Produto custa cerca de 40 euros, já está patenteado e tem financiamento garantido para passar a ideia à prática.
Cinco adolescentes de Braga com 15 e 16 anos inventaram um sensor para detetar mais rapidamente incêndios florestais. O produto já foi patenteado, ganhou dois prémios nacionais e um prémio europeu de empreendedorismo empresarial jovem na área das novas tecnologias.
Diogo Vale, um dos adolescentes que deu forma ao projeto, explica que a ideia surgiu depois dos grandes incêndios de 15 de outubro de 2017 que também afetaram uma das colegas. No final, acabaram por desenvolver aquilo a que chamaram "Ignis Capsule".
O "Ignis Capsule" é na prática composto por um sensor de temperatura à prova de água, por um dispositivo emissor de ondas rádio e por uma bateria, além de uma cápsula onde se guardarão todos os componentes do sistema, protegendo-os de incêndios e chuvas.
Além da invenção do sensor, os cinco alunos do Colégio-Luso Internacional de Braga (Diogo Vale, Maria Afonso, Taís França, Matilde Mendes e Margarida Machado) desenvolveram o modelo de negócio de uma empresa que se tiver sucesso irá comercializar o produto, no âmbito de um concurso de empreendedorismo promovido pela organização não governamental Junior Achievement Portugal.
Tal como a cápsula (ignis = fogo), Extinctus Enterprise, assim se chama a empresa, tem um nome que vem do latim (extinctus = extinto).
Pelas contas dos alunos, produzir o sensor de deteção do fogo custará cerca de 40 euros e para ser eficaz bastará instalar quatro por hectares, com Diogo Vale a destacar que a ideia é não apenas 'apanhar' o nascimento das chamas de forma mais rápida, mas também a sua intensidade e direção.
Os alunos desenvolveram ainda uma aplicação para os smartphones dos bombeiros que lhes dará sinal se for detetado qualquer incêndio.
Além de ganharem o concurso nacional de ideias do Junior Achievement Portugal a que se candidataram mais de seis mil jovens, estes alunos de Braga venceram outro concurso de ideias inovadoras do Portugal Inovação Social e recentemente representaram Portugal e venceram um prémio europeu para a área da inovação tecnológica dado pela AT&T, uma empresa norte-americana de telecomunicações, que garantirá o financiamento de um protótipo para ver se a ideia tem mesmo 'pernas' para chegar a uma produção em massa.
Fonte: TSF
Foto: Facebook/Extinctus Enterprise
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