quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Inscrições abertas CNS Campus Parkinson! | Registrations Open – CNS Campus Parkinson!


Entre os dias 21 a 28 de setembro, realizar-se-á o CNS Campus Parkinson, edição de outono, uma semana de treino intensivo e de convívio.
Os CNS Campus Parkinson são programas destinados aos doentes de Parkinson (e acompanhantes) e incluem sessões de exercício, sessões de esclarecimento de dúvidas com especialistas e um programa social variado. Os participantes poderão ainda desfrutar da tranquilidade do ambiente de praia e campo do Santa Cruz Movement and Nature House.
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Registration Open | Autumn Campus
From September 21 to 28, the CNS Campus Parkinson – Autumn Edition will take place: a week of intensive training and social interaction.

The CNS Campus Parkinson programs are designed for people with Parkinson’s disease (and their companions) and include exercise sessions, Q&A sessions with specialists, and a varied social program. Participants will also have the opportunity to enjoy the peaceful beach and countryside environment of the Santa Cruz Movement and Nature House.

Para mais informações consulte o site do CNS ou contacte-nos através dos meios afixados:

For more information, please visit the CNS website or contact us using the following means:


📍Sitehttps://www.cnscampus.com/especialidades/campus-parkinson/
📍Email | parkinson@cnscampus.com

📍Contacto | (+351) 261 330 700 | (+351) 924 177 172


CNS | CAMPUS NEUROLÓGICO

8ª Edição Prémio CNS | Candidaturas abertas até 31 de outubro


Estão abertas as candidaturas para a 8ª Edição do Prémio CNS

Quer contribuir para a melhoria da qualidade de vida de pessoas com doenças neurodegenerativas? Tem uma ideia e gostaria de a partilhar e concretizar?
Todas as pessoas com interesse nas doenças neurodegenerativas, podem candidatar-se à 8ª Edição do Prémio CNS, individualmente ou em grupo.
As candidaturas podem ser entregues até ao dia 31 de outubro e devem ser enviadas em suporte digital para comunicacao@cnscampus.com.

Para mais informações consulte o regulamento aqui.

Relembramos que o Prémio CNS José Ferreira Júnior & João Januário Coutinho foi criado em homenagem aos patriarcas da família Coutinho Ferreira, responsável pelo conceito e criação do CNS. E, tem como objetivo estimular o desenvolvimento de todo o tipo de iniciativas, projetos ou estudos que possam contribuir para a prevenção do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas ou melhorar o estado de saúde e cuidados aos doentes com doenças neurodegenerativas.


Brasmar antecipa 5 dias de prémios, bacalhau e boa mesa em ílhavo

 Trofa, 13 de agosto de 2025 - Como dita a tradição, de 13 a 17 de agosto, a Brasmar estará novamente presente no Festival do Bacalhau, no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, para assinalar a edição 2025: um evento que celebra a identidade de Ílhavo, o mar e as tradições ligadas a um dos produtos-estrela da cultura gastronómica Portuguesa.
Milhares de pessoas, ao longo de cinco dias de festa, poderão saborear pratos típicos de Bacalhau Brasmar confecionados, exclusivamente, pelas associações locais parceiras – Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo e padaria A Brilhanta – e ainda assistir a showcookings com chefs convidados, explorar artesanato de inspiração marítima, participar numa agenda repleta de atividades culturais, desportivas e musicais e ganhar prémios com a Brasmar.
PASSATEMPO “PAIXÃO PELO MAR”
Este ano, a Brasmar navega até à Gafanha da Nazaré para presentear os fãs mais criativos de Bacalhau com 6 Kits Gastronómicos e 15 Kits Embaixador Brasmar.
Para concorrer ao sorteio, os participantes só têm de seguir a página @brasmar_potugal no Instagram, partilhar uma fotografia com o seu prato de Bacalhau Brasmar e responder à questão “O que distingue o Bacalhau da Brasmar?”, identificando @brasmar_portugal e @festivaldobacalhau.
O passatempo decorrerá durante todo o festival e os vencedores serão anunciados a 20 de Agosto, através da conta de Instagram oficial da Brasmar.
Mais informação sobre o sorteio/consulta do Regulamento aqui: Regulamento_Festival do Bacalhau 2025
UM FESTIVAL QUE UNE TRADIÇÃO E DIVERSIDADE CULTURAL
A edição de 2025 conta com o Brasil como país convidado, trazendo a gastronomia, cultura e artesanato da cidade de Paraty. Ao longo do evento, haverá concertos, visitas especiais ao Navio-Museu Santo André, atividades para famílias, oficinas, exposições e momentos emblemáticos como a “Corrida Mais Louca da Ria” e a “Volta ao Cais em Pasteleira”.
A Brasmar, com uma unidade industrial dedicada ao bacalhau salgado seco localizada na Gafanha da Nazaré, reforça a sua ligação à região e à valorização da tradição, celebrando o mar não só como parte da sua atividade, mas também como um elemento central da cultura portuguesa.
A entrada é gratuita e o programa completo está disponível em: visitilhavo.pt/festival-do-bacalhau-2025

*Mariana Oliveira

Opinião - Quando Portugal provocou a criação de Wall Street

 Após expulsar holandeses e judeus do Brasil no século XVII, Portugal desencadeou uma migração que levou à construção da muralha que deu nome à famosa rua de Nova Iorque.

Poucos nova-iorquinos sabem que a famosa Wall Street, coração financeiro do mundo, nasceu de um episódio que começa em Portugal. Mais precisamente, no Brasil, no século XVII, durante as guerras que se seguiram à separação da Coroa portuguesa da monarquia espanhola.

Entre 1580 e 1640, durante a União Ibérica, Portugal e Espanha eram governados pelo mesmo rei. Foi nesse período que a Holanda, então em ascensão marítima, aproveitou para atacar os territórios ultramarinos ibéricos. No Brasil, a cobiçada capitania da Baía de Todos os Santos, com a sua capital Salvador, era um dos maiores centros comerciais do mundo: açúcar, tabaco, madeiras exóticas e escravizados africanos circulavam em volumes colossais.

Os holandeses ocuparam partes estratégicas do Brasil, com apoio de comerciantes e de comunidades judaicas sefarditas que, fugindo da Inquisição, encontraram refúgio nos Países Baixos. Entre 1624 e 1625 chegaram mesmo a tomar Salvador até serem expulsos por uma armada luso-espanhola. Essa derrota marcou profundamente a memória militar holandesa.

O grande golpe viria depois de 1640, quando Portugal recuperou a independência. Já sem o escudo da Espanha, Lisboa agiu rapidamente para garantir as suas colónias mais lucrativas. Em 1645 deflagrou a Insurreição Pernambucana, que culminou, em 1649 e 1654, na derrota holandesa em batalhas decisivas como Guararapes. Perante o avanço luso-brasileiro, holandeses e aliados judaicos abandonaram as suas possessões no Brasil.

Muitos procuraram novos horizontes. Alguns foram para Curaçao, ilha das Caraíbas ainda hoje sob administração neerlandesa. Outros seguiram para a Nova Amesterdão, a futura Nova Iorque. Chegaram com experiência comercial, redes internacionais e a noção de que, num território exposto, era preciso defender-se. E, na mente de muitos, a última grande derrota que haviam sofrido tinha sido às mãos dos portugueses, em Salvador da Baía.

Assim nasceu a “Wall” de Wall Street, uma paliçada erguida pelos colonos holandeses, entre eles famílias judaicas vindas do Brasil, para proteger a pequena povoação não apenas de ataques indígenas e ingleses, mas também do eventual regresso de inimigos como Portugal. A muralha foi demolida em 1699, mas o nome ficou.

O curioso é que esta ligação luso-brasileira a Nova Iorque não se resume à muralha. Entre os refugiados que chegaram à cidade estavam comerciantes que levaram consigo a cultura e o comércio do açúcar do Brasil, o que ajudou a moldar os hábitos de consumo da América do Norte. A doçaria à base de melaço, ainda popular em certas regiões, é um vestígio silencioso dessa herança portuguesa.

Da Baía de Todos os Santos ao coração de Manhattan, a história é um lembrete de que o mundo globalizado não começou no século XXI. Começou nas caravelas, nas batalhas e nas migrações forçadas de um império que, com coragem e estratégia, moldou continentes inteiros.

Paulo Freitas do Amaral

Professor,  Historiador e Autor