Uma delegação expressiva de Cantanhede,
com a presença institucional do Município, participou nas
comemorações do II Centenário da morte do último Conde de
Cantanhede e Marquês de Marialva, D. Pedro José Vito de Menezes.
Presente
nas comemorações realizadas em Lisboa, o vice-presidente da Câmara
Municipal, Pedro Cardoso, sublinhou “a
importância e o interesse desta iniciativa para aprofundar o
conhecimento pluridisciplinar da História de Cantanhede”,
com novas abordagens de investigação, e “com
a evocação desta ilustre figura de militar, diplomata e mecenas que
foi D. Pedro José Vito de Menezes, sexto e último marquês de
Marialva, e oitavo e último Conde de Cantanhede, falecido em Paris,
onde era então embaixador, precisamente no dia 22 de novembro, há
200 anos”.
Para
o autarca que tutela a área da Cultura, “esta
iniciativa constitui mais uma oportunidade para revisitar as
referências fundamentais e identitárias das terras de Cantanhede,
com a mais-valia de ser feita de forma multidisciplinar por meio de
conhecedores, estudiosos e sapientes académicos, produtores de
conhecimento científico, que nos dão a garantia de boas e
interessantes intervenções, para além de contarmos com a chancela
de importantes instituições académicas e científicas, cujo
prestigio é sobejamente reconhecido”.
Ao
intervir na sessão, Pedro Cardoso sublinhou ainda a importância da
ligação dos Meneses, senhores de Cantanhede e só depois/condes e
mais tarde Marquês de Marialva, ao território de Cantanhede, e de
como moldaram a história, a cultura, o património e identidade
deste território. “Falamos de
uma família que descendia da mais alta nobreza da península ibérica
e que tendo servido a realeza ao longo de muitos séculos, possuía
uma folha de relevantes serviços prestados à coroa”,
detalhou.
Desta
forma, continuou, “celebrar os
200 anos da morte de D. Pedro José Vito de Menezes é uma forma de
revisitar e dar à luz mais conhecimentos sobre as inúmeras figuras
de Cantanhede, de grande relevância, nas mais diversas áreas, a
nível nacional - e isso é do maior interesse para conhecer a
história do nosso concelho”.
Para
o autarca cantanhedense, esta iniciativa “coloca
de forma mais premente um novo desafio que é o de conhecer muitas
das outras figuras proeminentes desta família que marcaram a
História de Portugal e são ainda muito pouco conhecidas”.
E nesse particular, agradeceu o contributo de Fernando Larcher,
professor do ensino superior com fortes ligações familiares a
Cantanhede e que “foi o grande
impulsionador” da realização
da conferência que decorreu no auditório da Biblioteca Nacional.
No
âmbito das comemorações está também patente ao público na
Biblioteca Nacional, uma interessante mostra bibliográfica em que se
expressa não só a importância da personagem homenageada, mas
também de toda a família dos Meneses de Cantanhede.
Estas
comemorações estender-se-ão à cidade de Mêda e terão o seu
epílogo, precisamente no dia 22 de novembro, no Palácio de
Chateaubriand, em Paris (França).
Recorde-se
que D. Pedro José Vito de Meneses, enquanto embaixador de Portugal
em França, privou em Paris com o ilustre escritor, político e
diplomata que foi François-Auguste-René de Chateaubriand, Visconde
de Chateaubriand.
A
Comissão Organizadora das comemorações integra a Biblioteca
Nacional de Lisboa, Universidade Aberta, Centro de Humanidades da
Universidade Nova de Lisboa, Sociedade de Geografia de Lisboa, Centro
Europeu de Estudos de História Constitucional e Instituto Histórico
da Beira Coa.
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