quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Turismo Centro de Portugal promove webinar sobre mobilidade sustentável na região


Sessão online realiza-se a 11 de novembro e apresenta boas práticas e resultados do estudo “Mobilidade Sustentável no Setor do Turismo”. A participação é gratuita, mediante inscrição.

A Turismo Centro de Portugal, em parceria com o Turismo de Portugal, promove no próximo dia 11 de novembro, às 11h30, o webinar regional “Mobilidade Sustentável no Setor do Turismo”. Esta iniciativa, em formato online, visa demonstrar como soluções inovadoras e amigas do ambiente estão a contribuir para um turismo mais sustentável e resiliente, alinhado com os objetivos nacionais de descarbonização e eficiência energética.

O webinar, com duração aproximada de uma hora, contará com a participação de representantes da Turismo Centro de Portugal, do Turismo de Portugal, da ADENE e da MOBI.e, bem como com a partilha de um caso de boas práticas de um alojamento turístico da região.
O evento integra um ciclo de iniciativas de divulgação do estudo nacional “Mobilidade Sustentável no Setor do Turismo 2024”, elaborado pela ADENE – Agência para a Energia, com o apoio do Turismo de Portugal.

Este estudo, apresentado no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, revela que há sinais claros de mudança no setor. Entre estes destacam-se a eletrificação crescente das frotas, a instalação de cada vez mais pontos de carregamento e o reforço da mobilidade suave, nomeadamente através da disponibilização de bicicletas e outros modos sustentáveis de deslocação.

A participação no webinar é gratuita, mediante inscrição prévia através do formulário disponível em https://forms.gle/TY8VNfHkPrecxH1K9.

Sobre a Turismo Centro de Portugal:
A Turismo Centro de Portugal é a entidade que estrutura e promove o turismo na Região Centro do país. Esta é a maior e mais diversificada área turística nacional, abrangendo 100 municípios, e tem registado um intenso crescimento da procura interna e externa. É a região a escolher para quem pretende experiências diversificadas, pois concilia locais Património da Humanidade com a melhor costa de surf da Europa, termas e spas idílicos, locais de culto de importância mundial e as mais belas aldeias.

*Cátia Aldeagas
Diretora do Núcleo de Comunicação, Imagem e Relações Públicas
Turismo Centro de Portugal

**Luís Miguel Nunes
Consultor de comunicação


Como é que as pessoas assexuais navegam a intimidade?

 Um estudo realizado no Centro de Investigação e Intervenção Social (CIS-Iscte) explorou os fatores associados às diferentes cognições, emoções e desejos reportados por pessoas do espetro da assexualidade (“a-spec” – termo mais inclusivo para ilustrar a diversidade de experiências e vivências). Os resultados deste estudo salientam a importância das diferenças individuais nas vivências das pessoas a-spec, algo que pode contribuir para promover uma sociedade mais informada e a elaboração de políticas mais inclusivas.
A assexualidade é tipicamente definida como a falta de atração sexual (por vezes, associada a uma repulsa sexual). Contudo, essa definição é simplista e limitada para descrever a multiplicidade de experiências vividas pelas pessoas da comunidade a-spec. Explorar e caracterizar essa pluralidade de vivências foi o mote para a investigação levada a cabo por Ana Catarina Carvalho, doutoranda em Psicologia no Iscte-Instituto Universitário de Lisboa, e David L. Rodrigues, investigador no CIS-Iscte. O estudo foi recentemente publicado na revista Sexuality Research and Social Policy e parcialmente financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Refs.: 2023.01784.BD e 2020.00523.CEECIND).
Ana Catarina Carvalho refere que “nos últimos anos, tem havido uma crescente visibilidade da assexualidade, através de ativismo e de comunidades online como a Rede para a Visibilidade e Educação Assexual (AVEN, do inglês Asexual Visilibity and Education Network)”. Apesar disso, a assexualidade continua sub-representada na investigação.
“As experiências das pessoas a-spec são muito diversas”, afirma o investigador David L. Rodrigues. De acordo com a literatura, as vivências de pessoas a-spec incluem: pouca ou nenhuma atração sexual; sentir atração sexual apenas após o estabelecimento de ligações emocionais profundas; e até experienciar níveis flutuantes de atração sexual. Da mesma forma, algumas pessoas a-spec podem sentir pouca ou nenhuma atração romântica, enquanto outras podem sentir atração romântica (com ou sem atração sexual). “Estas diferenças e nuances relacionam-se a perceções, sentimentos e experiências distintas dentro da comunidade assexual. Por exemplo, na forma como as pessoas interpretam e navegam por relacionamentos sociais e afetivos”, afirma o investigador.
No estudo realizado, 456 pessoas de diversas nacionalidades que se identificaram como a-spec, responderam a diversas questões relacionadas com a sua identificação com a assexualidade, a intensidade das suas atrações sexuais e românticas, e acerca de estilos de vinculação (i.e., a forma como as pessoas experienciam a intimidade e dependência emocional). Foram também exploradas as suas experiências prévias relativamente a relações passadas, para melhor compreender as suas vivências e preferências.
De uma forma geral, os resultados indicaram uma forte identificação com a assexualidade. Pessoas com maior identificação com a assexualidade relataram ter menos experiência com parceiros românticos e sexuais. Paralelamente, pessoas que reportaram maior atração sexual e romântica reportaram ter tido mais relacionamentos. Ana Catarina Carvalho explica que “estes resultados salientam que algumas pessoas assexuais podem necessitar de relacionamentos para perceberem e aceitarem a sua falta de atração sexual, enquanto outras estão ainda a explorar os seus desejos e muitas vezes têm dificuldades em estabelecer relações por sentirem receio de assumir a sua identidade assexual a parceiros ou parceiras”. Quando analisados os padrões de vinculação, os dados indicam que um estilo de vinculação evitante estava associado a níveis mais elevados de identificação assexual e com menores níveis de atração sexual e romântica; foi ainda encontrada uma associação entre a vinculação ansiosa e a atração romântica e desejo por relações íntimas. A investigadora esclarece que os resultados observados vão de encontro a resultados prévios da literatura, acrescentando que “ter um vínculo afetivo evitante pode criar conflitos entre a identidade assexual e os sentimentos de atração romântica, levando algumas pessoas a temer a intimidade, evitar a proximidade e manter uma distância emocional com parceiros ou parceiras; paralelamente, um padrão de vinculação ansiosa nas pessoas assexuais pode estar associado ao facto de considerarem a possibilidade de ter relações íntimas no futuro e sentirem ansiedade devido a um medo de rejeição, que pode estar relacionado, ou não, com a incerteza do que a outra pessoa poderá esperar delas em termos da relação romântica e sexual”.
O estudo ressalva que as análises realizadas não estabelecem relações causais entre as medidas e que não foram considerados padrões de vinculação segura. Assim, a equipa de investigação alerta para não se assumir automaticamente que as pessoas a-spec tendem a evitar intimidade, sugerindo a necessidade de investigação adicional que explore estas questões ao longo do tempo. A equipa afirma no artigo que “os nossos resultados salientaram que a atração sexual e a atração romântica são experiências distintas que frequentemente coexistem (mas não necessariamente), dentro da comunidade”. Perceber que as pessoas a-spec têm experiências tão distintas “pode contribuir para melhorarmos o conhecimento da sociedade sobre esta comunidade, promovendo discursos de aceitação por parte dos media e do público em geral e, portanto, uma sociedade mais compreensiva e equitativa”, conclui a equipa do CIS-Iscte.

Pedro Simão Mendes
Comunicação de Ciência (CIS-Iscte)
Fonte: Apimprensa

Reunião de Parceiros do AgroTour SUDOE em Torla


O projeto AgroTour SUDOE, financiado pelo Programa de Cooperação Territorial do Espaço Sudoeste Europeu (SUDOE), realizou, entre os dias 16 e 17 de outubro, a sua quarta reunião de coordenação em Torla, no coração do Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido, em Espanha. O encontro reuniu representantes das entidades parceiras com o objetivo de avançar na definição e implementação de um modelo de agroturismo sustentável no sudoeste europeu.

A CIM Viseu Dão Lafões aproveitou esta reunião de coordenação para apresentar aos parceiros o mapeamento do trabalho desenvolvido na criação de uma experiência-piloto de Agroturismo no seu território.

Durante as sessões de trabalho, os parceiros tiveram a oportunidade de dar a conhecer os avanços das diferentes experiências-piloto em curso, centradas na digitalização, inovação sustentável, segmentação de produtos turísticos para visitantes urbanos, marketing digital e uso de inteligência artificial, bem como no acompanhamento de indicadores-chave.
A agenda incluiu também a criação de um dispositivo de conhecimento, a definição de uma estratégia comum para o desenvolvimento do agroturismo no espaço SUDOE e propostas para a construção de parcerias público-privadas sustentáveis.

Como parte do programa, os participantes realizam uma visita técnica à zona de Ordesa e Monte Perdido. A visita técnica incluiu a apresentação de uma parte da experiência piloto Gran Reserva, desenvolvida pela Reserva da Biosfera Ordesa Viñamala. O percurso foi feito por um trecho da rota vertical do rio Ara e permitiu conhecer uma exploração pecuária certificada, bem como o ambiente cultural das localidades de Buesa e Broto.

Além disso, os participantes tiveram a oportunidade de desfrutar de uma experiência agroturística numa queijaria local, onde puderam observar o trabalho com as cabras, o processo de ordenha e a elaboração artesanal do queijo. Esta atividade visou fomentar uma maior conexão entre as pessoas e o meio natural, promovendo práticas sustentáveis que favoreçam a convivência e o equilíbrio com o meio ambiente.

O segundo dia da reunião foi dedicado à revisão do estado dos trabalhos, à gestão e coordenação do projeto, bem como ao reforço das estratégias de comunicação e visibilidade do AgroTour SUDOE.

Segundo o Secretário Executivo da CIM Viseu Dão Lafões, Nuno Martinho, “a participação da CIM Viseu Dão Lafões neste projeto representa um passo na valorização dos nossos territórios rurais e na estruturação do produto turístico associado ao agroturismo enquanto um setor de atividade que promove o desenvolvimento sustentável. Através do projeto AgroTour SUDOE, estamos no desenvolvimento de uma proposta turística que alia inovação e sustentabilidade, promovendo experiências ímpares que reforçam a identidade do nosso território e o posicionam enquanto destino turístico de excelência”.

O projeto AgroTour SUDOE visa promover um modelo de agroturismo sustentável na região SUDOE, contribuindo para o desenvolvimento socioeconómico e a proteção do ambiente. Através da cooperação entre múltiplos atores, procura gerar experiências piloto que promovam a coesão entre o ambiente urbano e rural, bem como a valorização dos produtos agroalimentares locais.

Além da CIM Viseu Dão Lafões, este projeto conta com a colaboração de uma vasta parceria que inclui entidades como a Chambre d'Agriculture Dordogne (França), o Comité Régional du Tourisme et des Loisirs de la Région Occitanie (França), a Chambre d'Agriculture de l'Ariège (França), a Sociedad para el Desarrollo de la Provincia de Burgos (Espanha), o Consorcio Reserva Biosfera Ordesa Viñamala (Espanha), a Fundación Ávila (Espanha), a Universidad de Salamanca (Espanha) e a Comunidade Intermunicipal do Ave (Portugal).

Sobre a CIM Viseu Dão Lafões:
A CIM Viseu Dão Lafões é uma associação de municípios, denominada como Comunidade Intermunicipal, sendo constituída pelos municípios de Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Sátão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela.

*Miguel Fernandes
Gabinete de Comunicação CIM Viseu Dão Lafões

**Filipe Santos
Assessoria de Imprensa


EQUIPA DO CIDEP-FORNOS SOBE AOS CAMPEONATOS NACIONAIS NA MODALIDADE DE PESCA DESPORTIVA

 
A equipa do CIDEP FORNOS, de Castelo de Paiva, acaba de conseguir a proeza de subir aos Campeonatos Nacionais da modalidade de Pesca Desportiva, a partir da próxima época.
A equipa paivense garantiu a presença na 2ª Divisão Nacional, depois de uma época brilhante no campeonato da 1ª Divisão Regional Porto -Norte, onde conquistou um dos três lugares de acesso á subida.
Este era anseio com mais de 2 anos, e na hora de festejar esta conquista, a equipa paivense aproveitou para agradecer o apoio recebido, nomeadamente da parte da Junta de Freguesia de Fornos pela disponibilidade demonstrada, assim como o apoio da Câmara Municipal de Castelo de Paiva.
O CIDEP Fornos tem eleições para breve, e uma das suas reivindicações continua a ser a instalação no concelho de uma “ Pista de Pesca “, sendo que a zona ribeirinha de Pedorido é a opção definida pelos responsáveis da colectividade.
Esta subida de divisão vai acarretar outras despesas e responsabilidades, daí a necessidade de um maior apoio para a equipa, que passará a enfrentar deslocações mais distantes.
               Recorde-se que o CIDEP Fornos já foi seis vezes campeão regional e nacional da Fundação Inatel de pesca por equipas, campeão distrital por equipas e campeão distrital individual e campeão nacional individual, um feito que mereceu natural destaque à equipa de Pesca Desportiva que representa a colectividade, evidenciando-se os brilhantes resultados que continuam a alcançar nas provas regionais de águas interiores, onde a equipa se tem evidenciado.
A conquista destes títulos, enriquecem o palmarés da colectividade, prestigiam o associativismo paivense e vaticinam outros triunfos na defesa do título de Campeões Nacionais, que o CIDEP - Fornos merecidamente ostenta, de acordo com os pergaminhos que esta agremiação desportiva apresenta nesta modalidade.
Recorde-se que, por exemplo João Baptista, é o atleta mais categorizado desta colectividade, e neste momento de comemoração, evidencia que equipa está preparada para o novo desafio desportivo, e sente-se capaz de voltar protagonizar mais vitórias e a dignificar as cores do clube, honrando nome da freguesia de Fornos e do concelho de Castelo de Paiva.

*Carlos Oliveira
Gabinete de Comunicação Relações Públicas e Protocolo
Assessor de Imprensa
       


Workshop "Fileira Materiais de Construção beyond 2030" - 5 novembro


 

Porto I Carência de meios e sobrecarga de trabalho marcam diagnóstico do SMMP na comarca

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) promoveu, esta manhã, uma reunião plenária de magistrados da comarca do Porto, realizada no Palácio da Justiça.  Este encontro insere-se na ronda de plenários que o SMMP pretende concretizar até ao final do ano, juntando-se aos já realizados noutras comarcas, com o objetivo de identificar os principais obstáculos estruturais e operacionais que comprometem a atividade do Ministério Público (MP) e o regular funcionamento dos tribunais.
O SMMP manifesta preocupação com o cenário encontrado concretamente na comarca do Porto: no DIAP, persistem graves problemas infraestruturais, como a ausência, nas últimas semanas, de água nas instalações, o que compromete a dignidade e funcionalidade do local de trabalho. Por outro lado, a degradação das instalações do Tribunal de São João Novo, no Porto, onde funcionam secções do Juízo Central Criminal –com infiltrações, tetos danificados e água a escorrer pelas paredes – confirmam uma realidade há muito denunciada: existem tribunais em Portugal que não garantem sequer condições mínimas de salubridade, segurança ou dignidade funcional.
A insuficiência de meios técnicos é igualmente preocupante. O SMMP refere que o sistema informático utilizado pelo MP revela-se inadequado, sem capacidade para responder às necessidades operacionais, com uma tramitação eletrónica morosa e pouco funcional, dificultada pela ausência de interoperabilidade na digitalização dos processos. A sobrecarga é evidente, com magistrados a gerir até 1500 inquéritos, sem que os equipamentos disponíveis respondam às exigências operacionais. Paralelamente, a insuficiência de meios técnicos e humanos compromete a eficácia das investigações, nomeadamentefalta de resposta às perícias e atrasos de resposta nas operadoras, ou a  visualização de imagens por parte dos Órgãos de Polícia Criminal, que pode demorar entre oito a dez meses.
Igualmente, os problemas de hardware são evidentes: falta de discos, leitores de CD, baterias funcionais e ecrãs adequados. Os computadores não têm capacidade para lidar com o volume e complexidade dos processos.
A complexidade crescente dos processos judiciais, aliada à especialização da advocacia, contrasta com a ausência de apoio técnico especializado aos magistrados, que não dispõem de funcionários judiciais em número suficiente. Esta realidade torna o exercício da função insustentável, especialmente perante fenómenos criminais cada vez mais sofisticados.
O volume de pendências é elevado: nas unidades genéricas do DIAP do Porto existem entre 1100 a 1500 inquéritos por magistrado. Em Vila Nova de Gaia, entre 1200 a 1500, com cerca de 1800 participações por distribuir. O cibercrime soma cerca de 700 processos pendentes.
O desgaste físico e emocional dos magistrados é elevado. Aqui, a adoção de ferramentas de inteligência artificial poderá contribuir para otimizar a gestão processual e aliviar a carga de trabalho. As pendências no DIAP têm impacto direto na tramitação dos processos de liberdade condicional, dificultando as comunicações entre serviços.
Importa salientar que, mesmo durante períodos de baixa médica, os processos continuam a ser atribuídos aos magistrados, o que levanta sérias preocupações quanto à salvaguarda das suas condições de trabalho e de saúde. 
Entre os temas mais sensíveis abordados no plenário pelos magistrados da comarca do Porto, sublinha-se a proliferação de lugares de magistrados auxiliares e a decisão, por parte do CSMP e da PGR, da não reversão da agregação dos conteúdos funcionais. Os participantes no encontro referiram ainda que o Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) não tem reconhecido os procuradores como magistrados, tratando-os antes como trabalhadores comuns, o que contribui para a crescente precarização da carreira.
Por fim, para o SMMP, torna-se evidente que a carreira de magistrado enfrenta uma crise de atratividade, evidenciada pela escassez de candidatos ao Centro de Estudos Judiciários (CEJ), sendo, urgente a atualização dos índices salariais face à perda de poder de compra acumulada.  Torna-se igualmente necessário aumentar o número de vagas e implementar estratégias eficazes para atrair jovens à magistratura.
Face a este diagnóstico, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público continuará a promover plenários nas restantes comarcas com vista à elaboração de um caderno reivindicativo com propostas concretas a apresentar à tutela, exigindo medidas urgentes que garantam o reforço dos recursos humanos, a requalificação das infraestruturas e condições dignas para o exercício da atividade do Ministério Público em todo o território nacional.

Gabinete de Imprensa

*Rogério Bueno de Matos
**Ana Clara Quental
Porto, 29 de outubro de 2025

1600 alunos de 84 turmas de Aveiro vão participar no desafio "Heróis da Fruta”

 
“Heróis da Fruta” regressa às escolas de Aveiro com inscrições abertas até 31 de outubro.

Mais de 1.600 alunos de 84 turmas do distrito de Aveiro já estão inscritos no desafio escolar que promove hábitos alimentares saudáveis entre as crianças

No ano letivo 2025/2026, o projeto “Heróis da Fruta” regressa às escolas portuguesas para continuar a promover hábitos alimentares mais saudáveis entre as crianças. As inscrições gratuitas para a 15.ª edição desta iniciativa da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), que conta pela primeira vez com o apoio principal da BNP Paribas Cardif, decorrem até 31 de outubro em heroisdafruta.com/inscricoes2025.
Desde o seu lançamento em 2011, o programa “Heróis da Fruta” já envolveu mais de 1 milhão de crianças em todo o país, tendo obtido melhorias significativas nos seus hábitos alimentares diários. Para a edição de 2025/2026, 30.179 alunos de 1.538 turmas, distribuídas por todos os distritos e regiões autónomas, já garantiram a sua participação.
Resultados comprovados: mais fruta, mais saúde
Especialistas em saúde pública sublinham a importância de programas como o desafio escolar “Heróis da Fruta” para enfrentar desafios crescentes como a má nutrição das crianças e a fraca literacia alimentar das famílias. Este projeto, criado pela APCOI em 2011 tem demonstrado resultados consistentes e mensuráveis ao longo dos anos.
Glória Ferreira, Diretora de Recursos Humanos, Comunicação e Responsabilidade Social da BNP Paribas Cardif Ibérianovo parceiro principal desta iniciativa da APCOI, sublinha que “como especialista global em seguros pessoais, a BNP Paribas Cardif orgulha-se de contribuir para o avanço da investigação científica e para a prevenção da obesidade, uma questão de saúde que afeta uma proporção cada vez maior da população em todo o mundo.” Desde 2021, através do programa internacional My Food My Future que apoia projetos de promoção de estilos de vida saudáveis, a BNP Paribas Cardif já beneficiou 650.000 crianças em 13 países — números aos quais se junta a partir de agora o impacto do programa Heróis da Fruta em Portugal.”

De acordo com o relatório de impacto do ISAMB/FMUL (Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa), o programa “Heróis da Fruta” aumentou em média 22,6% a ingestão de lanches escolares mais nutritivos nas turmas participantes. Além disso, 52,8% das crianças experimentaram pela primeira vez alguma fruta ou hortícola nova, reforçando a eficácia do projeto como ferramenta de educação para a saúde e literacia alimentar.
Mário Silva, presidente da APCOI afirma que "é com enorme entusiasmo que damos as boas-vindas à BNP Paribas Cardif como Parceiro Principal do desafio “Heróis da Fruta” que desde 2011 já garantiu a ingestão de mais de 5 mil toneladas de fruta e hortícolas nas mais de 10 mil escolas que já participaram nesta iniciativa. Esta parceria é fundamental para continuarmos a oferecer gratuitamente este projeto educativo a cada vez mais crianças, inspirando hábitos transformadores para a sua alimentação com impactos muito positivos na sua saúde”.
Edição histórica: prémios garantidos para todas as crianças participantes
Nesta 15.ª edição, todas as turmas que completarem o desafio de 5 semanas receberão prémios de participação garantidos, eliminando o tradicional sorteio. Cada aluno e professor receberá diploma, autocolantes “Heróis da Fruta” e um pack de vouchers familiares com entradas gratuitas em experiências educativas e de lazer. As turmas terão ainda acesso à bandeira “Missão Cumprida”, ao livro-jogo Heróis da Fruta, sementes para plantar na horta escolar e um convite para participar online na cerimónia oficial de entrega de prémios, com a presença das mascotes Sushi, Yoga e Tuktuk.
Inscrições abertas até 31 de outubro
Podem participar turmas de pré-escolar e 1.º ciclo, de escolas públicas e privadas, incluindo jardins de infância, ATL, CATL, AAF e agrupamentos de todo o país, incluindo Madeira e Açores. A metodologia combina música, storytelling e gamificação, protagonizada por personagens-modelo que ganham “superpoderes” através da ingestão de alimentos saudáveis, em linha com as recomendações da OMSDGSDGE.
Turmas e Alunos inscritos até 15/10/2025 por Distrito:

  • DistritoNº TurmasNº Alunos
    Aveiro841.691
    Beja20381
    Braga731.652
    Bragança7157
    Castelo Branco19365
    Coimbra581.047
    Évora19423
    Faro1072.231
    Guarda15261
    Leiria50995
    Lisboa4218.841
    Portalegre26518
    Porto3085.904
    R. A. Açores25397
    R. A. Madeira40750
    Santarém531.039
    Setúbal1122.403
    Viana do Castelo68474
    Vila Real12236
    Viseu21414
    TOTAL1.53830.179
As inscrições para a 15.ª edição do desafio escolar “Heróis da Fruta” da APCOI, com o apoio principal da BNP Paribas Cardif, estão abertas até 31 de outubro de 2025 em heroisdafruta.com/inscricoes2025

Proença-a-Nova já identificou mais de 50% da área do concelho

 
O concelho de Proença-a-Nova orgulha-se de estar entre os concelhos que mais têm contribuído para o sucesso do BUPi em Portugal, sendo atualmente o 4.º município do país com mais propriedades identificadas — mais de 46% das matrizes identificadas.
Desde o início do projeto, o Município tem apostado fortemente na divulgação, no apoio técnico e na proximidade com os munícipes, permitindo que cada vez mais proprietários possam usufruir deste serviço.
O resultado deste trabalho é expressivo: mais de 62 mil propriedades identificadas (46% das matrizes), que representam mais de 20 mil hectares georreferenciados (51% da área), fruto do envolvimento e participação de mais de 5 mil proprietários. Cada registo feito é muito mais do que um dado técnico — é um gesto de confiança no futuro, um contributo para a gestão florestal sustentável, a prevenção de incêndios, o ordenamento do território e um melhor planeamento futuro, reforçando a segurança e a coesão do concelho.
O sucesso deste projeto deve-se também à dedicação das equipas municipais, cuja proximidade e capacidade de resposta têm sido essenciais para esclarecer dúvidas, apoiar cidadãos menos familiarizados com ferramentas digitais e garantir que o processo decorre de forma simples, acessível e transparente.
Proteger o que é nosso é garantir o futuro das próximas gerações
O Balcão Único do Prédio (BUPi) nasceu com a missão de proteger os direitos de propriedade e valorizar o território português, promovendo um conhecimento mais rigoroso e atualizado sobre quem são os legítimos proprietários da terra e onde estão localizados os seus terrenos rústicos e mistos.
Em Portugal, a terra tem um significado profundo — histórico, cultural e afetivo — que vai muito além do seu valor patrimonial. Continua a ser fonte de sustento para muitas famílias e está na origem de tradições e da própria história das comunidades.
A terra que os nossos pais e avós cultivaram com as suas mãos calejadas e nos deixaram em herança é mais do que um pedaço de chão: é parte da nossa identidade, o símbolo da ligação entre gerações e da dedicação coletiva em tempos de dificuldade.

BUPi – Um projeto que preserva memória e identidade
Mais do que uma plataforma tecnológica, o BUPi é um projeto de preservação da memória coletiva, que liga as pessoas às suas origens e valoriza o legado herdado das gerações anteriores.
É um trabalho que não pode desperdiçar o conhecimento dos mais velhos — aqueles que ainda recordam as estremas e marcos das propriedades e que guardam na memória os limites da terra: “daqueles que conheciam a Tia Maria que tinha uma estrema com o Manuel da Eira, que por sua vez pegava com a viúva do Zé Maria que ali tinha um olival”.
Identificar as nossas propriedades é um gesto de respeito pelas nossas raízes e um compromisso com o futuro. Cada terreno registado representa segurança para as famílias, proteção do território e continuidade da história local.
O registo formal é, por isso, um ato de responsabilidade intergeracional: garante uma herança mais clara, organizada e protegida para as próximas gerações.
Participe! Proteja o que é seu, gratuitamente até 31 de dezembro de 2025


Registe gratuitamente a sua propriedade até 31 de dezembro de 2025
O BUPi representa um passo determinante na proteção do património individual e coletivo. Ao permitir o registo gratuito das propriedades rústicas e mistas até 31 de dezembro de 2025, o projeto oferece a cada cidadão a oportunidade de regularizar e proteger o seu património sem custos.
Muitos terrenos rurais permanecem sem registo ou com informação desatualizada, o que dificulta a gestão florestal, a transmissão de heranças e a defesa dos direitos de propriedade. Com o BUPi, cada proprietário pode identificar a sua parcela, garantindo segurança jurídica e tranquilidade para o futuro, ao mesmo tempo que contribui para um cadastro mais completo e fiável do território.
Depois desta data, o processo deixará de ser gratuito, pelo que agora é o momento ideal para agir. Trata-se de um investimento no futuro — um ato de responsabilidade e de valorização do património familiar.
O Balcão BUPi de Proença-a-Nova está à disposição de todos os cidadãos que pretendam identificar e registar as suas propriedades de forma simples, gratuita e segura.
O processo é rápido, apoiado por técnicos especializados, e representa um passo decisivo para garantir o futuro do património familiar e coletivo.
Local: Balcão BUPi – Município de Proença-a-Nova
Prazo da gratuitidade: até 31 de dezembro de 2025
Contactos: 968315661 ou 274670000 | bupi@cm-proencanova.pt
Mais informações: https://bupi.gov.pt/
Aproveite a gratuitidade até 31 de dezembro de 2025 e ajude a construir um território mais seguro, mais organizado e com memória para o futuro.
Nós podemos ajudar! Contacte-nos.


Proença-a-Nova: um exemplo nacional de participação e compromisso
Através de iniciativas e projetos como o BUPi – Balcão Único do Prédio, os Condomínios da Aldeia e as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), o concelho tem vindo a construir respostas concretas e inovadoras aos desafios das alterações climáticas, do abandono rural e da prevenção de incêndios.
O primeiro passo para proteger estes terrenos e áreas é conhecer, é adquirir conhecimento formalizado sobre eles. Nesse sentido, o BUPi tem assumido um papel determinante na identificação e registo dos prédios rústicos e mistos do concelho, promovendo o ordenamento do território e capacitando os proprietários para uma gestão mais responsável. Proença-a-Nova foi um dos municípios pioneiros neste projeto, que hoje está disponível a toda a população no Espaço BUPi, localizado no Parque Urbano Comendador João Martins, onde é possível fazer o registo das propriedades de forma totalmente gratuita, simples e prática.
Conhecer o território permite também geri-lo da melhor forma possível. A partir desta base de informação, têm sido desenvolvidas estratégias que vão além do combate ao risco, procurando também transformar estruturalmente a paisagem e devolver vida às zonas rurais. É o caso dos Condomínios da Aldeia, já em execução em Mó, Fórneas, Sobrainho dos Gaios, Giesteiras, Corgas, Malhadal, Vale de Água, Galisteus, Sesmos, Cunqueiros, Lameira d’Ordem, Rabacinas, Vale d’Urso, Vale da Ursa, Vale Porco e Montinho.
, que visam não só a redução de combustível vegetal, mas também a revitalização de atividades agrícolas e silvopastoris, a valorização paisagística das aldeias e a promoção de práticas sustentáveis com impacto real no bem-estar das comunidades.
Complementarmente, o Município tem investido na criação das Áreas Integradas de Gestão da Paisagem, com foco numa gestão ativa e colaborativa de grandes áreas de território. Após os incêndios de 2020, tornou-se evidente a necessidade de uma nova abordagem à ocupação do solo. Em articulação com entidades como a Pinhal Natural e as juntas de freguesia, estão atualmente em desenvolvimento as AIGP de Alvito da Beira, Corgas, Fórneas e Penafalcão, com cerca de 7500 hectares – geridas diretamente pela Pinhal Natural. Estes projetos permitem planear de forma integrada, mobilizar os proprietários e potenciar os recursos naturais.

*Andreia Gonçalves
Unidade de Comunicação, Turismo e Eventos



Várias iniciativas municipais apresentadas em Braga. Cantanhede mostra boas práticas em Encontro das Cidades de Aprendizagem

 
O Município de Cantanhede marcou presença no 4.º Encontro das Cidades de Aprendizagem, que teve lugar em Braga, a 24 de outubro, no âmbito da Rede Portuguesa das Cidades de Aprendizagem da UNESCO.
Sob o tema “Educação e Cultura – Práticas artísticas para a inclusão”, Cantanhede apresentou várias iniciativas municipais que conjugam arte, cultura e aprendizagem ao longo da vida, destacando-se a Universidade dos Tempos Livres do Concelho de Cantanhede, o PhotoFest, o Juve Open Fest e o ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede, entre outros projetos que refletem o dinamismo cultural e educativo do concelho.
Durante a apresentação, foi também evidenciada a riqueza histórica e cultural do território, com destaque para o papel desempenhado pelos museus e espaços culturais do concelho enquanto promotores de conhecimento, identidade e inclusão.
A participação neste encontro reforça o compromisso do Município com a aprendizagem ao longo da vida, a valorização das artes e da cultura como motores de coesão social e a promoção de práticas inclusivas que envolvem diferentes gerações e contextos sociais.
O evento reuniu representantes de várias cidades portuguesas que integram a Rede de Cidades de Aprendizagem da UNESCO, constituindo um espaço privilegiado de partilha de boas práticas, reflexão e cooperação intermunicipal em torno dos desafios atuais da educação e da cultura.



Turismo Centro de Portugal, Universidade Europeia e Município da Lousã uniram esforços em ação de reflorestação


Serra da Lousã recebeu 85 estudantes e professores da Universidade Europeia, que plantaram 50 castanheiros, sobreiros e carvalhos numa zona atingida pelos incêndios de agosto.
A Serra da Lousã foi palco, esta terça-feira, de uma ação de reflorestação solidária e regeneração ambiental, promovida pela Universidade Europeia, com o apoio institucional da Turismo Centro de Portugal, do Turismo de Portugal, do Município da Lousã e da APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos.
A iniciativa “Plantar Para Regenerar” mobilizou 85 estudantes e professores das áreas de Turismo e Gestão Hoteleira da Universidade Europeia, que se deslocaram desde Lisboa até à Serra da Lousã para plantar 50 árvores autóctones – entre castanheiros, sobreiros e carvalhos – perto de um dos parques eólicos da Lousã, numa zona afetada pelos incêndios do último verão.
A área escolhida para esta primeira intervenção pertence à Associação do Casal de Catarredor, que cedeu o terreno para o arranque deste plano de regeneração ecológica, que irá abranger cerca de 1,5 hectares.
Apesar das condições meteorológicas adversas, nomeadamente o forte nevoeiro que se fez sentir, a tarefa foi concluída com sucesso pelos estudantes e professores, que demonstraram a determinação e o compromisso das novas gerações com a recuperação dos territórios atingidos pelos incêndios.
A ação foi acompanhada por Elsa Marçal, vogal da Comissão Executiva da Turismo Centro de Portugal, e por Ricardo Fernandes, vereador da Câmara Municipal da Lousã, em representação do presidente Victor Carvalho.
“Este é um gesto muito simbólico, materializado através da colaboração entre a Universidade Europeia, a autarquia e a Turismo Centro de Portugal. Estamos a dar um passo no rumo certo da regeneração destes territórios afetados. É um compromisso que a Turismo Centro de Portugal assume de forma permanente, pela sua presença ativa e constante nos territórios do interior e de baixa densidade. Esta iniciativa mostra como o turismo é um agente de mudança, capaz de juntar entidades com um propósito comum: dar uma nova vida aos territórios atingidos pelos incêndios”, destacou Elsa Marçal.

A representante da Turismo Centro de Portugal acrescentou que a entidade está a desenvolver um plano de ações concertadas com as Aldeias do Xisto, Aldeias Históricas de Portugal, Aldeias de Montanha, CCDR-C, Comunidades Intermunicipais, PROVEREs, Pinhal Interior e os agentes económicos locais, com o objetivo de reforçar a atratividade turística e económica dos territórios atingidos.

Turismo e regeneração caminham lado a lado
A ação de hoje deu continuidade a um conjunto de iniciativas do ciclo “Reconstruir e Reencantar Territórios”, desenvolvido pela Universidade Europeia, e que conta com o apoio da Turismo Centro de Portugal. O projeto visa demonstrar o papel transformador do turismo e dos eventos na revitalização das comunidades e dos ecossistemas afetados pelos incêndios.

No total, estão envolvidos 140 estudantes de diferentes cursos e laboratórios da Universidade Europeia e do IADE. O projeto assenta na metodologia Challenge-Based Learning, que incentiva os alunos a propor soluções inovadoras, sustentáveis e aplicáveis para os desafios reais do setor.

Esta colaboração reforça o posicionamento da Turismo Centro de Portugal enquanto entidade empenhada na sustentabilidade ambiental, social e económica e na valorização dos territórios do interior, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

Sessão sobre a revitalização da Serra da Lousã

Na véspera, na Aldeia do Xisto de Cerdeira, também na Serra da Lousã, o presidente da Turismo Centro de Portugal, Rui Ventura, participou na sessão de trabalho “Transformar a Serra da Lousã, Revitalizar o Território”, que contou com a presença do Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Silvério Regalado, da presidente da CCDR Centro, Isabel Damasceno, e do presidente da Câmara Municipal da Lousã, Victor Carvalho, bem como de representantes de associações empresariais, autarquias e agentes locais.

O encontro, promovido pela Associação Empresarial da Serra da Lousã, em parceria com a Coimbra iTEC, o Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC) e a IIBT Pinhal Interior, teve como objetivo analisar os impactos económicos e sociais dos incêndios de agosto e coordenar medidas de resposta e recuperação do território.

A iniciativa incluiu uma visita à Serra da Lousã e à Aldeia do Talasnal.

*Cátia Aldeagas
Diretora do Núcleo de Comunicação, Imagem e Relações Públicas
Turismo Centro de Portugal

**Luís Miguel Nunes
Consultor de comunicação


Coimbra | Projeto da UC apoia famílias africanas com equipamentos para melhorar qualidade do ar

 
Um projeto liderado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em conjunto com a Universidade Lúrio (UniLúrio), está a ajudar comunidades moçambicanas a melhorar a qualidade do ar em habitações.

Intitulado “AfroEnergy”, este projeto pretende mudar a forma como se produz e consome energia no norte de Moçambique, promovendo a sustentabilidade, a eficiência energética e a investigação científica local.
A iniciativa, que envolve a Faculdade de Engenharia da UniLúrio, em Pemba, nasceu de um acordo de cooperação científica com a UC e tem como objetivo capacitar equipas moçambicanas através da formação, da instalação de equipamentos e do desenvolvimento de competências em qualidade do ar interior, energias renováveis e eficiência energética.

De acordo com Adélio Gaspar, professor do Departamento de Engenharia Mecânica, em muitas regiões moçambicanas, as fontes de energia doméstica ainda depende da queima de lenha e carvão, o que provoca poluição dentro das habitações e graves problemas de saúde pública.

«O AfroEnergy quer inverter esse cenário. Nesse sentido, equipamos a UniLúrio com instrumentos de monitorização ambiental (capazes de medir temperatura, humidade, partículas, dióxido e monóxido de carbono) e criamos laboratórios de refrigeração e energia solar que estão, agora, ao serviço do ensino e da investigação», conta o coordenador do projeto.
Além disso, professores e estudantes receberam formação em Pemba e em Coimbra, tornando-se capazes de realizar campanhas de medição em casas rurais e de desenvolver investigação aplicada para encontrar soluções sustentáveis adaptadas à realidade moçambicana.

«Os primeiros resultados já se fazem sentir. As monitorizações que realizamos em habitações rurais revelaram níveis elevados de poluição interior, o que confirma a urgência de promover alternativas energéticas mais limpas. Instalamos, ainda, kits solares que permitem reduzir a dependência de combustíveis fósseis e melhorar o conforto térmico das casas. Em paralelo, o projeto criou uma nova linha de investigação científica em Moçambique, que combina energia solar, qualidade do ar e eficiência energética», revela o também investigador da Associação para o Desenvolvimento de Aerodinâmica Industrial (ADAI).

«O AfroEnergy mostra que a ciência pode ser uma ferramenta concreta de desenvolvimento humano e social. Ao capacitar investigadores locais, estamos a construir soluções duradouras para Moçambique e para África», conclui.

Mais do que um projeto técnico, o AfroEnergy é visto como um exemplo de cooperação lusófona com impacto real. As metodologias e infraestruturas criadas em Pemba poderão ser replicadas noutras regiões de Moçambique e noutros países africanos, promovendo um modelo de investigação sustentável e inclusivo.

*Sara Machado
Assessora de Imprensa
Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia