Há ainda dois desaparecidos no acidente em pirotecnia de Avões.
Múltiplas explosões na fábrica de pirotecnia Egas Sequeira em Avões, no concelho de Lamego, causaram seis mortos e pelo menos duas pessoas estão dadas como desaparecidas. O proprietário da pequena empresa, a filha e outro familiar estarão entre as vítimas, soube o CM. As pessoas que perderam a vida neste acidente têm entre 22 e 52 anos.
Ao todo estariam oito pessoas dentro da estrutura no momento das explosões.
Na última atualização feita, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, da conta de que foram encontrados partes do corpo de mais uma vítima, pelo que o número oficial de vítimas moprtais passa de cinco para seis. Os restos mortais encontrados "estavam a mais de 200 metros do local da explosão".
Nas buscas que decorrem desde a manhã de quarta-feira estão no local 84 operacionais, apoiados por 29 veículos e 9 entidades. No local estavam também a delegada da Procuradoria-Geral da República de Vila Real, a GNR, Bombeiros, Proteção Civil, PSP, Autoridade das Condições de Trabalho, Instituto de Medicina Legal de Coimbra e do Porto e a delegada de saúde.
"Nada dificulta as operações, estamos a procurar as pessoas desaparecidas. A explosão foi de facto de uma dimensão fora do normal. Isto obriga a que tenha de ser batida uma grande área. As causas das explosões estão ainda por apurar", adianta Jorge Gomes.
Os corpos das vítimas ainda não foram identificados. "A rapidez com que queremos fazer o trabalho é por respeito às famílias das vítimas, para que possam fazer o luto. As famílias estão com apoio psicológico permanente", garantiu o secretário de Estado da Administração Interna.
As autoridades procuram descobrir os corpos das vítimas, não havendo esperança de que alguém possa ter sobrevivido às várias explosões que deflagraram na fábrica, ao final da tarde desta segunda-feira.
Durante a noite, a GNR manteve um perímetro de segurança de 300 metros à volta da fábrica, pelo receio de que pudessem ocorrer mais explosões. As buscas foram retomadas pelas 08h00 de quarta-feira. Marcelo Rebelo de Sousa já aterrou em Vila Real VIDEOPrimeiro vídeo das explosões em pirotecnia em Lamego Sete pessoas estavam no local no momento do acidente.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se solidário com os familiares das vítimas da explosão numa fábrica de pirotecnia em Avões, Lamego, que provocou quatro vítimas mortais, e expressou "sentidas condolências". Marcelo vai estar no local da explosão, no norte do distrito de Viseu.
O Presidente da República deverá sair de Sintra por volta das 11h30 Seguiu de Falcon até Vila Real, onde aterra já aterrou. Chega a Lamego antes das 13h00. Explosões sentidas a mais de 10 quilómetros O alerta foi dado às 18h00 desta terça-feira.
As explosões terão sido sentidas a mais de dez quilómetros de distância. Os rebentamentos verificaram-se num paiol (um depósito de material explosivo).
Estiveram no local diversos elementos do INEM, 128 bombeiros e 44 viaturas, bem como várias equipas de psicólogos e uma equipa de minas e armadilhas.
Desconhece-se, para já, o que terá causado as explosões, que deram origem a um incêndio. A PJ estará já a investigar o que se passou nesta fábrica, que ficou totalmente destruída.
Benjamin Simões, um habitante de Penajóia que se encontrava nas imediações da pirotecnia, explicou à CMTV que a proprietária da empresa lhe confessou estarem sete pessoas dentro do espaço, "dois genros, uma filha, o marido e mais uns colegas".
A mesma testemunha disse, ainda, que esta não é a primeira explosão na fábrica, que já tinha tido um pequeno acidente "há alguns anos". Já Maria Almeida, que estava num café próximo do local do acidente, referiu à CMTV que as imediações "pareciam um cenário de guerra".
O primeiro-ministro, António Costa, já manifestou as condolências, em nome do Governo, aos familiares das vítimas. Costa usou a rede social Twitter para manifestar "uma palavra de ânimo aos familiares das vítimas do incidente desta tarde em Lamego.
Fonte: CM
Foto: DR
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