O euro cumpre esta terça-feira 20 anos, um período marcado por crises, mas em que se posicionou como a segunda moeda mais importante no mundo, sendo a divisa de 19 países, incluindo Portugal, e de 340 milhões de europeus.
Lançado a 1 de janeiro de 1999, o euro tornou-se, na altura, a moeda de mais de 300 milhões de pessoas.
Naquele dia, foi fixada a taxa de câmbio — no caso português, um euro valia 200,482 escudos — e, em termos de política monetária, as moedas nacionais, como o escudo, deixaram de ter existência independente.
Nos três anos seguintes o euro foi uma divisa ‘invisível’, apenas usada para fins contabilísticos, como pagamentos eletrónicos, uma vez que só em 1 de janeiro de 2002 é que entraram em circulação as notas e moedas de euros.
Inicialmente, o euro era a moeda oficial de 11 países da União Europeia (UE), entre os quais Portugal.
Com o alargamento da UE, a zona euro ganhou novos membros e hoje integra 19 países — Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda e Portugal.
As duas décadas do euro também ficam marcadas por crises, designadamente a crise financeira internacional, em 2008, e a crise da dívida pública da zona euro, que começou em 2009.
O vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro, Valdis Dombrovskis, recorreu ao passado, precisamente à crise que há dez anos sacudiu o mundo e, em particular, a zona euro e a divisa europeia, para perspetivar o futuro.
“Colhemos lições importantes, fortalecemos a arquitetura da nossa União Económica e Monetária e o euro é hoje mais forte do que nunca. Todavia, o nosso trabalho não terminou. De futuro, o euro será tão estável quanto a nossa União Económica e Monetária. Eis porque precisamos de fazer o nosso trabalho de casa e reforçar a resiliência das nossas economias individuais e da área do euro como um todo”, afirmou, numa declaração escrita enviada à Lusa a propósito dos 20 anos do euro.
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