UCCLA apresenta livro que reúne reflexões de escritores
lusófonos sobre o papel da cultura no combate à Covid-19
A UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa apresentou ontem, dia 6 de Maio, no Festival Lisboa 5L - Festival Literário de Lisboa, o livro Literatura e Cultura em Tempos de Pandemia, que conta com o contributo de 75 escritores e agentes culturais, de todos os países de Língua Oficial Portuguesa, entre os quais Manuel Alegre, Mia Couto, José Luís Mendonça e Germano Almeida. Uma reflexão em torno dos impactos da pandemia na cultura lusófona e do papel do sector no combate à Covid-19. Inclui ainda uma apresentação do Secretário-geral da UCCLA, Dr. Vítor Ramalho e um texto de investigação e contexto histórico sobre as pandemias no Mundo, de Rui Lourido. O livro chega às livrarias no próximo dia 18 de Maio e conta com a distribuição da Guerra e Paz Editores.
A pandemia causada pelo vírus SARS-Covid-2 atingiu, de forma inesperada e dramática, toda a Humanidade, obrigando à adoção de planos de contingência, com consequências sociais e económicas de enorme gravidade, e que está a afectar de modo especialmente profundo o sector da cultura.
No livro Literatura e Cultura em Tempos de Pandemia esses impactos são abordados, de uma forma muito próxima, por cerca de 40 escritores e 35 escritoras, naturais dos nove países da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, aos quais se juntaram escritores de latitudes ligadas à lusofonia, como Galiza e Olivença (Espanha); Goa (índia), e Macau (China).
Os autores que aceitaram o desafio feito pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa expressaram-se de formas tão variadas como o conto, o poema e o ensaio. Entre o colectivo* estão nomes consagrados como Manuel Alegre, Mia Couto e Germano de Almeida, mas também escritores que estão «a afirmar-se no domínio das letras», segundo afirma a UCCLA.
Num comunicado oficial, a organização destacou o poema Lisboa Ainda de Manuel Alegre, decano da poesia portuguesa e lusófona, que transmite aos leitores «esperança na capacidade de resistência à pandemia».
«Lisboa não tem beijos nem abraços | não tem risos nem esplanadas | não tem passos | nem raparigas e rapazes de mãos dadas | tem praças cheias de ninguém | ainda tem sol mas não tem | nem gaivota de Amália nem canoa | sem restaurantes sem bares nem cinemas | ainda é fado ainda é poemas | fechada dentro de si mesma ainda é Lisboa | cidade aberta | ainda é Lisboa de Pessoa alegre e triste | e em cada rua deserta | ainda resiste.»
A apresentação da obra aconteceu ontem, dia 6 de Maio, no Centro Nacional de Cultura, em Lisboa, na ocasião do primeiro Festival Literário de Lisboa. Na sessão participaram, o secretário-geral da UCCLA, Vítor Ramalho, Rui Lourido, o responsável pela coordenação do livro, de Manuel S. Fonseca, o editor da Guerra e Paz, que assume a distribuição da obra, e de Goreti Pina, poetisa de São Tomé e Príncipe, em representação dos 75 autores.
Uma reflexão multicultural sobre cultura e pandemia, Literatura e Cultura em Tempos de Pandemia chega à rede livreira nacional no próximo dia 18 de Maio, com a chancela da UCCLA em parceria com a Guerra e Paz Editores, parceiro para a distribuição. A obra poderá ainda ser adquirida através do site oficial da editora.
*A lista completa de autores pode ser consultada em anexo.
Literatura e Cultura em Tempos de Pandemia
Mia Couto, Manuel Alegre e outros
Coordenação: Rui Lorido
Não Ficção / Literatura
400 páginas · 12,5x23 · 15,00 €
Nas livrarias a 18 de Maio
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