Gouveia e Melo apela aos mais novos para se vacinarem.
O vice-almirante Gouveia e Melo, que chefia o grupo de trabalho para a vacinação, explica que os mais jovens são aqueles que representam maior risco de transmissão, apesar de não serem a faixa etária com mais internamentos em cuidados intensivos.
A preocupação são os jovens em termos dos contágios. Em termos de pessoas que estão a ser internadas ainda é a faixa de cima, dos 30 aos 50 anos. Portanto, nós temos de combater nas duas frentes. Em simultâneo, fechar as faixas que estão abertas - a dos 50, a dos 40 e a dos 30 - e abrir a faixa dos 20, o que também nos dá uma maior flexibilidade na vacinação, fazendo com que o ritmo nunca desça e tenhamos sempre pessoas para chamar ao processo de agendamento", sustenta em entrevista à SIC.
Um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa mostrava, na semana passada, que 85,7% dos jovens entre os 16 e os 25 anos querem ser vacinados, mas que 14,3% ainda não se decidiram.
Em declarações à SIC, Gouveia e Melo apela aos mais novos para pensarem nas consequências dessa decisão: "Poderá haver alguma resistência, mas eu apelo à racionalidade. Nós todos numa pandemia seremos vacinados pelo método natural que é o contágio, - uma vacina não controlada, com perigo e, de alguma forma, com graves consequências se acontecerem inflamações para além do que é normal - ou uma vacina controlada, que é o processo de vacinação, segura e eficaz. Julgo que entre os dois processos uma pessoa racional decide pelo processo controlado e não pelo processo descontrolado".
O vice- almirante Gouveia e melo fala numa corrida contra o tempo e reconhece que, por causa da variante Delta, já não se pode falar em imunidade de grupo em agosto.
"Atingiremos 85% das primeiras inoculações na segunda ou terceira semana de setembro e nessa altura também atingimos os 70% das segundas inoculações. Julgo que aí é que estaremos totalmente protegidos ou fortemente protegidos quanto a esta nova variante Delta. No entanto, a aceleração que estamos a fazer da vacinação mostra que a vacinação tem efeito sobre os contágios. O que nós temos de fazer é acelerar. Isto é uma corrida contra o tempo. Por isso é que estamos a aumentar o ritmo de vacinação, comprometendo, de alguma forma, alguma qualidade do processo, porque é uma corrida contra o tempo: por um lado a vacinação e por outro lado os contágios que se estão a espalhar", explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário