Associação ambientalista garante que é impossível Portugal cumprir as metas da reciclagem que assinou com a União Europeia e pede prémios e penalizações (em dinheiro) para quem recicla e não recicla.
A associação ambientalista Zero pede ao governo que avance rapidamente com um sistema que já existe em vários países: a recolha seletiva porta a porta de lixo para medir quem recicla mais e menos, refletindo esses resultados, depois, no valor da Tarifa de Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos pago por cada família.
A Zero divulgou esta quarta-feira um estudo em que revela que é quase impossível a Portugal cumprir as metas de reciclagem para 2020, assinadas com a União Europeia, o que segundo Rui Berkemeier mostra o falhanço total das políticas públicas nesta área.
Portugal reciclou, em 2015, 28% do lixo, mas a meta para 2016 (que ainda não tem dados oficiais) é de 36% e em 2020 sobe para 50%.
No barómetro da reciclagem, os ambientalistas mostram ainda que as zonas do Interior têm taxas de reciclagem muito mais elevadas que as grandes cidades como Lisboa e Porto, algo que segundo a Zero não faz qualquer sentido. Há zonas do país onde a taxa de reciclagem é inferior a 20%.
Perante estes números, Rui Berkemeier da Zero, diz que é preciso mudanças urgentes, entre elas colocar as pessoas a pagarem apenas o lixo que não reciclam, o que obriga a uma recolha porta a porta, dando prémios e penalizações (em dinheiro, no imposto) para quem recicla e não recicla.
Um sistema que já existe em vários países europeus e duplicou as taxas de reciclagem, segundo o ambientalista, para quem este "incentivo financeiro faz toda a diferença". Hoje, a taxa do lixo em Portugal é a Tarifa de Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos, que não depende da reciclagem mas sim da fatura da água.
Fonte: TSF
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