A “onda vermelha”, ou melhor a campanha eleitoral para a reeleição de Filipe Nyusi como Presidente de Moçambique, está imparável graças aos fundos do Banco Mundial, usados para aumentar o acesso a água potável e, desde esta semana, para a construção de hospitais, e ao apoio da China. Nesta quarta-feira (17) mais uma empresa chinesa prontificou-se a materializar a promessa de habitação para os jovens.
Incapaz de expandir a rede de distribuição de água nas cidades, vilas e zonas rurais durante os 4 anos iniciais da sua governação Nyusi deu início a sua campanha de reeleição, em Outubro de 2018, lançado um programa acelerado de construção de pequenas fontes de água com parte das Mais Valias arrecadadas em 2017.
Contudo, e porque o provimento de água e saneamento é um dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, o Banco Mundial, principal financiador dos sucessivos governos do partido Frelimo continuou a injectar os seus fundos, apesar das dívidas ilegais, e está a pagar a construções de sistemas de provimento de água um pouco por todo o país.
Nesta quarta-feira (19) Filipe Nyusi, Presidente e candidato, iniciou na Ponta de Ouro, na Província de Maputo, outra construção acelerada de infraestruturas que não conseguiu edificar durante os 4 anos do seu mandato, hospitais. O projecto de construir 90 unidades sanitárias em 90 distritos está a ser materializado com dinheiro que o Banco Mundial injecta no Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável.
O @Verdade apurou que só durante o 1º trimestre deste ano o Banco Mundial injectou 3,9 biliões de Meticais no Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável, instituição comandada pelo director da campanha do partido Frelimo para as eleições Presidenciais, Legislativas e Províncias de 15 de Outubro e Ministro de Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia.
Ainda nesta quarta-feira (19) uma segunda empresa chinesa, a CITIC Construções, entrou na campanha eleitoral, depois da Construções Cooperação China Moçambique Limitada ter assumido o compromisso de edificar 1.840 casas alegadamente para jovens em Maputo.
Recuperando a promessa de Filipe Nyusi de erguer 35 mil casas até 2019 a CITIC Construções propôs-se a construir 15 mil casas na zona Sul, 10 mil no Centro e mais 10 mil no Norte de Moçambique oficialmente “a custos controlados para jovens e funcionários públicos”, fazendo fé nas palavras do Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos.
Com preços entre 30 a 40 mil Dólares norte-americanos são pouquíssimos os jovens, mesmo doutorados e com emprego acima da média, que conseguirão adquiri-las.
O @Verdade apurou que ambas empresas estão a financiar-se na China, no âmbito dos fundos que o país asiático disponibilizou através do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), contudo com garantia do Governo através do Fundo para o Fomento de Habitação.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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