quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Entre 21 de outubro e 12 de novembro de 2025, no Porto. Bem-estar animal e transformação alimentar em debate nas Conferências em Biotecnologia 2025


Bem-estar e etologia em peixes, cadeia de abastecimento do comércio eletrónico de alimentos e estratégia comercial e impactos na cadeia de valor

 

A Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, em colaboração com a Associação dos Antigos Alunos, retoma, este outono, o ciclo Conferências em Biotecnologia, um espaço de diálogo entre ciência, inovação e sociedade, que promove a reflexão sobre temas emergentes nas áreas da biotecnologia, alimentação e sustentabilidade. A entrada é livre e gratuita, sem necessidade de inscrição.
A primeira sessão, intitulada “Bem-estar e etologia em peixes”, realiza-se a 21 de outubro, às 10h, e será conduzida por João Saraiva, investigador e líder do Grupo de Etologia e Bem-estar dos Peixes no Centro de Ciências Marinhas de Faro. Nesta sessão, João Saraiva que tem dedicado a sua carreira ao estudo do comportamento animal e ao desenvolvimento de práticas que promovam o bem-estar dos peixes, tanto na aquicultura como na pesca, vai explorar a questão: Sabia que os peixes sentem emoções — da dor ao prazer — e que a sua qualidade nutricional depende das condições de vida e de abate?

A 5 de novembro, às 16h, realiza-se a conferência “Contexto, conceito, abordagem e desafios da cadeia de abastecimento do comércio eletrónico de alimentos,” por Nuno Almeida, especialista com mais de 20 anos de experiência em retalho e negócios digitais. O crescimento das compras online de alimentos — que representam já 20% do total global e poderão atingir 8 biliões de dólares em 2026 — levanta novos desafios logísticos, tecnológicos e de sustentabilidade, que serão o foco desta sessão.

A 12 de novembro, também às 16h, encerra o ciclo a conferência “Estratégia comercial e impactos na cadeia de valor: marcas próprias, fornecimento, desenvolvimento de produtos, negociação, embalagem, competitividade e sustentabilidade,” por Pedro Carmo, diretor de abastecimento e aquisições globais da Daymon Worldwide. A sessão abordará o papel da inovação e das marcas próprias na criação de valor e competitividade no setor alimentar.

“As Conferências em Biotecnologia refletem o compromisso da Faculdade em promover o diálogo entre a investigação científica e os desafios reais da sociedade. Neste sentido, estes encontros aproximam estudantes, investigadores e profissionais de áreas distintas, criando pontes essenciais para o desenvolvimento sustentável,” salienta Paula Castro, diretora da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa.

O ciclo Conferências em Biotecnologia, que decorre no Edifício de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto, é uma iniciativa aberta à comunidade académica e ao público em geral. O objetivo deste Ciclo, que se realiza anualmente, é o de aproximar a investigação científica das dinâmicas empresariais e sociais que moldam o futuro da biotecnologia.

Mais informações disponíveis em: www.esb.ucp.pt/conferencias-em-biotecnologia

*Fernanda Teixeira

Torres Vedras volta a acolher uma das mais prestigiadas provas de "cross" nacionais


O Cross de Torres Vedras / 43.º Corta-Mato de Matos Velhos realiza-se na manhã do próximo dia 2 de novembro, no Parque Verde da Várzea.

Uma vez mais este cross volta a ser utilizado pela Federação Portuguesa de Atletismo como espaço de observação e seleção de atletas (juniores e seniores, femininos e masculinos) para o Campeonato da Europa de Cross Country, que se realiza este ano em Lagoa, no dia 14 de dezembro.
Sendo que um dos critérios que os atletas portugueses têm de cumprir para a participação nesse campeonato passa pela sua observação no Cross de Torres Vedras, espera-se a presença na próxima edição do mesmo de nomes sonantes do atletismo nacional (tendo alguns já realizado inclusivamente a sua pré-inscrição), bem como de atletas que, mesmo não tão cotados, tentarão concretizar o seu sonho de participar no Campeonato da Europa de Cross Country. O facto de esta competição se realizar este ano em Portugal constitui-se, de resto, para muitos atletas nacionais como um atrativo especial, o que poderá favorecer a qualidade das principais provas da edição de 2025 do Cross de Torres Vedras.

Por outro lado, realizando-se a mesma duas semanas antes do Campeonato Nacional de Corta-Mato, muitos serão os atletas que utilizarão a competição torriense como espaço para avaliar a sua forma.

Em termos coletivos, espera-se a presença na próxima edição do Cross de Torres Vedras de dezenas de clubes dos mais diversos locais do país, de entre os quais os principais emblemas do atletismo nacional - SL Benfica, SC Braga e Sporting CP.

A organização do evento prevê a participação de cerca de um milhar de atletas na edição de 2025 do mesmo, o qual se realiza num local com excelentes condições para a prática do cross e que tem também como mais-valia o seu belo enquadramento.

O início das provas está marcado para as 9h00, com a prova de veteranos, estendendo-se as mesmas até às 12h00, altura em que será dado o tiro de partida da prova de seniores masculinos.

O Cross de Torres Vedras / 43.º Corta-Mato de Matos Velhos é uma organização da Câmara Municipal de Torres Vedras, do Grupo Desportivo de Matos Velhos e da União Desportiva do Oeste.

Recorde-se que o Cross de Torres Vedras / Corta-Mato de Matos Velhos é um dos mais importantes e emblemáticos crosses nacionais, sendo que têm participado no mesmo atletas de gabarito internacional, alguns deles com passagens por campeonatos da Europa e do Mundo de Atletismo e por Jogos Olímpicos.

Proença-a-Nova | Campo de Areia da Praia Fluvial da Aldeia Ruiva recebe formação de professores


O Campo de Areia da Praia Fluvial da Aldeia Ruiva recebeu recentemente a ação de formação “Desportos de Areia: Abordagens Didáticas e Metodológicas para o Ensino”, promovida pela Associação de Professores de Educação Física de Castelo Branco (APEF) e dedicada à exploração pedagógica e prática de quatro modalidades: ténis, voleibol, andebol e futebol de praia.

A formação contou com a orientação de especialistas em cada uma das modalidades: Manuela Cunha (Ténis de Praia), João Gonçalves (Andebol de Praia), Leonel Gomes (Voleibol de Praia) e João Feliciano (Futebol de Praia), proporcionando aos participantes uma experiência completa e contextualizada de ensino em ambiente de areia.
Dirigida a professores dos Grupos 260 e 620 (Educação Física), a ação contou com 37 formandos e teve uma duração total de 25 horas, em regime b-learning, combinando uma componente teórica online (9 horas) com sessões presenciais práticas (16 horas), realizadas na Praia Fluvial da Aldeia Ruiva.

João Ramalho, da Associação de Professores de Educação Física de Castelo Branco, considera que “a ação decorreu num clima extremamente positivo, com um grupo de professores muito disponível para aprender e partilhar as suas experiências” e acrescenta que “face ao sucesso da iniciativa, ponderamos promover uma segunda edição desta ação e dois cursos com maior duração por modalidade”.

A iniciativa surge da crescente valorização de contextos de aprendizagem diversificados e da importância de promover estilos de vida ativos entre os alunos, recorrendo a modalidades alternativas e inovadoras.

Os desportos de areia oferecem condições ideais para o desenvolvimento das capacidades motoras, resistência, cooperação e autonomia, num ambiente natural e estimulante. Contudo, a ausência deste tipo de formação na preparação inicial de muitos docentes tem limitado a sua aplicação em contexto escolar, o que reforça a relevância de iniciativas como esta.

O programa abordou temas como o enquadramento histórico e evolutivo das modalidades, benefícios e medidas de segurança, metodologias de ensino em areia, e propostas práticas de situações de aprendizagem adaptadas ao contexto escolar.

Com esta iniciativa, pretende-se dotar os professores de ferramentas pedagógicas e metodológicas que lhes permitam integrar as modalidades de praia nas suas aulas, tirando partido dos espaços exteriores disponíveis e promovendo experiências desportivas mais motivadoras e inclusivas para os alunos.

*Andreia Gonçalves
Unidade de Comunicação, Turismo e Eventos





Marinha Grande | Interrupção do abastecimento de água na Amieirinha

 O Município da Marinha Grande informa que, no próximo dia 16 de outubro de 2055 (quarta-feira), entre as 14h30 e as 19h00, será necessário proceder à interrupção temporária do abastecimento de água em várias ruas da Amieirinha, devido à substituição de válvulas de seccionamento das condutas de abastecimento, localizadas no cruzamento da Rua Catarina Eufémia com a Rua 5 de Outubro.

As ruas afetadas são as seguintes:
• Rua do Tecelão
• Rua das Sorraipas
• Rua 1.º de Dezembro
• Rua e Travessa 5 de Outubro
• Rua 11 de Março de 1988
• Rua da Escola da Amieirinha
• Rua da Sede
• Rua Catarina Eufémia
• Rua da Ribeira

Recomenda-se à população que mantenha as torneiras fechadas, uma vez que o abastecimento poderá ser retomado antes da hora prevista.

Após a reposição do serviço, deverá deixar correr a água até que esteja completamente limpa.

Para qualquer esclarecimento adicional, os consumidores podem contactar o Município da Marinha Grande através do número 244 573 300.

*Gabinete de Comunicação e Imagem

CATARINA TELES APRESENTA O LIVRO “SOBREVIVER” NA MARINHA GRANDE

 
O Auditório da Resinagem, na Marinha Grande, vai acolher no próximo dia 25 de outubro de 2025, pelas 18h00, a apresentação pública do livro “SobreViver”, da autora Catarina Teles, numa sessão promovida pela SPPIC – Assessoria e Publicações, com o apoio do Município da Marinha Grande.
Natural de Coimbra e residente na Marinha Grande desde a infância até aos 25 anos, Catarina Teles é filha do Dr. José Carlos e da Professora Clara. Licenciada em Comunicação Social pela Universidade de Coimbra, é também autora do blogue Placard de Cortiça.
A escrita, a música, o teatro e o voleibol fazem parte das suas paixões desde criança. Em “SobreViver”, a autora transforma a sensibilidade do quotidiano em histórias intensas, simples e genuínas, procurando tocar o coração dos leitores e levar cada um a encontrar verdade e emoção nas palavras.

Com 165 páginas, o livro é uma produção da SPPIC – Assessoria e Publicações, empresa sediada na Marinha Grande.

*Gabinete de Comunicação e Imagem

FEIRA DE TODOS OS SANTOS EM SILVES, DE 30 DE OUTUBRO A 02 DE NOVEMBRO

 A Feira de Todos os Santos, uma das mais antigas e tradicionais feiras do Algarve, está de volta ao Sitio do Encalhe, em Silves, de 30 de outubro a 02 de novembro.

Com um programa dinâmico, cheio de energia e muita animação, a Feira este ano prossegue o seu carácter inovador que leva ao palco do evento o Evandro Costa, Quim das Remisturas, Lady T Band, Boca Doce e Vira Milho.
No recinto, uma grande variedade de carrosséis, expositores, tasquinhas com as tradicionais castanhas assadas, farturas, pipocas, algodão doce e os mais variados petiscos, fazem as delicias de pequenos e crescidos.
Organizada pelo Município de Silves, a Feira de Todos os Santos promete trazer alegria, cor, música e folia à cidade de Silves. Estão todos convidados para esta grande festa!
 
Programa completo:
» Dia 31 de Outubro 
21h00 – Evandro Costa
22h30 – Quim das Remisturas
 
» Dia 1 de Novembro
17h00 – Lady T Band
22h00 – Boca Doce
 
» Dia 2 de Novembro
17h00 – Vira Milho

 

Júlia Vieira sagra-se Campeã Regional em Solo Dance e alcança bronze em Patinagem Livre


Numa organização da Associação de Patinagem de Coimbra com o apoio da Associação Desportiva de Mira e da Câmara Municipal de Mira, realizou-se no passado dia 11 de outubro, o 1.º Torneio Regional de Benjamins de Patinagem Artística, no qual estiveram presentes os melhores talentos da modalidade.

A par desta competição, a Associação que tutela a modalidade no centro do país, promoveu igualmente os 5ºs testes de especialidade de patinagem livre.
Participou nesta primeira competição, destinado ao escalão de Benjamins a patinadora Júlia Vieira, atleta da Secção de Patinagem Artística da Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, conquistando no final da sua prova, o 1º lugar na vertente do Solo Dance.

Apesar da intensa competição, Júlia Vieira, competiu ainda na modalidade de Patinagem Livre, conquistando no final um honroso 3.º lugar entre 10 atletas.

No final das competições, a treinadora Mariana Veloso partilhou emocionada, que foi um orgulho imenso ver tanta entrega numa atleta tão jovem, referindo-se ao trabalho que tem sido desenvolvido nos treinos, que se traduz nestes resultados.



(En)Cantar com Alice e Sebastião na Igreja de Gondar


A igreja românica de Santa Maria de Gondar, em Amarante, acolhe no próximo domingo, 19 de outubro, pelas 16 horas, o segundo concerto do ciclo “(En)Cantar com Alice e Sebastião” na Rota do Românico.
Depois de o Centro de Interpretação do Românico, em Lousada, ter assistido à estreia do ciclo no passado mês de setembro, será agora a vez da velha igreja de Gondar receber a Sara Meireles, na voz, e o Tiago Ferreira, no piano, para um espetáculo de grande diversidade musical, para toda a família.
(En)Cantar com Alice e Sebastião é um projeto musical e literário destinado ao público em idade escolar e pré-escolar, idealizado pela cantora Sara Meireles como homenagem aos seus avós.
Com entrada livre, sujeita à lotação dos espaços, este ciclo de concertos na Rota do Românico conta com o apoio da Fundação GDA.
A Rota do Românico reúne atualmente 58 monumentos e três centros de interpretação, distribuídos por 12 municípios (Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende).
As principais áreas de intervenção da Rota do Românico abrangem a investigação científica, a conservação do património, a dinamização cultural, a educação patrimonial e a promoção turística.
*António Coelho
Planeamento e Comunicação
Rota do Românico | Itinerários Culturais

Crónica - O único castelo de muralha redonda em Portugal

 Erguido sobre o vale fértil do Mondego, o castelo de Montemor-o-Velho guarda uma singularidade que o distingue de todas as fortalezas portuguesas. A sua muralha desenha um traçado quase circular, uma forma rara e quase mágica na arquitetura militar medieval. Nenhum outro castelo em Portugal se aproxima deste desenho de perfeição, onde a pedra parece seguir o movimento do vento e da colina.
Enquanto as fortalezas do país se moldaram em linhas retas e ângulos estratégicos, Montemor conservou a curva contínua de uma muralha redonda. A sua origem remonta ao século IX, quando os muçulmanos ergueram ali uma fortificação para dominar o Mondego e controlar a entrada de Coimbra. A forma ovalada não era fruto de acaso. Permitindo uma visão total e uma defesa sem ângulos mortos, representava o equilíbrio entre técnica e harmonia, entre a arte da guerra e o desenho do território.
Mais tarde, vieram os reis cristãos. Reforçaram as torres, altearam as ameias, ergueram templos dentro das muralhas. Mas não tocaram na forma essencial que já existia. Talvez tivessem compreendido que havia naquela geometria uma inteligência antiga, uma sabedoria que o tempo não conseguiu apagar.
Hoje, quem percorre o alto das muralhas sente o eco dos séculos. A paisagem estende-se até onde o olhar alcança, o Mondego corre lá em baixo com o mesmo ritmo que viu passar reis, cavaleiros e invasores. O castelo mantém-se firme, redondo, completo, como se o tempo girasse em torno dele.
Montemor-o-Velho é mais do que uma fortificação. É uma lição de continuidade e de beleza, um manifesto silencioso sobre o engenho das civilizações que o construíram e o respeitaram. O único castelo de muralha redonda em Portugal recorda-nos que até a guerra, quando desenhada com arte, pode deixar marcas de perfeição.
*Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor

Cientistas descobrem que a inibição de pequenas moléculas acelera a cicatrização de feridas na diabetes

 Em pessoas com diabetes, a cicatrização de feridas é lenta e complexa, o que favorece o aparecimento de úlceras difíceis de curar. Um novo estudo, liderado pela Universidade de Coimbra (UC) e pela Universidade de Roskilde (Dinamarca), mostra uma cicatrização quase total destas feridas ao fim de dez dias, através de uma abordagem molecular que inibe, em simultâneo, dois microARN (microRNA, na sigla em inglês). Este método pode abrir caminho ao desenvolvimento de novas terapias para melhorar o tratamento de feridas em pessoas diagnosticadas com diabetes.
“O objetivo do estudo foi investigar se bloquear dois microARN – o miR-146a-5p e o miR-29a-3p, que são pequenas moléculas que regulam a expressão genética e que descobrimos estarem aumentadas na pele de pessoas com diabetes – poderia melhorar a cicatrização destas feridas”, explicam os investigadores do grupo Obesidade, Diabetes e Complicações do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CiBB), Ermelindo Leal e Eugénia Carvalho.
Segundo os cientistas, os resultados publicados na revista científica Diabetologia “abrem novas possibilidades para o desenvolvimento de terapias inovadoras que atuem diretamente sobre o miR-146a-5p e o miR-29a-3p, com potencial para modular processos-chave envolvidos na cicatrização de feridas, como a inflamação, o stress oxidativo, a formação de novos vasos sanguíneos e a remodelação da matriz extracelular”.
Para alcançar estes resultados, os investigadores testaram o efeito da inibição dos microARN através de moléculas desenhadas para o efeito, tanto em células humanas como em ratinhos com diabetes tipo 1. Posteriormente, foram analisadas as consequências ao nível da inflamação, formação de novos vasos sanguíneos e remodelação tecidular. Nos testes com ratinhos, a abordagem terapêutica reduziu o tamanho das feridas de forma significativa em dez dias, com alterações que levaram a uma pele mais resistente e estruturalmente mais organizada.
Ao identificar os dois microARN como alvos terapêuticos promissores, o trabalho cria bases para futuras abordagens personalizadas e mais eficazes no tratamento de feridas crónicas, especialmente em pessoas com diabetes. “Estes futuros alvos de terapia molecular podem ter o potencial de melhorar significativamente as feridas e a recuperação de doentes, podendo reduzir o tempo de internamento hospitalar, diminuir o risco de amputações e, assim, aliviar o peso económico e social associado”, avançam os investigadores da UC. Podem, igualmente, “potenciar estratégias semelhantes aplicadas a outras patologias marcadas por cicatrização deficiente ou inflamação crónica”, acrescentam.
“Este estudo tem grande relevância social, especialmente num contexto global em que a diabetes é uma doença que afeta milhões de pessoas – causando dor, infeções recorrentes, hospitalizações frequentes e até amputações – e apresenta uma tendência de crescimento contínuo”, sublinham Ermelindo Leal e Eugénia Carvalho.
Existem cerca de 540 milhões de casos de diabetes em todo o mundo. Em Portugal, 1,1 milhões de pessoas sofrem da doença. A úlcera diabética surge em cerca de 25% dos casos, dos quais cerca de 70% resulta em amputações.
Além da Universidade de Roskilde, o estudo contou com participação de cientistas de outras instituições dinamarquesas, a Universidade da Dinamarca do Sul e a Universidade de Aalborg. Na equipa do CNC-UC participou também Marija Petkovic.
O estudo foi apoiado por várias entidades: Fundação Europeia para o Estudo da Diabetes; Academia Dinamarquesa de Diabetes e Endocrinologia; National Institute on Aging (Estados Unidos da América); e Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
O artigo científico Improved wound healing by dual inhibition of miR-146a-5p and miR-29a-3p supports a network action of dysregulated miRNAs in diabetic skin (Melhoria na cicatrização de feridas pela dupla inibição de miR-146a-5p e miR-29a-3p, em português) está disponível aqui.

*Universidade de Coimbra
Fonte: Apimprensa