segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Lousã vai ACTIVAR Contrato Local de Desenvolvimento Social

O Executivo Municipal decidiu, por unanimidade, ratificar a decisão do Presidente da Câmara, Luís Antunes, de aceitar o convite dirigido pelo Instituto de Segurança Social para o desenvolvimento de um Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS-4G).
Na base desta decisão, esteve a pertinência para o território do convite formulado, nomeadamente devido ao facto do financiamento a atribuir se destinar a trabalhar nas áreas da intervenção familiar e parental, pobreza infantil, intervenção emergencial e capacitação às populações inseridas em territórios afetados por calamidades, sendo também relevante destacar o trabalho realizado nas anteriores edições do CLDS promovidas no Concelho.
De referir que o Executivo ratificou, ainda, a decisão de designar a ACTIVAR – Associação de Cooperação da Lousã, como Entidade Coordenadora e designar Sérgio Correia, Licenciado em Animação Socioeducativa, para coordenador técnico.
“O Contrato Local de Desenvolvimento Social assume-se como mais um mecanismo de resposta às necessidades sociais do Concelho, promovendo um apoio diferenciado às famílias e sendo uma medida importante para a promoção da coesão social”, destacou Luís Antunes, Presidente da Câmara Municipal.

360º Como 8 acusados podem arrasar e anular a Operação Marquês; entrevista a Nuno Magalhães: "Polícia desmotivada é mais suscetível de cometer abusos"

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360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia... 
... as defesas dos principais acusados da Operação Marquês ultimaram os trunfos com que querem anular o mais importante processo da Justiça portuguesa. O Luís Rosa foi ver como de Sócrates a Vara, a Granadeiro e Zeinal Bava, estão montadas as oito grandes estratégias para a acusação do Ministério Público ser declarada nula. A fase de instrução começa esta tarde com a audição de Bárbara Vara, filha de Armando Vara.

O juiz Ivo Rosa já recusou uma pretensão do Ministério Público: a aplicação de uma caução de meio milhão de euros a Armando Vara. Segundo o Públicoo MP teme que o ex-governante socialista dissipe os seus bens, mas o juiz de instrução criminal da Operação Marquês, Ivo Rosa não concorda e até aboliu um caução anterior de 300 mil euros.

A segurança vai ser um dos tema das jornadas parlamentares do CDS que começam hoje. Por isso, em entrevista à Rita Dinis, Nuno Magalhães fala do caso Jamaica para dizer que uma "polícia desmotivada é mais suscetível de cometer abusos". O líder parlamentar centrista também não vê problemas de violência racista, defende o controlo de fronteiras e quer ocupar o espaço do anti-politicamente correto - diz que é assim que se combatem os populistas.

O caso de violência no Bairro Jamaica continua aliás a gerar reacções sem qualquer bom senso (para dizer o mínimo). Depois de António Costa ter chegado ao ponto de usar o argumento da cor da pele, agora foi um deputado do PSD que decidiu atacar o assessor do Bloco por ter pedido protecção policial: “Ó Mamadou e se fosses ba(rdamerda)!”, escreveu no Facebook. Na justificação, foi pior a emenda que o soneto: João Moura disse que era uma brincadeira e retirou o post "pessoal" . 

Marques Mendes também falou do caso Jamaica. E considerou que (não sabemos se tendo ou não visto o post do deputado do PSD) “houve dois incendiários: uma deputada e um assessor parlamentar do Bloco de Esquerda”. O outro tema principal abordado pelo comentador foi a auditoria à Caixa Geral de Depósitos, em que defendeu uma nova Comissão de Inquérito, porque "os crimes já escreveram".  




Outra informação relevante 
O Papa confirmou no Panamá aquilo que muitos já antecipavam: as próximas Jornadas da Juventude, em 2022, vão ser em LisboaFrancisco vai assim voltar a Portugal, num acontecimento que pode reunir entre 1 a 1,5 milhões de pessoas. Além da Igreja Católica portuguesa, Marcelo festejou euforicamente na cidade do Panamá (onde na véspera tinha assumido pela primeira vez "grande vontade" de se recandidatar) e António Costa e o Governo também mostraram o seu contentamento. Mas não foram os únicos: como o evento acontecerá no Parque do Tejo e do Trancão, Fernando Medina e Bernardino Soares já fazem planos.

Os reformados já podem somar o valor da pensão com o de trabalhos esporádicos. Um novo diploma permite que os trabalhadores com mais de 70 anos, autorizados a continuar a trabalhar para o Estado, possam receber o mesmo valor da reforma e por outros estudos e pareceres, escreve o Jornal de Negócios.

Três meses depois de sair do Governo, o ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, veio lamentar não ter podido fazer mais investimentos. Em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, o ex-governante lamentou não ter tido mais dinheiro para o setor, mas garantiu que continua a ser Centeno.


Em Málaga, o bairro de El Palo despediu-se de Julen. O funeral da criança de dois anos que foi retirada sem vida do poço onde caíra há 13 dias teve centenas de pessoas e muitas homenagens. A autópsia revelou que o bebé terá morrido no próprio dia da queda. Há um ponto ainda a levantar dúvidas: o tampão de terra que o cobria.

Ainda em Espanha, a polícia retirou mais de 2 mil taxistas em protesto da principal avenida de Madrid, o Paseo de la Castellana. Em protesto desde dia 21 contra as plataformas como a Uber e a Cabify, há 7 profissionais em greve de fome e uma mobilização em todo o país.

Na política espanhola, é a crise no Podemos que marca as notíciasSó em Janeiro já houve traições, demissões e uma condenação em tribunal.

No Brasil, as vítimas mortais da ruptura da barragem do Brumadinho subiu para 58 depois de ter sido encontrado mais um autocarro soterrado pela lama. Mas ainda há 305 desaparecidos numa paisagem que mudou de um momento para o outro. Ontem as sirenes voltaram a tocar devido a riscos noutra barragem, mas tratou-se de falso alarme.

Três anos depois do colapso da barragem de Mariana, o maior desastre ambiental no Brasil, ninguém consegue explicar porque voltou a repetir-se uma situação tão parecida. Nem o que aconteceu para tudo falhar outra vez.

Uma obra de Banksy foi roubada do Bataclan. A pintura que homenageava as vítimas dos atentados de Novembro de 2015 na sala de espetáculos de Paris foi levada por encapuzados num camião estacionado nas traseiras do edifício.

Uma unidade paramilitar sul-africana foi criada durante o "apartheid" para infetar com Sida a população negra do país e de MoçambiqueO grupo terá actuado a mando de Keith Maxwell, o excêntrico líder do sombrio Instituto Sul-Africano de Investigação Marítima, que defendia um país de maioria branca, segundo um documentário revelado pelo Independent.

No futebol, destaque para os dois portugueses da Juventus que deixaram a equipa de Turim na frente da liga italiana já com mais 11 pontos que o NápolesJoão Cancelo entrou, marcou e sofreu o penálti para Ronaldo dar a vitória à Juve frente à Lazio.

A transferência de Emiliano Sala do Nantes para o Cardiff estava formalizadaAgora que o jogador desapareceu num acidente de avião, discute-se quem vai pagar por ela, diz o DN.





Os nossos Especiais

Ana Cláudia Arantes é médica especializada em cuidados paliativos e esteve em Portugal para apresentar um livro sobre a morte. Em entrevista à Ana Cristina Marques deixou bem claro que "a morte não é um fracasso, mas o abandono é".

Ontem, é preciso sempre recordá-lo, foi Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. A Cátia Bruno leu o livro de Jeremy Dronfield que será publicado amanhã em Portugal, e conta a incrível história de sobrevivência dos Kleinmann — e do filho que seguiu o pai para Auschwitz.  

Portugal quis ver a rota de Fernão de Magalhães reconhecida pela UNESCO, mas Espanha reclamou com fervor patrióticoMas afinal que expedição foi esta? O que fizeram os dois países? E o que queria mesmo o navegador ressabiado? O José Carlos Fernandes explica.





A nossa opinião
  • Alexandre Homem Cristo escreve "Altamente populista": "Depois de lançar o debate sobre o fim das propinas, o ministro diz agora que a medida seria altamente populista. Este episódio poderia dar anedota, mas é antes um retrato do desgoverno nacional".
  • Luís Rosa escreve "João Miguel Tavares e os snobes do 10 de junho": "Escolhido por ser natural do local das comemorações, JMT foi criticada por falta de "densidade"- uma acusação delirante vinda de quem andou a lamber as botas do provinciano José Sócrates durante anos".
  • João Carlos Espada escreve "SNS: O equívoco do monopólio estatal": "Como Mário Soares muito bem compreendeu, os monopólios estatais não criam acesso universal aos consumidores. Pelo contrário, criam despotismo universal dos fornecedores".
  • Helena Matos escreve "Como se degrada um país": "Junte-se um PM disposto politicamente a tudo a um PR frívolo. Acrescente-se a subordinação à agenda ditada por radicais institucionais na AR e subversivos nas ruas. No final temos um país degradado".
  • João Marques de Almeida escreve "E um pedido de desculpas Dr. António Costa?": "Foi um momento vulgar e ordinário, muito difícil de aceitar num PM. António Costa deveria ter pedido desculpa a Assunção Cristas, aos deputados e aos portugueses. Foi indigno do cargo que ocupa".
  • Gabriel Mithá Ribeiro escreve "Costa ‘caneco’": "António Costa faz parte da pertença racial que os moçambicanos bem conhecem e que designam de forma depreciativa por ‘caneco’. Entre os oriundos do Índico 'monhé' sou eu por ter ascendentes islâmicos".
  • José Milhazes escreve "As datas que devem pôr a Humanidade de guarda": "27 de Janeiro é o dia das vítimas do Holocausto e também o do fim do Bloqueio de Leninegrado, duas matanças que deveriam ter servido de vacina para sempre, mas cujo prazo de validade está a terminar".
  • Alberto Gonçalves escreve "As reacções portuguesas à reacção dos venezuelanos, de A a J": "Como todos os estadistas minúsculos, o dr. Costa é um enigma. Nunca conseguimos apurar se é mais deficitário na língua ou no carácter".




Notícias surpreendentes 
Depois dos livros, os discos. Sim, o jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho vai lançar-se na música. Em entrevista ao André Almeida Santos ele fale sobre tudo o que faz: o disco que está a gravar, os livros, a televisão e o jornalismo. Deixando uma crítica: “A televisão tem sido o bombo da festa de tudo o que é mau”.

Marie Kondo é a mestre japonesa da arte da arrumação. Depois do sucesso dos seus vídeos no Youtube, agora tem uma nova série documental na Netflix. A Susana Romana, que guarda tudo só porque sim, tentou seguir os seus conselhos e pôr a vida no lugar. Não conseguiu e explica porque parou na gaveta dos tupperwares.

Oprah Winfrey faz 65 anos esta terça-feira e já se começou a festejar. Mas nem tudo têm sido sucessos para a mulher que até se pode candidatar à presidência dos EUA: eis a força e os fracassos da rainha da TV.

Na ficção têm um filme candidato aos Óscares e ambos podem receber a estatueta dourada. Na vida real, ele resolveu fazer-lhe uma surpresa: Bradley Cooper apareceu num concerto de Lady Gaga e cantaram juntos em palco.

Por falar em Óscares, com a cerimónia cada vez mais perto sucedem-se as antecipações sempre premonitóriasNos prémios do Sindicato dos Actores, as maiores distinções foram “Pantera Negra”, Glenn Close e Rami Malek.

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Filipe Albuquerque perde 24 Horas de Daytona

O piloto espanhol Fernando Alonso venceu hoje as 24 Horas de Daytona, que terminaram antes do previsto devido à chuva, sucedendo aos portugueses João Barbosa e Filipe Albuquerque, nonos classificados da lendária prova de resistência.
O antigo bicampeão mundial de Fórmula 1, que fazia equipa com o holandês Renger van der Zande, o japonês Kamui Kobayashi e o norte-americano Jordan Taylor, num Cadillac DPi, tinha a seu cargo o último turno de condução e foi dele a ultrapassagem decisiva, ao brasileiro Felipe Nasr, a cerca de duas horas do final.
A chuva intensa levou a organização a interromper a prova quando faltava 1:57 horas para se cumprir o tempo total previsto. Os pilotos esperaram dentro das boxes mais de uma hora pela decisão da direção de corrida, que deu a prova por concluída quando passavam 23:50 horas do arranque.
A equipa do piloto espanhol, que no final de 2018 abandonou a Fórmula 1 para correr no Mundial de Resistência e na Fórmula Indycar, sucede aos portugueses João Barbosa e Filipe Albuquerque, que este ano tiveram um desempenho modesto.
Depois dos problemas com travões na sessão de qualificação que os relegou para a 46.º e última posição da grelha, a corrida trouxe diversos problemas, com o sistema iluminação do Cadillac DPi da Action Express Racinga a forçar algumas paragens nas boxes.
“Não foram as 24 Horas que estava à espera de ter. O início foi bastante bom, passei para segundo sem bandeiras amarelas e isso demonstra o andamento que tínhamos. Simplesmente, tivemos um problema com as luzes de travão e não é permitido conduzir assim. Perdemos 11 voltas com isso, mais cinco com outro problema”, lamentou Filipe Albuquerque em declarações à Lusa.
A partir daí, o objetivo foi apenas terminar para amealhar pontos: “Ficámos fora da corrida quando ainda faltavam 20 horas. Foi bastante doloroso fazer tanto tempo só para acabar. Terminámos em sétimo [da classe reservada aos protótipos], o que é positivo para o campeonato, mas é sempre doloroso vir com o objetivo de ganhar, ter um excelente carro e não conseguir”, assinalou.
A equipa dos dois pilotos portugueses terminou na nona posição da geral, sétima da categoria, a 20 voltas do vencedor, enquanto nos GTD, o compatriota Pedro Lamy (Ferrari) foi 22.º classificado.
“As 24 Horas são assim, qualquer problema põe-nos fora. Por isso é que é tão difícil ganhar. Agora é seguir em frente, há mais corridas para disputar. Gostava de ter feito a dobradinha. Sebring é a próxima e é uma prova que também gostava de ter no meu currículo. Vamos ver se é desta”, concluiu o piloto de Coimbra.

COIMBRA | Um milhão de Euros para a requalificação da Calçada de Santa Isabel

O executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) vai analisar e votar, na sua reunião de terça-feira, uma proposta para a abertura de um concurso público para a requalificação da Calçada de Santa Isabel e espaços adjacentes, uma intervenção integrada no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Coimbra.
O preço base para esta intervenção é de 1.158.525 euros (mais IVA à taxa legal em vigor) e o prazo de execução de 365 dias.
A CMC vai avançar com a requalificação da Calçada de Santa Isabel e espaços adjacentes, em Santa Clara, com vista à melhoria das condições de conforto, acessibilidade e segurança para a mobilidade pedonal, prevendo-se um investimento superior a 1,1 milhões de euros.
Esta intervenção visa requalificar aproximadamente 5600 m2, que incluem todo o espaço da referida via, desde a cota mais elevada (Rua Mendes dos Remédios) até à cota mais baixa (Rua Carlos Alberto Pinho de Abreu); a plataforma de acesso ao Convento de Santa Clara-a-Nova; a Travessa de Santa Isabel; e as escadas de acesso ao Largo da Nossa Senhora da Esperança.
A operação prevê a repavimentação de toda a área e a criação de uma faixa central de conforto; a estabilização e tratamento de alguns muros; o melhoramento da iluminação pública; o reordenamento do estacionamento; a renovação do mobiliário urbano; e a realização de novas infraestruturas, incluindo o enterramento de cabos aéreos e a limpeza dos cabos das fachadas.
Complementarmente, está prevista a criação de um miradouro junto ao extremo do muro do Convento São Francisco, criando um novo local para contemplação da paisagem da cidade de Coimbra.

COIMBRA | Câmara promete mudar Quebra Costas até ao fim do ano

O executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) vai analisar e votar, na sua reunião de terça-feira, uma proposta para a abertura de um concurso público para a requalificação e valorização da Rua e Largo Quebra Costas, com o objetivo de melhorar as condições de acessibilidade e mobilidade pedonal.
O preço base para esta intervenção é de 400 mil euros (mais IVA à taxa legal em vigor) e o prazo de execução de 240 dias.
A CMC vai avançar com a requalificação da Rua e Largo Quebra Costas, uma das zonas mais movimentadas da Alta de Coimbra e parte essencial do percurso de ligação da Universidade à Baixa, desde o Largo da Sé Velha ao Arco de Almedina, a principal porta da antiga cidade.
A maior parte do percurso é em escadaria, com degraus altos e de acentuado declive. O pavimento da rua apresenta muito desgaste e é composto por diversos materiais, tais como calcário, granito e mármore. Os patamares são de calçadinha portuguesa e calcário miúdo. A parte inferior da área de intervenção é composta por lajetas, lancis, degraus de calcário e, ainda, calhau rolado.
Esta intervenção prevê a repavimentação do espaço, com utilização de materiais de maior resistência e atrito e a reaplicação pontual de seixo rolado; a melhoria das condições de acessibilidade, com o redimensionamento da altura de cada degrau e a introdução de um percurso pedestre mais confortável; e, por último, a revisão das infraestruturas, nomeadamente a passagem para subterrânea da rede elétrica, instalação de iluminação LED e de rede de gás natural, remodelação de redes de abastecimento de água e dotação de redes separativas de esgotos domésticos e pluviais.
A empreitada prevê, também, a criação de um espaço de estar, de chegada e partida de visitantes, no espaço compreendido entre o Arco de Almedina e a rua de acesso ao Pátio do Castilho, que atualmente apresenta um pequeno jardim inacessível, a uma cota elevada.

Ó Arte, quantos crimes se cometem em teu nome!

Ó Arte, quantos crimes se cometem em teu nome!
H.L. Venturi
Madame Roland entregara sua alma à Revolução, cujos reveses a conduziram à guilhotina. Pouco antes do suplício, ela exclamou: “Ó Liberdade, quantos crimes se cometem em teu nome!”. Expressava assim a mentalidade da Gironda, que ela encarnava. Era novembro de 1793, quando a Revolução Francesa desvairada se empenhava em exterminar a nobreza e a aristocracia. Muitos fatos simbólicos se sucederam então, dos quais os mais marcantes e dolorosos foram as mortes do Rei Luís XVI e da Rainha Maria Antonieta sob a implacável lâmina da guilhotina.
O ódio da Revolução não se contentou em aniquilar os reis, cumpria extinguir também quaisquer manifestações de realeza e desigualdade. Palácios foram saqueados, e alguns incinerados. Invadido o Palácio de Versalhes, a ralé revolucionária destroçou e roubou tudo quanto pôde. Alguns bandidos reconheciam o valor intrínseco das peças, e levaram prendas da Rainha – sapatos, tapeçarias, quadros, vestidos –, guardando-os para serem reapresentados quando amainasse a tempestade revolucionária após declinar o auge do terror.
Com o passar do tempo chegaram épocas menos perigosas, e as prendas foram vendidas e revendidas, circulando de mão em mão como verdadeiras relíquias. Hoje, depois de muitas reviravoltas, compõem o importante acervo do Museu de Versalhes. Mais de duzentos anos após o sacrifício dos reis e da nobreza, milhões de pessoas visitam anualmente o cenário onde a França vê refletidos gloriosos séculos de sua história milenar. Alguns o fazem mesmo como se fossem peregrinos.
Danton, Marat, Robespierre et caterva seguiram também o caminho do patíbulo, ao qual o seu ódio revolucionário havia conduzido tantos franceses de mérito. Terá se extinguido com a execução deles o ódio que os consumia? Tudo indica que não, e a seguir veremos um exemplo significativo, pleno de simbolismos.
Na fotografia, dois sapatos gigantes ocupam o centro da Galerie des Glaces (Galeria dos Espelhos), um dos salões mais majestosos de Versalhes. São peças ilustrativas de uma exposição de “arte”, que assim conspurca salões, quartos, jardins, e até a capela, invadidos por obras que parecem resultar do trabalho aloucado de novas ralés modernas. Diante dessa monstruosidade “artística”, uma pergunta razoável se impõe, embora pareça supérflua: É necessário haver derramamento de sangue para que algo seja qualificado de odiento, violento, ou mesmo satânico?
Revolução Francesa, crimes em nome da liberdade, agressão cultural insultante à razão – tudo isso se reproduz em fotos como esta, cujo conteúdo intencional, chocante, demolidor, o prezado leitor é convidado a analisar, entender e execrar com veemência. 
(Fonte: Revista Catolicismo, Nº 817, Janeiro/2019). | ABIM


A estranha cirurgia ocular que deixava os olhos fatiados

Um médico russo, um soco em alguém que usava óculos e a "cura" para a miopia deram origem a esse bizarro tipo de cirurgia nos olhos
 
A cientista Deasy Tuwo, de 44 anos, foi aparentemente comida viva por um crocodilo de mais de 5 metros depois de cair no recinto do animal em uma instalação de pesquisa na Indonésia