Praia Fluvial de Sangemil acolheu ação de limpeza no Dia Internacional da Limpeza Costeira

Iniciativa promovida pelo EUROPE DIRECT Viseu Dão Lafões recolheu 26,5 quilos de resíduos. Bombeiros Sapadores da CIM Viseu Dão Lafões e voluntários da Vários - Cooperativa de Solidariedade Social uniram esforços pela proteção da natureza.

No dia 23 de setembro, a Praia Fluvial de Sangemil, no concelho de Tondela, foi palco de uma ação de limpeza dinamizada pelo EUROPE DIRECT Viseu Dão Lafões, no âmbito do Dia Internacional da Limpeza Costeira.

A iniciativa contou com a participação de 16 voluntários, da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, do EUROPE DIRECT Viseu Dão Lafões, da Brigada de Sapadores da CIM Viseu Dão Lafões e da Vários - Cooperativa de Solidariedade Social, que uniram esforços para a proteção dos ecossistemas fluviais e marinhos.

No final da ação, estavam recolhidos 26,5 quilos de resíduos, sobretudo plásticos, vidro e outros materiais que ameaçavam o equilíbrio do ecossistema fluvial.

A ação inseriu-se na campanha mundial #EUBeachCleanup, promovida todos os anos pela União Europeia e pelas Nações Unidas e coordenada em Portugal pela Fundação Oceano Azul. Este ano, entre 20 e 28 de setembro, decorreram dezenas de ações de limpeza em praias, rios e zonas costeiras, que envolveram cidadãos de todo o país, incluindo as ilhas. Desde 2019, a campanha já envolveu mais de 18 mil voluntários em Portugal, em 625 ações que resultaram na recolha de 250 toneladas de lixo marinho.

Para Nuno Martinho, Secretário Executivo da CIM Viseu Dão Lafões, esta mobilização assumiu um significado especial: “Grande parte do lixo que chega aos oceanos vem dos rios. Por isso, faz toda a diferença agir também a montante nestes espaços. Em Sangemil, mostrámos como um gesto local pode ter resultados globais. Foi inspirador ver tantas pessoas a dedicar o seu tempo e energia a esta causa”.

“Foi com enorme orgulho que a CIM Viseu Dão Lafões e o EUROPE DIRECT Viseu Dão Lafões se voltaram a associar a este movimento internacional, contribuindo para uma causa urgente e transversal. Foi especialmente gratificante contar, nesta edição, com a colaboração da Cooperativa Vários, uma entidade profundamente comprometida com a solidariedade social. Juntos, demonstrámos que a defesa do ambiente se faz com ações concretas, no terreno, e com o envolvimento de todos”, acrescentou.

O EUROPE DIRECT Viseu Dão Lafões tem assumido, ano após ano, a missão de mobilizar parceiros locais, entre autarquias, escolas, associações e cidadãos, para a #EUBeachCleanup. O objetivo é simples, mas fundamental: sensibilizar para os problemas da poluição marinha e reforçar a importância de comportamentos mais responsáveis no dia a dia.

Sobre a CIM Viseu Dão Lafões:

A CIM Viseu Dão Lafões é uma associação de municípios, denominada como Comunidade Intermunicipal, sendo constituída pelos municípios de Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Sátão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela.

*Miguel Fernandes

Gabinete de Comunicação CIM Viseu Dão Lafões

*Filipe Santos

Assessoria de Imprensa

Castelo de Paiva | Evento cultural já soma 26 edições. ADEP volta a promover recriação histórica com Feira do Século XIX no Parque das Tílias

Orquestra “Finfas de Nespereira” na noite de Sábado.

A ADEP – Associação de Defesa do Património Histórico e Cultural de Castelo de Paiva vai promover, no próximo fim-de-semana, dias 4 e 5, no Parque das Tílias, em Sobrado, a 26ª edição da Feira do Século XIX, que se traduz num atraente quadro pitoresco, da vivência rural dos nossos antepassados, uma iniciativa de sucesso que volta a merecer o apoio da Câmara Municipal e de diversas entidades da região, sendo que, a grande novidade é que, o programa volta a contemplar festa e animação durante o dia e noite de Sábado, com destaque para um arraial nocturno com baile à moda antiga com a consagrada Orquestra Típica “ Finfas de Nespereira “ - Cinfães, para além de Tocadores de Concertinas, actuação do Grupo Coral dos Mineiros, várias rusgas com grupos corais, magusto no parque e muita animação de rua para alegrar a presença daqueles que vão passar neste evento cultural e recreativo.

Esta será a 26ª edição deste evento histórico e cultural, trata-se de recriar um evento que, a nível concelhio, exalta o génio, as artes e vida das gentes paivenses, envolvendo diversas associações locais e que procura recriar uma época através da representação de valores e tradições de outrora e que este ano apresentará algumas novidades, como teatro de rua, com momentos que procuram também evidenciar o conhecimento da história mineira de Castelo de Paiva, sem esquecer os tradicionais Bailes à Moda Antiga, no Sábado à noite, com a Orquestra Típica Os Finfas de Nespereira-Cinfães e Domingo à tarde, com uma outra Orquestra Tradicional de Nespereira, sendo que, devido às condições de instabilidade climatérica podem ser realizados no salão principal do edifício da antiga Casa do Povo.

Junto ao edifício da antiga Casa do Povo, na zona da Frutuária, história vai voltar a repetir-se e a realização assume as vertentes pedagógicas, cultural e social, sendo recriado, através dos trajes, dos artesãos, dos comerciantes dos produtos agrícolas e animais domésticos, da música tradicional e da animação de rua, o ambiente vivido numa verdadeira feira de tempos já recuados.

Recordando o sucesso conseguido nos últimos anos, o presidente da CM, José Rocha, volta a elogiar esta bonita iniciativa da ADEP e destaca que, “ao tentar caracterizar-se algumas das actividades que faziam parte do quotidiano das pessoas da época, estamos a respeitar as nossas origens, a recuperar velhos hábitos e costumes e a reconstruir cenários já há muito esquecidos e também desconhecidos para muita gente, especialmente para aqueles que são mais jovens“.

A comercialização de produtos agrícolas, a presença de diversos artífices, a venda do artesanato regional e dos animais domésticos, a mostra dos utensílios agrícolas, as danças e costumes de outrora, o vinho novo e a cozinha tradicional da época, a doçaria regional, e os bailes à moda antiga são argumentos de peso e de grande interesse deste certame que soma já 26 anos de realização, onde a animação e a componente etnográfica, com a participação e envolvimento dos ranchos folclóricos, grupos de tocadores de concertina e de cantares ao desafio vão, certamente, merecer particular destaque, atraindo milhares de visitantes ao Parque das Tílias, cenário que, durante o dia de Domingo, vai acolher todas as tradições locais e potenciar muita animação de rua.

O programa principal começa com abertura da feira, e animação assegurada com folclore, evidenciando-se depois algumas actividades etnográficas e uma prova de sabores, para além da demonstração de algumas das valências da ADEP, designadamente a "Casa dos Engenhos", vão estar abertas neste dia evocativo, mas o grande interesse é que estão asseguradas as tasquinhas a funcionar com gastronomia tradicional e animação de rua para animar os visitantes, destacando-se no Sábado à noite, as Rusgas animadas pelos grupos corais da Universidade Sénior, da ACUP e dos Mineiros do Pejão.

Destaque para a visita guiada de interpretação do património e ofícios e uma homenagem póstuma ao escritor cinfanense Guido Moterey, que sempre colaborou com a ADEP.

Martinho Rocha, actual presidente da ADEP, evidencia estes 26 anos desta representação histórica, realçando que, a feira demonstra a ruralidade da época, acreditando que irá superar todas as expectativas, apresentando algumas novidades e lançou o desafio para que todos visitem o certame, como forma de reconhecimento pelo trabalho que tem sido desenvolvido pela colectividade e pela organização da iniciativa, por muitos já considerada uma referência turística da região, merecendo por isso, o apoio disponibilizado por várias entidades.

*Carlos Oliveira

Gabinete de Comunicação Relações Públicas e Protocolo

Assessor de Imprensa

Proença-a-Nova | UCC de Proença-a-Nova promove sessões de educação para a saúde no concelho

A Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) de Proença-a-Nova vai dinamizar, ao longo do mês de outubro, um conjunto de seis sessões de educação para a saúde em várias localidades do concelho, no âmbito do projeto “Habilita +”.

Estas sessões, que terão sempre início às 10h00, abordam, para já, três áreas centrais para o bem-estar da população: prevenção de quedas, alimentação saudável sénior e direitos sociais.

O projeto resulta de um levantamento de necessidades em saúde realizado junto das comunidades, em parceria com a Unidade Móvel de Saúde do Município de Proença-a-Nova. Através de questionários e contacto direto com a população, foi possível identificar os principais problemas, que agora serão trabalhados em sessões práticas e acessíveis a toda a população.

Segundo Márcia Tavares, coordenadora da UCC de Proença-a-Nova, “estas sessões de educação para a saúde são da responsabilidade da UCC e inserem-se dentro do projeto ‘Habilita +’, criado e promovido pela equipa. Temos já nutricionistas, assistentes sociais e psicólogos, mas neste caso será a enfermeira da UCC a dinamizar as sessões, contando também com a colaboração de outros profissionais em momentos específicos. O objetivo é dar resposta às necessidades reais que nos são transmitidas, adaptando os temas às pessoas e localidades que vamos encontrar”.

As primeiras sessões, todas no mês de outubro, já estão agendadas: São Pedro do Esteval (6), Montes da Senhora (15), Cunqueiros (20), Sobral Fernando (22), Malhadal (27) e Chão do Galego (29). Todas decorrem nos respetivos espaços comunitários de referência locais, como associações, antigas escolas primárias e bibliotecas, reforçando a proximidade da UCC com a comunidade.

“Queremos alcançar o maior número de pessoas possível. Mesmo quem não participou no levantamento inicial está convidado a juntar-se, colocar questões e partilhar preocupações. Este é apenas o início: no futuro, outras sessões e outros temas irão surgir, sempre adaptados às realidades locais”, acrescenta a coordenadora.

Com a mensagem “Saber mais para viver melhor”, o projeto pretende incentivar a população a manter-se ativa, informada e segura, promovendo hábitos de vida saudáveis e reforçando a autonomia, sobretudo da população sénior, nos mais diferentes setores e áreas.

*Gabriel Reis

Comunicação, Turismo e Eventos

Proença-a-Nova | Associação das Corgas apresenta projeto “Contos e outros ditos com Humor”

 

A Associação da Aldeia de Corgas está a convidar toda a comunidade a participar no primeiro encontro do projeto “Contos e outros ditos com Humor”, que se realiza este sábado, dia 4 de outubro, às 21h00, no primeiro andar do edifício sede desta Associação.

O projeto visa reviver memórias, locais e pessoas da aldeia de Corgas e das aldeias vizinhas, através da recolha de histórias e situações caricatas com muito humor à mistura, proporcionando uma viagem ao passado divertida e enriquecedora ouvintes e palestrantes.

Durante o encontro, serão apresentadas ao detalhe as características do projeto e a forma de participação da comunidade, que incluirá a recolha de histórias cómicas e divertidas, a sistematização das conversas em grupos informais e a organização dos conteúdos recolhidos, com vista à publicação em livro, mais tarde.

A iniciativa é coordenada e dinamizada por Armindo Ladeira Francisco, sócio da Associação, estando aberta a todos os interessados – tanto sócios como não sócios, habitantes da aldeia de Corgas ou de outras localidades. Todos os participantes são bem-vindos, sendo que eventuais receitas do projeto reverterão integralmente em benefício da Associação local.

*Gabriel Reis
Comunicação, Turismo e Eventos

"Ilustração da Natureza" é o lema da residência artística Nortear Ilustrado

O Nortear Ilustrado, iniciativa conjunta da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, AECT, da Dirección Xeral de Cultura da Xunta de Galicia e da CCDR NORTE, regressa à Ilha de San Simón com o lema "Ilustração da Natureza".

A Ilha de San Simón será, de 7 a 10 de outubro, palco de uma nova edição do Nortear Ilustrado, a residência artística que reúne ilustradores da Galiza e do Norte de Portugal com o objetivo de promover o intercâmbio cultural e fortalecer as dinâmicas de colaboração na Eurorregião no campo da ilustração e do design.

Este ano, o encontro decorre sob o lema “Ilustração da Natureza” e contará com a participação de seis artistas convidados: Andreia Garcês, Carolina Castro Almeida e Sónia Teles e Silva, do Norte de Portugal, e José Arcas, Victoria Riveiro e Sarela Lorenzo, da Galiza. A coordenação artística estará a cargo do galego Calros Silvar, um ilustrador polifacetado, clássico e uma referência na ilustração e na fotografia de natureza.

Ao longo de quatro dias, os participantes irão partilhar experiências e desenvolver criações originais, num ambiente de trabalho colaborativo que privilegia o contacto com a natureza e a troca de saberes.

Além da residência artística, a iniciativa envolverá também a comunidade educativa. Estudantes e professores irão participar em atividades pedagógicas e criativas na Ilha de San Simón. A programação inclui apresentações e workshops, onde os alunos terão oportunidade de experimentar as diversas técnicas usadas pelos ilustradores e criar as suas próprias peças.

O Nortear Ilustrado realiza-se no âmbito do Projeto Nortear, um polo cultural de referência na cooperação transfronteiriça entre a Galiza e o Norte de Portugal, cofinanciado pelo Programa Interreg VI A Espanha–Portugal (POCTEP).

*Vigo, 2 de outubro de 2025

Para assistir a 10 de outubro, na Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica. Psicoterapia e intervenção clínica ao longo da vida em debate na Universidade Católica

Refletir sobre os desafios da prática clínica em diferentes etapas da vida, promovendo a partilha de conhecimento entre investigadores, profissionais e estudantes de Psicologia. É este um dos objetivos das Primeiras Jornadas da Clínica Universitária de Psicologia (CUP) da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa que se realizam a 10 de outubro de 2025, no Auditório Carvalho Guerra, no Porto. A conferência de encerramento será proferida por Halley Pontes (University of London), especialista em dependências comportamentais, que apresentará “O transtorno de jogo e as suas considerações psicológicas”.

“Com 18 anos de atividade, a Clínica Universitária de Psicologia tem assumido um papel central na prestação de serviços de psicologia à comunidade e na formação de futuros profissionais,” refere Lurdes Veríssimo, coordenadora desta Clínica e docente da Faculdade de Educação e Psicologia. O programa reúne psicólogos da CUP, investigadores e profissionais de referência que irão abordar temas atuais e de grande impacto social – desde a investigação em psicoterapia à especificidade da intervenção com diferentes públicos-alvo ao longo das várias etapas do ciclo vital, considerando diferentes tarefas desenvolvimentais e problemáticas que interferem com o bem-estar psicológico.

Ao longo do dia, três painéis vão abordar a intervenção psicológica em diferentes fases da vida: Infância e Adolescência: infertilidade e procriação medicamente assistida (Maria Raúl Lobo Xavier, da Faculdade de Educação e Psicologia); aliança terapêutica com crianças e jovens (Alexandra Carneiro, da Faculdade de Educação e Psicologia); Adultez: intervenção breve nos comportamentos autolesivos (Bárbara César Machado); articulação entre Psicologia e Justiça (Catarina Ribeiro); Idosos: intervenção clínica com pessoas mais velhas (António Fonseca). Os trabalhos começam com a conferência inaugural, “O que sabemos sobre psicoterapia e para que serve a investigação?”, apresentada por Miguel Gonçalves (Universidade do Minho), sob moderação de Pedro Dias (FEP-UCP).

“As Primeiras Jornadas da Clínica Universitária de Psicologia são uma oportunidade para refletir sobre a prática clínica em diferentes etapas da vida e para reforçar a ligação entre investigação, ensino e intervenção, ao mesmo tempo que permitem assinalar os 18 anos da Clínica e os 20 anos da licenciatura em Psicologia, dando visibilidade ao trabalho desenvolvido e criando um espaço de encontro entre profissionais, investigadores e estudantes,” salienta Raquel Matos, diretora da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa. “Queremos, assim, sublinhar o papel central da Psicologia no bem-estar individual e na construção de comunidades mais saudáveis,” conclui.

As jornadas contam também com momentos de debate, espaços de networking e pausas para contacto entre participantes, reforçando a ligação entre prática clínica, investigação e ensino.

Para mais informações:

Primeiras Jornadas da Clínica Universitária de Psicologia | FEP

*RAQUEL BELO

Communication Consultant

Barcelos | IPCA abre candidaturas para os cursos de línguas semestrais

 Até ao dia 8 de outubro estão abertas as candidaturas para os cursos semestrais no Centro de Línguas do Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA). Os cursos disponíveis incluem Alemão, Espanhol, Francês e Inglês.

O Centro de Línguas do IPCA (CLIPCA) tem abertas as candidaturas para os cursos semestrais do 1º semestre do ano letivo 2025/26, oferecendo uma oportunidade para o desenvolvimento de competências linguísticas em vários idiomas.

Os cursos disponíveis incluem Alemão, Espanhol, Francês e Inglês, abrangendo diferentes níveis de proficiência.

As aulas decorrerão entre 27 de outubro e 31 de janeiro, em regime B-Learning (presencial + online), com opções de horário diurno e pós-laboral.

As candidaturas devem ser realizadas exclusivamente online até 8 de outubro, através do link: https://ipca.pt/centro-de-linguas/inscricoes/.

Os interessados devem consultar o Edital, onde estão definidos os prazos de candidatura, inscrição, vagas, condições de funcionamento e emolumentos.

“Fluente em Línguas, Fluente em Oportunidades!”

Mais informações em: https://ipca.pt/centro-de-linguas/inscricoes/.

*Ana Reis

Gabinete de Comunicação e Imagem (GCI)

Torres Vedras | Raízes” fez brilhar os hortícolas do Oeste com programa diversificado

Nos dias 26 e 27 de setembro realizou-se a segunda edição do Raízes – Fórum de Inovação de Gastronomia de Base vegetal, na Praça Machado dos Santos, em Torres Vedras. Conhecido como a Praça da Batata, o recinto acolheu várias atividades, que incluíram a exposição e prova de produtos hortícolas do Oeste.

Do programa fizeram parte também uma prova de cocktails com hortícolas, dinamizada pelo República Wine Bar e ao som do dj Gonçalo Livramento; e a visita à Agrofloresta da Escola Básica de Ventosa, um projeto de educação ambiental, apresentado por Sónia Dias do Ecoprojeto Fontainhas. A dinamização do workshop “Pequenos espaços, grandes colheitas” coube à Agriloja, que demonstrou como fazer uma horta em casa.

Na Biblioteca Municipal de Torres Vedras foi realizada a apresentação do livro As Tipologias dos Moinhos em Torres Vedras, por Jorge Martins; a hora do conto A Joaninha salva as Abelhas, dinamizada pela Biblioteca Municipal; e o teatro infantil A vida secreta dos polinizadores, pela companhia de teatro Muzumbos. Os mais pequenos puderam, durante todo o evento, participar na atividade “Mãos nos Hortícolas”, descascando frutas e hortícolas com utensílios adequados, para depois serem consumidos. A atividade coube à Kidchen, também responsável por dinamizar a atividade “Histórias com sabor”, em que cada ingrediente fez parte do enredo de uma história.

Os showcookings gastronómicos com hortícolas do Oeste trouxeram a Torres Vedras nomes como Rui Marques, d’A Pitada do Pai; Iris Maria, chef de cozinha macrobiótica; e Fábio Bernardino, o chef residente no programa "A Nossa Tarde”, da RTP, que ensinou a fazer receitas para partilhar. A cargo do chef Rogério Miranda ficou o showcooking “Da horta ao mar”, em que as estrelas foram também os hortícolas.

Num workshop, Cuca Bianchi, finalista “Masterchef” 2024, ensinou a transformar vegetais locais em snacks criativos, saudáveis e cheios de sabor, ideais para servir em eventos ou como entradas.

A primeira tertúlia juntou César Rodrigues, da Cropseeds, e Mariana Mota, professora auxiliar do Instituto Superior de Agronomia, da Universidade de Lisboa, numa conversa sobre a importância da recuperação de variedades de hortícolas. A segunda tertúlia, subordinada ao tema “O meu filho não gosta de hortícolas, e agora?” contou com Nádia Fernandes, da empresa Simples & Frescas, e Rita Teixeira, nutricionista e autora da página @ritateixeira_nutricionista. Ambas deram dicas para a alimentação dos mais novos e de toda a família.

A apresentação pela chef Sílvia Baptista, do Doce Lourinhã, sobre a abóbora e como aproveitar este produto das sementes à casca, terminou com a prova da conhecida Tarte Dona Isabel. Esta atividade, assim como outras programadas para o dia 27, decorreram no Torres Vedras LabCenter, dadas as condições meteorológicas que se verificaram nesse dia.

Do mesmo modo, o concerto de Diogo Clemente realizou-se dentro da Igreja de Santiago e não na Praça, como inicialmente previsto. A alteração fez do concerto um momento intimista apreciado pelo artista, que foi partilhando com o público as suas experiências durante a composição das suas músicas. O concerto de emmy Curl deu a conhecer o seu álbum Pastoral, vencedor do Prémio José Afonso 2025, num ambiente que convidou a dançar.

Ambos os concertos de sexta-feira e sábado foram seguidos pela oferta de uma sopa, cozinhada pelas cozinhas escolares municipais.

O Raízes é um evento previsto no Plano da Marca Torres Vedras e cuja finalidade é valorizar e promover os hortícolas produzidos no Concelho, como parte da identidade de Torres Vedras.

Coimbra | Avanço tecnológico cria condições inéditas para a deteção de eventos ultra-raros

Uma equipa de cientistas do Laboratório de Instrumentação, Engenharia Biomédica e Física da Radiação (LIBPhys) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) conseguiu a melhor purificação do isótopo radioativo 222 de Radão (222Rn) da história, reduzindo a sua concentração a 430 átomos por tonelada de alvo de xénon líquido, um valor 5 vezes inferior ao obtido por outras experiências que usam a mesma tecnologia.

Este resultado histórico, obtido no âmbito da experiência internacional XENONnT, um sistema com um nível de sensibilidade sem precedentes na deteção de matéria escura, está publicado na prestigiada revista Physical Review X.

O XENONnT foi construído para a deteção direta de matéria escura. Está instalado no laboratório subterrâneo de Gran Sasso, em Itália, debaixo de 1300 metros de rocha, para reduzir os níveis de radiação cósmica drasticamente em relação aos que existem à superfície do nosso planeta. Este sistema usa como alvo seis toneladas de xénon ultra-purificado.

Como explica José Matias-Lopes, coordenador da equipa portuguesa, «uma radiação ao passar pelo alvo pode produzir, em geral, sinais ínfimos de luz e carga. A esmagadora maioria destes sinais (mais de 99,99%) devem-se a radiações de origem conhecida, o que permite aos cientistas calcular com grande precisão o número de eventos esperados».

O requisito mais importante para medir eventos tão raros como os dos neutrinos e da matéria escura é que o alvo tenha o nível mais baixo possível de radiação (radiação de fundo), para que possa distinguir o que se pretende medir. Para conseguir alcançar tal meta, tecnicamente tão exigente, todos os tipos de fontes de radiação contam, incluindo até a presente no próprio alvo de xénon e a que provém dos materiais de que é construído o sistema de deteção (XENONnT).

De acordo com o investigador do Departamento de Física da FCTUC, para lidar com a mais limitativa de todas, a colaboração XENONnT conseguiu reduzir o nível de contaminação do isótopo 222Rn para níveis sem precedentes graças a uma coluna de destilação com um sistema inovador de bomba de calor criogénica, especialmente desenvolvida para o efeito pelos especialistas envolvidos. «Todos os materiais usados no XENONnT foram cuidadosamente selecionados (até o mais pequeno dos parafusos) para terem o mais baixo nível possível de radiação», revela o cientista.

O XENONnT tem como alvo o local do planeta Terra com a menor radiação de fundo de toda a história da Humanidade, dando, assim, início a uma nova era na direção da matéria escura, por iniciar a deteção do nevoeiro de neutrinos, onde coexistem com a matéria escura, que, por serem quase indistinguíveis, dificulta a sua deteção.

Por outro lado, o nível extraordinariamente baixo de radiação alcançado neste sistema também permite estudar um grande número de fenómenos particularmente raros, tais como a interação de matéria escura na forma de axiões solares, de partículas análogas aos axiões, neutrinos com momento magnético anómalo e a deteção por dispersão elástica coerente neutrino-núcleo (CEvNS, sigla em inglês).

«Através destas condições, o XENONnT reafirma o seu lugar como o melhor observatório de partículas espaciais de baixa energia, uma vez que poderá realizar medições de neutrinos com alta precisão e pesquisas de eventos extremamente raros, como o duplo decaimento beta dos isótopos 124 e 126 de Xénon. Para além disso, poderá continuar a testar a existência de um número alargado de candidatos de matéria escura, incluindo as partículas massivas de interação muito fraca (WIMPs, sigla em inglês), até ao limite do nevoeiro de neutrinos», conclui.

O artigo científico “Radon Removal in XENONnT down to the Solar Neutrino Level” pode ser consultado aqui.

*Sara Machado

Assessora de Imprensa

Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia

Crónica - Fernando Pessoa e o mapa secreto das estrelas

 Poucos sabem que Fernando Pessoa, o poeta que multiplicou a alma em heterónimos, também se deixou fascinar pela astrologia, ciência oculta que atravessa séculos de tradição hermética. A mesma mão que escreveu “Mensagem” traçou, com igual fervor, mapas astrais minuciosos, desenhando os destinos de amigos, políticos e até de si próprio. No silêncio do seu quarto na Rua Coelho da Rocha conviviam lado a lado o papel pautado da poesia e as efemérides astrológicas que comprava em livrarias inglesas de Lisboa.

Pessoa elaborou o seu próprio horóscopo e reviu-o incessantemente, quase como se fosse uma chave hermética para decifrar a sua obra. Nele surgia um Sol em Gêmeos, símbolo da duplicidade e da multiplicação das vozes, uma explicação simbólica para a criação dos heterónimos que tanto intrigaram a crítica. Curiosamente, também anotou a conjunção de Mercúrio, planeta da comunicação, como motor da sua inclinação para a escrita veloz, quase mediúnica.

Entre as curiosidades mais escondidas está o facto de ter traçado o mapa astral de Salazar, figura central do seu tempo. Pessoa, que parecia viver na distância da política prática, dedicou-se a interpretar os astros do futuro ditador, deixando reflexões que permanecem pouco divulgadas. Outro episódio insólito prende-se com a consulta astrológica que fez a respeito da data de publicação de “Mensagem”. Terá escolhido o dia 1 de dezembro de 1934, aniversário da Restauração, não apenas por simbolismo patriótico, mas porque os astros, no seu cálculo, estariam “favoráveis à exaltação de Portugal”.

O poeta cultivava ainda um fascínio pela tradição cabalística e rosacruciana. Nos seus apontamentos manuscritos encontramos a tentativa de relacionar cada heterónimo a um arquétipo zodiacal: Álvaro de Campos seria regido pela turbulência de Marte, Alberto Caeiro pela serenidade de Touro e Ricardo Reis pela contenção de Saturno. Como se não bastasse, Pessoa chegou a tentar prever a morte de amigos próximos, registando datas e comparando a ação dos planetas.

É também pouco conhecido o seu interesse pelos almanaques populares portugueses, onde lia as previsões meteorológicas e agrícolas, cruzando-as com cálculos mais eruditos. Essa mescla entre alta astrologia e cultura popular atravessa a sua obra poética: o céu estrelado não é apenas metáfora, é código oculto.

Entre os papéis dispersos da sua biblioteca pessoal encontrou-se um horóscopo traçado para o rei D. Sebastião, como se Pessoa tentasse, séculos depois, decifrar o destino do monarca ausente e confirmar se os astros justificavam o mito do sebastianismo que tanto lhe inspirou. Esta ligação entre poesia e astrologia mostra como o poeta lia a História nacional à luz das estrelas.

Outro detalhe curioso está nas cartas em inglês que enviava a amigos, onde por vezes inseria pequenas previsões astrológicas sobre acontecimentos mundiais. Numa dessas notas, alude à ascensão da Alemanha nazi como “fenómeno de Saturno”, apontando que a rigidez e a disciplina germânica eram reflexo do planeta que governa a ordem e a limitação. Tal observação mistura política, astrologia e visão poética do mundo, revelando uma mente que nunca compartimentou saberes.

Fernando Pessoa não foi apenas poeta, nem apenas astrólogo. Foi a tentativa de unir ambas as disciplinas numa cosmovisão que não distingue ciência de misticismo. Para ele, cada verso podia ser lido como signo celeste, cada heterónimo como planeta em órbita da sua imaginação. E talvez seja por isso que, ao abrirmos os seus livros, sentimos a estranha vertigem de estar a ler, não apenas poesia, mas o próprio horóscopo da alma portuguesa.

*Paulo Freitas do Amaral

Professor, Historiador e Autor