sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Reuniram nos Paços do Concelho e efetuaram visita ao certame. Autarcas da região rendidos ao sucesso da Expofacic

 
Os presidentes dos municípios da região de Coimbra não pouparam nos elogios à Expofacic, sendo unânime a opinião de que se trata de um dos eventos mais importantes e uma marca distintiva do território.
Depois de terem participado em mais uma reunião do Conselho Intermunicipal da CIM, que decorreu no salão nobre dos Paços do Concelho, os autarcas efetuaram uma visita à 33.ª Expofacic, onde puderam constatar a dinâmica socioeconómica e cultural do concelho.
A visita iniciou no stand institucional do Município de Cantanhede, onde lhes foi dado a conhecer o projeto do futuro Auditório Municipal, equipamento cultural com capacidade para 500 pessoas, que terá outras valências importantes além da sala de espetáculos, designadamente uma sala de exposições, um bar concerto e estúdios de áudio e imagem, entre outras.
Para Emílio Torrão, presidente do Conselho Intermunicipal da CIM, “a Expofacic é um orgulho para a região”. “Para além de revelar a dinâmica do concelho em diversos domínios, a sua dimensão é ímpar. Duvido que haja algo semelhante a nível nacional”, observou.
Já o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, que se juntou mais tarde à comitiva, confessou-se “espantado com esta organização extraordinária”. “A Expofacic revela uma força fantástica e só temos que aprender, pois enquanto aprendemos, somos jovens”, elogiou, considerando Cantanhede “um concelho farol nesta região e um exemplo para todos”.
Os autarcas passaram, de seguida, pelo stand institucional da CIM Região de Coimbra, antes de visitarem os diversos setores do recinto.

Primeiro transplante totalmente robótico em Portugal

ULS de S. José realizou o primeiro transplante hepático de dador vivo
A equipa do Centro Hepatobiliopancreático e da Transplantação da Unidade Local de Saúde (ULS) de São José, realizou um transplante de fígado onde foram utilizados dois robôs cirúrgicos em simultâneo: um robô extraiu parte do fígado à dadora (a filha) e o outro extraiu o fígado da recetora (a mãe) e colocou o órgão parcial doado.

O feito é resultado do compromisso da instituição com a inovação tecnológica e só é possível graças à trajetória iniciada com a aquisição do primeiro equipamento em 2019 e com a formação de um Centro de Cirurgia Robótica já neste ano.

Fonte: site do SNS
8/08/2025

CJR Renewables lança curso no IPCA, paga as propinas e garante empregabilidade no setor da energia renovável

 A CJR Renewables lançou, em parceria com o Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), o novo Curso de Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Construção Inteligente e Sustentável, com o objetivo de formar profissionais qualificados para o setor da energia e construção sustentável. 
As candidaturas já se encontram abertas e decorrem até 20 de agosto. 
Propinas pagas e empregabilidade assegurada 
Com a duração de dois anos, o curso combina a componente teórica do IPCA com a experiência prática de profissionais da CJR Renewables, uma empresa internacional especializada na implementação de projetos de energias renováveis em diversos mercados internacionais. 
A CJR Renewables assegura o pagamento das propinas dos estudantes durante o primeiro ano e também durante o segundo, caso os alunos concluam com sucesso todas as unidades curriculares do primeiro ano. 
No último semestre, os alunos realizarão um estágio curricular em contexto real de trabalho nos projetos da CJR Renewables, com orientação de tutores e acompanhamento personalizado. 
No final do curso, os estudantes terão acesso direto a oportunidades de integração profissional na empresa, em áreas alinhadas com a sua formação e com as necessidades reais do setor. 

Resposta à escassez de profissionais qualificados 
A iniciativa integra o programa "Level Up - Energiza o teu futuro", com o qual a CJR Renewables procura atrair e formar talentos nas áreas da construção inteligente, eficiência energética e sustentabilidade, oferecendo uma solução concreta para as exigências do mercado. 
Fruto da parceria com o IPCA, o curso foi desenvolvido com foco na inovação, digitalização e sustentabilidade, procurando preparar jovens finalistas do ensino secundário e adultos em reconversão profissional para os desafios atuais do setor. 

Formação orientada para a prática e para o futuro 
Os alunos terão a oportunidade de desenvolver projetos reais em ambiente de simulação e de aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso, estabelecendo uma ligação direta com a prática e com os desafios das energias renováveis. O estágio curricular será adaptado às saídas profissionais mais promissoras na empresa, tendo os estudantes o acompanhamento de mentores e especialistas da área. 

Como candidatar-se 
Na página oficial do IPCA encontram-se todas as informações sobre o curso e o processo de inscrição: Concurso CTeSP em Construção Inteligente e Sustentável (Programa Energize Your Future da CJR Renewables) – ETESP 
As inscrições podem ser formalizadas aqui. 
Para esclarecer todas as dúvidas sobre esta oportunidade, o IPCA promove no próximo dia 14 de agosto uma sessão de esclarecimento online. A participação é gratuita, mas requer inscrição prévia através deste formulário: https://forms.office.com/e/maE6VAatki. Após a inscrição, os participantes receberão no e-mail os dados de acesso à sessão. 
Mais informações sobre a sessão de esclarecimento disponíveis aqui. 

*Ana Teixeira
Gabinete de Comunicação e Imagem (GCI)
Serviços Centrais do IPCA

Cantanhede | Contactou com autarcas, empresários e representantes de instituições. Primeiro-ministro Luís Montenegro visitou a Expofacic

 

O primeiro-ministro Luís Montenegro esteve esta quinta-feira, 7 de agosto, na Expofacic, onde durante cerca de duas horas contactou com autarcas, empresários e representantes de empresas e instituições.

Acompanhado pela esposa, o chefe do Governo foi recebido por Helena Teodósio, presidente da Câmara Municipal, João Moura, presidente da Assembleia Municipal, e Pedro Cardoso, vice-presidente da autarquia e presidente da INOVA-EM, entre outras entidades.

A visita iniciou no stand institucional do Município, onde o primeiro-ministro ficou a conhecer o projeto do futuro Auditório Municipal de Cantanhede, que vai nascer no Parque Expo-Desportivo de S. Mateus, seguindo-se a passagem pelos diversos setores temáticos do certame.

Destaque ainda para o encontro com autarcas no espaço dinamizado pelas juntas de freguesia, bem como a visita ao espaço do Street Gaming, onde o chefe do Governo testou a sua habilidade nos videojogos, juntamente com a presidente da Câmara Municipal. Já na tasquinha dos Serviços Sociais do Município, provou algumas das especialidades gastronómicas do concelho.

Para Helena Teodósio, a visita do primeiro-ministro à Expofacic, pelo segundo ano consecutivo, “atesta a relevância da Expofacic como certame de referência nacional”. “A visita do chefe do Governo é um reconhecimento que nos orgulha e nos sensibiliza. Depois, a onde de simpatia que se gerou à sua passagem pelos vários setores do recinto, revela que Cantanhede sabe receber”, sublinhou.

Recorde-se que esta 33.ª edição da Expofacic já havia recebido a visita de dois membros do Governo. O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, presidiu à sessão de inauguração, a 31 de julho, enquanto o secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, participou no seminário do Dia da Floresta, a 6 de agosto, com posterior visita ao certame.

Opinião | A revista que Hitler mandava distribuir em Portugal

 Entre 1941 e 1943, durante os anos mais sombrios da Segunda Guerra Mundial, Portugal, país oficialmente neutro, tornou-se território de penetração de uma sofisticada operação de propaganda nazi. Chegavam por comboio, vindos de Paris, milhares de exemplares da edição portuguesa da revista Signal, publicada com o título SINAL. Eram cuidadosamente distribuídos por livrarias, quiosques, cafés, embaixadas e entidades selecionadas, com especial atenção a oficiais, jornalistas, padres, empresários e figuras influentes.
A revista era produzida em Berlim e impressa em França, com tiragens controladas e uma qualidade gráfica invulgar para a época. As capas surgiam frequentemente a cores, numa altura em que tal ainda era um luxo reservado a poucas publicações internacionais. As fotografias mostravam soldados alemães bem fardados, cidades organizadas, desfiles, tecnologias avançadas, operárias sorridentes. Não havia cadáveres, nem campos de concentração, nem ruínas. Havia uma imagem trabalhada da Alemanha como potência moderna, limpa, racional, invencível. Era este o retrato que a máquina de propaganda do Terceiro Reich pretendia projetar junto dos portugueses, e que muitos acolhiam com interesse.
A operação era coordenada a partir da Legação Alemã em Lisboa, sob a direção do chanceler Wilhelm Klein e executada no terreno por Kurt Zehntner, adido de imprensa e agente cultural alemão. Este último assumia a responsabilidade de receber os volumes, gerir a distribuição, controlar os pagamentos e remeter os lucros para Berlim. Tudo funcionava com uma precisão germânica. A propaganda era tão disciplinada como o exército que representava.
Estima-se que tenham sido distribuídos cerca de 15 mil exemplares em Portugal ao longo dos dois anos em que a revista circulou. O número é significativo, considerando o contexto da época. A neutralidade portuguesa não impediu que a SINAL fosse permitida e até discretamente incentivada pelas autoridades. A censura do Estado Novo, embora vigilante, deixava passar esta publicação sem grande resistência. A estética e o conteúdo encaixavam-se bem nos ideais da ordem, da disciplina e da autoridade que o regime salazarista cultivava. A Alemanha era observada com uma certa admiração técnica e cultural, mesmo que o seu autoritarismo fosse excessivo aos olhos de Lisboa.
O impacto da SINAL não deve ser subestimado. Embora Portugal não tenha aderido politicamente ao Eixo, a revista representou uma tentativa clara de ganhar terreno ideológico junto da elite portuguesa. Não se tratava de doutrinar de forma direta, mas de introduzir uma visão do mundo. Uma visão em que a Alemanha liderava, a modernidade era inseparável da força, e o progresso surgia associado à obediência e à ordem. O método era subtil, quase inofensivo na aparência, mas profundo na intenção.
A força da revista residia precisamente na sua capacidade de disfarçar a propaganda sob uma aparência de modernidade editorial. Os leitores não se sentiam manipulados, mas informados. Não percebiam que o conteúdo era cuidadosamente filtrado para ocultar a brutalidade do regime nazi. A beleza gráfica servia para mascarar a violência política.
Hoje, um exemplar da SINAL é uma peça de estudo. Permite observar como a propaganda se transforma com o tempo, como se adapta ao meio onde é inserida e como pode operar mesmo em contextos oficialmente neutros. A presença desta revista em Portugal é mais do que uma nota de rodapé. É uma evidência de que a Segunda Guerra não se travou apenas nos campos de batalha, mas também nas ideias, nas imagens, nas palavras impressas. E que o nosso país, mesmo mantendo-se à margem do conflito armado, não esteve imune às tentativas de influência por parte de um dos regimes mais perigosos do século XX.
A história da SINAL em Portugal recorda-nos que a propaganda mais eficaz não é a que se impõe, mas a que se insinua. E que, em tempos de guerra, a neutralidade pode ser apenas uma aparência.

*Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor