segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Referência no panorama da formação executiva em Portugal. MBA Executivo da Católica Porto Business School reforça ligação global e empresarial com semanas de imersão internacional


O MBA Executivo da Católica Porto Business School (CPBS) distingue-se pela forte ligação ao mundo empresarial e pela aposta em experiências de internacionalização com impacto. Mais do que uma formação avançada em gestão, o programa oferece aos seus participantes uma visão estratégica e prática dos negócios, através de iniciativas como as semanas internacionais e a ligação próxima ao Corporate Club da CPBS. Com um corpo docente internacional, uma abordagem centrada na aplicabilidade e uma rede ativa de alumni e parceiros, o programa continua a afirmar-se como uma referência no panorama da formação executiva em Portugal.

As semanas internacionais, organizadas em parceria com escolas de referência como a ESADE (Barcelona), a LUISS Business School (Milão) e a WU Executive Academy (Viena), constituem um dos momentos mais enriquecedores do programa. Durante estas imersões, os participantes têm contacto direto com contextos empresariais europeus, através de aulas com docentes locais, visitas a empresas e momentos de networking com líderes e gestores de topo. Estas experiências permitem não só o aprofundamento de temas como a inovação, a liderança, a sustentabilidade ou a transformação digital, como também o alargamento da rede de contactos internacionais dos participantes.
A complementar esta dimensão internacional, o Corporate Club da Católica Porto Business School representa uma ponte ativa com o tecido empresarial português. Através desta rede exclusiva de mais de 30 empresas parceiras, os participantes do MBA Executivo têm acesso a casos reais de gestão, projetos com startups, PME e grandes grupos, sessões de mentoria e oportunidades de recrutamento direto. Para além de aproximar a formação à realidade concreta das organizações, este modelo permite uma aprendizagem aplicada e imediata, com benefícios tanto para os alunos como para as empresas envolvidas.

Para o diretor da Católica Porto Business School, João Pinto, “o MBA Executivo é um exemplo claro da forma como a Faculdade promove a formação ao longo da vida com forte ligação à prática. Através do nosso Corporate Club e das semanas internacionais, conseguimos proporcionar aos participantes experiências transformadoras que os preparam para liderar num mundo em constante transformação”.

Também o diretor do MBA Executivo, Luís Marques, sublinha que “o contacto com ambientes empresariais reais e diversos é essencial para o desenvolvimento de competências de liderança e tomada de decisão. O nosso compromisso é formar líderes conscientes, com capacidade para pensar estrategicamente e atuar com impacto, tanto a nível local como global”.

Com 700 horas de formação distribuídas ao longo de cerca de dois anos, o MBA Executivo da CPBS integra ainda unidades curriculares como Human & Leadership Skills, que oferece apoio à gestão da carreira durante dois anos após o término do programa, Business Master Classes, dedicadas a temas emergentes como a inteligência artificial ou a gestão de risco, e uma unidade de Business Plan que culmina com a apresentação de projetos a um painel de stakeholders.

A estrutura horária é também um dos fatores mais valorizados pelos participantes: o MBA Executivo decorre em regime presencial, apenas três dias e meio por mês (seguidos), permitindo uma melhor conciliação entre os desafios da vida profissional, a vida pessoal e o investimento na formação.

Reconhecido pela sua qualidade e impacto, o MBA Executivo da Católica Porto Business School integra o prestigiado ranking internacional QS Executive MBA, onde figura entre os melhores programas da Europa. Este reconhecimento junta-se ao estatuto de “Triple Crown” da CPBS, a acreditação simultânea pelas três principais entidades internacionais de acreditação de escolas de gestão: EQUIS, AMBA e AACSB, com especial destaque para a segunda, da Association of MBAs. Esta tripla distinção é um selo de excelência alcançado por apenas 1% das escolas de negócios em todo o mundo.

Além do modelo pedagógico inovador, da forte ligação ao tecido empresarial e de uma experiência formativa internacional, o MBA Executivo da CPBS posiciona-se ainda como um polo de debate de temas da atualidade, organizando conferências anuais, com a próxima a decorrer no próximo dia 30 de setembro, dedicada ao tema “Geoestratégia e Gestão”.

A 21ª edição arranca em outubro de 2025, com candidaturas já a decorrer.



*Fernanda Teixeira




Cantanhede | Espaço instalado no mercado municipal regista elevada afluência. Street Gaming conquista público de todas as idades na Expofacic

 
Uma das grandes novidades da edição deste ano da Expofacic tem sido o Street Gaming, espaço inovador que está a atrair curiosos e apaixonados de videojogos de todas as idades. Localizado no Mercado Municipal, disponibiliza um ambiente lúdico, intergeracional e não competitivo à volta dos videojogos e tem registado uma elevada adesão desde os primeiros dias da feira, demonstrando o crescente interesse pela cultura gaming. Os jogos há muito deixaram de ser algo de nicho como o atestam os milhares de visitantes que já passaram por esta nova oferta do certame.
No Street Gaming os visitantes são convidados a explorar o melhor do universo dos videojogos, desde a nostalgia do retrogaming até às experiências mais modernas com simuladores avançados e realidade virtual.
À disposição dos participantes estão consolas retro jogáveis, que transportam o público numa viagem pelas décadas desde os anos 70, bem como arcades (a antiga máquina de café e de salão de jogos, mas agora sem precisar de se colocar moedas para jogar), diversos PC’s, PlayStation 5, XBOX e os títulos mais recentes e aguardados do momento. Os fãs de velocidade encontram também no espaço um Simulador Racing, com jogos como GT7F1 2025 e Test Drive, garantindo uma experiência imersiva ao volante.
Um dos pontos altos do espaço é ainda a exposição de consolas de videojogos e peças raras do Museu LOAD ZX Spectrum, que tem despertado o interesse de visitantes mais nostálgicos e colecionadores.
O Street Gaming oferece uma experiência única que junta o melhor do passado e do presente dos videojogos. Temos um simulador de corrida de última geração, cerca de 20 postos de arcades e mais de 30 consolas e computadores clássicos totalmente operacionais. Além disso, o Museu LOAD ZX organizou uma exposição histórica que está a surpreender muitos visitantes com raridades e curiosidades do mundo gaming”, explica João Diogo Ramos, fundador do Museu LOAD ZX Spectrum e co-fundador do Street Gaming.
O evento tem contado também com a presença de influencers do mundo dos videojogos, que têm interagido com o público, partilhado experiências e contribuído para o ambiente descontraído e dinâmico do espaço.
Logo nos primeiros dias contámos com a presença de criadores de conteúdo como o Daizer e os Sandrinhos, que animaram e interagiram com o público de forma incrível. Os torneios de FC25 e Street Fighter 6 foram outro ponto alto, com grande participação e entusiasmo dos jogadores”, destaca Marco Fresco, fundador do MF Gaming e co-fundador do Street Gaming.
O Street Gaming assume-se, assim, como um dos polos de maior dinamismo da Expofacic 2025, provando que o universo dos videojogos é um território de encontro entre gerações, memórias e inovações.


LIDL APOIA A WWF ATRAVÉS DA VENDA DE SACOS SOLIDÁRIOS FEITOS DE PLÁSTICO RETIRADO DO OCEANO

 No âmbito da parceria do Lidl e da WWF (World Wide Fund for Nature), metade do valor de venda dos sacos de compras solidários, irá reverter para apoiar o restauro da natureza em território nacional.    
 
Disponíveis em todas as lojas Lidl, os sacos solidários, produzidos inteiramente com resíduos plásticos recolhidos junto às linhas de costa, têm o custo de 1€, sendo que metade do valor reverte a favor da WWF, para apoiar ações de restauro da natureza em Portugal.
Esta verba irá permitir que a WWF trabalhe na recuperação de ecossistemas degradados, danificados ou destruídos em Portugal, contribuindo para a conservação da biodiversidade e dos ecossistemas originais. O apoio do Lidl terá como objetivo ajudar a restaurar a natureza em Portugal e construir um futuro mais sustentável para todos, num momento de particular relevância, dado o elevado número de incêndios que tem afetado o nosso país.
Com 100% de matéria-prima de origem oceânica, os sacos solidários do Lidl contam com a certificação Ocean Bound Plastic, que garante a sua produção a partir de resíduos plásticos abandonados até 200 metros da linha costeira.  Plásticos como redes de pesca e cordas navais, recolhidos junto à costa, são devidamente tratados e transformados em nova matéria-prima. Este processo permite dar uma nova vida a resíduos que, de outra forma, poderiam acabar no oceano, contribuindo assim para a criação de produtos sustentáveis com um impacto positivo no planeta.
“A sustentabilidade é, para o Lidl, um compromisso que levamos muito a sério e que está no centro do nosso modelo de negócio. Com os efeitos das alterações climáticas a fazerem-se sentir em todo o mundo – incluindo em Portugal, com fenómenos como calor extremo, incêndios, cheias e tempestades cada vez mais intensas – acreditamos que os próximos anos serão decisivos para proteger o planeta e os ecossistemas do nosso país. Por isso, metade do valor de venda dos sacos solidários Lidl, produzidos integralmente com matéria-prima recolhida dos oceanos, reverte para apoiar a WWF na sua missão urgente de preservação das espécies e da natureza,” refere Vanessa Romeu, Diretora de Corporate Affairs do Lidl Portugal.
"Restaurar a natureza é urgente — não apenas para travar a perda de biodiversidade, mas para garantir água, ar limpo e resiliência climática a todas as pessoas e às próximas gerações. Quando empresas como o Lidl investem no restauro da natureza, não estão apenas a proteger o ambiente, estão a redefinir o papel do setor privado na construção de um futuro sustentável para todos. Acreditamos que este efeito é multiplicador, e desafiamos outras empresas a integrar este movimento. Só com o apoio e a ação do setor privado conseguiremos trazer a nossa natureza de volta”, afirma Ângela Morgado, Diretora Executiva da WWF Portugal.
O Lidl tem sido pioneiro na implementação de medidas para reduzir o uso de plástico. Em 2018, tornou-se o primeiro retalhista alimentar em Portugal a descontinuar a venda de plásticos descartáveis. Em 2019, deu mais um passo ao eliminar a venda de sacos de plástico para transporte de compras em todas as lojas do país — uma medida que permitiu retirar cerca de 25 milhões de sacos de plástico por ano, evitando a produção de 675 toneladas deste material anualmente.
Acesso ao media center aqui.
 
Sobre o Lidl:
A completar este ano 30 anos em Portugal, o Lidl tem mais de 8000 colaboradores, distribuídos por mais de 280 lojas, de Norte a Sul do país e, para além da sede, 4 direções regionais e entrepostos: Santo Tirso (Norte), Torres Novas (Oeste), Loures (Centro) e Palmela (Sul).
 
Segundo o Estudo de Impacto realizado pela consultora independente Forvis Mazars, ao longo dos últimos 30 anos, o Lidl Portugal contribuiu com 44 mil milhões de euros para a criação de valor para o país, permitindo criar e manter cerca de 90.000 postos de trabalho.
 
Em 2025, o Lidl Portugal recebeu pela quarta vez consecutiva, a certificação Top Employer, atribuída pelo Top Employers Institute, pelas suas Boas Práticas/Gestão de Recursos Humanos.
 
O Lidl pertence ao Grupo Schwarz e é um dos maiores retalhistas de produtos alimentares na Europa. O Lidl Internacional conta com cerca de 12.350 lojas, mais de 220 centros de distribuição e entrepostos em 31 países e com cerca de 375.000 colaboradores, apostando na disponibilização de produtos de máxima qualidade ao melhor preço e pautando-se pela simplicidade e proximidade com os seus clientes.
 
Sobre a WWF:
A WWF é uma das maiores e mais respeitadas organizações independentes de conservação do mundo, com mais de 5 milhões de apoiantes e uma rede global ativa em mais de 100 países. A missão da WWF é travar a degradação da natureza e construir um futuro no qual as pessoas vivam em harmonia com a natureza, através da conservação da diversidade biológica do mundo, garantindo que a utilização dos recursos naturais renováveis seja sustentável. A WWF tem presença em Portugal desde os anos 90, tendo evoluído a sua atuação ao longo dos anos. Atualmente, a ONG tem ativos cerca de 30 projetos no nosso país.

*Sofia Martins Santos

CENTRO 2030 ABRE CONCURSO PARA APOIAR INVESTIMENTO EMPRESARIAL NOS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE


O Programa Regional do Centro (Centro 2030) abriu um concurso, com uma dotação de 20 milhões de euros de fundos europeus, para apoiar as empresas da região Centro e o investimento nos territórios de baixa densidade. Além desta dotação específica do Centro 2030, as empresas da região podem ainda beneficiar dos 70 milhões colocados no concurso pelo Programa Inovação e Transição Digital (COMPETE 2030).
Este concurso tem por finalidade apoiar o investimento empresarial de natureza inovadora (micro, pequenas e médias empresas), promovendo a alteração do perfil de especialização da economia portuguesa e o reforço da sua competitividade externa, através da diferenciação, diversificação e inovação.
Para Isabel Damasceno, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, I.P. (CCDR Centro), “este concurso concretiza uma aposta na competitividade da economia regional e em particular dos territórios de baixa densidade, que necessitam de uma atenção especial, com taxas de comparticipação mais generosas e um financiamento totalmente não reembolsável”.
O financiamento é dirigido a projetos que se proponham produzir bens e serviços transacionáveis e internacionalizáveis, privilegiando as exportações, no quadro de fileiras produtivas e de cadeias de valor mais alargadas e geradoras de maior valor acrescentado. São financiados a criação de novos estabelecimentos, o aumento da capacidade de um estabelecimento já existente ou a diversificação da produção de um estabelecimento para produtos não produzidos ou serviços não prestados anteriormente ou a alteração do processo global de produção ou da prestação dos serviços.
O aviso de concurso pode ser consultado em https://centro2030.pt/avisos/



Cientista da UC recebe bolsa para tornar ressonância magnética mais segura e eficaz no diagnóstico precoce do cancro

 
Rafael Aroso, investigador do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), recebeu uma bolsa Marie Skłodowska-Curie, no valor de aproximadamente 200 mil euros, para tornar exames de imagiologia por ressonância magnética mais seguros e eficazes no diagnóstico precoce do cancro.

De acordo com o especialista, «a investigação propõe uma alternativa mais segura aos agentes de contraste atualmente utilizados, que recorrem ao gadolínio, um metal raro. Em alternativa, serão explorados compostos à base de ferro, um metal abundante, sustentável e biocompatível, com potencial para reduzir significativamente os riscos para os pacientes e melhorar a qualidade das imagens».
Integrado no projeto PRR–PRODUTECH R3 e a desenvolver investigação no Laboratório de Catálise & Química Fina do Centro de Química de Coimbra (CQC), coordenado por Mariette Pereira, Rafael Aroso irá colaborar, ao longo dos próximos dois anos, com a equipa do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), em Orleães (França), sob a orientação da professora e investigadora Eva Tóth.

«Este reconhecimento europeu reforça o papel de liderança da FCTUC e do CQC na investigação de soluções inovadoras e sustentáveis na área da saúde», conclui.

*Sara Machado
Assessora de Imprensa
Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia

Opinião - As três mulheres e os onze filhos de D. Afonso Henriques...

D. Afonso Henriques reinou durante cinquenta e sete anos, o mais longo reinado da História de Portugal. Foi mais do que um guerreiro ou um diplomata. Foi um construtor. Fundou o reino, afirmou a independência face a Leão e Castela, fortaleceu a ligação ao Papado, estabeleceu alianças com ordens religiosas e reconquistou território aos mouros com coragem, astúcia e persistência. Mas para lá da figura política e militar, existiu o homem: devoto, ambicioso e, como tantos senhores medievais do seu tempo, pai de muitos filhos — onze ao todo — de três mulheres distintas. Entre eles, um filho ilegítimo foi o mais velho, o mais corajoso e talvez o mais injustamente esquecido: D. Pedro Afonso.
Ao contrário da imagem simplificada que tantas vezes nos chega através dos manuais escolares, D. Afonso Henriques teve três mulheres conhecidas. Apenas uma foi sua esposa legítima: D. Mafalda de Sabóia, filha do Conde de Sabóia e descendente de famílias influentes do norte de Itália. O casamento realizou-se em 1146 e dela nasceram sete filhos legítimos: D. Henrique, que morreu em criança; D. Urraca, que foi rainha de Leão e mãe de Afonso IX; D. Teresa, que casou com Egas Moniz de Ribadouro; D. Mafalda, D. Sancho, D. Sancha e D. Branca — sendo estas últimas três figuras de vida religiosa, ligadas ao Mosteiro de Lorvão. Entre todos, foi D. Sancho I quem herdou o trono, tornando-se o segundo rei de Portugal, conhecido como “o Povoador”, por ter incentivado o repovoamento das terras conquistadas.
Mas antes de Mafalda, ou durante, Afonso Henriques teve outra mulher: Flâmula Gomes, dama da nobreza galaico-portuguesa. Com ela teve dois filhos: D. Afonso e, sobretudo, D. Pedro Afonso — o mais velho de todos. A sua ilegitimidade afastou-o da sucessão, mas não da História. Pedro Afonso distinguiu-se como guerreiro e administrador. Serviu o reino com bravura, governou terras com justiça e, apesar de ter ambicionado o trono após a morte da rainha D. Mafalda, nunca conspirou contra o pai nem contra o irmão. Foi leal até ao fim. O seu nome é apagado pelos séculos, mas o seu corpo repousa onde poucos têm esse privilégio: ao lado do próprio D. Afonso Henriques, no Mosteiro de Alcobaça. Um símbolo de reconciliação, honra e reconhecimento silencioso.
A terceira mulher foi Elvira Gualtar, figura mais discreta mas documentada como mãe de duas filhas do rei. Ambas casaram com nobres da corte, o que revela o papel estratégico destas uniões extramatrimoniais na afirmação da dinastia nascente e no equilíbrio de poder entre linhagens. De Elvira nasceram, segundo os estudos mais aceites, D. Urraca Afonso e D. Teresa Afonso — mulheres que, mesmo fora do casamento régio, serviram a política do reino através dos seus casamentos e descendência.
Ao todo, os onze filhos de D. Afonso Henriques espelham a complexidade e o pragmatismo do tempo medieval. Os sete filhos legítimos de D. Mafalda formaram a base da dinastia e da aliança com a Igreja. Os quatro filhos ilegítimos — Pedro, Afonso, Teresa e Urraca — ajudaram a consolidar o poder régio através da nobreza e da administração. Uns viveram como reis, outros como freiras. Uns morreram no silêncio das celas conventuais, outros tombaram nas campanhas da Reconquista. E houve um que, não tendo sido rei, foi digno de sê-lo: D. Pedro Afonso, o mais velho, o mais fiel e o mais ignorado.
D. Afonso Henriques foi o pai do reino. Não só pela espada, mas também pelo sangue. A sua descendência mostra-nos que a fundação de Portugal não foi apenas uma questão de batalhas e tratados — foi também uma rede de afetos, de lealdades e de escolhas difíceis. E se a História consagrou o rei fundador, talvez esteja na altura de reconhecer também o valor do seu primeiro filho. Não reinou, mas repousa com ele. E isso, na linguagem dos símbolos, diz tudo.

*Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor