terça-feira, 14 de outubro de 2025

GABRIELA MARQUES COMPETIU NA 8ª ECO MEIA MARATONA DE COIMBRA

 
Organizado pela Associação Desportiva 4 Estações, realizou-se na manhã de domingo 12 de outubro, a 8ª Eco Meia Maratona de Coimbra, com 2 provas competitivas e uma caminhada.
Esta prova consistiu numa corrida de atletismo de competição, com um percurso plano fora dos tradicionais circuitos urbanos e do asfalto, pelos campos do Mondego com partida e chegada no parque de estacionamento do choupal, organizada pela.
Participou nesta competição a atleta da Secção de Ar Livre e Aventura, da Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, Gabriela Marques, competindo na prova de 21km, terminando a mesma com um excelente resultado no 7° lugar da geral feminina e 1ª no escalão F45.

Com o apoio:
Fisioterapeuta Ana Taraio
Luisa Cabeleireiro
Mariana Andrade Martins Nutricionista
Óptica Loisas Loisas - Zeiss
Fisiobaía - Terapias diferenciadas
Streetsport Animação Turística
Fisio André Viegas
NH Fitness Athletes - Preparação Física e Alta - Performance (Nelson Heleno).

Durante o mês de outubro. Exposição sobre pessoas em situação de sem-abrigo está patente na Biblioteca Municipal

 
Está patente na Biblioteca Municipal, durante o mês de outubro, a exposição de fotografias “Sem teto, visões de um quotidiano”, de Rosa Maria Ribeiro.
A mostra, constituída por 24 fotografias, resulta da observação que a fotógrafa fez do quotidiano das pessoas e dos ambientes que as rodeiam.
As imagens foram captadas ao longo do tempo, em diferentes locais, e refletem situações que impactaram profundamente a autora pela crueza que revelam. Estas fotografias procuram simplesmente dar visibilidade a momentos e realidades que tocaram e despertaram a atenção da artista.
Ao divulgar estes trabalhos, Rosa Ribeiro não tenciona evidenciar unicamente a sua estética fotográfica, mas, igualmente, convidar os visitantes da Biblioteca Municipal a refletirem, de forma séria, sobre os conteúdos que as fotografias expressam, realidades preocupantes, cada vez mais presentes nas comunidades urbanas contemporâneas. 
A exposição “Sem teto, visões de um quotidiano”, de Rosa Maria Ribeiro, propõe uma reflexão sob um ângulo humanista, sem nunca julgar ou ostracizar os retratados.
A decisão de realizar esta exposição na Biblioteca Municipal durante o mês de outubro deve-se à celebração, neste período, de duas datas importantes relacionadas com a pobreza e a exclusão social: o Dia Mundial da Pessoa em Situação de Sem-Abrigo, a 10 de outubro, e o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza e dos Sem-Abrigo, a 17 de outubro.
Sobre Rosa Maria Ribeiro
Rosa Maria Ribeiro nasceu em 1959 e reside em Cantanhede. Especializada em Ensino Especial, trabalhou com crianças portadoras de deficiência, com problemas graves de cognição e motricidade, em Cantanhede e na Figueira da Foz.
Autora de quatro livros de poesia e três para a infância, Rosa Ribeiro tem um gosto muito particular pela fotografia.
Através da lente da máquina fotográfica, tenta captar a realidade que a rodeia e que de alguma forma a toca, particularmente paisagens humanas, mas também de natureza.

Aveiro Tech Week encerra com balanço muito positivo; Iluminações de Natal 2025

 I – Aveiro Tech Week encerra com balanço muito positivo
A edição de 2025 da Aveiro Tech Week terminou com balanço positivo, confirmando a consolidação de Aveiro como cidade de referência na integração entre tecnologia, inovação e cultura. Organizada pela Câmara Municipal de Aveiro (CMA), a iniciativa decorreu de 6 a 12 de outubro e contou com milhares de participantes em dezenas de atividades abertas à comunidade, reforçando o envolvimento da cidade com as áreas tecnológicas e criativas.
O Techdays Aveiro voltou a reunir especialistas nacionais e internacionais em torno de temas como microeletrónica, cibersegurança, comunicações quânticas e defesa, promovendo o debate sobre o futuro digital e o papel das cidades na inovação. A área de gaming, instalada no Aveiro Parquexpo, registou também forte participação, com torneios, demonstrações e a presença de influenciadores e criadores de conteúdos, evidenciando o crescente interesse deste setor entre o público mais jovem. Nas escolas, as iniciativas educativas e STEAM voltaram a destacar-se pelo envolvimento de alunos e professores, num contributo direto para a literacia tecnológica e científica do concelho.
O Festival PRISMA / Art Light Tech, organizado pela CMA sob a coordenação da sua equipa do Teatro Aveirense, encerrou a semana com quatro dias de programação que integraram 20 instalações de artistas de nove países, sob o tema “A Forma das Coisas”. José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, destacou “a elevada qualidade do evento devidamente retribuída por uma forte participação do público”, sublinhando a importância da iniciativa para a valorização cultural da Cidade dos Canais. Já José Pina, programador do festival, afirmou que “o balanço foi muito positivo, com o público a responder de forma entusiasta a um conjunto de obras que convidaram à redescoberta do espaço urbano”.
II – Iluminações de Natal 2025
A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) dá continuidade ao projeto de iluminação de Natal concebido no âmbito do concurso de conceção lançado para o período 2023-2025, que desafiou o setor a desenvolver uma proposta inspirada na identidade aveirense.
A proposta vencedora, da empresa Carvalho Iluminações (Viseu), apresenta um conceito que valoriza o Património Cultural de Aveiro, a sustentabilidade, a inovação e a tecnologia. O projeto evoca elementos simbólicos da cidade e da região — os Ovos Moles, os Moliceiros, a Ria e os Pescadores, o Sal, os Marnotos e as Salineiras, e a Natureza — numa criação que reflete a autenticidade e o espírito únicos de Aveiro.
Em 2025, o investimento municipal na iluminação natalícia é de 150 mil euros. Como habitualmente, será instalada a Grande Árvore de Natal no Cais da Fonte Nova, bem como iluminações em vários pontos da cidade e das povoações que são sede de Freguesia do Concelho.
Com o azul como cor predominante, a Iluminação de Natal de 2025 pretende valorizar o espaço público e a identidade local, num ambiente onde a tradição e a expressão contemporânea se cruzam, dando origem a uma verdadeira sinfonia de luz e arte.

Locais e Motivos da Iluminação de Natal
Nas ruas da Cidade, os Moliceiros são reinterpretados com motivos Arte Nova, integrando elementos da Ria — algas, peixes e crustáceos — combinados com mensagens de Boas Festas inspiradas nas formas ornamentais do Museu de Aveiro / Arte Nova.
Ao longo do Canal Central, os motivos seguem a estética Arte Nova, destacando os movimentos curvilíneos, as referências à natureza, à fauna e flora, à harmonia e à beleza.
O Rossio voltará a receber uma Estrela gigante, enquanto a Avenida Dr. Lourenço Peixinho terá um teto de luzes com 800 metros, representando o céu estrelado de Aveiro.
No Bairro da Beira-Mar, a iluminação presta homenagem aos pescadores, com predominância do azul do mar e do amarelo das estrelas, evocando a ligação entre o mar e o céu — o universo simbólico das casas dos pescadores.
Nas ruas adjacentes à Avenida Dr. Lourenço Peixinho, os moliceiros, os marnotos e a vara que os conduz pela Ria são representados de forma artística e invertida.
Na Praça Marquês de Pombal será instalado um Presente de Natal, enquanto a Rua Direita e a Rua Belém do Parárecebem decorações inspiradas na calçada de Jorge Pinheiro, cujos círculos ganham vida sob o espírito natalício.
Os presépios do Museu de Aveiro / Santa Joana e da Praça da República seguirão igualmente a linha temática de um Natal Arte Nova.
Na zona verde entre a Sé e a Rotunda do Hospital, o destaque recai sobre os animais presentes nas fachadas Arte Nova de Aveiro, que “saltam” simbolicamente para a rua a partir do Presente de Natal, convidando os visitantes a redescobrirem a cidade e os seus detalhes arquitetónicos.
As pontes pedonais que atravessam os canais e os centros de todas as povoações sedes de Freguesia e de Uniões de Freguesia do Município de Aveiro serão também iluminados, reforçando a unidade e o espírito comunitário que caracteriza o Natal em Aveiro.
Os Centros Cívicos de Aradas, Cacia, Esgueira, Eixo, Nossa Senhora de Fátima, Oliveirinha, Santa Joana, São Bernardo e São Jacinto terão igualmente elementos decorativos alusivos à quadra natalícia, reforçando a identidade e o sentimento de pertença em todo o território municipal.

*Simão Santana
Adjunto do Presidente da Câmara Municipal de Aveiro


Fundação Galp e EPIS renovam parcerias para promover o sucesso escolar

 

  • Serão atribuídas mais de 180 bolsas de acesso ao ensino superior a nível nacional até 2028, e 300 alunos de Sines e Santiago do Cacém beneficiarão de apoio escolar.

  • Fundação Galp investe na EPIS e nos seus programas desde 2017, prevendo-se que o investimento total até 2028 ultrapasse 1 milhão de euros.

A Fundação Galp formalizou hoje a assinatura de dois protocolos de cooperação e investimento social com a associação EPIS - Empresários para a Inclusão Social, reiterando assim o compromisso da Galp e da sua Fundação com a educação e a inclusão social em Portugal, especialmente nas comunidades onde desenvolve operações.

Desde 2017, o investimento total da Fundação Galp na EPIS e nos seus programas ascende a 617 mil euros, prevendo-se que ultrapasse 1,18 milhões de euros até 2028. A formalização dos protocolos ocorreu na sede da Galp, em Alcântara, com a presença de Maria João Carioca, Co-CEO da Galp, e Paulo Macedo, enquanto Presidente da EPIS.

Na Galp acreditamos no poder transformador da educação e no seu papel para a construção de um futuro mais próspero. Este é um momento que reforça o nosso compromisso com as comunidades onde operamos, garantindo oportunidades reais a centenas de jovens e contribuindo para um país mais justo, coeso e sustentável”, afirmou Maria João Carioca.

Os programas que a EPIS e a Fundação Galp têm em parceria contribuirão para o aumento da qualificação dos jovens adultos em Portugal, que é uma prioridade nacional,” destacou Paulo Moita de Macedo. “Por um lado, permitem uma melhor preparação de mais jovens em termos de conhecimentos e de competências para a entrada no mercado de trabalho no final do 12.º ano de escolaridade e, por outro lado, alargam o acesso a mais estudantes ao ensino universitário ou politécnico, sobretudo de famílias carenciadas,” acrescentou.

Em 2024, Portugal tinha cerca de 43% de jovens adultos (25-34 anos) com ensino superior atrás de Espanha, França e outros países do norte da Europa. Cerca de 40% dos alunos do Ensino Secundário frequentam cursos profissionais de dupla certificação, e pouco mais de 20% acedem ao ensino universitário ou politécnico, pelo que programas como os que estão a ser lançados nestas regiões são bons exemplos da contribuição da sociedade civil para a qualificação dos jovens nessas comunidades, podendo servir de incentivo para outras empresas e instituições portuguesas ajudarem mais o Estado nos desafios da Educação.

Um dos protocolos visa a cooperação e apoio da Fundação Galp à missão da EPIS e, em particular, do seu programa de bolsas sociais, renovando assim uma parceria iniciada em 2006. Em 2022, a Fundação Galp tornou-se um dos maiores investidores sociais do programa de Bolsas Sociais, atribuindo nestes últimos quatro anos 185 bolsas de acesso ao ensino superior. Até 2028, ao abrigo deste novo protocolo, está prevista a entrega de mais de 180 bolsas.

Os apoios atribuídos pela Fundação Galp no âmbito da EPIS têm como principal foco os alunos residentes em concelhos estratégicos para o ecossistema energético da Galp, como Alcoutim, Matosinhos, Ourique, Santiago do Cacém, Sines e a freguesia de Alcântara, em Lisboa.


O segundo protocolo, no plano do investimento social, formaliza o lançamento do Programa de Apoio ao Sucesso Escolar FG&EPIS, iniciado este ano letivo em Sines e Santiago do Cacém. Com um investimento superior a 500 mil euros, o programa abrange mais de 300 alunos do ensino secundário regular e técnico-profissional da Escola Secundária Poeta Al Berto (Sines), a ETLA - Escola Tecnológica do Litoral Alentejano (Sines), a Escola Secundária Padre António Macedo (Santiago do Cacém) e a Escola Secundária Manuel da Fonseca (Santiago do Cacém).

É um programa que incide sobretudo em territórios que enfrentam desafios estruturais, como o abandono escolar precoce e elevadas taxas de retenção, com impacto direto na empregabilidade. A iniciativa promove o reforço pedagógico e apoio psicossocial, em articulação com as equipas multidisciplinares das escolas, com o objetivo de garantir que nenhum aluno fica para trás.

*Adriano Nobre


Atletas da ASSSCC brilham nos Testes da Associação de Patinagem de Coimbra

 
No passado sábado, 11 de outubro de 2025, oito jovens atletas da Secção de Patinagem da Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, participaram nos testes promovidos pela Associação de Patinagem de Coimbra, que decorreram no Pavilhão Municipal de Mira.
A presença da comitiva cantanhedense foi marcada por empenho, elegância e espírito de equipa, demonstrando o resultado de um trabalho contínuo de preparação e dedicação à modalidade.
Estiveram em prova os atletas Leonor Figueiredo, Gabriela Lourenço, Maria Inês Bento, Francisca Alves, Kelly Santos, Luz Estanislau e Pedro Branco, que representaram a ASSSCC com distinção.
Segundo a treinadora Mariana Veloso, “quando se faz aquilo que verdadeiramente se ama, o resultado só pode ser brilhante”. Cada desempenho refletiu foco, rigor e companheirismo, evidenciando o compromisso dos jovens e da equipa técnica com o desenvolvimento da patinagem artística no concelho.
A ASSSCC expressou ainda o seu orgulho pelo percurso e crescimento dos atletas, sublinhando a importância do apoio de todos os colegas, encarregados de educação e familiares que acompanharam e incentivaram os participantes durante as provas.

Foram plantadas mais de 2,5 milhões de árvores. Rearborizados 2.150 hectares de área ardida do baldio da freguesia da Tocha

 
Iniciada em novembro de 2022 no decurso da primeira candidatura aprovada pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR 2020), a reflorestação do baldio da freguesia da Tocha encontra-se em fase de conclusão, faltando apenas a retancha (substituição de árvores mortas) da segunda fase da arborização, numa área de 590 hectares.
Recorde-se que a reflorestação dos primeiros 1.503 hectares do Perímetro Florestal das Dunas de Cantanhede (baldio da Freguesia da Tocha), revelou que a estratégia implementada foi um sucesso, permitindo garantir o repovoamento florestal nesta área fortemente afetada pelo incêndio de outubro de 2017, que tem uma enorme importância ambiental, turística e social para o concelho de Cantanhede e especialmente para a comunidade da freguesia da Tocha.
A segunda fase da arborização foi também financiada pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR 2020), sendo que no conjunto das duas candidaturas, o valor total do investimento realizado é superior a 1,8 milhões de euros, observando-se no terreno o bom crescimento das plantas de pinheiro-bravo, podendo concluir-se que os exemplares apresentam uma boa adaptabilidade e que a estratégia adotada para plantação se revela adequada, atingindo com sucesso os objetivos propostos.
A Câmara Municipal de Cantanhede, através do seu Gabinete Técnico Florestal, foi responsável pela elaboração dos projetos, submissão e acompanhamento das candidaturas sendo que nos termos do acordo de parceria subscrito pelas entidades intervenientes no processo (Comunidade Local dos Baldios da Freguesia da Tocha, Câmara Municipal de Cantanhede e Instituto de Conservação da Natureza e Florestas) garantiu ainda o acompanhamento técnico das ações de reflorestação, por forma a supervisionar o cumprimento das operações programadas e o rigor técnico da sua execução, tendo também elaborado o Plano de Gestão Florestal do Perímetro Florestal das Dunas de Cantanhede, já aprovado pelo ICNF.
Trata-se de um projeto técnico muito ambicioso, a todos os níveis, uma vez que o local em causa se insere na Rede Natura 2000 e que por esse motivo determina a subordinação da existência de floresta a determinados fins de utilidade pública, tais como a conservação, a gestão sustentável dos recursos naturais associados e a preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens, tendo em consideração as orientações regionais de ordenamento florestal constantes no Programa Regional de Ordenamento Florestal (PROF).
No total e desde o incêndio que afetou uma área total de 2.853 hectares do badio da freguesia da Tocha no dia 15 de outubro de 2017, foram já rearborizados mais de 2.150 hectares que corresponde a mais de 75% da área ardida, através da execução e concretização das candidaturas ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2020), mas também com a realização de várias ações de responsabilidade social e ambiental promovidas por empresas do concelho e ações de educação para a conservação dos recursos naturais promovidas pelas escolas e associações em colaboração com o Gabinete Técnico Florestal do Município de Cantanhede.



Crónica- Portugal: o país que esquece as suas Pedras

 Há um país inteiro escondido sob o pó das estradas e o silêncio dos montes — e esse país chama-se Portugal. Um território onde o passado ainda respira, mas que o presente insiste em ignorar. Em pleno século XXI, continuamos a viver de costas voltadas para o nosso património mais antigo: aquele que foi erguido à força de braços, antes de haver templos, reis ou palavras.
Só o distrito de Évora guarda mais de 800 antas e dólmens, uma das maiores concentrações megalíticas da Europa. No Algarve, estão identificados 254 menires, muitos deles esquecidos no mato, vandalizados ou servindo de marco de propriedades privadas. E espalhados pelo Alentejo e Ribatejo, erguem-se ainda cromeleques monumentais — o dos Almendres, com quase uma centena de monólitos, ou o Cromeleque do Xerez, com cerca de cinquenta — templos pré-históricos de observação astronómica e culto solar que deveriam estar no topo de qualquer roteiro europeu de arqueologia.
E não é apenas o Sul que guarda tesouros. No Norte, as citânias castrejas, como BriteirosSanfins ou Sabroso, revelam uma civilização organizada, muralhada e sofisticada, anterior à chegada de Roma. A elas devemos parte da nossa matriz cultural — mas continuam arredadas dos grandes circuitos turísticos, tratadas como curiosidades regionais.
Portugal tem tudo para ser o destino megalítico mais rico e diverso do continente: dólmens, menires, cromeleques e povoados fortificados que contam, pedra a pedra, a história das nossas origens. O que não tem é uma estratégia nacional. Em vez de um Roteiro das Origens, que una o Alentejo das antas ao Minho das citânias, continuamos mergulhados numa política de capelinhas, onde cada câmara municipal promove “o seu” monumento, “a sua” rota, “o seu” folheto turístico, como se o passado pudesse ser repartido por freguesias.
É tempo de levantar a cabeça — e as pedras.
De entender que este património não é local, é civilizacional.
Portugal precisa de um roteiro nacional do megalitismo e das origens, capaz de ligar o país inteiro sob a mesma narrativa e atrair o turismo que hoje enche Stonehenge e Carnac.
Temos mais de 800 antas, 254 menires, dezenas de cromeleques e citânias que desafiam o tempo.
Temos tudo — menos visão.
E enquanto essa faltar, continuaremos a ser o país que esquece as suas pedras.

*Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor

Dia da Eurorregião dedicado à Cultura. António Cunha, Presidente da CCDR NORTE, vai marcar presença no evento próximo dia 29 de outubro, em Santiago de Compostela.


O “Dia da Eurorregião – Cultura” será realizado no próximo dia 29 de outubro, em Santiago de Compostela, no Auditório do Consello da Cultura Galega, uma iniciativa promovida no âmbito do programa Interreg Espanha-Portugal, cofinanciado pela União Europeia, e integrada no projeto Nortear.
O evento contará com a presença de António Cunha, Presidente da CCDR NORTE, na sessão de abertura, ao lado de Rosario Álvarez Blanco, Presidenta do Consello da Cultura Galega, Jesús Gamallo, da Equipo Directivo da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal (AECT), e José López Campos, Conselleiro de Cultura, Língua e Xuventude da Xunta de Galicia.

“A cultura é um território sem fronteiras. Celebrar a Eurorregião é celebrar a capacidade que temos de construir juntos o futuro, valorizando as nossas raízes comuns”, sublinha António Cunha.

A programação inclui uma conferência pelo historiador Ramón Villares Paz, seguida de uma mesa de debate sobre “As Casas de Escritores da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal”, com a participação de representantes de instituições literárias de referência, como a Casa de José Régio de Vila do Conde, a Fundación Camilo José Cela, a Fundación Rosalía de Castro e a Casa de Camilo Castelo Branco.

O evento irá culminar com a entrega do Prémio Literário Nortear, que distingue jovens talentos da escrita na Eurorregião, pertencente, este ano, à vencedora Diana Teixeira.

Nuno Almeida, da Direção da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, AECT, destaca: “Com 11 edições de sucesso, o Prémio Nortear já recebeu mais de 550 obras de jovens escritores entre os 16 e 36 anos dos dois territórios, consolidando-se como um espaço cultural único e partilhado na nossa Eurorregião”.

A presença da CCDR NORTE no evento reforça a sua missão de dinamizar a cooperação transfronteiriça e valorizar o património literário da Região Norte, contribuindo para o fortalecimento dos laços culturais e desenvolvimento de iniciativas conjuntas no âmbito da Eurorregião.

FCTUC organiza caminhada ao longo do Rio de Fornos

 
O Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) organiza, no próximo dia 18 de outubro, pelas 15h00, uma caminhada ao longo do Rio de Fornos (Torre de Vilela), destinada a toda a comunidade.

O evento, organizado pelo grupo de Ecologia de Águas Doces do MARE/ARNET da FCTUC, decorre no âmbito do projeto OneAquaHealth, coordenado pela investigadora Maria João Feio.

«O objetivo é envolver a comunidade local, promovendo um momento de descoberta e partilha sobre este curso de água tão importante para Coimbra e a sua biodiversidade. Queremos também ouvir as memórias e histórias de quem viveu junto à ribeira, valorizando a ligação entre as pessoas e o ecossistema», destaca a especialista do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC.

Durante a atividade, os participantes terão a oportunidade de testar a nova aplicação de Ciência Cidadã desenvolvida no âmbito do projeto OneAquaHealth. Esta aplicação pretende promover a conservação dos rios e ribeiros urbanos e, simultaneamente, a monitorização dos riscos para a Saúde Única como contributo dos cidadãos.

Mais informações sobre o projeto no site oficial.

*Sara Machado
Assessora de Imprensa
Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia

MINDFULNESS EM SALA DE AULA NA MARINHA GRANDE

 Teve início no passado dia 10 de outubro de 2025, o Grupo de Educação Emocional e Comportamental, uma iniciativa do Município da Marinha Grande, promovida no âmbito do PIPSE – Programa Intermunicipal de Promoção do Sucesso Escolar.
A primeira sessão foi realizada na turma do 3.º ano da Escola Básica do Engenho, do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Nascente. A atividade é dinamizada pela psicóloga do Município, ao longo de 8 sessões, e será alargada a outras turmas e escolas do concelho da Marinha Grande, à semelhança dos anos letivos anteriores. 
A primeira abordagem junto da turma centrou-se na prática de “Mindfulness em Sala de Aula”, uma ferramenta que promove o bem-estar emocional e o equilíbrio comportamental em contexto educativo.
O PIPSE da CIM Região de Leiria tem como missão combater as dificuldades nas aprendizagens e contribuir para a melhoria dos indicadores educativos, através de uma intervenção próxima e personalizada junto das crianças do Pré-escolar e 1.º Ciclo. A equipa multidisciplinar do Município integra as quatro áreas de especialidade: Psicologia, Nutrição, Terapia da Fala e Mediação Intercultural.
Entre os benefícios da prática de Mindfulness, destacam-se:
- A promoção da integração coletiva e da presença consciente;
- A criação de um ambiente emocionalmente mais equilibrado e menos reativo;
- O desenvolvimento de competências como atenção, concentração, autorregulação e foco;
- A melhoria das relações interpessoais e a redução de problemas de comportamento.
*Gabinete de Comunicação e Imagem