A cerimónia de abertura do Concurso Público para a nova Ponte do Paço, está marcada para o dia 12 de fevereiro, pelas 17:00, no Salão Nobre dos Paços do concelho de Coimbra.
Recordamos que o reconhecimento que “relevante interesse público” desta obra veio por parte da secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, no passado dia 7 de janeiro, através do despacho 720/2019, e permite, finalmente, avançar com o acordo assinado entre os Municípios de Coimbra e de Montemor-o-Velho.
Célia de Oliveira Ramos considera que o projeto visa não apenas “beneficiar a acessibilidade entre o concelho de Coimbra e o concelho de Montemor-o-Velho, substituindo a atual Ponte do Paço, com apenas uma via de circulação e de visibilidade reduzida, por uma nova travessia que permitirá a circulação continuada de viaturas em ambas as direções e a circulação de peões em segurança”, como também “não existe alternativa de localização que não afete espaços integrados em REN”.
O despacho colocou fim a um impasse de mais de um ano, depois do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) ter emitido um parecer favorável condicionado, devido à afetação de áreas classificadas, exigindo a construção de um passadiço para os animais anfíbios do paul. Recorde-se que também a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu parecer favorável condicionado. Só a Entidade Regional da Reserva Agrícola Nacional do Centro emitiu um parecer favorável sem reservas.
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) propôs a viabilização do projeto ao abrigo do regime jurídico da REN, advertindo que os pareceres das entidades consultadas deverão ser cumpridos e as medidas de minimização constantes do projeto deverão sem implementadas.
“Esta é uma obra muito importante para todas as freguesias do concelho de Montemor-o-Velho e de Coimbra e também para outros concelhos que utilizam esta via. Em julho de 2017 assinámos um acordo com o Município de Coimbra para que a nova ponte venha a ser uma realidade, e, desde então, temos vindo a trabalhar com seriedade e rigor, mas não podemos avançar com o projeto sem as devidas autorizações das diversas entidades. Também nós gostaríamos que se concretizasse o mais rapidamente possível, mas tivemos que aguardar”, recorda Emílio Torrão.
O presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho afirmou ainda que, “com o despacho da sra. secretária de Estado, o acordo pode finalmente avançar”.
A nova Ponte do Paço, que vai ligar os concelhos de Montemor-o-Velho e Coimbra, entre Pereira a Arzila, tem cerca de 14 metros de vão entre eixos, 10 metros de perfil transversal e de superestrutura pré fabricada.
Graças às duas faixas previstas no projeto, esta infraestrutura vai permitir um normal fluxo do trânsito, solucionando o estrangulamento viário que diariamente condiciona a circulação de milhares de veículos entre os dois concelhos. A ponte atual vai ser desativada ao trânsito, mantendo-se como pedonal e ciclável.
Manuel Machado lembrou em fevereiro de 2018 que o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) exigis a construção de um “passadiço” para as lontras e saca-rabos circularem na área da Ponte do Paço, o que não estava previsto no projecto conjunto dos municípios de Coimbra e Montemor-o-Velho.
A futura infraestrutura que facilitará a vida a lontras, saca-rabos e outras espécies naturais irá custar entre cinquenta e cem mil euros, adiantou o edil conimbricense.
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