domingo, 13 de julho de 2025

Festival internacional decorre entre 18 e 20 de julho. Marmostra bate recordes no regresso à Praia da Tocha

 
A Praia da Tocha volta a ser palco, entre os dias 18 a 20 de julho, do Marmostra - International Film Festival, uma celebração do cinema e da cultura contemporânea com os pés na areia e os olhos postos no grande ecrã. Este ano, o festival muda-se para o jardim da Associação de Moradores da Praia da Tocha (AMPT), um espaço mais verde e acolhedor, mas mantém intacto o espírito livre e comunitário que o tornou único.
Nesta 8.ª edição, o festival bateu recordes. “Chegaram à plataforma FilmFreeway mais de 2.000 submissões de curtas-metragens, de mais de 100 países diferentes. No total, foram 18 filmes selecionados, entre produções de Portugal, Brasil, Índia, Colômbia, França e Estados Unidos”, revelou Paulo Delgado, fundador deste projeto e dinamizador do certame.
A diversidade de estilos e narrativas espelha bem o objetivo do Marmostra: abrir espaço a histórias de todos os cantos do mundo, mas que encontrem na Praia da Tocha um lugar para serem ouvidas, vistas e partilhadas. Mais do que um festival de cinema, o Marmostra é um encontro. Entre realizadores e público, entre música e imagem, entre a tradição e a experimentação. É uma oportunidade para quem gosta de cinema, mas também para quem gosta de sair de casa, ver coisas novas e sentir que faz parte de algo maior.
O vice-presidente da Câmara Municipal, com o pelouro da Cultura, Pedro Cardoso, destacou “a relevância das vertentes cultural, social, turística e ambiental do Marmostra, um festival que é uma celebração da criatividade, do talento de cineastas independentes ou amadores, assim como entusiastas de cinema. Um festival de cinema com cada vez mais prestígio e reconhecimento como confirma o número crescente de participantes e a qualidade da programação desta edição”.
Na apresentação que decorreu sábado, 12 de julho, o presidente da AMPT, Hélder Gonçalves, mostrou-se mais uma vez confiante “no êxito desta edição e do interesse crescente que esta iniciativa cultural terá para a Praia da Tocha”.
Já o presidente da Junta de Freguesia da Tocha, José Manuel Cruz, destacando as edições anteriores de sucesso, acredita que “a edição deste ano vai confirmar mais uma vez o Marmostra como um festival internacional e uma oportunidade de promover o cinema, mas também a Praia da Tocha.”
Por sua vez, Alexandre Vaz, diretor do Festival Internacional Marmostra, apresentou o programa e recordou os objetivos do certame, de “promoção da cultura e do cinema, estimulando a participação e o envolvimento de gentes de geografias muito diversas, neste festival que celebra a sétima arte”.
A 8.ª edição tem início a 18 de julho, com uma arruada pelas ruas da Praia da Tocha, pelas 14h30, a cargo dos irreverentes Ursos das Gaitas, que prometem chamar a atenção da população e guiar o público até ao novo recinto do festival.
A sessão de abertura decorrerá pelas 16h00 e ainda nesse dia, às 17h00, realiza-se a primeira parte do workshop gratuito “Luz, Telemóvel, Ação”, com Nuno Gervásio, um nome incontornável do storytelling digital e da programação cultural em Portugal.
Criativo, argumentista e responsável pelo Shortcutz Lisboa, Nuno Gervásio vai partilhar ferramentas práticas e criativas para transformar qualquer telemóvel num dispositivo de criação audiovisual.
Ao final da tarde, pelas 19h00, Bernardo Freire abre espaço para à conversa com três realizadores em competição: João Leal, com a curta “A Gandra”, Danilo Godoy, com “Homeseek” e Miguel Afonso Carranca, com “Unicorn Hunting”. A noite terminará com a primeira sessão de projeção de curtas-metragens, entre as 21h30 e as 23h00.
No sábado, 19 de julho, o dia começa com uma proposta de expressão coletiva: a pintura de um painel sobre cinema, às 10h30, junto à sede da AMPT.
À tarde, pelas 17h00, realiza-se a segunda parte do workshop de vídeo mobile com Nuno Gervásio. Mais tarde, às 19h00, é a vez do podcast ao vivo “Freire & Fajardo no Cinema”, no Jardim da AMPT, com a presença de Paulo César Fajardo, realizador e documentarista com uma carreira ligada ao audiovisual, à televisão e à criação de projetos culturais na região Centro. A sessão de curtas da noite voltará a ter início às 21h30.
A noite de 20 de julho promete ser memorável. Pelas 20h00, sobe ao palco do jardim da AMPT a The Hangover Band, de Cantanhede, para um cine-concerto que junta música e cinema num só momento. Com mais de uma década de estrada, os Hangover aliam versatilidade, energia e um repertório que atravessa décadas de música — do rock ao funk, do blues ao pop. Logo depois, pelas 21h30, acontecerá a última sessão de projeção de filmes, antes do aguardado anúncio dos vencedores, às 23h00.
A entrada é, como sempre, gratuita.

Greve procuradores I segunda - feira, 14 de julho : Porto, Braga, Aveiro, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança

Porto, 13 de julho de 2025 - Depois da greve nacional promovida pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) prossegue esta segunda-feira, 14 de julho, na Procuradoria-Geral Regional do Porto, mais uma paralisação regional, abrangendo desta vez seis comarcas: Porto, Braga, Aveiro, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança.

Um representante do SMMP estará disponível para prestar declarações e fazer um ponto de situação a partir das 09h30, no DIAP do Porto, situado na Rua de Camões, 155.

Na terça-feira, 15 de julho, o protesto do SMMP termina com duas paralisações: na Procuradoria - Geral Regional de Évora e na Procuradoria - Geral Regional de Coimbra.

Gabinete de Imprensa
*Rogério Buno de Matos
`**Ana Clara Quental

Opinião - Ela disse mesmo, "o humor que não ofenda não existe"?


Há frases que parecem soltas, mas dizem muito sobre quem as diz. Joana Marques afirmou: “o humor que não ofenda não existe”. Disse-o com naturalidade, como se fosse uma verdade que não precisa de explicação. O seu advogado repetiu que o humor sempre foi tolerado ao longo da História. E Ricardo Araújo Pereira apressou-se a defender que a liberdade de expressão não tem limites. Mas quando olhamos com atenção, percebemos que estes argumentos não servem para proteger a liberdade — servem para proteger quem os diz.

Em Portugal, há hoje um núcleo bem estabelecido de figuras públicas — humoristas, comentadores, apresentadores e jornalistas — que se defendem mutuamente sempre que alguém de fora os questiona. São presenças regulares nos mesmos programas de comédia, nas crónicas de opinião e nos painéis de comentário. Têm visibilidade constante e, acima de tudo, influência. E criaram um ambiente onde qualquer crítica ao que fazem é logo apresentada como um ataque à liberdade. Só que essa liberdade — no discurso deles — só parece aplicar-se aos seus próprios círculos.
Ricardo Araújo Pereira já não representa a figura do humorista independente. Está instalado num espaço mediático confortável, onde o poder de fazer rir se mistura com o poder de condicionar o debate público. No seu programa, aparecem com frequência jornalistas que entram na brincadeira como se fossem parte do elenco. E agora que é preciso noticiar com seriedade o caso de Joana Marques, a pergunta impõe-se: estarão a informar o público com imparcialidade?

Os jornalistas que participam com regularidade na crítica política humorística de RAP — comentando, rindo, apoiando e até ajudando a construir a narrativa — podem comprometer a sua independência. Tornam-se parte ativa de um projeto que não é apenas humorístico, mas também político e opinativo. Essa ligação pública e constante levanta uma exigência ética clara: quando esses mesmos jornalistas são chamados a cobrir ou comentar temas que envolvem esse universo, continuarão a fazê-lo de forma neutra?

Esta ligação umbilical entre jornalistas e humoristas não poderá levar-nos a ler as notícias que contornam os factos essenciais? A ouvir comentários que relativizam tudo? A presenciarmos a uma hesitação visível em fazer perguntas incómodas? Quem deveria relatar não poderá acabar por proteger? Quem deveria informar, pode hesitar em desagradar. E quem deveria manter distância, pode ficar tentado em entrar em cena.

Quem tem poder para publicar artigos de opinião contra as posições de RAP e Joana Marques, pode simplesmente não publicar e meter a opinião de quem pensa de forma contrária, “na gaveta” …

A esta promiscuidade mediática, Ricardo Araújo Pereira gosta de dizer, com aparente modéstia nos seus programas, que não tem qualquer poder — como se o rótulo de humorista o desresponsabilizasse do impacto que tem. No entanto, apresenta, comenta, ridiculariza e influencia. E os seus parceiros de painel seguem a mesma linha: alguns com cargos de assessoria junto da Presidência da República continuam a marcar presença na comédia política como se não estivessem ligados ao poder. Apresentam-se como meros consultores, como se isso apagasse a influência real que exercem na opinião pública e nos bastidores do Estado. Curiosamente, nunca — mas nunca — se reconhecem como parte de uma elite. Essa falsa modéstia tornou-se uma estratégia eficaz: colocam-se fora da estrutura de poder — enquanto ajudam, de forma ativa, a definir o tom com que os outros são avaliados.

Esta estratégia comunicacional faz-me lembrar o filme Man of the Year, onde Robin Williams interpreta um humorista que chega à presidência dos EUA, sem nunca deixar de repetir que “é só comediante”. A sátira torna-se poder, mas ele finge continuar de fora. Em Portugal, vemos o mesmo: há quem comente, goze, molde o debate — e depois diga, com um sorriso cínico, que “não tem poder nenhum”. Como se fosse possível estar em palco todos os dias e não ter responsabilidade nenhuma pelo que se diz.

É por isso que este caso não é apenas sobre humor. É sobre influência. Sobre o poder que certos grupos têm para gozar com os outros, manipular vídeos, criar montagens — e depois dizer que era “só uma piada”. E quando as pessoas visadas, como foi o caso dos músicos Anjos, reagem, os mesmos de sempre aparecem para dizer que “é só humor”, que “não houve má intenção”, e que “estamos num país livre”.

No outro caso mediático que se passa nos tribunais portugueses temos com mais evidência o poder desta classe junto da perceção publica: bastou a José Sócrates criticar os jornalistas, para que muitos deles se apressassem a desligar-lhe o microfone — quase em bloco, como retaliação corporativa. Disseram que não queriam “dar palco” a um arguido. Os jornalistas não foram escolhidos para defenderem a sua classe — foram escolhidos para servir o interesse público. E esse interesse exige ouvir, mesmo quando incomoda. É essa neutralidade que está a desaparecer: no humor, no comentário e, agora, no jornalismo.

Mas liberdade de expressão não quer dizer liberdade para manipular, esconder, distorcer ou atacar sem consequências. Quando uma montagem gera ameaças, perdas e medo, não há desculpa que disfarce o efeito. O que está aqui em causa não é humor — é poder. E quem o usa desta forma não está a fazer rir: está a impor-se.

No fundo, a frase “o humor que não ofenda não existe” acaba por ser a confissão que desmonta tudo. Porque se o humor precisa obrigatoriamente de ofender, então aquilo que chamam humor não passa de ataque com cobertura. E se essa é a única forma de fazer rir, talvez o que falta não seja liberdade.

Talvez o que falta seja talento.

*Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor

Apresentação de Rui Cordeiro à Junta de Freguesia de Esgueira Caixa de entrada

 
Um compromisso sério, com Esgueira e com Aveiro.
Na sexta-feira, a sala do Centro Cultural de Esgueira foi pequena para albergar a enorme onda de apoio aos candidatos Rui Cordeiro – à Junta de Freguesia de Esgueira – e Luís Souto Miranda, à Câmara Municipal de Aveiro, pela Aliança Mais Aveiro. Foi um momento pujante, de emoção e envolvimento, mas, sobretudo, de compromisso sério, de palavra dada. De promessas para cumprir.
O problema do estacionamento
Em conjunto, Rui Cordeiro e Luís Souto Miranda assumiram vários compromissos para a freguesia de Esgueira. Numa linha de trabalho em que a freguesia e a autarquia, a partir de 12 de outubro, terão os laços reforçados. O mais premente é, sem dúvida, a questão do estacionamento:
“Como qualquer um de vós aqui presente, estamos seriamente preocupados com a situação dramática vivida em Esgueira, com o problema da falta de estacionamento, principalmente no centro da freguesia. Não será um problema fácil de resolver, antes pelo contrário, mas tudo faremos, em colaboração com as entidades competentes, nomeadamente Câmara Municipal, particulares ou outros, para tentar minorar este problema no prazo mais reduzido que for possível”
Rui Cordeiro
“Estamos muito atentos e conhecedores dos problemas de falta de estacionamento na freguesia de Esgueira e este será, talvez, o problema número um e vamos empenhar-nos em o resolver. Já temos estudos, propostas e soluções”.
Luís Souto Miranda
Uma Esgueira mais próxima
Preocupação transversal, a questão do apoio aos jovens e aos seniores tem sido uma das bandeiras da Junta de Freguesia de Esgueira nos últimos doze anos.
O exemplo mais evidente, pelo sucesso, é o do projeto “Velhotes Ativos”, que Rui Cordeiro quer manter e fazer crescer, com outras duas sugestões pensadas: “Os Vizinhos Solidários” e “As Gerações em Movimento”.
Para além disso, o candidato defende ainda uma junta mais “aberta aos cidadãos”, promete “ações de proximidade, de saber ouvir”, para que seja possível, de uma forma mais geral ter mais e melhor qualidade de vida: “queremos dar cada vez mais atenção às pequenas e grandes coisas: manutenção e gestão dos cemitérios, novos passeios onde não existam, passeios a necessitar de reparação, iluminação pública, limpeza urbana regular, limpeza de tanques e fontanários, zonas verdes bem cuidadas e novos espaços de lazer; ruas mais seguras, caminhos pedonais e cicláveis, transportes públicos mais eficazes e soluções para pessoas com mobilidade reduzida”.
O poder da palavra dada
“Só prometemos o que podemos efetivamente cumprir, porque as nossas propostas são compromissos de honra com os nossos concidadãos. O compromisso que assumimos com cada freguesia, com cada associação, com cada instituição, é um contrato à prova de bala, é para cumprir mesmo”, avança Luís Souto Miranda, rejeitando “números de ilusionismo programático”, ou prometer “tudo a todos” como “se houvesse dinheiro para cumprir todas essas promessas”.
“Somos nós que fazemos a nossa agenda”, esclarece, garantindo que na Aliança Mais Aveiro, o programa é feito “de baixo para cima”, com as ideias – muitas – recolhidas ao longo dos últimos três meses nas visitas às dez freguesias do concelho, ouvindo as pessoas, numa política real de proximidade, onde todos importam.
“O projeto da Aliança Mais Aveiro preocupou-se em construir um programa eleitoral assente na seriedade das ideias, assente no rigor e nas contas certas do Município, que tanto sacrifício exigiu aos aveirenses para serem recuperadas devido à última governação socialista”.

Por Esgueira e em Esgueira
Dentro do rigor, as propostas da Aliança Mais Aveiro para Esgueira foram elencadas pelo candidato Luís Souto Miranda, como compromissos: “O Parque Aventura será melhorado, valorizado e alargado, tornando-se mais acolhedor, limpo e atrativo; Os espaços verdes e de lazer são uma trave mestra do programa e vamos concretizá-la, vamos requalificar a Rua da Ribeira de Esgueira, fazendo a ligação do Parque Aventura aos passadiços e ao Cais da Ribeira, com a construção de um parque de Lazer e com uma via ciclável e pedonal; A falta de espaços viáveis para as atividades de diversas associações encontrará resposta na afetação da Escola das Cardadeiras, que deixará de ser utilizada para o ensino; vamos requalificar a rotunda do “Rato” e criar um novo acesso de ligação da Avenida Europa ao centro da Freguesia, resolvendo a circulação e o trânsito”.

O Pavilhão-Oficina e o desporto
Assumindo, desde o primeiro dia, como um projeto de continuidade, Luís Souto Miranda foi assertivo e contundente quanto à construção do Pavilhão-Oficina, nas imediações do Municipal de Aveiro: “O Pavilhão-Oficina é mesmo para avançar. Não vamos parar nada. Faz algum sentido haver uma proposta em 2025 para parar tudo, pensar tudo, perder mais 10, 20 anos? Se está em condições de ser financiado e construído, connosco é mesmo para avançar”.
Quanto aos clubes e associações locais, o candidato da Aliança refere dois, dos muitos, exemplos, de trabalho de qualidade, assumindo que com ele, “chegou a hora do Esgueira”, clube que faz um trabalho notável no basquetebol, assim como a Associação Desportiva de Taboeira, no futebol de formação.

Lista de todos os membros da Aliança Mais Aveiro à Freguesia de Esgueira
Ana Félix; Ana Maria Silva; Ana Oliveira; André Janicas; André Rodrigues; Aníbal Martins; António José Pinto; Arminda Sousa; Bolon Sauané; Carina Almeida; Carla Figueiredo; Carla Tavares; Carlos Cruz; Carlos Silva; Catarina Ribeiro; Clara Moreira; Cristina Veiga; Diogo Guiomar; Emília Costa; Érica Carvalhal; Fábio Cardoso; Fátima Santos; Fernanda Carvalhal; Filipa Santos; Francisco Corujo; Humberto Rodrigues; Isa Rosa; Isabel Barbosa; Jacinto Lufilakio; João Pinto; Jorge Caetano; José Vaz; Laura Gomes; Leonor Santos; Manuel Júnior; Margarida Fernandes; Maria Cristo; Mário Mendonça; Marta Gonçalves; Marta Peixoto; Paulo Quina; Pedro Costa; Rita Vieira; Ruben Santos; Rui Duarte; Sandra Castro; Sandra Pinto; Tiago Caetano; Tiago Maia; Tomás Cardoso; Vanessa Almeida; Viriato Santos.

Contamos com a vossa colaboração.
Com as Pessoas. Por Aveiro.