O especialista em climatologia Carlos Pires diz à TSF que os próximos vezes vão ser tendencialmente quentes e secos.
O outono chegou de madrugada, mas ninguém o diria pelas temperaturas de verão registadas em todo o país.
Tudo indica que o calor veio para ficar e Carlos Pires, especialista em climatologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, sublinha que os próximos meses vão ser tendencialmente quentes e secos.
"Para a Península Ibérica prevê-se anomalias que vão até 3 graus acima da média. Portanto, é um tempo quente e seco, também com escassez de precipitação. O mesmo se passa no centro da Europa onde as anomalias chegam a 6 graus acima da média. Aparentemente, há sinal de que isto se prolongue para os próximos meses, mesmo outubro e janeiro, se bem que com uma significância estatística mais baixa."
O professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa baseia-se nas previsões do IPMA para os próximos meses e avança com uma explicação para este tempo mais quente do que a época do ano fazia adivinhar.Ouça a explicação de Carlos Pires
"O anticiclone dos Açores está anomalamente desviado para leste o que produz uma anomalia térmica no centro da Europa e também na Europa ocidental, nomeadamente na Península Ibérica. O anticiclone dos Açores estende-se para a Europa em crista e isso faz com que haja um fluxo de ar quente e seco do sul da Europa e do norte de África, o que produz este tempo anomalamente quente."
Fonte: TSF
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