Uma das principais obras do romantismo brasileiro e um marco abolicionista do esclavagismo, A Escrava Isaura deu ao seu autor, o escritor brasileiro Bernardo Guimarães, o reconhecimento que até aí não granjeara na proporção merecida. A popularidade do romance venceu o tempo e, um século depois, as personagens ganharam vida em adaptações televisivas de grande sucesso mundial. Agora a Guerra e Paz recupera esta história de paixões e contrastes numa edição acessível a todos os leitores, com o apoio do grupo Cofina. A Escrava Isaura estará disponível na rede livreira nacional a partir do próximo dia 20 de Julho e poderá ainda ser adquirida no site oficial da editora.
Resistência e desejo de liberdade e progresso. A Escrava Isaura, romance do escritor Bernardo Guimarães, publicado em 1875, representa um símbolo na luta pelo fim da escravatura no Brasil, ao mostrar, em plena campanha abolicionista, «quanto é vã e ridícula toda a distinção que provém do nascimento e da riqueza».
O livro conta-nos a história de uma escrava, filha de uma negra e de um feitor português, que é criada como uma dama da corte pela mulher do comendador Almeida, numa magnífica fazenda do século XIX no interior do Rio de Janeiro. A sua beleza desperta múltiplas paixões e desejos libidinosos, aos quais Isaura resiste estoicamente.
O maior desafio da jovem será suportar os abusos de Leôncio, o filho do comendador que odeia ser contrariado e desenvolve uma obsessão pela escrava. Esperam-lhe fugas, desafios e amores, sempre em busca da tão desejada liberdade. Terá Isaura conseguido alcançar o bem mais precioso? Só a leitura poderá esclarecer.
O romance tornou-se rapidamente num êxito editorial, dando a Bernardo Guimarães o reconhecimento que até aí não granjeara na proporção merecida. Até o imperador do Brasil, D. Pedro II, quis conhecer o autor.
Mas talvez o mais importante dos elogios tenha vindo de Machado de Assis, nome maior da literatura brasileira e de língua portuguesa: «Com o Sr. Bernardo Guimarães dá-se um fenómeno, que não é raro em literatura: a sua popularidade não é igual ao seu talento. […] um talento tão robusto […] tinha direito à mais vasta popularidade.»
A Escrava Isaura sobreviveu ao tempo e, um século depois da 1ª edição, surgiram adaptações para telenovela que tornaram o seu reconhecimento mundial. A primeira, transmitida em 1976, foi traduzida e retransmitida em 150 países. É tempo de dar nova vida a Isaura, que segundo registos da Biblioteca Nacional não era publicada em Portugal há duas décadas, desta feita numa edição da Guerra e Paz Editores, em parceria com o grupo Cofina. O livro fará parte da colecção Livros CMTV e chega às livrarias e quiosques de todo o país no próximo dia 20 de Julho.
A Escrava Isaura
Bernardo Guimarães
Ficção / Romance
208 páginas · 15x23 · 11 €
Nas livrarias a 20 de Julho
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