sábado, 19 de agosto de 2017

O QUE PREPARA O PRESIDENTE MACRON


Thierry Meyssan*

A inquietação apodera-se dos Franceses que descobrem —embora um pouco tarde— não conhecer o seu novo Presidente, Emmanuel Macron. Interpretando as suas recentes declarações e os seus actos em relação ao relatório que redigiu em 2008 para a Comissão Attali, Thierry Meyssan antecipa a direcção para a qual ele está «En marche!» («Em marcha»).

Desde o acidente cerebral de Jacques Chirac, a França não mais teve uma presidência efectiva. Durante os dois últimos anos do seu mandato, ele deixou os seus ministros Villepin e Sarkozy digladiarem-se entre si. Depois, os Franceses elegeram duas personalidades que que não chegaram a personificar a função presidencial, Nicolas Sarkozy e François Hollande. Então, eles escolheram guindar Emmanuel Macron ao Eliseu, pensando, assim, que impetuoso jovem era capaz de assumir a governança.

Contrariamente às campanhas eleitorais precedentes, a de 2017 não foi alvo de debates de fundo. Quando muito, pudemos constatar que todos os pequenos candidatos (isto é, aqueles que não eram apoiados pelos grandes partidos) contestaram profundamente a União Europeia, que todos os candidatos principais içavam, esses sim, aos píncaros.

O essencial da campanha foi um folhetim quotidiano denunciando a suposta corrupção da classe política em geral, e do candidato favorito, François Fillon, em particular; uma narrativa típica de «revoluções coloridas». Como em todos estes modelos, sem excepção, a opinião pública reage apoiando o «bota-abaixismo» : tudo o que era velho estava corrompido, tudo o que era novo era certo e bom. Ora nenhum dos crimes de que todos falavam foi provado.

Nas revoluções coloridas precedentes, a opinião pública levava de três meses (a Revolução do Cedro, no Líbano) a dois anos (a Revolução das Rosas, na Geórgia) a acordar e a descobrir ter sido manipulada. Ela voltou a virar-se então para o que restava da primeira equipe. A arte dos organizadores das revoluções coloridas consiste, pois, em realizar sem espera as mudanças que os seus comanditários entendem operar nas instituições.

Emmanuel Macron anunciou com antecedência que iria reformar de urgência o Código do Trabalho, utilizando, para isso, o expediente de despachos. Além disso, ele anunciou importantes reformas institucionais: modificação do Conselho Económico e Social, diminuição — «despedimento» deveria dizer-se em termos de gestão empresarial — para metade do número de eleitos a todos os níveis, e elementos de «moralização» da vida política. Todos estes projectos se situam na linha do relatório da Comissão para a libertação do Crescimento francês de 2008, da qual Jacques Attali foi o presidente e Emmanuel Macron o secretário geral-adjunto.

O Código do Trabalho

Em relação ao Código do Trabalho, há efectivamente um amplo consenso para o adaptar às situações económicas contemporâneas. No entanto, tendo em conta os documentos preparatórios disponíveis, o Governo coloca-se fora desse consenso. Ele planeia abandonar o sistema jurídico Latino para adoptar o que está em vigor nos Estados Unidos. Um empregado e o seu patrão poderiam, assim, negociar entre eles um contrato contrário à lei. E, para que não restem dúvidas sobre a amplitude e a importância desta reforma, o sistema de ensino deverá formar crianças bilingues em Francês-Inglês no final da escola primária.

Jamais tal mudança de paradigma foi debatido em França. No máximo, foi evocado aquando dos debates parlamentares sobre a lei El Khomri /Macron de 2016. Alguns observadores tinham salientado que a preeminência das negociações de empresa sobre acordos sectoriais abria a via a uma possível viragem para o Direito norte-americano.

Tal escolha é tanto mais surpreendente quanto embora os Estados Unidos constituam a primeira potência financeira no mundo, eles foram largamente ultrapassados no plano económico por países tão diversos como a China ou a Alemanha. Além disso, se o Reino Unido respeitar o voto dos seus cidadãos, e prosseguir a sua saída da União Europeia, esta não mais será dominada pelo modelo financeiro anglo-saxão, mas antes pelo modelo económico da Alemanha.

As instituições

Em relação à reforma das instituições, é surpreendente constatar que, mesmo que as reformas previstas pelo Presidente Macron se possam mostrar excelentes, nenhuma é aguardada pelos Franceses. Ninguém tinha até agora posto em causa uma plétora de parlamentares ou vereadores. Pelo contrário, inúmeros relatórios denunciaram a acumulação de sucessivo estratos administrativos (municípios, grupos de municípios, departamentos, regiões, Estado) e a proliferação de comités inúteis(«Comités Theodule»).

Na realidade, o Presidente Macron avança mascarado. O seu objectivo a médio prazo, amplamente anunciado desde 2008, é a supressão de comunas e de departamentos. Trata-se de homogeneizar as colectividades locais francesas dentro do modelo já imposto por todo o lado no resto da União Europeia. O Eliseu, rejeitando a experiência histórica dos Franceses, considera que eles podem ser administrados como todos os outros Europeus.

A reforma do Conselho Económico e Social permanece incerta. No máximo sabe-se que se trataria ao mesmo tempo de dissolver os incontáveis «Comités Theodule» e de lhe confiar o diálogo social. O falhanço de Charles de Gaulle sobre este assunto, em 1969, leva a pensar que se esta reforma tivesse sido realizada, não seria para resolver um problema, mas, antes para o enterrar definitivamente. Com efeito, muito embora o diálogo social decorra no presente ao nível de sectores, a reforma do Código do Trabalho irá privar este diálogo de objeto concreto.

Em 1969, o Presidente De Gaulle tinha-se resignado novamente a abandonar o seu velho projecto de «participação», quer dizer de redistribuição do aumento de capital das empresas entre os seus proprietários e os seus empregados. Ele havia, pelo contrário, proposto fazer participar o mundo do Trabalho no processo legislativo. Para o conseguir, imaginara fazer a fusão do Conselho Económico e Social com o Senado, de modo que a Câmara Alta reunisse ao mesmo tempo representantes das Regiões e do mundo do Trabalho. Acima de tudo, ele havia proposto que esta Câmara não pudesse mais redigir as leis, por si própria, mas que emitisse pareceres sobre qualquer texto antes do mesmo ser debatido pela Assembleia Nacional. Tratava-se, portanto, de dar um poder de pronúncia sobre a legislação às Organizações do mundo rural e liberais, aos Sindicatos operários e patronais, às Universidades e Associações de família, sociais e culturais.

As duas prioridades que o Presidente entende aplicar antes que os seus eleitores despertem podem, pois, ser assim resumidas: 

- reger o mercado do Trabalho segundo os princípios do Direito norte-americano;
- adaptar as colectividades locais às normas europeias e enquistar as organizações representativas do mundo do Trabalho numa assembleia puramente honorífica.

Além de apagar em exclusivo proveito dos capitalistas qualquer vestígio de vários séculos de lutas sociais, Emmanuel Macron irá, portanto, afastar os eleitos dos seus eleitores e desencorajá-los de se envolverem na coisa pública.

Sobre o mesmo assunto:
Da Fundação Saint-Simon a Emmanuel Macron”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 19 de Abril de 2017. 
Kadima ! Em Marcha !”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 10 de Maio de 2017.
Macron/Libia = ‘Rothschild Connection’”, Manlio Dinucci, Tradução Maria Luísa de Vasconcellos, Il Manifesto (Itália), Rede Voltaire, 2 de Agosto de 2017.

Documento Anexo:
Rapport de la Commission pour la libération de la croissance française, La Documentation française (2008) (Relatório da Comissão para a promoção do crescimento francês, A Documentação Francesa /2008»- ndT)(PDF – 1007.6 ko)

Thierry Meyssan* | Voltaire.net | Tradução Alva

*Intelectual francês, presidente-fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. As suas análises sobre política externa publicam-se na imprensa árabe, latino-americana e russa. Última obra em francês: L’Effroyable imposture: Tome 2, Manipulations et désinformations (ed. JP Bertrand, 2007). Última obra publicada em Castelhano (espanhol): La gran impostura II. Manipulación y desinformación en los medios de comunicación (Monte Ávila Editores, 2008).

O AUTO-DE-FÉ DO PONTAL


Nuno Ramos de Almeida | jornal i | opinião

A liderança do PSD está desesperada e pretende agitar as águas com um discurso importado de Trump. A esse falso populismo é preciso contrapor uma política popular que promova a igualdade social e dar o poder à maioria da população

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, parece querer colmatar a sua falta de capacidade de mobilizar os seus militantes e de chegar à população macaqueando uma espécie de discurso racista da supremacia branca. O problema desse discurso é que, para além de abrir uma caixa de Pandora, pode ter consequências dramáticas, baseia-se, como é frequente, em mentiras disfarçadas de meias verdades. O patrono do candidato racista de Loures afirma que a nova lei da imigração vai permitir uma invasão de imigrantes façanhudos de faca nos dentes e impedir a expulsão de sanguinolentos facínoras imigrantes. “O que é que vai acontecer ao país seguro que temos sido se se mantiver esta possibilidade de qualquer um viver em Portugal?”, queixa-se Passos Coelho, que argumenta que a nova lei faz com que o Estado perca a possibilidade de expulsar alguém que tenha cometido crimes graves.

Argumentar que há uma nova lei da imigração que causa todas essas maleitas é saber que se está a mentir. Por todo e por junto, foram dadas novas redações aos artigos 132, 88 e 89 da lei que regulamenta a imigração. Na sua formulação anterior, o artigo 132, excetuando casos de atentado à segurança nacional ou à ordem pública e de um conjunto de situações, não permitia que fossem expulsos estrangeiros que tivessem nascido em território português, tivessem filhos menores a cargo em território português e se encontrassem em Portugal desde idade inferior a dez anos. Devido a vários casos de pessoas que foram expulsas por crimes menos graves, como no caso de roubo, a nova formulação da lei apenas vem precisar que, com exceção de suspeita fundada da prática de crimes de terrorismo, sabotagem ou atentado à segurança nacional ou de condenação pela prática de tais crimes, as pessoas não podem ser expulsas nos casos previstos anteriormente. Defende-se que quem nasceu ou sempre viveu em Portugal e tem filhos cá, depois de pagar as suas contas à justiça, deve ficar no país em que sempre viveu e com a sua família.

A posição é absolutamente coerente com a legislação europeia e com a posição defendida por Portugal perante as expulsões de portugueses emigrados nos EUA, que têm família lá, que não têm laços em Portugal e que cometeram iguais crimes. Veja-se o caso, absolutamente inumano, dos chamados “desterrados” dos Açores, expulsos dos EUA depois de pagarem os seus crimes na cadeia e impedidos de voltar a viver com as suas famílias.

O mesmo acontece com os artigos 88 e 89. Anteriormente, a lei permitia ao inspetor do SEF dar documentos de residência a quem tivesse entrado legalmente no território e provasse ter um vínculo de trabalho e ter feito descontos na Segurança Social. O novo dispositivo apenas torna a situação igual para todos: deixa de estar ao critério discricionário e diferente de cada inspetor, e passa a ser automático para quem, tendo entrado legalmente no país, tenha uma promessa de contrato de trabalho. Lembre--se que uma promessa de trabalho é um compromisso que é equivalente a um contrato oral.

Infelizmente, não há nova lei de imigração nem de nacionalidade que regularize a situação de milhares de trabalhadores clandestinos e a viver em condições de escravidão que atualmente garantem grande parte da nossa agricultura e até trabalham nas nossas pescas.

Portugal tem um problema de falta de gente, e não de imigrantes a mais. Se não aumentar o número de pessoas que acolhemos, o que vai acontecer é uma crise demográfica com implicações na nossa economia e na nossa capacidade de sustentar a Segurança Social. Precisamos de 42 mil imigrantes por ano para manter os 10,4 milhões de residentes que somos, e precisaríamos de 75 mil imigrantes para manter o nível de população ativa. Estamos muito longe disso.

O discurso racista e xenófobo tropeça nos números. Não vai haver Portugal independente se continuarmos a não ter desenvolvimento económico.

Do que nós precisamos é de leis que deem dignidade de cidadãos às pessoas que vêm viver e trabalhar cá, não que as criminalizem com um conjunto de mentiras. É escandaloso, por exemplo, que as unidades públicas de saúde não cumpram a lei, para permitir tratar e fazer exames gratuitos, no quadro do Serviço Nacional de Saúde, às mulheres imigrantes indocumentadas, como a lei prevê. Portugal tem ainda em muitos sítios práticas racistas que violam a própria lei. Essa ideologia é sustentada pelos políticos que temos.

O discurso de Donald Trump sobre os mexicanos, que seriam todos um bando de violadores, é perigosamente parecido com o discurso do candidato de Loures apoiado pelo PSD, e com a aquiescência e defesa de Passos Coelho, sobre os ciganos. Ambos apelam aos sentimentos racistas, desmentidos pelos números e estatísticas, para mobilizar eleitores pelo ódio. Estes discursos dão em posições cúmplices dos nazis e do Ku Klux Klan, em Trump; e em elogios do PNR aos candidatos do PSD, em Portugal.

Tão perigosa como esta abordagem racista e xenófoba são aquelas que, afirmando contestar estas, as usam para manter os constrangimentos estruturais e os quadros de dominação e poder atualmente existentes. Reivindicar uma Europa dominada pelo capital financeiro e pela Alemanha não é defender a igualdade dos cidadãos que trabalham na Europa, é empobrecer 99% para que 1% continuem a dominar.

Este tipo de arautos da modernidade desculpam-se dizendo que estão a combater o “populismo” enquanto, na prática, estão a manter os privilégios de quem manda e explora a maioria das pessoas. É preciso separar o trigo do joio: é preciso uma rutura que permita uma nova política igualitária. O ser igualitária significa que combate o racismo e a xenofobia, como combate os centros imperiais do capital financeiro.
Sobre o populismo devia conseguir--se perceber o que se quer dizer com ele, separando o insulto corriqueiro de um modo de constituir o político que pode estar presente numa rutura democrática.

Numa célebre conferência sobre a questão realizada na London School of Economics em 1967, a intervenção do historiador norte-americano Richard Hof-stadter intitulava-se “Toda a gente fala de populismo, mas ninguém sabe defini-lo”. Durante a discussão que se seguiu, Margaret Canovan enumerava sete formas de populismo e Peter Wiles citava pelos menos 24 “características definidoras” para, na segunda metade da sua intervenção, enumerar um número assinalável de exceções que recenseavam muitos movimentos que, embora não verificassem as tais 24 características do populismo, ainda assim eram considerados populistas.

Essa listagem imensa e diversa começa, segundo Wiles, citado por Marco D’Eramo na “New Left”, com os levellers (niveladores) e os diggers (cavadores) na Inglaterra do séc. xvii. Continua no séc. xix com os cartistas, o Partido Populista dos Estados Unidos da América, os narodniki (a vontade do povo) na Rússia; no séc. xx, com Gandhi, na Índia; o Sinn Féin (Só Nós), na Irlanda; a Guarda de Ferro, na Roménia; o Partido Revolucionário Institucional, no México. E com outros autores a falar dos peronistas, de Fidel Castro, do PCI, do Partido da Liberdade na Holanda, do Podemos na Espanha, da Frente Nacional em França, do Movimento Cinco Estrelas em Itália, do Tea Party nos Estados Unidos da América, assim como do movimento de sinal contrário Occupy, também na América do Norte. Como se vê, uma ementa com produtos e pratos bastante diferenciados. Tal como defendem autores como Laclau, o populismo não é um conteúdo ideológico, mas uma forma de constituir o político, uma forma de fazer política a partir da delimitação de campos de inimigo e amigo e da disputa de uma hegemonia que dê sentido a essa dualidade.

Um dos aspetos interessantes deste aumento exponencial da presença política cultural e social do populismo é expresso no artigo “O populismo e a nova oligarquia”, de Marco d’Eramo, em que este, recorrendo à biblioteca da Universidade da Califórnia, recenseia 6200 artigos e livros sobre este tema no período que vai de 1920 a 2013 – mais de metade deles foram publicados de 2000 a 2013, e nos últimos três anos deste período foram escritos 1076!

Segundo D’Eramo, o uso do termo variou ao longo dos anos: de uma conotação positiva até aos anos 50 passamos para uma conotação que associava o comunismo e o fascismo; e a partir dos anos 80 há um aumento da utilização da palavra. O autor defende que neste exagero de alusões ao populismo existe uma espécie de má consciência: “Enquanto esvaziam a democracia de todo o conteúdo, acusam de ‘pulsões autoritárias’ qualquer um que se oponha a este esvaziamento (...) o uso inflacionado do termo ‘populismo’ por parte dos patrícios [da oligarquia] revela uma inquietude mais recôndita”, afirma D’Eramo.

Há uma acusação que circula no combate político: quando alguém quer desqualificar o adversário, apoda-o de “populista”. Aparentemente, o grande perigo que as nossas sociedade correm não é estarem em crise; não é a política ser monopólio dos poderosos; não é a economia estar fora da área de decisão dos cidadãos; não é a corrupção ser um mecanismo normal de funcionamento do sistema; não é a destruição do Estado social, que foi conquistado pela luta de gerações; não é as pessoas serem enviadas para a pobreza sem retorno; não é os jovens serem obrigados a emigrar e os velhos empurrados para a morte – o que é verdadeiramente grave para os habituais comentadores é o aumento do “populismo” na Europa.

Dito de outra forma, a nossa situação de crise social, política e económica deriva da existência de um regime que serve unicamente uma pequena elite. A crise é o nome de uma máquina de guerra, de alguns, que transformou uma sociedade injusta numa ainda mais desigual, a pretexto dessa mesma crise.

A razão por que 99% da população está muito mais pobre e 1% mais rica – e, desta, 0,01% riquíssima – é que o poder na sociedade está nas mãos dessa poderosa minoria.

Como defende Marco d’Eramo no seu artigo citado, no n.o 82 da “New Left Review”, a Europa atravessa um momento significativo em que a ofensiva oligárquica avança com a sua estratégia de empobrecimento, e é preciso reivindicar uma verdadeira política que dê voz à maioria da sociedade para a construção do bem comum.

TERRORISTAS


Rafael Barbosa | Jornal de Notícias | opinião

1. Os assassinos voltaram a atacar uma cidade europeia, de novo usando um veículo para matar de forma indiscriminada. Foi nas Ramblas de Barcelona, como já antes tinha sido na marginal de Nice, num mercado de Natal de Berlim, no Parlamento e na ponte de Londres (dois ataques), ou numa zona pedonal de Estocolmo. É cedo para tirar conclusões, mas há coincidências óbvias que não podem ser ignoradas. Tudo indica que o ataque de Barcelona corresponda ao perfil dos anteriores: um ato brutal de terroristas islâmicos. Os ataques foram sempre levados a cabo por estes radicais, tal como foram sempre reivindicados pelo Estado Islâmico, cujos líderes são os promotores deste género de terrorismo de baixo custo, fácil de planear e executar, aleatório e, por isso, ainda mais assustador. Como sempre acontece nos primeiros momentos, fica a amarga sensação de que os terroristas estão a ganhar esta guerra, que não tem campo de batalha, nem exércitos, nem regras de combate, nem objetivos. Resta-nos esperar que o tempo, como também sempre tem acontecido, esbata a sensação de desespero e que a vida prossiga. Talvez pareça um pouco pueril, quando o sangue ainda mancha as Ramblas, mas vale a pena citar Anne Hidalgo, presidente da Câmara de Paris: "Barcelona e Paris são cidades de partilha, de amor e de tolerância. Estes valores são mais fortes do que o terrorismo hediondo e cobarde". Se não acreditarmos nisto, vamos acreditar em quê?

2. Chamava-se Heather Heyer, tinha 32 anos, e morreu, no passado sábado, em Charlottesville, no Estado da Virgínia (EUA), vítima de um atentado terrorista. Seria apenas mais uma da já longa lista de vítimas de um veículo lançado contra uma multidão, não fossem alguns factos distintivos: o automóvel ser conduzido por um compatriota americano, tão branco quanto ela; o terrorista ser um neonazi que defende a supremacia branca, o antissemitismo, o racismo e a xenofobia; e, finalmente, porque o presidente da mais poderosa democracia do Mundo, em vez de condenar o atentado, se enredou numa vergonhosa desculpabilização, repartindo culpas entre assassinos e vítimas. É certo que o atual presidente se chama Donald Trump, o homem que já sugeriu que ser mexicano é o mesmo que ser um violador de mulheres, que ser um muçulmano é o mesmo que ser um terrorista islâmico, o homem que diaboliza os imigrantes numa nação construída por imigrantes. Mas, mesmo sendo Trump, já não há quase ninguém disponível para dar um desconto. À exceção, naturalmente, dos membros do Klu Klux Klan, que não são assim tão poucos nem tão inofensivos. Sobretudo quando sabem que podem contar com a compreensão do presidente dos EUA. O terrorismo tem muitas caras.

*Editor-executivo

Por que algumas gotas de água melhoram o sabor do whisky


Posted: 18 Aug 2017 04:44 AM PDT
Você já ouviu falar que adicionar algumas gotas de água a um copo de whisky pode abrir os sabores e o aroma da bebida? A ciência confirma: é verdade
 

SERGIO REIS furioso -Bolsa Família, onde ninguém trabalha, terá o dobro do aumento dos aposentados que trabalharam a vida toda


Sergio reis se revolta com políticos e diz, Eu só gostaria de saber qual a justificativa para o fato de o Bolsa Família, onde ninguém trabalha, ter o dobro do aumento dos aposentados que trabalharam a vida toda, sera que é pra manter ou ganhar votos de cabresto ?? Diz o cantor em entrevista, SOMOS mais de trinta milhões de aposentados! Não podemos admitir que distribuam o nosso dinheiro a quem nunca trabalhou 35 anos na vida, esta é a lei!.

Policial R$ 3.660,00 para arriscar a vida; – Bombeiro R$ 3.960,00 para salvar vidas; – Professor R$ 2,200,00 para preparar para a vida; – Médico R$ 9.260,00 para manter a vida; E o Deputado Federal?R$ 26.700,00 (Salário) + R$ 24.300,00 (Verba de Gabinete) + R$ 3.400,00 (Auxílio Paletó) + R$ 5.000,00 (Combustível) + R$ 12 .000,00 (Auxílio Moradia) + R$ 20.000,00 (Passagens Aéreas) + R$ 7 .997,00 (Auxílio Saúde) + R$ 2.100,00 (Auxílio Educação) + R$ 16.400,00 (Auxílio Restaurante) + R$ 3.400,00 (Auxílio Cultural) + Auxílio Dentista + Auxílio Farmácia e outros tantos mais beneficios , para LASCAR a vida da gente! Já o trabalhador , recebe R$ 880,00 para sustentar a família.

Será que o problema do Brasil são os aposentados? NÃO A CULPA NÃO É NOSSA …Aos políticos eu digo , Cortem suas mordomias, cortem os altos salários de funcionários da Petrobrás e outras estatais, cortem as regalias da lei Rouanet ,Cortem as verbas de carnaval, cortem as verbas para times de futebol… existem muitas outras fontes de corte , que são dispensáveis , só não faça o sofrido povo Brasileiro pagar por esses absurdo de vocês.

E esta na hora do Povo Brasileiro largar o celular de lado e sair nas ruas , reivindicar mudanças urgentes ,já.(Texto esta viralizou na internet , pelos principais tabloides virtuais, e seria atribuído a Sérgio Reis, Cantor Sertanejo,em uma publicação do Jornal Dia de São Paulo) Nota: Sergio Reis é exemplo a ser seguido como deputado,pois doa integralmente seu salario para o hospital do câncer.Jhone Hemidf – VIP NEWS – HUMOR E NOTICIAS

Fonte:http://www.sociedadeoculta.com/

Fatacil de portas abertas

Arrancou, esta Sexta-feira, 18 de Agosto, mais uma edição da FATACIL, que vai estender-se até ao próximo dia 26.
Ao contrário do que é habitual o certame não teve sessão de inauguração. A Câmara de Lagoa resolveu prescindir da cerimónia em sinal de solidariedade para com a população da Madeira e por uma questão de respeito pelo dia de luto nacional decretado pelo Governo de Portugal em função da tragédia aí ocorrida.
Apesar de não contar com cerimónia oficial, a programação da feira, nos seus diversos sectores e vertentes, manteve-se, incluindo a actuação musical, que, na primeira noite, ficou a cargo de Agir.
Nas próximas nove noites ao palco vão subir Richie Campbell (dia 19), João Pedro Pais (dia 20), GNR (dia 21), Dengaz (dia 22), Quim Barreiros (dia 23), Carminho e Tiago Bettencourt (dia 24), Xutos & Pontapés (dia 25), Matias Damásio (dia 26) e os D.A.M.A. (dia 27).
Fonte: O Algarve

Bolsonaro, a verdade que incomoda

A cada ataque desferido, ele sai ainda mais fortalecido, literalmente, nos braços do povo nas ruas e nas centenas de selfies diárias que tomam as redes sociais


Credibilidade é uma palavra-chave. E quando alguém escreve um artigo descolado da realidade — como o de Carlos Andreazza, no GLOBO, intitulado “O inofensivo Bolsonaro”, sugerindo, por exemplo, que ele não tem capacidade de comandar o país por não possuir conhecimento em economia — cai em descrédito.

Ele até já começaria em vantagem nessa área num eventual governo, pois jamais nomearia um Guido Mantega, um Antonio Palocci ou uma Zélia Cardoso para tão importante missão. Teria o que nenhum outro pré-candidato à Presidência da República tem: liberdade para escolher, sem acordos nebulosos pela governabilidade, os melhores para cada ministério.

Presidentes “preparados” nomearam “especialistas com lastro”, que destruíram nossa economia ao favorecerem, desviando dinheiro do contribuinte, empresas de amigos corruptos. Quebraram seus concorrentes, desequilibraram o livre mercado e sufocaram os empreendedores, com altos impostos e burocracia — resultando em milhões de desempregados.

Muitos que atacam Bolsonaro com ofensas pessoais ou delírios pseudointelectuais, tentando passar uma imagem monstruosa para seu público, desconhecem cada pedra que ele juntou ao longo de sua sofrida e admirável jornada para ser, hoje, uma fortaleza política e real ameaça ao corrompido estamento político brasileiro.

Não pensam que, se a cada ataque desferido a Bolsonaro ele sai ainda mais fortalecido, literalmente, nos braços do povo nas ruas e nas centenas de selfies diárias que tomam as redes sociais, isso acontece, obviamente, porque as acusações são falsas.

À exceção de quem tem o preconceito entranhado na mente, no coração ou no bolso, todos enxergam a brutal aberração jurídica do fato de Bolsonaro ser réu por “incitação ao crime” — o que faz muitos operadores do Direito esconderem o rosto dentro da blusa, de vergonha do golpe tão baixo.

Além de desrespeito à imunidade parlamentar — que usa para falar, e não para roubar —, o enquadramento é incompatível com sua trajetória pública. É autor de projetos voltados à castração química de estupradores; à redução da maioridade penal e ao acesso à arma de fogo pelos cidadãos ordeiros, para legítima defesa de sua vida, de sua família e de seu patrimônio.

Críticas são sempre bem-vindas, somos humanos, erramos, aprendemos, não cuspimos em quem tem opinião diversa, evoluímos. E quem tem a verdade ao seu lado não precisa gastar milhões em propaganda — nem receber declaração de amor de um presidente que usa dinheiro do contribuinte para comprar votos de deputados para não ser investigado por corrupção — para fingir ser aquilo que não é.

Todos estão seguros do que pensa Bolsonaro sobre os principais assuntos que interessam à sociedade e quem nele sempre votou jamais se sentiu enganado. Diferentemente do que ocorreu com muitos eleitores de Lula — que hoje declaram apoio a Bolsonaro.

Longe de ser salvador da pátria, ele é apenas um patriota, defensor da democracia e que se prepara, a cada dia, para, se Deus quiser, colaborar com o resgate do orgulho de ser brasileiro.

Flávio Bolsonaro é deputado estadual (PSC-RJ)