terça-feira, 16 de setembro de 2025

Águeda | Nota de pesar pelo falecimento de Henrique Rodrigues de Almeida


A Assembleia Municipal de Águeda, todo o Executivo Municipal e todos os colaboradores municipais manifestam o seu profundo pesar pelo falecimento de Henrique Rodrigues de Almeida, aos 93 anos, pai do Presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida.
Recordando as palavras de Jorge Almeida sobre o seu pai: “Bem dentro de nós, há laços que estão sempre muito para lá do nome que nos deram. São o que nos faz ser como somos e onde conseguimos reunir o mundo inteiro. Esses laços são verdadeiros rios que nos percorrem o ser, que nos ligam o sangue e as raízes, e nos fazem sentir com sorte.”

Neste momento de dor, apresentam ao Senhor Presidente da Câmara Municipal, à sua família e amigos, as mais sinceras e sentidas condolências.

*Ana Sofia Pinheiro
Gabinete de Comunicação e Imagem

MARINHA GRANDE APRESENTA PROGRAMAÇÃO DO TEATRO STEPHENS ATÉ FINAL DE 2025

 O Município da Marinha Grande apresentou, no passado dia 15 de setembro, no Museu Joaquim Correia, a programação artística e cultural do Teatro Stephens até ao final de 2025, que se afirma com projetos de referência nacional em várias áreas artísticas, atividades de envolvimento das comunidades e programação infantojuvenil e para famílias.

Na sessão, a vereadora da Cultura, Ana Alves, destacou “que queremos que as crianças e jovens sintam que a cultura faz parte deles e que, daqui a 20 anos, possamos colher os frutos deste trabalho.” Salientou o impacto positivo de projetos como o Casulo, junto das escolas e instituições, bem como a valorização do património imaterial, nomeadamente através do vidro, marca identitária da Marinha Grande.

O diretor artístico do Teatro Stephens, Carlos Veríssimo, reforçou que “esta programação é para todas e para todos. Hoje em dia, levar pessoas a eventos é um desafio, mas queremos criar acesso, com propostas para todas as comunidades do nosso território.”
O cartaz conta com nomes de relevo do panorama artístico nacional e internacional, entre os quais:
• Sérgio Godinho, que recentemente completou 80 anos;
• Raquel Tavares, de regresso aos palcos;
• a companhia de dança alemã de Nadine Gerspacher;
• o espetáculo hOLD, com São Castro e Teresa Alves da Silva;
• a atriz Diana Nicolau, com o espetáculo a solo Desconfortável.

Na música, destacam-se ainda os concertos de Lula Pena, Bruno Pernadas (no âmbito do Ciclo À Margem), Moura, o jovem pianista marinhense Dinis Brito, Xtinto (Hip Hop, inserido no Quarteirão Cultural), o Orfeão de Leiria(concerto de Natal), bem como os Wetumtum e Joana Gama, com propostas dirigidas à primeira infância e ao público infantil.

Outros destaques incluem o circo contemporâneo Sopro (Reptil Artes Performativas), o espetáculo Chá das Cinco(Coração nas Mãos), a dança de Sara Anjo e Madalena Palmeirim, os Melodium Project (Quarteirão Cultural) e Rubble King, de Duarte Valadares (Ciclo À Margem).

A programação valoriza, também, a criação artística com base na participação da comunidade, através de projetos como:
• A Fábrica, onde participantes locais escolheram o espetáculo de Sérgio Godinho;
• A Sombra do Fumo, com João Polido;
• As Empalhadeiras, com Vânia Colaço e Margarida Cabral;
• Residência artística Nuisis Zobop, de Joana Von Mayer Trindade e Hugo Calhim Cristovão;
• e sessões de metodologias de criação artística participativa, com Terra Amarela e Marco Paiva.

Toda a programação foi concebida para ser financeiramente acessível, com muitos espetáculos gratuitos e bilhetes que não ultrapassam os 7 euros.

A temporada prolonga-se até ao final de 2025, com iniciativas distribuídas por vários espaços da cidade – em particular o Teatro Stephens, mas também o Edifício da Resinagem e o Núcleo de Arte Contemporânea.

*Gabinete de Comunicação e Imagem

Torres Vedras | Projecto Litófagos | 20 de setembro | 15:30 no CAC


No dia 20 de setembro, sábado, o artista Alfonso Borragán conversa com a curadora Ainhoa González sobre reimaginar o arquivo como algo que conecta em vez de armazenar.
O projecto Litófagos, desenvolvido por Alfonso Borragán com a participação de vários interlocutores convidados, trata a ingestão de materiais geológicos como um acto performativo profundo de relação entre organismo, material e história.

Ainhoa González é curadora independente e investigadora. O seu trabalho explora a relação entre o arquivo e o seu contexto, bem como a sua activação no cenário contemporâneo. Para González, essas activações são processos e sistemas relacionais com o lugar. A curadora interessa-se pela arte como uma acção restrita, mas cheia de liberdade e possibilidades, como um portal que liga a investigação ao presente. Os seus processos de investigação são rizomas entre conexões e pessoas, nos quais a formação de equipas é um acto político capaz de gerar relações entre métodos, ideias e disciplinas muito diferentes.

Esta sessão pública realiza-se no dia 20 de setembro, às 15h30, em Torres Vedras, no CAC.

20 setembro 2025 | sábado

Agenda


Conversa com Alfonso Borragán e curadora Ainhoa González

No dia 20 de setembro, sábado, o artista Alfonso Borragán conversa com a curadora Ainhoa González sobre reimaginar o arquivo como algo que conecta em vez de armazenar. O projecto Litófagos, desenvolvido por Alfonso Borragán com a participação de vários interlocutores (...)

Estudo da UC conclui que atuar cedo sobre pequenas populações de acácias é essencial para travar o seu avanço

 
Um estudo liderado por Raquel Juan Ovejero, investigadora do Centro de Ecologia Funcional (CFE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e da Universidade de Vigo, concluiu que atuar mais cedo sobre as pequenas populações de acácias é essencial para travar o seu avanço.

A invasão por acácias tem consequências críticas para a estabilidade das florestas da faixa atlântica da Península Ibérica e, mesmo em níveis reduzidos de presença, o seu impacto é notável, tanto na vegetação como no solo. Estes resultados estão publicados na revista científica Neobiota.

O estudo foi realizado na Serra da Lousã, uma região com paisagem florestal fragmentada, onde coexistem plantações de pinheiros e outras coníferas introduzidas, florestas nativas de carvalhos e castanheiros, bem como matos mediterrânicos. Os investigadores analisaram de que forma a invasão da Acacia dealbata (acácia-mimosa) e da Acacia melanoxylon (acácia-negra) afeta a estrutura da vegetação, a qualidade do solo e da folhagem (em termos de teor de carbono e azoto), e as comunidades de colêmbolos - pequenos invertebrados do solo fundamentais para o ciclo de nutrientes e para a decomposição da matéria orgânica. Foram ainda estudados os efeitos em cascata que estas alterações podem provocar no funcionamento geral do ecossistema.
«À medida que aumenta a sua cobertura, diminui, de forma significativa a abundância de plantas herbáceas e a riqueza de espécies, o que se traduz numa perda clara de biodiversidade», explica a responsável do estudo. «Não só se detetou uma redução na relação carbono/azoto da folhagem e um aumento do carbono orgânico com a invasão das acácias - alterações que modificam a disponibilidade de nutrientes e os processos de decomposição -, como também se registaram impactos na fauna», acrescenta a investigadora, destacando que os diferentes grupos funcionais de colêmbolos responderam de forma desigual às modificações no solo e na folhagem, evidenciando «alterações subtis, mas relevantes na dinâmica dos ecossistemas».

Esta investigação refere que as acácias australianas se tornaram, pouco a pouco, num dos principais problemas ambientais da região mediterrânica. A sua capacidade de fixar azoto, formar massas densas e substituir a vegetação autóctone altera profundamente a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas.

«Em Portugal, a situação é especialmente grave. É o país mediterrânico com maior número de espécies de acácias invasoras, favorecidas pelo abandono rural e pela fragmentação florestal», sublinha Raquel Juan. A Galiza acompanha esta tendência, sofrendo também uma expansão acelerada destas espécies. «Estes fatores aumentam a vulnerabilidade das florestas e matos, onde as acácias avançam rapidamente e provocam perdas de biodiversidade, alterações no solo e maiores dificuldades na gestão florestal», afirma.

Os especialistas concluíram que «as intervenções precoces são mais eficazes, menos dispendiosas e reduzem o risco de consequências ecológicas graves. No entanto, a gestão requer acompanhamento contínuo, dado que ambas as espécies possuem bancos de sementes persistentes e podem rebrotar após perturbações», alertam. Além disso, acrescentam que a restauração de habitats nativos surge como uma ferramenta fundamental para reforçar a estabilidade dos ecossistemas e prevenir novas invasões.

Na Galiza e em Portugal, as medidas para conter a expansão das acácias baseiam-se, geralmente, na eliminação manual ou mecânica de plântulas e pequenos núcleos, no descasque ou, quando tal não é viável, na injeção de herbicida em exemplares isolados, bem como no corte basal de manchas mais extensas. Neste último caso, é necessário aplicar tratamentos complementares, que podem incluir cortes repetidos antes de os rebentos atingirem cerca de um metro de altura, a aplicação de herbicida nos rebentos quando possível, ou o tratamento químico direto do cepo.

«Em todos os cenários é essencial garantir um acompanhamento contínuo, dado que tanto a Acacia dealbata, como a Acacia melanoxylon possuem bancos de sementes persistentes e apresentam elevada capacidade de rebrote após corte ou incêndio», termina a investigadora, salientando ainda que a restauração dos habitats nativos afetados é uma prática recomendável, uma vez que favorece a recuperação dos ecossistemas e contribui para reduzir o risco de reinvasão.

Este estudo foi realizado no âmbito do projeto-piloto MyForest, integrado do F4F -Forest For Future, um projeto regional que teve como objetivo a valorização da fileira florestal da região centro, financiado pela CCDRC.

*Sara Machado
Assessora de Imprensa
Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia