quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

“Se for essa a decisão”, Portugal poderá começar a vacinar crianças entre os 5 e os 11 anos em janeiro

Na "Grande Entrevista", na RTP, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou porque defende a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos. Parecer de grupo de especialistas de pediatria vai ser entregue nesta quinta-feira.

A favor da vacinação das crianças, com idades entre os 5 e os 11 anos, a diretora-geral explicou porque defende essa medida.

"O grupo dos 0 aos 9 anos é o grupo onde o vírus circula sem nenhuma barreira, circula de forma livre", salienta.

Há casos graves de Covid em crianças", afirmou em entrevista ao jornalista Vítor Gonçalves, na "Grande Entrevista" da RTP.

Esses casos registam-se entre crianças com doenças prévias (comorbilidades), como em "crianças saudáveis anteriormente".

Além disso, Graça Freitas deixa o alerta: os "isolamentos sucessivos" das crianças com doença ligeira "também têm impacto na saúde mental".

Questionada sobre se Portugal terá vacinas de dose pediátrica para inocular esta faixa etária, dos 5 aos 11 anos, Graça Freiras confirma essa disponibilidade.

"Portugal vai ter vacinas, se for essa a decisão, para [vacinar] todas as crianças", disse.

Recorde-se que a dose pediátrica reúne duas doses de uma fração de 10 microgramas da vacina, um terço do volume da dose administradas em pessoas com mais de 12 anos.

As primeiras vacinas chegam a Portugal em dezembro e a vacinação poderá começar logo em janeiro. Foi pedido a um grupo de especialistas de pediatria para elaborar uma recomendação e esse parecer será entregue esta quinta-feira.

"Não podemos estar à espera de uma decisão para por o mecanismo logístico a funcionar", justificou. Se medida não for aprovada, as vacinas podem ser "doadas ou vendidas".

Também esta quarta-feira, o Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) defendeu que pode considerar-se "a vacinação de todas as crianças entre os 5 e 11 anos de idade, tendo em conta a situação epidemiológica a nível nacional", mas que as que têm risco de desenvolver doença grave devem ser consideradas um grupo prioritário.

Madremdia

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