2 estrelas Michelin | 3 Sois Repsol)
João Guedes — Flora | VEGETARIANO (1 Sol Repsol)
Claiton Ferreira — Sala de Corte | SOBREMESA
__________
Benjamin | 15H00
Napa | 21H30

II – “Cultura Perto de Si” leva recriação histórica e folclore a São Jacinto
O programa municipal “Cultura Perto de Si” continua a sua digressão pelas freguesias do Município de Aveiro, promovendo o acesso descentralizado à cultura e às tradições locais.
No próximo dia 27 de julho, sábado, às 16h00, a Marginal de São Jacinto recebe o espetáculo “Quadros Vivos e Recriação Histórica”, com danças e cantares tradicionais apresentados pelo Rancho Folclórico Rio Novo do Príncipe.
A iniciativa propõe uma viagem ao passado através da encenação de usos e costumes populares, com destaque para coreografias e cantigas transmitidas oralmente entre gerações. As músicas e danças evocam histórias, lendas e memórias coletivas, numa celebração do património imaterial do território.

II – “Prescrições Culturais” regressa ao Hospital de Aveiro e leva poesia ao público sénior
A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) dá continuidade ao programa “Prescrições Culturais”, promovendo iniciativas culturais junto de públicos em contexto hospitalar e institucional, através da literatura, da música e da promoção da leitura.
No âmbito deste programa, a Biblioteca Municipal Itinerante estará de regresso ao Hospital de Aveiro no dia 16 de julho, a partir das 9h30, possibilitando a requisição de livros, revistas e outros suportes de informação por parte de profissionais, utentes, doentes e familiares da Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro.
No dia 25 de julho, às 10h30, também no Hospital de Aveiro, será apresentado o espetáculo “Contos Populares, Cantigas aos Pares”, pela Companhia O Som do Algodão, numa sessão sensorial de histórias e músicas que resgata o imaginário popular e o cancioneiro tradicional português.
Ainda no âmbito do programa “Prescrições Culturais”, a CMA promove o projeto “A Cultura Faz Bem”, dirigido ao público sénior integrado nas instituições da Rede Aveiro Sénior. A próxima sessão acontece no dia 28 de julho, às 14h30, na Casa de Música – Quarteirão das Artes e Cultura, em Aradas, com o espetáculo “Máquina de Embrulhar Poemas”, também pela Companhia O Som do Algodão.
Esta apresentação propõe uma viagem sensorial pelo universo da poesia portuguesa, com textos de Sophia de Mello Breyner Andresen, Matilde Rosa Araújo, Guerra Junqueiro, Fernando Pessoa, Eugénio de Andrade e Manuel António Pina, valorizando as emoções e as palavras enquanto ferramentas de bem-estar e estimulação cognitiva.
Iniciado em 2024, o projeto “Prescrições Culturais” visa promover o acesso à cultura e o envelhecimento ativo, através de atividades como espetáculos, visitas aos Museus de Aveiro, workshops no Arquivo Municipal e sessões narrativas em “Conversas D’Alguidar”.
Mais informações disponíveis através do email: dct@cm-aveiro.pt<mailto:dct@cm-aveiro.pt> .

IV – Espetáculo “Azul Assim Apenas” leva sonoridades folk ao Mercado do Peixe
O Mercado do Peixe recebe, no próximo dia 26 de julho, às 18h30, o espetáculo “Azul Assim Apenas”, integrado na programação cultural “Há (tarde) no Mercado”, promovida pela Câmara Municipal de Aveiro (CMA). A entrada é livre, sujeita à lotação do espaço.
O concerto estará a cargo do projeto Moura, que propõe uma abordagem experimental à música folk, fundindo instrumentos acústicos com eletrónica, num registo contemporâneo e intimista.
Pedro Moura (guitarra portuguesa e eletrónicas) e Bruna de Moura (violoncelo e eletrónicas) exploram a cinematografia do som, inspirando-se em paisagens, lugares e narrativas que cruzam a tradição com a inovação.
“Há (tarde) no Mercado” é uma iniciativa cultural regular da CMA, que visa a dinamização dos mercados municipais através de experiências culturais e artísticas acessíveis à comunidade.

V – CMA promove formações gratuitas para operadores turísticos com base nos roteiros da cidade
A Câmara Municipal de Aveiro inicia, a 28 de julho, um ciclo gratuito de formações para guias e operadores turísticos que exercem – ou pretendem exercer – atividade no Município. O programa, ancorado nos roteiros oficiais da cidade, pretende reforçar a qualidade da informação prestada aos visitantes.
O plano reparte‑se por cinco sessões presenciais, cada uma dedicada a um dos temas considerados estruturantes da narrativa turística local: Salicultura, História da Cidade, Arte Nova, Azulejaria e Património Cultural visto a partir dos canais urbanos.
As ações combinam exposições teóricas e visitas orientadas, conduzidas por técnicos municipais especializados. O objetivo é articular conteúdos académicos com experiência de terreno, dotando os participantes de ferramentas práticas para o exercício diário da profissão.

Calendário das formações
28 jul – Salicultura: importância histórica, económica e ambiental do salgado aveirense, com visita ao Ecomuseu Marinha da Troncalhada.
25 ago – História da Cidade: percurso “À Descoberta da Cidade” pelo centro histórico, focado na evolução urbana, social e económica de Aveiro.
29 set – Arte Nova: leitura dos principais edifícios e elementos decorativos do movimento na malha urbana, a partir do roteiro “Aveiro Cidade Arte Nova”.
27 out – Azulejaria: quatro percursos do roteiro “À Descoberta do Azulejo”, em articulação com a história das antigas fábricas de cerâmica.
24 nov – Canais Urbanos: leitura cultural da cidade a bordo dos moliceiros, dirigida a operadores marítimo‑turísticos.

Ao investir na capacitação dos profissionais, a CMA procura consolidar Aveiro como destino cultural de excelência e garantir experiências de visitação cada vez mais coerentes, qualificadas e sustentáveis.

*Simão Santana
Adjunto do Presidente da Câmara Municipal de Aveiro


Mais de 4.000 pessoas visitaram stand da Turismo Centro de Portugal no NOS Alive


Espaço promocional da região superou todos os recordes durante os três dias do festival. Massagens, passatempos e prémios tornaram o stand um dos mais animados do recinto.
A participação da Turismo Centro de Portugal no NOS Alive 2025 foi um enorme sucesso, que superou todos os recordes de interações registadas desde que a entidade marca presença no festival. Durante os três dias do evento, mais de 4.000 visitantes passaram pelo stand da região, estrategicamente posicionado, atraídos por um conjunto de experiências e prémios que transformaram o espaço num dos mais concorridos do recinto.
Ao longo dos três dias, de 10 a 12 de julho, os visitantes do stand tiveram oportunidade de participar num passatempo com uma roleta digital, no qual foram sorteados 21 vouchers de estadias para duas pessoas em unidades hoteleiras de referência da região (para duas noites), 69 vouchers de experiências turísticas e 1.902 brindes promocionais.
A ativação do espaço foi dinamizada por promotores da Turismo Centro de Portugal, da empresa 2Play – incluindo hospedeiras que circularam pelo recinto do festival com mochilas personalizadas, a convidar o público a visitar o stand – e ainda por elementos das Termas do Carvalhal, num total de 9 profissionais envolvidos diretamente na operação. Segundo os responsáveis da ativação, esta foi a edição mais participada de sempre, com extensas filas para aceder ao stand.
A grande novidade deste ano foi o número recorde de interações registadas na roleta digital, que se revelou um enorme sucesso junto do público. Outra atividade muito apreciada voltou a ser a oferta de massagens localizadas, promovida pelas Termas do Carvalhal – Município de Castro Daire: duas massagistas, acompanhadas da diretora das Termas, proporcionaram momentos de relaxamento aos festivaleiros.
O stand da Turismo Centro de Portugal recebeu também diversas visitas institucionais, como a de Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, e Jorge Loureiro, Presidente do Conselho de Marketing da Turismo do Centro, que testemunharam o dinamismo da ação promocional.
Para Rui Ventura, Presidente da Turismo Centro de Portugal, este foi mais um passo firme na estratégia de promoção da região junto de públicos jovens e diversificados: “Participar no NOS Alive é uma oportunidade para o Centro de Portugal se dar a conhecer a novos púbicos. Ao proporcionarmos experiências, prémios e um contacto direto com os festivaleiros, reforçamos a notoriedade da região no maior festival do país. Este ano, com mais de quatro mil visitantes, conseguimos bater recordes e mostrar que o Centro de Portugal é um destino vibrante, com muito para oferecer. Agradeço a todos os parceiros e promotores envolvidos, que contribuíram para este enorme sucesso”.
Parceiros participantes no passatempo NOS Alive 2025
Os parceiros que se associaram à Turismo Centro de Portugal foram os seguintes.

Unidades de alojamento:Abrigo da Montanha Hotel Rural & Spa
Alambique Hotel Resort & Spa****
Aldeias do Zêzere
As Américas Hotel Art Nouveau & Design ****
Avenida Boutique Hotel****
Bom Sucesso Architecture Golf and Nature*****
Casa dos Ofícios Hotel****
Convento da Sertã Hotel****
Dom João Hotel Entroncamento****
Hotel Fátima****
Hotel Moliceiro****
Hotel Parque Serra da Lousã
Hotel Rainha D. Amélia, Arts & Leisure****
Hotel Tryp Leiria
Meliã Castelo Branco
Meliã Ria Hotel & Spa****
Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa*****
Montebelo Palácio dos Melos Viseu Historic Hotel****
Stay Hotels
Universal Boutique Hotel
Your Hotel & Spa Alcobaça****Experiências:Aveiro Boat Experience
Rota da Bairrada
Termas do Carvalhal
Vida de Cristo Museu

Sobre a Turismo Centro de Portugal:
A Turismo Centro de Portugal é a entidade que estrutura e promove o turismo na Região Centro do país. Esta é a maior e mais diversificada área turística nacional, abrangendo 100 municípios, e tem registado um intenso crescimento da procura interna e externa. É a região a escolher para quem pretende experiências diversificadas, pois concilia locais Património da Humanidade com a melhor costa de surf da Europa, termas e spas idílicos, locais de culto de importância mundial e as mais belas aldeias.

*Sílvia Ribau
Diretora do Departamento de Estratégia e Operação
Turismo Centro de Portugal

**Luís Miguel Nunes
Consultor de comunicação


Arrive reforça operações na Península Ibérica e nomeia Jennifer Amador Tavares de Sousa como diretora para Portugal e Espanha


A nomeação representa um passo importante no reforço das equipas na Península Ibérica e faz parte da estratégia global da Arrive no crescimento internacional e no compromisso em tornar as cidades mais habitáveis.

Jennifer Amador Tavares de Sousa, desde 2021 diretora para Portugal da Arrive, assume este mês de Julho o cargo de diretora para a Península Ibérica, integrando nas suas funções a direção do mercado espanhol.
Esta nomeação vem depois da integração e aquisição da Flowbird e da Parkopedia por parte do antigo EasyPark Group, no início de 2025, e que integra sob a marca Arrive os clientes das plataformas ParkMobile, RingGo, Yellowbrick, Your Parking Space e as outras empresas dentro da organização. No grupo desde 2018 quando integrou a equipa francesa, Jennifer Amador Tavares de Sousa liderou a implementação da aplicação EasyPark no mercado português. Com a sua liderança a aplicação EasyPark está agora disponível em 36 cidades portuguesas, não apenas nas grandes cidades como Lisboa, mas também com cobertura no Algarve, centro e norte do país, tanto em estacionamento de rua como em parques de acesso controlado por ANPR.

Com uma formação de base em Gestão pela La Rochelle School of Business, e master em negociação pela Rennes School of Business, Jennifer Amador Tavares de Sousa aporta à Arrive um know-how nos mercados português e espanhol, e de negociação que irão potencializar o crescimento do grupo nos dois países, tornando a cidades ibéricas mais habitáveis.

Luso-descendente, Jennifer Amador Tavares de Sousa tem ainda formação pela Universidade Carlos III de Madrid, e além de ter sido diretora para Portugal acumulou ainda o cargo de diretora interina para o mercado da Bélgica.

“Depois de tantos anos na Arrive e com a direção portuguesa do grupo, incorporar nas minhas funções um mercado tão dinâmico e diversificado como é Espanha representa, sem dúvida, um desafio. Mas com o apoio de toda a equipa, acredito que vamos alcançar muitas conquistas, procurando desenvolver a mobilidade urbana das cidades da Península Ibérica, e ir ao encontro dos padrões internacionais para o futuro das cidades. Estou muito grata pelo voto de confiança da Arrive”, afirma Jennifer Amador Tavares de Sousa, Diretora para Portugal e Espanha da Arrive

"A nomeação da Jennifer reflete o nosso forte compromisso com o mercado ibérico. Após um crescimento sustentado em Portugal, a Arrive está muito feliz por alargar o seu papel a Espanha, ajudando a moldar e a impulsionar a mobilidade urbana em toda a Península", reforça Giuliano Caldo, Regional Manager para a DACH, Ibéria e Itália.

Recentemente sob a chancela da marca Arrive, o grupo líder em soluções de mobilidade urbana expandiu a sua presença global para mais de 20 mil cidades em 90 países.

Sobre a Arive:
A Arrive que inclui marcas como EasyPark, Flowbird, RingGo, ParkMobile e Parkopedia é uma plataforma mundial de mobilidade. Presente em mais de 90 países e 20.000 cidades, a empresa ajuda as pessoas e os decisores a realizar escolhas inteligentes sobre mobilidade urbana e simplificar a experiência de viajar em todo o mundo. A Arrive oferece uma combinação única dos ingredientes base para tornar as cidades mais habitáveis: desde pagamentos inteligentes e parques de estacionamento otimizados até à redução do trânsito com base em dados e apoio ao reinvestimento em transportes públicos e espaços verdes. É mais do que uma funcionalidade, trata-se de poupar tempo e simplificar a experiência de viajar para todos.

Viajar é mais do que uma deslocação, é a forma como Arrive.

Inês Fernandes
Newsline – Agência de comunicação

 

NOVOTECNA PROMOVE EM COIMBRA EXAMES DE CERTIFICAÇÃO EUROPEIA DE SOLDADORES

A Novotecna – Associação para o Desenvolvimento Tecnológico, no âmbito das atividades da Escola Tecnológica e da Escola Técnico Profissional de Soldadura, anuncia o lançamento da primeira edição dos Exames de Qualificação de Soldadores com Certificação Europeia, a realizar-se em Coimbra, no dia 22 de julho.

Esta iniciativa pioneira na região a nível europeu tem como objetivo responder à crescente procura por profissionais qualificados e certificados na área da soldadura, assegurando padrões técnicos exigidos pelas normas europeias EN ISO 9606-1 (MIG/MAG – 131/135) e EN ISO 9606-2 (TIG – 141). A certificação europeia de soldador é reconhecida por empresas nacionais e internacionais, sendo um selo de excelência profissional que valoriza o currículo e potencia a empregabilidade e progressão na carreira.

 

“É um passo significativo para o setor da metalomecânica e para os profissionais da área da soldadura na região Centro. Estamos empenhados em promover a qualificação e a excelência técnica”, refere a direção da Novotecna.

 

A participação nos exames está aberta a todos os profissionais que desejem certificar-se segundo os critérios exigidos pelas normas europeias.

 

Formação Contínua em Soldadura

Paralelamente a esta nova oferta de certificação, a Novotecna dinamiza formações práticas mensais de soldadura com a duração de 30 horas, nas especialidades de:

  1. MIG/MAG
  2. TIG
  3. SER
  4. Oxicorte

As formações decorrem em regime intensivo durante a semana ou aos fins de semana, em grupos mínimos de 8 formandos. Estas ações são indicadas tanto para iniciantes como para profissionais que pretendam atualizar ou aprofundar competências técnicas.

 

Informações e Inscrições

Telefone: 239 497 730 Email: formacao@novotecna.pt Website: www.novotecna.pt

 

Novotecna - Associação para o Desenvolvimento Tecnológico

Rua Coronel Júlio Veiga Simão, 3025 – 307 Coimbra | Coord. GPS: 46.352'N |  25.292' W

Tel:  +351 239 497 730 (chamada para rede fixa nacional)

www.novotecna.pt | www.facebook.com/novotecna

 

NADADORA DA APCC VAI VOLTAR A REPRESENTAR PORTUGAL NUM CAMPEONATO DA EUROPA

 A nadadora Matilde Gaspar acaba de ser convocada para representar Portugal no Campeonato da Europa de Natação para Síndrome de Down, que vai ter lugar em Albufeira, nos próximos meses de outubro e novembro. A atleta da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) terá, desta forma, a sua segunda experiência nesta competição, na qual conquistou quatro medalhas (três de prata e uma de bronze) em 2023.
Esta será a terceira vez que a jovem nadadora participará numa grande prova de topo, tendo já competido também no Campeonato do Mundo de 2024, em que alcançou uma medalha. É este rico palmarés internacional – em que cabem ainda dois recordes seniores e dois recordes juniores europeus – que irá defender no Algarve, onde nadará os 800 e 1500 metros livres, 50, 100 e 200 bruços e 400 estilos. Terá ao seu lado nove outros nadadores portugueses, a quem se juntará para um estágio de preparação no início de outubro.
 
Matilde Gaspar é treinada por Anabela Marto, coordenadora do Departamento de Educação Física e Desporto da APCC, e desde 2016 que participa em provas em representação da Associação. A nível nacional, é a atual campeã de inverno e de verão em quatro provas e detentora de 12 recordes de Portugal.
A natação é um dos desportos mais completos e mais acessíveis, tirando partido da liberdade de movimentos proporcionada pelo meio aquático, sempre num contexto de equidade e segurança. Os interessados em praticar esta ou outras modalidades (como o boccia ou a tricicleta) podem contactar o Departamento de Educação Física e Desporto da APCC através do telefone +351 239 792 120 ou do e-mail desporto@apc-coimbra.pt, para obter mais informação sobre as possibilidades de o fazer na instituição.
 
*Pedro Santos
Comunicação
Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra
ANEXO: Imagem de Matilde Gaspar



Marinha Grande | PASSEIO NA NATUREZA REVELA GEOLOGIA COSTEIRA DE SÃO PEDRO DE MOEL

 O Município da Marinha Grande, em parceria com a Universidade de Coimbra (UC), realiza no próximo sábado, 19 de julho de 2025, entre as 09h30 e as 12h30, um passeio interpretativo pela costa de São Pedro de Moel, intitulado “Geologia à beira-mar”, com ponto de encontro no Posto de Turismo de São Pedro de Moel.
A atividade será orientada por Luís Vítor Duarte, investigador e professor associado do Departamento de Ciências da Terra da UC, e insere-se no programa de sensibilização ambiental da Bandeira Azul, promovido pela autarquia.
O percurso guiado irá decorrer entre os afloramentos rochosos da Praia Velha e de São Pedro de Moel, com o objetivo de dar a conhecer a riqueza geológica da zona costeira da Marinha Grande, nomeadamente as suas arribas calcárias e as formações sedimentares únicas da região.

Durante o passeio, os participantes serão convidados a observar e refletir sobre o valor do património geológico e paleontológico local, assim como sobre os desafios que ameaçam a sua preservação. A interpretação científica será feita de forma acessível, promovendo a literacia geológica e a consciencialização ambiental.
Luís Vítor Duarte tem dedicado grande parte do seu percurso académico ao estudo da geologia da região, sendo autor de diversas publicações científicas que destacam a importância e singularidade do território da Marinha Grande no contexto da história geológica nacional.

A participação é gratuita, mas limitada a 30 pessoas, sendo necessária inscrição prévia através do e-mail: ambiente@cm-mgrande.pt 

*Gabinete de Comunicação e Imagem

Linha de Alta Velocidade: Traçado Aprovado pela Declaração de Impacte Ambiental Confirma Posição Defendida pelo Município de Porto de Mós

 O Município de Porto de Mós tomou conhecimento da emissão de Declaração de Impacte Ambiental (DIA) com decisão favorável condicionada para o projeto da Linha de Alta Velocidade (LAV) entre Porto e Lisboa – Troço Soure/Carregado.

No que diz respeito ao território do concelho de Porto de Mós, a solução agora aprovada corresponde à posição técnica defendida pelo Município, nomeadamente a entrada do traçado no concelho pela Opção A, no sub-trecho 2.2, e a sua saída pela Opção B, no sub-trecho 3.1.
Esta decisão representa um importante reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo Município de Porto de Mós no âmbito do processo de consulta pública, no qual foi apresentada uma proposta técnica clara, fundamentada e alinhada com os interesses do território. A participação ativa do Município teve como prioridade proteger as populações, a economia local, bem como salvaguardar os valores ambientais e paisagísticos do concelho, incluindo a fauna e a flora. A aprovação da solução proposta pelo Município constitui um excelente resultado, assegurando um traçado mais equilibrado e com menores impactes sobre o território do concelho de Porto de Mós.
 
O próximo passo no desenvolvimento do projeto será a abertura do concurso internacional para a elaboração do projeto de execução. O Município de Porto de Mós continuará a acompanhar de forma próxima a evolução dos trabalhos, reafirmando o compromisso com as preocupações já expressas, nomeadamente:

·Minimizar os impactes sobre as populações e atividades económicas locais;
·Preservar os valores ambientais, paisagísticos e patrimoniais do concelho;
·Assegurar a articulação intermunicipal e institucional que permita uma implementação coordenada e eficiente do projeto.

A decisão agora conhecida representa um avanço significativo num projeto de interesse nacional, com implicações diretas para o território do concelho de Porto de Mós, particularmente nas dimensões da mobilidade, da conectividade regional e da gestão integrada do espaço. O Município reitera a sua disponibilidade para colaborar com todas as entidades envolvidas na definição das melhores soluções técnicas e territoriais, assegurando que o traçado da Linha de Alta Velocidade se concretize de forma sustentável e articulada com as necessidades e expectativas da população do concelho.

 
*Patrícia Alves
Gabinete de Comunicação

Opinião Semanal - As câmaras serão o coveiro da imprensa regional

 

Tenho falado nos últimos meses das entidades que nos tutelam, do pouco que nos têm ajudado e das necessidades deste setor no seu todo. Também tenho falado, insistentemente, nas medidas que estão em cima da mesa, como o regulamento da imprensa regional, ou mesmo os apoios previstos, que passam a ter uma componente mais camarária, “obrigando” as câmaras a contribuírem para o orçamento da imprensa regional. Embora não concorde com o acordo alcançado na anterior legislatura, e que penso que se irá manter nesta, é sempre um começo. Mas a este ponto, voltarei, com mais pormenores, e escamotearei, com alguma profundidade, o que realmente nos querem dar e como pode ser um presente envenenado. Mais à frente deste artigo abrirei o apetite para um posterior artigo mais aprofundado.
Neste artigo, e o que interessa, é falar das câmaras e enquadrar o seu papel e a sua relação com a comunicação. Lá nos anos longínquos da década de 90, do século passado, as câmaras eram apenas câmaras. Tinham as suas funções bem definidas, e deixavam à imprensa local a devida tarefa da divulgação e comunicação. Era através da imprensa local que os cidadãos sabiam as novidades, fruto de vínculos muito profundos, entre os jornais e as pessoas. Nascíamos e crescíamos com o jornal ou a rádio local, bem enraizado na nossa forma de viver. Era a nós que as entidades oficiais recorriam para oficializar publicamente as suas decisões, mostrar as suas obras e comunicar com o seu eleitorado, havendo uma equidade na forma de divulgação, para dar espaço ao poder, à oposição e aos cidadãos. Havia desvios? Compadrio? Títulos encostados ao poder ou à oposição? Sim, havia, mas creio que a maioria fazia um trabalho digno de registo.
No final da década de 90 e na viragem do século, as novas tecnologias começaram a evoluir e novas formas de comunicação foram aparecendo. Os portais das câmaras começaram a ser mais user-friendly, e alguém se lembrou que poderiam incluir nos portais uma área de notícias. Não sei quem foi, mas tenho vontade de bater nesse desgraçado. Foi o começo do descarrilamento da imprensa regional. Em poucos anos, as 308 câmaras em Portugal começaram a adaptar os seus portais para terem uma área noticiosa. Não se compreende como é que a entidade para a regulação (ERC) não travou isto. De repente, tínhamos mais 308 jornais (um por cada concelho) a fazer concorrência à imprensa regional. A estes 308 novos jornais encapotados e parciais (pois são autênticas ferramentas de propaganda do poder instalado), juntaram-se mais umas centenas de Juntas de Freguesia, as maiores, diga-se, que também queriam desta forma ter portais de comunicação. E a ERC continua calada e deixa a coisa andar. Depois, como que não satisfeitos, muitas das câmaras e juntas começam a imprimir boletins de comunicação, a que dão nomes variados (boletim, agenda, sumário da atividade, etc.). Na verdade, são publicações que distribuem gratuitamente, com a propaganda do poder instalado. E a ERC continua calada como sempre. Nada faz para defender a imprensa regional. Como a ERC nada fez para travar esta monstruosidade, as câmaras foram mais longe. E mais longe. E mais longe. Agora, já têm TVs Regionais e autênticos gabinetes de comunicação (vulgo redação), onde investem anualmente centenas de milhares de euros. Mas ainda têm mais. Muitas câmaras têm também jornais em formato tabloide, que distribuem pelos seus munícipes, contendo também muitos deles spots publicitários de “empresas amigas do sistema”. Em suma, desvirtuou-se todo o papel da imprensa regional, não se vedando a possibilidade de serem “jornalistas” de propaganda, encapotados. Se estão dentro da lei? NÃO. Não creio que uma câmara municipal possa contratar jornalistas e deter órgãos de comunicação social, a fazerem concorrência direta à imprensa local. O que está mal? A falta de coragem do regulador em enfrentar esta situação. Não há, nem pode haver na lei, nenhuma exceção, para que uma entidade pública se substitua à imprensa devidamente registada e auditada pelo regulador. Isso é impensável. É um autêntico atentado à liberdade de expressão, porque estes órgãos encapotados na prática são meros instrumentos propagandistas. Então e porque não se atua? Porque não se denuncia? Porque não se instaura um processo coletivo contra as câmaras? Porque não se pressiona a ERC e o governo? Porque o jornalismo e os jornalistas regionais têm andado a dormir, foram amaciados com 30 dinheiros, para fecharem os olhos a esta situação. Há que tomar posições. Há que restaurar o equilíbrio. As duas associações do setor já se deveriam ter mexido há muito, para combater esta monstruosidade. Mas pensam que querem saber disto? Claro que não. E sabemos bem a razão.
Com esta estratégia local por parte das câmaras e juntas, inicia-se, no início do século um esvaziamento da imprensa regional. Acelera-se a sua morte, pois não se compensa o jornalismo e os jornalistas regionais com medidas protetoras, para não falar em medidas compensadoras. É exatamente a mesma situação em que eu, sem formação em medicina, quisesse abrir um consultório médico para atender doentes, ou sem formação na área educacional, quisesse dar aulas, e podia continuar aqui mais duas ou três páginas a dar exemplos.
Para ajudar ainda mais ao enterro da imprensa, neste momento, uma das propostas em cima da mesa do ministro Leitão Amaro, aprovado na anterior legislatura, com a conivência da ANIR e da API (duas das maiores associações de imprensa em Portugal), é a de criar uma espécie de subsídio para a imprensa regional (apenas alguma, note-se), em que as câmaras, e mediante determinados critérios, subsidiem diretamente alguns órgãos de comunicação regionais, escolhendo-se apenas os que interessam. Aliás, essa listagem essa “cozinhada” por estas duas associações e o governo, em que ficam de fora por exemplo, a imprensa digital, que representa já 63% do setor regional. Ou seja, a mama continua para os mesmos (os regionais que estão juntinhos ao poder), e todos os outros, que são 80% do setor, vão morrer à beira da praia. Mais uma vez as câmaras vão ter um papel fundamental na destruição da imprensa regional.
E quem se está a mexer para tentar inverter esta situação? Praticamente ninguém. Continuamos a dançar o tango, em que nos deixamos conduzir por outros. Somos a parte passiva da dança e vamos dançar em direção ao matadouro.
Então, o devemos fazer para lutar? Fazer o que fazemos melhor. Escrever, escrever e escrever ainda mais. Façamos da caneta a nossa espada aguçada. Divulguemos o que está mal, apoiemos causas que visem restaurar a nossa honra, escrevamos sem receios de retaliação. Só assim, as coisas começarão a mudar. Só assim iniciaremos alguma coisa que possa ter consistência e permita que se crie uma consciência coletiva forte o suficiente para mudar mentalidades, e forçar o governo e o regulador a criarem condições dignas de apoio ao jornalismo regional.
Colegas de profissão, proprietários de jornais e comuns leitores, todos juntos devemos encarar este desafio como uma missão de restaurar o equilíbrio há muito perdido, altura em que tínhamos uma imprensa livre, em que tínhamos informação de qualidade e isenta de pressões. Hoje, infelizmente, temos artigos “martelados”, artigos “encomendados” e artigos que nos lavam a mente e nos direcionam para os objetivos eleitorais ou mercantilistas, de quem mexe os cordelinhos por detrás da cortina.
Esta promiscuidade entre o poder e a imprensa regional corrupta tem de ser tornada publica, tem de sair para a rua e erradicada de uma vez por todas, em nome de milhares de profissionais que honram a sua profissão e que sofrem pelas condições de trabalho que têm, para benefício de meia dúzia de corruptos que se impregnaram no sistema.
Ando aqui há quase 30 anos a fazer artigos jornalísticos, já corri meio mundo e nunca dependi de nenhuma câmara para pagar as minhas contas. Não vai ser agora que vou mudar, isso vos garanto. E garanto-vos mais uma coisa. Pode a vaca tossir, ou o porco andar de bicicleta, mas este profissional da imprensa regional vai mover montanhas e só vai descansar quando estivermos no rumo de onde nunca devíamos ter saído há trinta anos. Quem quiser que diga presente. Quem quiser que dê um passo à frente. Garanto-vos que não vão ser bonitos os confrontos, mas no fim haveremos de prevalecer, em nome da verdade, da justiça e do nosso setor amplamente debilitado.

*José Vieira – Jornalista e Presidente da Mesa da Assembleia Geral da APMEDIO (Associação Portuguesa dos Media Digitais Online)

Para assistir a 18 de julho, a partir das 9h30, na Faculdade de Direito - Escola do Porto.Universidade Católica promove Conferência sobre a nova Proposta de Lei da Nacionalidade


Académicos e profissionais do setor jurídico vão debater os fundamentos estruturantes da política de nacionalidade, os desafios de compatibilização com o direito internacional, europeu e constitucional, bem como as consequências práticas da reforma na sua aplicação quotidiana, incluindo no domínio penal. A conferência "A Nova Proposta de Lei da Nacionalidade: Princípios, Problemas e Perspetivas", organizada pela Faculdade de Direito - Escola do Porto da Universidade Católica Portuguesa, vai decorrer a 18 de julho, pelas 9h30, no Porto. Está confirmada a presença de Rui Armindo Freitas, Secretário de Estado Adjunto da Presidência.
Num momento em que a proposta de alteração à Lei da Nacionalidade (n.º 1/XVII/1.ª) se encontra em discussão no Parlamento, esta conferência “A Nova Proposta de Lei da Nacionalidade: Princípios, Problemas e Perspetivas" pretende fomentar uma análise crítica, plural e juridicamente rigorosa das alterações ao regime da nacionalidade portuguesa. As alterações propostas podem ter um impacto significativo na vida de muitos estrangeiros que desejam obter a nacionalidade portuguesa, tornando o processo mais exigente em alguns casos e mais claro em outros.

A conferência contará com intervenções de Rui Armindo Freitas (Secretário de Estado Adjunto da Presidência), de Rui Moura Ramos (Universidade de Coimbra), de Patrícia Jerónimo (Universidade do Minho), de Jorge Pereira da Silva (Universidade Católica Portuguesa), de Marta Vicente (Universidade Católica Portuguesa), de Conceição Cunha (Universidade Católica Portuguesa), e de Vitória Andrade e Silva (Instituto Registos e Notariado). Um evento com coordenação científica de Manuel Fontaine Campos (diretor da Faculdade de Direito – Escola do Porto da Universidade Católica Portuguesa) e de Francisco Quelhas Lima (Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa).

“Através da organização de uma Conferência sobre a Lei da Nacionalidade, a Faculdade de Direito – Escola do Porto pretende contribuir para uma reflexão transversal sobre o futuro da nacionalidade em Portugal, cruzando perspetivas teóricas e operacionais num momento decisivo de reconfiguração legislativa,” refere Manuel Fontaine, diretor da Faculdade de Direito – Escola do Porto da Universidade Católica Portuguesa.

Entre os temas em debate estarão as alterações ao regime de atribuição de nacionalidade a filhos de estrangeiros nascidos em Portugal – que passam a exigir três anos de residência legal dos progenitores e manifestação expressa de vontade. Os novos critérios de naturalização, mais exigentes, incluindo maior tempo de residência e conhecimento da cultura portuguesa. Bem como questões relacionadas com a perda da nacionalidade, nomeadamente quando cidadãos naturalizados há menos de 10 anos cometeram certos crimes graves, e com os possíveis efeitos retroativos da nova lei.


*Raquel Belo

Proença-a-Nova | CLDS 5G Proença-a-Nova celebra o Dia dos Avós em Sobreira Formosa


No próximo dia 27 de julho de 2025, o CLDS 5G, com o apoio do Município de Proença-a-Nova, promove uma celebração especial do Dia dos Avós, numa tarde recheada de atividades pensadas para reforçar os laços entre gerações e homenagear o papel fundamental dos avós na estrutura familiar. O evento terá lugar entre as 16h00 e as 20h00, no Largo da Devesa, em Sobreira Formosa.
A tarde contará com um conjunto de atividades lúdicas e culturais, entre as quais se destacam os jogos de água, insufláveis, colour party, sessões fotográficas e um lanche oferecido pela Junta de Freguesia de Sobreira Formosa e Alvito da Beira. A animação musical ficará a cargo da acordeonista Ana Sofia Campeã, num espetáculo que promete animar todas as idades.

Esta iniciativa, promovida pelo CLDS 5G Proença-a-Nova em articulação com o Município de Proença-a-Nova, tem como objetivo valorizar a sabedoria e o carinho que os avós representam, criando um espaço de convívio entre avós, netos e restante comunidade.

As inscrições são obrigatórias e devem ser efetuadas na Junta de Freguesia da área de residência até ao dia 18 de julho de 2025.

*Andreia Gonçalves
Unidade de Comunicação, Turismo e Eventos



CATARIMA MARQUE EM DESTAQUE NA 6ª MEIA MARATONA TRAILAREIAS DO CAETANO


Realizou-se manhã de domingo dia 13 de julho a 6ª Meia Maratona Trail Areias do Caetano – MMTAC, organizada pelo Centro Cultura e Recreio de São Caetano, com o apoio do Municipio de cantanhede e da Junta de Freguesia de S. Caetano, com uma prova de corrida de 12km e uma caminhada.

Participaram 2 atletas da Secção de Ar Livre e Aventura da Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, na prova de 12km, tendo a atleta Catarina Marques, alcançado a 2ª posição na classificação geral feminina, 1º lugar no escalão F40.
No sector masculino José Mendes, alcançou o 52º lugar na classificação geral masculino, e o 23ºlugar no escalão de MSénior.

Destaque para os resultados e lugares de pódio da geral e escalão da atleta Catarina Marques.

Com o apoio:
  • Fisioterapeuta Ana Taraio
  • Luisa Cabeleireiro
  • Mariana Andrade Martins Nutricionista
  • Óptica Loisas Loisas - Zeiss
  • Fisiobaía - Terapias diferenciadas
  • Streetsport Animação Turística
  • Fisio André Viegas
NH Fitness Athletes - Preparação Física e Alta - Performance (Nelson Heleno)

Mobilidade Ativa em Aveiro: o que falta fazer – Carta aberta aos candidatos às Eleições Autárquicas 2025


Nos últimos 10 anos, a Ciclaveiro tem sido uma voz ativa, construtiva e persistente pela promoção da mobilidade sustentável e ativa no Município de Aveiro. Temos contribuído de forma contínua com pareceres, propostas, sugestões técnicas e visões estratégicas. Fomos partilhando conhecimento, apontando caminhos, alertando para riscos e oportunidades, com um único objetivo: tornar Aveiro uma cidade mais humana, acessível, segura e preparada para os desafios climáticos do presente e do futuro.

Os documentos que produzimos entre 2016 e 2025 são prova clara do nosso compromisso, em forma de contributos e partilhados em momentos estratégicos, desde projetos estruturantes, operações financiadas, como o PEDUCA, à revisão de planos urbanos e medidas de emergência durante a pandemia.

Na esperança de que o próximo ciclo político traga uma mudança de postura, mais abertura à participação cidadã e maior ambição na política de mobilidade, dirigimo-nos agora aos partidos e candidatos. Consolidamos e disponibilizamos todos os documentos, ideias e exercícios produzidos ao longo dos anos, com propostas que continuam atuais e que podem ser úteis na construção dos vossos programas eleitorais e visões para a cidade.
A Ciclaveiro sempre preconizou uma posição de independência e equidistância entre forças políticas, mas sempre reconhecendo a importância das estruturas políticas locais como organismos essenciais e vitais para gestão da mudança do paradigma da mobilidade. Nesse sentido, com o desprendimento ideológico que nos caracteriza, partilhamos com todos o trabalho desenvolvido pela nossa associação, para vosso usufruto e adoção de algumas das nossas ideias nos vossos conteúdos programáticos.

Estes documentos continuam disponíveis online e atualizados no nosso site www.ciclaveiro.pt

Aveiro pode – e deve – ser uma cidade onde caminhar e pedalar sejam escolhas seguras, naturais e acessíveis para todos, desde a infância até à idade mais avançada. Esperamos que o próximo mandato traga finalmente a coragem política necessária para o fazer acontecer.

Ciclaveiro – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta
Julho 2025