sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Alvaiázere | PSD apresenta candidatos com provas dadas a todos os órgãos autárquicos do concelho

O Partido Social Democrata (PSD) procedeu à entrega das listas candidatas ao todos os órgãos autárquicos do concelho de Alvaiázere.
A recandidatura de João Paulo Guerreiro a Presidente da Câmara Municipal, depois de um mandato marcado por resultados concretos e transformadores, volta a merecer a confiança do PSD para liderar um projeto que consolidou Alvaiázere como um território cada vez mais acolhedor para famílias, empresas e visitantes.
Com a candidatura agora formalizada, o PSD e todos os seus candidatos assumem a determinação de dar continuidade a um projeto sólido de desenvolvimento sustentável, ancorado em políticas de proximidade e numa gestão responsável dos recursos, mantendo o foco nas pessoas e na qualidade de vida dos alvaiazerenses.
Acompanham João Paulo Guerreiro à Câmara Municipal, Ana Faria, Ricardo Rosa, Flávio Craveiro, Daniela Pedro, Ana Simão, e Rodrigo Joaquim.
O PSD apresenta um total de cerca de 150 candidatos que representam praticamente todos os lugares do concelho e que se envolvem diariamente no que faz pulsar e desenvolver o concelho de Alvaiázere.

Particular destaque para os cabeças de lista:
Almoster: recandidatura do atual Presidente de Junta de Freguesia, David Carmo;
Alvaiázere: candidatura do atual Secretário da Junta de Freguesia, Carlos Pinto Trindade;
Maçãs de Dona Maria: recandidatura do atual Presidente de Junta de Freguesia, Eduardo Laranjeira Craveiro;
Pelmá: recandidatura do atual Presidente de Junta de Freguesia, Edgar Duarte;
Pussos São Pedro: recandidatura do atual Presidente de Junta de Freguesia, Paulo Sá Oliveira.
O candidato à Assembleia Municipal será, o seu atual Presidente, Carlos Graça.
O PSD apresenta assim, candidatos credíveis e um projeto sólido, unido, forte e capaz de continuar a responder aos desafios do futuro de Alvaiázere. “O trabalho feito nos últimos anos é a prova de que Alvaiázere tem futuro quando existe visão e dedicação. Queremos continuar a servir as pessoas e a projetar o concelho como exemplo de dinamismo e qualidade de vida”, sublinha João Guerreiro.

*A Comissão Política do PSD Alvaiázere

Coligação Evoluir Figueira anuncia candidato à Junta de Freguesia de Buarcos


Abílio Gonçalves é o cabeça de lista da Coligação Evoluir Figueira à Junta de Freguesia de Buarcos. Com 62 anos, natural de Coimbra, trabalha na Figueira da Foz desde 1990, cidade onde reside desde 1993 e que considera a sua Cidade.
É médico no Hospital Distrital da Figueira da Foz, desde sempre defensor do Serviço Nacional de Saúde, onde trabalha de forma exclusiva, tendo por várias ocasiões assumido cargos dirigentes. Desde longa data membro do Sindicato dos Médicos da Zona Centro, sendo Delegado Sindical há vários anos, participando activamente na vida sindical. A sua luta sempre foi a melhoria do Hospital Público e do SNS.
Em 1994 participou na fundação de uma colectividade, com sede em Buarcos, de índole cultural e de defesa do património de viaturas clássicas, continuando a fazer parte dos seus Corpos Sociais, dinamizando múltiplas actividades a nível local, nacional e mesmo além fronteiras.

“COMEMORAÇÕES DO DIA DO MUNICÍPIO DE SILVES” DE 1 A 3 DE SETEMBRO

 Silves prepara-se para comemorar o Dia do Município já no próximo dia 3 de setembro.

Para assinalar os 836 anos da conquista da cidade, o Município de Silves preparou um programa de iniciativas diversificado com destaque para grandes concertos, inaugurações, cultura, arte, homenagens de mérito municipal e muito mais, que farão desta celebração um momento inesquecível.  
A programação das comemorações tem início logo no dia 01 de setembro. Neste dia o Castelo de Silves abre as suas portas, pelas 21h00, para receber o lançamento da nova versão da APP Rota da Laranja, com direito a muitas surpresas e brindes para os participantes. A partir das 21h30 reúnem-se em palco a banda de tributo aos Beatles, The Peakles e a Banda da Sociedade Filarmónica Silvense, para um espetáculo cheio de energia e alegria contagiante, que acontece no âmbito do Dia Nacional das Bandas Filarmónicas.
No segundo dia das comemorações, 02 de setembro, iniciam-se as celebrações do 35.º Aniversário do Museu Municipal de Arqueologia de Silves (MMAS) com atuação, às 21h30, do projeto musical Amar Guitarra. Uma atuação emocionante de "Guitarras a Dialogar no Museu" com os incríveis guitarristas João Cuña (guitarra portuguesa e guitarra acústica) e Pedro Leote Mendes “Pierre” (guitarra acústica). Às 22h30 o momento é de cantar os parabéns ao MMAS (com corte do bolo e brinde com espumante).
As festividades do aniversário do MMAS prolongam-se pelo dia 03 de setembro, entre as 10h00 e as 18h00, com entrada livre. Ao longo do dia vão ser realizadas diferentes atividades, para pequenos e graúdos, que passam pela visita acompanhada ao Poço-Cisterna, Oficina de Construção de Alaúde, com o mestre José Cardoso, pinturas faciais e ainda oficina de Dança Oriental, com Mónica Pereira.
Pelas 18h30, no dia 03, a arte e cultura vão estar em destaque com a inauguração do Painel de Azulejos “Mangueira” de Jorge Santos, no Jardim do Largo da República.
A noite do último dia das comemorações do "Dia da Cidade de Silves", será de grandes emoções e terá inicio às 21h00, no Castelo de Silves, com a cerimónia das Distinções de Mérito Municipal, na qual serão homenageadas personalidades do Concelho de Silves que se destacaram ao longo da sua vida, pelo seu contributo indubitável para a comunidade e para o Concelho.
O encerramento das celebrações terá lugar pelas 22h00 e ficará a cargo do icónico nome da música portuguesa, Rui Veloso que se apresenta em Trio, com Alexandre Manaia e Eduardo Espinho, para um concerto intimista e inesquecível, no deslumbrante Castelo de Silves.
A participação nas atividades é gratuita, no entanto as iniciativas do dia 3 de setembro, no Castelo de Silves, têm lotação limitada, sendo imprescindível o levantamento de voucher no Museu Municipal de Arqueologia a partir do próximo dia 27 de agosto, com entrega limitada a dois vouchers por pessoa. 
Uma organização do Município de Silves.
Os contactos para mais informações são o telefone 282 440 856 e/ou cultura@cm-silves.pt.
 
Esperamos por si para celebrar Silves!

 

 

Turismo Centro de Portugal está solidário com vítimas dos incêndios e prepara iniciativas para o futuro dos territórios


Entidade ativa plano de ação para apoiar empresas afetadas pelos fogos.

O Centro de Portugal está a viver dias difíceis, com incêndios florestais que afetam vários concelhos e provocam prejuízos significativos. Esta tragédia humana e ambiental é uma ferida aberta no coração da região.

A Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal (TCP) manifesta a sua solidariedade para com todas as pessoas, famílias, empresas, municípios e associações direta ou indiretamente afetadas pelos fogos.

“Os nossos pensamentos estão, em primeiro lugar, com as famílias que sofreram danos pessoais e materiais: lamentamos profundamente as vidas perdidas nos incêndios e sabemos que todos os portugueses se juntam a nós nesta mensagem de solidariedade. Em segundo lugar, endereçamos o nosso profundo agradecimento aos bombeiros e aos serviços de proteção civil: sem a sua coragem e determinação, a catástrofe seria muito maior”, sublinha Rui Ventura, presidente da Turismo Centro de Portugal.

“Enviamos também um abraço solidário aos municípios afetados. O impacto foi grande mas, com o empenho de todos, a recuperação começa de imediato. Este é um território de gente resiliente, de empresários visionários, onde a esperança nunca desaparece. O Centro de Portugal vai reerguer-se rapidamente e continuará a afirmar-se como um destino turístico de excelência, que todos os anos atrai cada vez mais visitantes do mundo inteiro”, acrescenta o presidente.

Plano de ação para avaliar danos e apoiar empresas

A Turismo Centro de Portugal tem já em curso um plano de ação, que tem como ponto de partida o levantamento dos prejuízos materiais e das necessidades das autarquias e das empresas de turismo afetadas pelos incêndios.

Depois de reunida esta informação, a TCP irá solicitar reuniões com a Secretaria de Estado do Turismo, o Turismo de Portugal, a CCDRC, as Comunidades Intermunicipais, a AHRESP e outras entidades e parceiros da região, para que, em articulação permanente, sejam encontradas medidas rápidas e eficazes de apoio aos territórios atingidos.

Esta estratégia será acompanhada de uma campanha de reafirmação da marca Centro de Portugal, destinada a mostrar que a região é vasta e que muitos dos principais ativos turísticos não foram afetados. A campanha dará também destaque aos grandes eventos desportivos e culturais que vão decorrer nos próximos meses no território.

“O Centro de Portugal é muito maior do que as áreas atingidas pelos incêndios. É um território vasto, com 100 municípios, dos quais apenas uma parte foi diretamente afetada. A região está, como sempre, preparada para receber os visitantes com a qualidade e a hospitalidade que lhe são reconhecidas, proporcionando-lhes experiências turísticas inesquecíveis”, afirma Rui Ventura.

Além das medidas imediatas, a Turismo Centro de Portugal está também a preparar, em estreita colaboração com outros parceiros no terreno, iniciativas que visam a revitalização turística das áreas mais afetadas, nomeadamente as aldeias e os territórios rurais. Estas iniciativas, ainda em fase de projeto, passarão por ações de reflorestação e de capacitação comunitária, com o objetivo de juntar toda a região numa causa comum e de, assim, ajudar a construir o futuro do território.

Sobre a Turismo Centro de Portugal:
A Turismo Centro de Portugal é a entidade que estrutura e promove o turismo na Região Centro do país. Esta é a maior e mais diversificada área turística nacional, abrangendo 100 municípios, e tem registado um intenso crescimento da procura interna e externa. É a região a escolher para quem pretende experiências diversificadas, pois concilia locais Património da Humanidade com a melhor costa de surf da Europa, termas e spas idílicos, locais de culto de importância mundial e as mais belas aldeias.

*Sílvia Ribau
Diretora do Departamento de Estratégia e Operação
Turismo Centro de Portugal

*Luís Miguel Nunes
Consultor de comunicação

Opinião - Danças parónimas da lusofonia. O Semba e o Samba, o N’golo e a Capoeira, o Fado e a Morna…


Entre Luanda, Salvador da Baía, Lisboa e Mindelo estende-se uma geografia feita de oceanos, partidas e regressos. O século XVI transformou essa ligação em comércio atlântico, com a escravatura portuguesa organizada a partir dos portos de Luanda e Benguela. Milhões de africanos foram embarcados rumo ao Brasil e, com eles, saberes, ritmos e gestos. Dessa violência nasceu uma herança cultural reconhecível no semba de Angola, no samba do Brasil, na capoeira da Baía e na morna de Cabo Verde, em diálogo com o fado de Lisboa.

O semba angolano nasceu nos musseques de Luanda como roda comunitária em que o corpo chamava e respondia pela “massemba”, a umbigada. O missionário capuchinho italiano Giovanni Antonio Cavazzi da Montecuccolo, em meados do século XVII, já descrevia os batuques de Angola como festas de roda em que “os corpos se chocam com o ventre”, sinal de fertilidade e comunhão. A mesma raiz bantu atravessou o Atlântico e converteu-se no samba brasileiro. A fusão de batuques africanos, influências indígenas e sonoridades ibéricas encontrou no Recôncavo baiano e no Rio de Janeiro terreno fértil para crescer até ganhar a avenida do Carnaval. Em Angola permaneceu dança social e festiva, no Brasil transformou-se em espetáculo nacional.
O n’golo, conhecido como “dança da zebra”, subsiste no sul de Angola. Jogo de acrobacias, chutes e esquivas, praticado em roda com palmas e canto, guarda semelhanças evidentes com a capoeira. Em Salvador da Baía, os africanos escravizados desenvolveram essa luta disfarçada de dança, preservando a lógica de roda herdada de Angola. Já em 1780, o viajante inglês Henry Koster descrevia no Brasil “um divertimento de negros, meio dança, meio combate, com saltos e fintas”, antepassado evidente da capoeira.

A morna de Cabo Verde acrescenta outra vertente dessa herança atlântica. Cadência lenta, poesia melancólica e música de saudade ligam-na ao fado português. O padre André Álvares de Almada, cabo-verdiano do século XVI, já notava que nas ilhas “as mulheres cantavam em lamentos doces e graves os males da ausência”. O fado, nas vielas de Lisboa, tornou-se voz de destino e fatalismo. A morna, nas ilhas atlânticas, canta a distância do emigrante, o amor perdido, a memória da ilha. Cesária Évora e Amália Rodrigues, cada uma à sua maneira, deram corpo ao mesmo idioma do sentimento.

O funaná cabo-verdiano mostra outra face. O acordeão europeu cruzou-se com o batuque africano e criou um ritmo vibrante. Durante anos marginalizado pelo regime colonial, transformou-se depois em símbolo de liberdade e afirmação cultural. Se a morna olha para dentro, o funaná chama ao corpo e à dança, lembrando que a lusofonia não é apenas saudade, mas também pulsação africana. O cronista Valentim Fernandes, no início do século XVI, já se admirava com “os tambores das ilhas”, marcando o compasso de danças noturnas.

O chamado triângulo atlântico, formado por Lisboa, Angola e Brasil, constituiu engrenagem de lucro e escravatura. Dessa máquina de violência resultou também uma triangulação estética que se prolonga até Cabo Verde e regressa a Portugal. O semba, o samba, a capoeira, a morna, o fado e o funaná permanecem testemunhos vivos de uma história partilhada, feita de ferida e festa, perda e criação.

Celebrar estas músicas e danças significa reconhecer a sua beleza, mas também a sua origem. Portugal foi ator central do sistema que arrancou milhões de pessoas ao continente africano. Hoje, quando o semba encontra o samba, quando a morna ecoa no fado, quando o funaná chama ao batuque, percebe-se que a lusofonia não se limita a uma língua comum. Representa memória de sofrimento e, ao mesmo tempo, património vivo de resistência e invenção.

A ironia está no facto de o fado ter sido elevado a património mundial pela UNESCO e colocado no centro da identidade nacional, enquanto a morna e o funaná continuam a ser vistos como expressões periféricas, quase exóticas, apesar de também pertencerem a essa mesma história atlântica que moldou Portugal. Talvez a verdadeira medida da lusofonia passe por reconhecer, sem hierarquias, que a saudade de Lisboa não é mais universal do que a de Mindelo, nem a melancolia das vielas mais legítima do que o batuque de Santiago.

imagem em anexo :pintura realizada por Johann Moritz Rugendas por volta de 1835, que retrata uma cena de capoeira ou dança-luta em Salvador, no Brasil . Rugendas (1802–1858) foi um importante artista e viajante europeu que documentou, com desenhos e pinturas, cenas do Brasil colônia, incluindo manifestações culturais como o que parece ser capoeira ou danças afro-brasileira
*Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor...