É já no
próximo sábado, 21 de junho, que se realiza o VI Concerto das
Janelas Abertas, iniciativa que reconstitui os serões de veraneio em
que António de Lima Fragoso, juntamente com os amigos do
Conservatório Nacional, passava horas criando e interpretando
música.
Com início às
19h59, no largo com o mesmo nome do músico e compositor, este será
mais um grande momento e uma extraordinária oportunidade para
reafirmar a importância do legado artístico e musical desta figura
marcante da história da música nacional, que figura em lugar de
destaque no salão nobre dos Paços do Concelho.
O VI Concerto
das Janelas Abertas conta com a participação da Orquestra Clássica
do Centro, sob direção do maestro Sergio Alapon e com Lauro Lira no
violoncelo.
A sessão conta
ainda com um momento musical pelo Coro Art’Amoris, dirigido pela
maestra Carla Pais.
António
Fragoso nasceu na Pocariça a 17 de junho de 1897, revelando desde
cedo a sua vocação musical.
No Porto, onde
viveu entre 1907 e 1914, estudou piano com Ernesto Maia (1861-1924).
Em 1914 matriculou-se no Conservatório Nacional, em Lisboa, tendo
sido aluno de Marcos Garin, Tomás Borba e Luís de Freitas Branco.
Em 1916
realizou o seu primeiro concerto, totalmente preenchido por obras
suas, e foi apontado pela crítica como “um dos mais poderosos
talentos da sua geração”. No ano seguinte efetuou uma digressão
nacional com o violinista Fernando Cabral. Em julho de 1918 terminou
o curso do Conservatório com a classificação máxima, e a 13 de
outubro, aos 21 anos, morreu na Pocariça, vítima da pandemia de
gripe pneumónica. O músico projetava viajar nesse ano para Paris
onde fora aceite na Schola Cantorum.
Do seu legado
destacam-se os Prelúdios para Piano, Danças Portuguesas e Lieder,
esta para canto, as peças de câmara e, como composição culminante
da sua obra instrumental, o belo Noturno para orquestra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário